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Vencimento e Pagamento de Títulos de Crédito

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Aula dia 24.03.2021 
 
Vencimento e 
Pagamento dos 
Títulos de Crédito 
 
Prof. Carlos Henrique Passos Mairink 
 
Títulos de Crédito Página 2 
 
 
FAMIG – Faculdade Minas Gerais – Todos os direitos reservados. 
AULA 
 
CURSO: Direito 
DISCIPLINA: Títulos de Crédito 
PERÍODO: 8º 
PROFESSOR: Carlos Henrique Passos Mairink 
AULA REFERÊNCIA - DIA: 24/03/2021 
TEMA DA AULA: Vencimento e pagamento dos títulos de crédito 
 
Orientações 
Em caso de dúvidas sobre a disciplina, favor entrar em contato: 
 
WhatsApp: (31) 98455-3659 
E-mail: passosmairink@gmail.com 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Olá! 
Continuaremos com o estudo da nossa disciplina. 
Trabalharemos nessa unidade o Vencimento e o Pagamento da 
Letra de Câmbio, modalidades, efeitos e prorrogação do 
vencimento e as regras, modalidades e objeto do pagamento, 
como também trataremos de juros moratórios e remuneratórios. 
Bons estudos! 
 
 
 
Títulos de Crédito Página 3 
 
 
FAMIG – Faculdade Minas Gerais – Todos os direitos reservados. 
2 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: 
• Compreender o vencimento da Letra de Câmbio. 
• Entender as modalidades de vencimento da Letra de 
Câmbio. 
• Estudar o instituto do pagamento para a Letra de 
Câmbio. 
• Verificar as possibilidades de pagamento da Letra de 
Câmbio. 
 
3 DESAFIO 
OBS: O DESAFIO DEVERÁ SER RESPONDIDO NA 
ATIVIDADE FÓRUM 
Analise a seguinte situação hipotética e responda os 
questionamentos. 
Emerson e Juarez firmaram contrato de compra e venda de 
uma geladeira. Acordaram que o pagamento seria efetivado no 
prazo de 30 dias e, por essa razão, Juarez firmou nota 
promissória no importe de R$ 800,00. Na data de vencimento do 
título, por não possuir o montante devido, Juarez se dispôs a 
pagar R$ 400,00 e o restante no prazo de dez dias, o que não 
foi aceito por Emerson, que se recusou a receber o valor 
ofertado, de R$ 400,00. 
Títulos de Crédito Página 4 
 
 
FAMIG – Faculdade Minas Gerais – Todos os direitos reservados. 
Nessa situação, Emerson agiu em conformidade com a lei, 
pois, na data de vencimento do título, o credor pode se recusar 
a receber o pagamento parcial? 
Responda fundamentadamente. 
O desafio deverá ser respondido na atividade fórum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Títulos de Crédito Página 5 
 
 
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4 VENCIMENTO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 
Modos de fixação da época do vencimento 
O vencimento do título de crédito deve ser certo e preciso. 
Não se admite que um título possa ter várias datas de 
vencimento, ou que tal vencimento ocorra em razão de um 
acontecimento incerto. 
A lei fixa, de modo geral, quatro modalidade de fixação da 
época do vencimento, a saber, à vista, a certo termo de vista, 
a certo termo de data e, por fim, a dia certo. 
O vencimento à vista ocorre contra apresentação do título. 
Isto é, basta apresentar o título ao devedor para que ocorra o 
vencimento. O título, ao ser emitido, possui, em regra, a data da 
emissão, que não é necessariamente a data do vencimento. 
Veja-se que o vencimento ocorre quando o título for apresentado 
para pagamento, não estando vencido a partir do momento em 
que foi emitido. 
Considerando que só vence quando apresentado ao 
devedor para pagamento, o título com vencimento à vista não 
pode ficar ad aeternum sem vencimento, o que pode gerar 
insegurança jurídica. Assim, a LUG estabeleceu que a letra deve 
Títulos de Crédito Página 6 
 
