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Transmissão colinérgica

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Transmissão colinérgica
1. Transmissão colinérgica 
Diz respeito aos nervos liberadores do neurotransmissor acetilcolina (Ach); estarão presente em todo o corpo.
 1.1 Distribuição
- Sistema nervoso somático
Neurônios colinérgicos que inervam os músculos esqueléticos; controlam a contração.
- Sistema nervoso autonômico
Neurônios colinérgicos que inervam os órgãos autonômicos (vísceras).
 SNAS: adrenalina 
 SNAP: acetil 
Os neurotransmissores Ach e NE apresentam ações contrárias, em geral, nos órgãos. 
 
 Nervos parassimpáticos (Ach)
 Nervos simpáticos (NE)
 Nervos somáticos (Ach)
 
 1.2 Síntese e liberação de acetilcolina
- Terminal sináptico
Pode generalizar com todos que tem liberação de Ach.
Quando o neurônio recebe o estímulo, as vesículas vão se fundir com a membrana pré-sináptica e ocorrerá a liberação de várias moléculas da Ach. Com a mesma liberada, se encaixará na proteína receptora presente na membrana pós-sináptica em uma ligação do tipo chave-fechadura. O receptor ativado irá desencadear uma ação na célula efetora e a Ach se desligará dele, se interage com a enzima Acetilcolinesterase que estará presente na fenda sináptica. A Ach se liga ao sítio catalítico da enzima e é degrada em produtos que não tem mais ação no receptor. O produto é imediatamente recaptado pelo neurônio para uma nova síntese de molécula de Ach. 
Obs: Acetilcolinesterase é responsável pelo término das ações da Ach na fenda. 
 
 1.3 Receptores da Acetilcolina nas células efetoras
Alvos celulares da Ach
- Receptores nicotínicos (somáticos)
Estão presentes em todas as células musculares esqueléticas.
Tipo: canal iônico ativado por ligante.
Ex. influxo de canal de sódio que está em maior concentração do lado de fora.
- Receptores muscarínicos (autônomo) 
Estão presentes nas células efetoras de todos os órgãos controlados pelo SNA.
Tipo: receptor acoplado a proteína G.
Subtipos: M2 (presente no músculo cardíaco, acoplado a proteína G que irá diminuir o cálcio e causar relaxamento muscular).
M3 (presente em todas as vísceras de músculo liso, acoplado a proteína G que irá elevar o cálcio e produzir relaxamento muscular). 
2. Ações da Ach
A Ach é a única que controla a contração dos músculos, caso ocorra diminuição do mesmo, acontece o relaxamento.
 2.1 Ações da Ach no músculo esquelético
Desencadeia contração
A Ach induz contração ao se ligar em receptores nicotínicos musculares e provocar o influxo de Na+ e Ca++, gerando despolarização (potencial de ação) nas células musculares. 
 2.2 Ações da Ach nas vísceras (SNP)
- Sistema cardiovascular
Diminuição da FC – bradicardia
(a Ach se liga ao receptor M2, ativa a proteína G e diminui o Ca++ dentro do músculo, promovendo o relaxamento).
- Sistema respiratório 
Contração da musculatura lisa brônquica – broncoconstrição 
(a Ach se liga ao receptor M3, ativa a proteína G e eleva o Ca++, ocorrendo contração e fechamento, pois o músculo liso controla o diâmetro da via aérea/luz).
- Trato gastrointestinal 
Contração do músculo liso – peristalse 
(a Ach se ligará ao receptor M3).
Envenenamento por organofosforados e carbametos
- Chumbinho 
Proibido porque tem relação letal; os sintomas serão defecação, micção, broncoconstrição e paralisia muscular.
Atua promovendo inibição irreversível da AchE, ou seja, a Ach não vai se ligar a sua enzima. Ele se liga no mesmo sítio da Ach no receptor, porém, não ativa e ainda impede que a Ach se ligue para ativar. 
No tratamento, será utilizado a atropina (atropinização), que é um antagonista muscarínico inespecífico (vai para todos os órgãos), ele chegará no receptor e irá ativá-lo. 
3. Fármacos que afetam contração nos músculos esqueléticos 
 3.1 Bloqueadores neuromusculares 
Tem ação periférica nos músculos. 
São fármacos derivados do curare que não tem efeito autonômico.
Uso terapêutico: paralisia muscular e imobilização do paciente.
- Mecanismo de ação
Antagonistas competitivos da Ach nos receptores nicotínicos. 
Droga (duração longa): tubocurarina
Drogas (duração intermediária): atracírio, rocurônico 
Obs: a droga tubocurarina foi a que deu origem as outras.
 3.2 Toxina botulínica – botox
Causa paralisia muscular facial 
- Mecanismo de ação
Fica depositado no músculo e depois de horas é capitada por um neurônio colinérgico. Se acumula nas vesículas sinápticas, impedindo a fusão com a membrana pré-sináptica. Quando manda um comando consciente, as vesículas não conseguem se abrir para liberar a Ach, sendo assim, não chegará nas células e nos receptores. Com isso, deixa de fazer efeito porque os nervos de forma lenta vão metabolizar a toxina.
 3.3 Relaxantes musculares 
Vão se dividir em dois grupos:
 Ação potente (precisa de receita)
 Potência mais baixa (não precisa de receita)
No SNC existem dois tipos distintos de neurônios que vão fazer sinapses com o neurônio colinérgico que sai da medula. 
 
- Neurotransmissor glutamato 
Quando o neurotransmissor é liberado, atua no receptor específico presente no neurônio colinérgico e ativa o receptor, facilitando o influxo de Ca++. Como terá o aumento de Ca++, irá contribuir para a despolarização e terá mais liberação de Ach por um neurônio motor. 
- Neurotransmissor GABA 
Quando o neurotransmissor se liga no neurônio motor, aumenta o influxo de cloreto e ocorre o aumento da carga. A liberação de Ach pela fenda é diminuída e acontece a hiperpolarização do neurônio. 
- Mecanismo de ação
Inibem o glutamato e aumenta a contração do GABA.
4. Agonistas e antagonistas muscarínicos 
Fármacos que afetam receptores muscarínicos
 4.1 Antagonista muscarínico 
Escopolamina (buscopan): serve para aliviar cólicas abdominais que ocorre por causa de contrações.
 -Mecanismo de ação
Bloqueia o receptor muscarínico, subtipo M3, no músculo intestinal. 
Ipratrópio: usado para asma, é um broncodilatador.
-Mecanismo de ação
Bloqueia receptores muscarínicos, subtipo M3, no músculo liso brônquico.

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