Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Izabelle P. Santana Turma XXIV - A 1 Nomenclatura: nome do substrato catalisado ou processo realizado + sufixo ASE. Algumas enzimas não seguem esta regra. Ex: Renina, Calecreína, Enzima Conversora de Angiotensina, Tripsina, Pepsina. Algumas enzimas precisam de outras moléculas para a sua atividade enzimática; • Se esse componente for um íon metálico como o Zn2+ ou Fe2+ é chamado de cofator. • Se for uma molécula orgânica pequena é chamada de coenzima. Ex.: NAD+, coenzima A. As coenzimas frequentemente são derivadas de vitaminas. G – energia livre. S – estado fundamental do substrato. P – estado fundamental do produto. Para qualquer reação de transformação de substrato em produto ou vice-versa, deve-se fornecer energia livre ao sistema (∆G). ∆G’° – energia livre padrão. ∆Gsp – energia livre para transformar substrato em produto. ∆Gps – energia livre para transformar produto em substrato. Delta de energia livre padrão é a diferença entre o estado fundamental do substrato para o estado fundamental do produto. Izabelle P. Santana Turma XXIV - A 2 As ondulações são as fases da reação. Cada complexo (ES, EP) necessita de uma quantidade específica de energia livre para ser formado, logo que o primeiro complexo ES catalisa sua reação, outro pico de energia livre é alcançado para as reações do complexo seguinte. As enzimas apenas são capazes de alterar a velocidade de reação (△G+). Porém, não alteram o equilíbrio, pois esse depende da variação de energia livre padrão (△G°). Delta de energia livre padrão não muda (em vermelho) e a enzima não altera. Keq’ (constante de equilíbrio) é diretamente proporcional ao delta de energia livre padrão. Izabelle P. Santana Turma XXIV - A 3 Velocidade e energia livre de transição são inversamente proporcionais. Mecanismo de catálise. 1. As enzimas catalisam os substratos em produtos através de interações covalentes e não-covalentes do sítio ativo com o substrato específico. 2. Quando esse complexo é formado, a enzima diminui drasticamente a entropia do substrato no meio, conserva-o num ponto. E essa diminuição de entropia facilita a transformação de substrato em produto. 3. E para se transformar em produto a enzima começa a interagir com ligações covalentes ou não covalentes do substrato e começa a alterar seus grupamentos funcionais. Dessa maneira, alterando seus grupamentos forma o que nós chamamos de produto, só que a enzima ainda está ligada com esse produto. 4. Para que o produto seja liberado ela precisa regenerar suas ligações e quando isso ocorre o produto fica liberado e o sítio ativo da enzima fica regenerado. Tipos de catálise enzimática: - Ácido-base: quando a enzima tem um sítio catalítico ácido e o substrato é básico, então ela capta esse substrato e faz uma catálise ácido-básico convencional; - Covalente: pode ser ligações covalentes que vão promover a quebra ou conversão de uma ligação covalente nova; - Mediada por íon metálico: nessa ocasião nós temos as enzimas que necessitam de um cofator para promover essa catálise. Uma enzima que precisa de um cofator ou uma coenzima chama holoenzima. A cinética enzimática é a velocidade com que o substrato é convertido em produto de acordo com o tempo. Izabelle P. Santana Turma XXIV - A 4 Um inibidor é uma substância que interfere na ação da enzima diminuindo a velocidade de reação. Inibidor reversível pode ligar-se a enzima e ser liberado em seguida deixando-a na condição original. Inibidor irreversível reage com a enzima por ligações covalentes de tal forma que a enzima não pode ser regenerada. Ex.: aspirina (promove a acetilação de um resíduo de serina na COX, inativando-a). Inibidor competitivo reversível. Inibidor não competitivo reversível. Um inibidor é capaz de se ligar reversivelmente em outro sítio da enzima que não o catalítico. Porém, esta ligação somente ocorre quando o complexo ES está formado. Ex.: metais pesados. Izabelle P. Santana Turma XXIV - A 5 INIBIDORES ENZIMÁTICOS Penicilina é um inibidor irreversível de uma enzima importante para a integridade da parede da bactéria, que