 
FAMIG – Faculdade Minas Gerais – Todos os direitos reservados. 
ser apresentada para pagamento dentro do prazo de um ano, a 
contar da data de sua emissão. 
O sacador pode reduzir o prazo de apresentação ou 
estipular outro mais longo. Contudo, os endossantes podem 
apenas encurtá-los. O sacador pode estipular que uma letra 
pagável à vista não deve ser apresentada a pagamento antes de 
uma certa data. Nesse caso, o prazo para a apresentação de um 
ano conta-se dessa data. 
O vencimento a certo termo de vista ocorre quando o 
sacado emite a letra e determina que o prazo de vencimento se 
inicia a partir da data do aceite ou, na falta deste, do respectivo 
protesto. Desse modo, pode o sacador criar um título cujo 
vencimento ocorra e, por exemplo, trinta dias, a contar da data 
do aceite. Por certo, se o aceite dado não contiver a data em que 
foi dado, presume-se que o foi no último dia do prazo para essa 
apresentação. 
Por fim, resta claro que essa modalidade de vencimento 
não é cabível para títulos com promessa de pagamento, uma 
vez que não há a figura do aceite. 
A modalidade de vencimento a certo termo de data é 
aquela em que o vencimento do título se conta a partir da data 
da emissão. Isto é, pode o sacador fixar, por exemplo, que o 
vencimento ocorre em quinze dias contados da data do saque 
da cártula. 
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Por sua vez, a modalidade de vencimento a dia certo é 
aquela em que o sacador determina em qual dia o título vence. 
É necessário atentar para a contagem de prazos de acordo 
com a lei. Não há uma unificação dos critérios para contagem de 
prazos existem divergências de calendários em diversos países, 
mas, há na legislação esparsa e na LUG critérios sobre o 
assunto que devem ser observados. 
O primeiro critério a se destacar é o calendário civil, nos 
moldes do calendário gregoriano, criado pelo Papa Gregório XIII, 
cujo ano possui 365 dias, doze meses, como se conhece. 
Se for designado em uma letra o vencimento considerando 
um ou vários meses, a contar do saque ou da vista para aceite, 
o vencimento ocorre na data correspondente ao do mês 
indicado. Não existindo no mês indicado a data correspondente, 
o vencimento ocorre no último dia do mês indicado. 
Nesse sentido, se uma letra sacada para pagamento um 
mês após o saque e, tendo sido sacada no dia 30 de janeiro, 
vence no dia 28 de fevereiro ou, tratando-se de ano bissexto, no 
dia 29 de fevereiro. 
Quando a letra é sacada a um ou mais meses e meio de 
data ou de vista, contam-se primeiro os meses inteiros. Se o 
vencimento for fixado para o princípio, meado ou fim do mês, 
entende-se que a letra é vencível no primeiro, no dia quinze, ou 
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no último dia desse mês. As expressões "oito dias" ou "quinze 
dias" entendem-se não como uma ou duas semanas, mas como 
um prazo de oito ou quinze dias efetivos. Por outro lado, a 
expressão "meio mês" indica um prazo de quinze dias. 
Por fim, em relação a divergência de calendários, a lei 
observa que se a letra for pagável num dia fixo num lugar em 
que o calendário é diferente do lugar de emissão, a data do 
vencimento é considerada como fixada segundo o calendário do 
lugar de pagamento. Do mesmo modo, quando uma letra sacada 
entre duas praças que em calendários diferentes e pagável a 
certo termo de vista, o dia da emissão é referido ao dia 
correspondentemente do calendário do lugar de pagamento, 
para o efeito da determinação da data do vencimento. 
Vencimento ordinário e extraordinário 
O vencimento pode ser classificado, em regra, como 
ordinário. Ou seja, ocorre o vencimento de acordo com as 
modalidades de vencimento previstas em lei, que subdividem 
em à vista, a certo termo de vista, a certo termo de data e, por 
fim, a dia certo. Contudo, pode ser que o vencimento ocorra de 
forma extraordinária, em razão da falta ou recusa de aceite ou 
da falência do devedor. 
Nesses casos, basta a verificação de que o sacado não 
aceitou ou se recusou a aceitar o título para que se constate sua 
intenção de não se tornar devedor, o que por si só sugere que 
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FAMIG – Faculdade Minas Gerais – Todos os direitos reservados.não é necessário aguardar o vencimento do título para constatar 
o não pagamento. Portanto o título vence antecipadamente, 
quando da falta ou recusa de aceite por ser presumível o não 
pagamento no vencimento ordinariamente previsto. 
Quanto à falência, trata-se de situação extraordinária, pois, 
se decretada a falência do devedor, o direito de crédito será 
exercido de acordo com a legislação falimentar que discriminará 
a ordem de pagamento do título, de acordo com as forças da 
massa falida. Assim, não é necessário aguardar a data do 
vencimento originariamente prevista, eis que, com a falência, 
ocorre uma alteração na relação jurídica havida entre o devedor 
falido e o credor, que passa a ser relação de direito concursal 
