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Relatório 12 - Pseudomonas

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Universidade Federal de Goiás
 Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
Departamento de biociências e tecnologia (debiotec) 
 ________________________________________________________
RELATÓRIO 12
AULA: Pseudomonas
DISCIPLINA: Bacteriologia Humana
DATA: 24/11/2020 Turma: B01
ACADÊMICA: Vitória Carreiro de França Teixeira - 201801439
1. INTRODUÇÃO
As Pseudomonas são bastonetes gram-negativos aeróbicos móveis (fimbria e pili) dispostos em pares de alta capacidade adaptativa e grande importância como patógeno nosocomial. Esses microorganismos estão presentes distribuídos na natureza e causam no hospedeiro vulnerável infecções do trato urinário, em queimaduras e feridas, infecções sanguíneas (septicemia), abscessos e meningite (TORTORA, 2012; MURRAY, 2013).
Algumas cepas são produtoras de pigmentos, além de possuírem diversos fatores de virulência como adesinas, exotoxina A, piocianina, pioverdina, serino protease, zinco metaloprotease, fosfolipase C, exoenzimas S e T e alginato. O grupo conta com diversas cepas multirresistentes, representando um desafio de controle e tratamento de infecções em diversos sítios e quadros clínicos (BARBOSA et al., 2020; MURRAY, 2013)
2. OBJETIVOS
Entender o procedimento de diagnóstico das Pseudomonas, assim como seus possíveis resultados. 
3. METODOLOGIA 
As Pseudomonas têm necessidades metabólicas simples, podendo ser cultivadas em ágar‑sangue e ágar MacConkey com incubação aeróbica. O ágar cimetride pode ser utilizado, se tratando de um meio seletivo e diferencial para P. aeruginosa. Já o meio OF avaliará a oxidação, tendo cor inicial verde com indicador de pH azul de bromotimol, de forma que fica de cor amarelada se a bactéria realizar oxidação (meio ácido), coloração azulada (meio alcalino) ou não ter alteração de cor (meio neutro) (BARBOSA et al., 2020; MURRAY, 2013). 
Alguns testes bioquímicos também são utilizados. O Caldo Uréia de Stuart contém uréia e indicador de pH vermelho de fenol, que passa de âmbar para rosa em caso de consumo da ureia. No Ágar Sulfeto de Hidrogênio, Indol e Motilidade é possível verificar a capacidade de metabolizar o triptofano em indol (verificação do anel vermelho após a adição do reativo de KOVACS), produção de sulfeto de hidrogênio (meio enegrecido) e motilidade (fuso turvo). O Ágar Tríplice-Ferro é um meio composto por três açúcares: lactose, sacarose e glicose, possuindo em sua composição um indicador de pH vermelho de fenol que em meio ácido muda sua coloração de vermelho para amarelo, evidenciando a fermentação de algum dos açúcares presentes. O Ágar Citrato de Simmons é composto por citrato e indicador de pH azul de bromotimol, que muda de cor mediante alcalinização do meio, que indica metabolização do citrato (BARBOSA et al., 2020; MURRAY, 2013). 
O teste do disco ou reativo de oxidase consiste em esfregar sobre a fita ou disco teste uma alçada da massa bacteriana, umedecendo previamente o papel com 1 gota de salina estéril, sendo feita a leitura em 15 a 30 segundos. É realizado também teste da catalase, utilizando uma gota de peróxido de oxigênio em lâmina, além do teste de DNAse. Por fim, o caldo tioglicolato auxilia na identificação do metabolismo do microrganismo, categorizando em anaeróbio, microaerófilo, aeróbio, entre outros (BARBOSA et al., 2020; MURRAY, 2013). 
4. RESULTADOS
A P. aeruginosa tem crescimento rápido e apresenta colônias planas com uma borda espalhada, β‑hemólise e pigmentação verde causada pela produção dos pigmentos azul (piocianina) e verde‑amarelo (pioverdina), além de um odor doce característico, semelhante à uva. No ágar cimetride são observadas colônias de P. aeruginosa verde azuladas. No meio OF deverá ser observada cor amarela na superfície do meio, indicando oxidação (BARBOSA et al., 2020; MURRAY, 2013). 
No Caldo Uréia de Stuart a coloração permanece amarela, pois não há degradação da ureia. No Ágar Sulfeto de Hidrogênio, Indol e Motilidade o que se observa é um meio turvo, indicando motilidade, e colorações iniciais preservadas, ou seja, não metaboliza o triptofano e nem há produção de sulfeto de hidrogênio. Essas bactérias são DNAse negativas. Em TAF não há reação alguma, sendo este grupo lactose, sacarose, glicose, H2S e Gás negativos. No ágar citrato as Pseudomonas são capazes de metabolizar o citrato presente no meio, de forma que ele passa para coloração azul (BARBOSA et al., 2020; MURRAY, 2013). 
No teste do disco ou reativo de oxidase a cor violeta forte aparece rapidamente, caracterizando resultado oxidase positivo. O teste de catalase é positivo. No caldo tioglicolato os microrganismos aeróbios apresentam crescimento na superfície do meio e turbidez, indicando motilidade (BARBOSA et al., 2020; MURRAY, 2013). 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As Pseudomonas representam um desafio em saúde, de forma que a antibioticoterapia se mostra frustrante. Além disso, a sua eliminação é praticamente inútil. Os testes utilizados para sua identificação são de fácil execução e apresentam boa reprodutibilidade (MURRAY, 2013).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BARBOSA, Mônica Santiago et al. Aulas práticas de Bacteriologia Humana. [e-book]. Goiânia : Gráfica UFG, 2020. 32 p. Disponível em: https://producao.ciar.ufg.br/ebooks/iptsp/bacteriologia_humana/index.html. Acesso em 24 nov. 2020.
2. MURRAY, Patrick R. Microbiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 1694 p. ISBN 978‑85‑352‑7106‑5.
3. TORTORA, Gerard J. Microbiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. 967 p. ISBN 978-85-363-2698-6.

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