quando utilizado deixa a bactéria vulnerável. Reage com a enzima por ligações covalentes de tal forma que a enzima não pode ser regenerada. A aspirina é um inibidor irreversível que irá promover a acetilação da serina no sítio ativo da enzima COX. Através desse mecanismo ela impede a formação de alguns eicosanoides na cascata inflamatória, como prostaciclinas e tromboxanos, mas não impede a formação dos leucotrienos pelas enzimas LOXs, caracterizando-se então com um AINEs (anti-inflamatório não esteroidais). O alopurinol é um inibidor competitivo reversível, sendo, portanto, um inibidor específico da xantina-oxidase. Tal enzima participa da degradação de nucleotídeos (purinas), catalisando a reação da hipoxantina em xantina, e desta em ácido úrico. O alopurinol tem estrutura similar tanto a xantina quanto a hipoxantina, e compete pelo sítio ativo da xantina-oxidase, impedindo a formação de ácido úrico. Hiperuricemia – excesso de ácido úrico na urina. É um problema, pois em temperaturas mais baixas ele se cristaliza, causando danos aos tecidos. Causa: preda nos rins ou artrite (gota). Acarbose (GLUCOBAY) funciona como um inibidor competitivo reversível da enzima alfa- glicosidase. Esse inibidor tem sua estrutura semelhante a um oligossacarídeo de amido, competindo pelo sítio ativo da alfa-glicosidase. Assim, diminui a quebra de oligossacarídeos em monossacarídeos e sua absorção para o sangue. Consequentemente eles seguem o trânsito intestinal e são metabolizados pela microflora (o que gera gases e pode promover flatus e cólicas, dois eventos adversos previsíveis da Acarbose) ou são excretados. Izabelle P. Santana Turma XXIV - A 6 Orlistat (ou Xenical) é um inibidor competitivo reversível que compete com lipídeos pelo sítio ativo das enzimas lipases gastrointestinais. São usados no emagrecimento e inibem a degradação do triglicerídeos, o que consequentemente causa “esteatorreia” – excesso de gordura nas fezes, diarreia e até incontinência fecal. Inibidor não competitivo reversível – não é específico, pode inativar diversas enzimas diferentes. Por isso é mais tóxico e não utilizado muito na clínica. Normalmente funciona como intoxicação por metais pesados. O sítio alostérico é a parte na qual um inibidor alostérico, também chamado inibidor não competitivo, pode ligar-se à enzima para inibir seu funcionamento. Cascata Inflamatória Izabelle P. Santana Turma XXIV - A 7 As membranas das células são compostas por vários lipídeos, os fosfolipídeos sofrem ação de enzimas fosfolipases A2 e formam ácido araquidônico, que sofre ação da COX1 (enzima). Eicosanoides – moléculas (não enzimas) com 20 carbonos, que são formados a partir do ácido araquidônico. São os tromboxanos, prostaglandinas, prostaciclinas e leucotrienos. **Acido araquidônico é o precursor dos eicosanoides. COX1 – é protetora do sistema fisiológico, chamada de constitutiva. Ex.: formação do muco no estômago, importante para gerar prostaglandinas e prostaciclinas que vão atuar no glomérulo renal e regular a filtração renal. COX2 – está mais envolvida ao processo inflamatório, gera os eicosanoides que agirão no processo inflamatório, gerando dor, calor, etc. Tromboxano – importante para coagulação, é formado a partir do acido araquidônico, tendo sua formação inibida pelo uso da aspirina. Por isso quando se pretende realizar um processo cirúrgico é contraindicado o uso de aspirina. Prostaglandinas – na inflamação fazem com que a permeabilidade capilar aumente, além de possuírem o poder da quimiotaxia, atraindo células (por exemplo, macrófagos) especializadas na fagocitose. Apresentam também influencias fisiológicas. A aspirinainibe as duas, causando efeitos colaterais no sistema fisiológico (ex. gastrite, piora da função renal, etc). Aspirina (AINE) é contraindicada para pessoas com ASMA, pois com a inibição das COXs aumenta-se a ação da lipo-oxidase, que permitirá o aumento da produção de leucotrieno (bronquioconstritor). Corticoides (AIE) agem inibindo as fosfolipases, impedindo a formação de ácido araquidônico, e consequentemente a ação das COXs e LOXs.
Compartilhar