falimentar. 
5 PAGAMENTO 
Antes de adentrar nas questões do pagamento, torna-se 
importante recordar o conceito de título de crédito formulado por 
Vivante, segundo o qual consiste no documento necessário para 
o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado. 
Veja-se que para exercer o direito constante do título, 
indispensável sua apresentação. Isto é, para que se possa exigir 
o pagamento, necessário se faz apresentar o original do título ao 
devedor, como regra geral. 
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FAMIG – Faculdade Minas Gerais – Todos os direitos reservados. 
Há de se esclarecer, também, que o título de crédito possui 
uma obrigação classificada como “quérable” ou quesível, 
segundo a qual o devedor não sabe nas mãos de quem está o 
título e, portanto, consiste em obrigação cujo pagamento deve 
ser feito no domicílio do devedor. 
Assim, a letra deve ser apresentada para pagamento pelo 
credor ao devedor no dia do vencimento ou, se for sacada à 
vista, deve ser apresentada em qualquer dia dentro do prazo 
legal. 
O pagamento é considerado extintivo quando feito pelo 
devedor principal do título, pois este pagamento exonera a 
responsabilidade de todos os coobrigados, extinguindo o título, 
que não mais pode circular. 
O pagamento recuperatório, por sua vez, não põe fim ao 
título, posto que é feito por qualquer coobrigado cambiário, tais 
como endossantes, e avalistas, assim como pode ser feito por 
um interveniente que paga em nome de algum coobrigado para 
o nome deste honrar. Em todos os casos estar-se-á diante do 
pagamento recuperatório. 
Como característica elementar, o pagamento recuperatório 
confere àquele que pagou a posição de credor cambiário, motivo 
pelo qual pode recobrar de todos os coobrigados anteriores o 
valor do que pagou. 
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Cabe destacar que o pagamento feito por coobrigado lhe 
confere o direito de cobrar daqueles que o antecedem na cadeia 
de endosso, até chegar ao devedor principal e/ou avalistas, 
descartando-se aqueles obrigados a ele posteriores na cadeia 
de endosso. 
Pagamento Parcial 
O pagamento, em regra, deve ser integral, exigindo aquele 
que pagar a devolução do original do título e a quitação. 
Contudo, não sendo possível o pagamento total, possível é o 
pagamento parcial, observando-se a necessária quitação parcial 
a ser lavrada no título assim como a confecção de quitação em 
documento apartado a ser entregue àquele que pagou. 
Lugar do pagamento 
Como regra, deve a letra conter o lugar onde se deve 
efetuar o pagamento. Contudo, pela teoria da equivalência, 
devidamente positivada na LUG, caso não seja indicado o lugar 
do pagamento, deve-se compreender como tal o lugar indicado 
ao lado do nome do sacado, por se presumir ser este o seu 
domicílio. 
Pagamento por intervenção 
Do mesmo modo que alguém pode intervir para aceitar a 
ordem constante do título em nome de outrem, pode um 
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interveniente realizar o pagamento. Este interveniente pode ser 
indicado no título ou não. 
Assim, o pagamento por intervenção pode realizar-se em 
todos os casos em que o portador de uma letra tenha direito de 
ação na data do vencimento ou antes dessa data. O pagamento 
deve abranger a totalidade da importância que teria a pagar 
aquele por honra de quem a intervenção se realizou. 
Nos casos de intervenção, o pagamento deve ser feito o 
mais tardar no dia seguinte ao último em que é permitido fazer o 
protesto por falta de pagamento. Deve o interveniente indicar em 
nome de quem faz a o pagamento por intervenção. Caso não 
mencione, presume-se que o fez em favor do sacador na letra 
de câmbio ou do emitente na nota promissória. 
Regras de pagamento: 
• A pessoa que paga tem o direito de exigir a entrega do 
título com a declaração de quitação – art. 39, LUG = 
prova pagamento 
• O credor pode recusar o pagamento antes do 
vencimento – art. 40, LUG. Quem paga 
antecipadamente o título de crédito faz sob sua 
responsabilidade. 
• O portador não pode recusar qualquer pagamento 
parcial – art. 39, LUG 
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FAMIG – Faculdade Minas Gerais – Todos os direitos reservados. 
Objeto do pagamento – pelo princípio da literalidade, o 
pagamento deverá abranger o valor que está escrito no título – 
teor literal do documento. Encargos como: multas, juros 
remuneratórios e etc – só poder é ser exigida se estiver 
expressamente prevista no título. 
Juros moratórios 
A taxa de juros aplicável às notas promissórias e letras de 
câmbio é de 1% (um por cento) ao mês. Essa é a regra geral 
prevista no art. 161, §1º, do Código Tributário Nacional. 
A matéria foi regulamentada pela LUG, em seu Anexo I. 
Entretanto, o Brasil adotou a reserva do art. 13, do Anexo II, que 
remeteu a questão para as normas do direito interno. No que 
toca às normas relativas a taxa de juros, encontra-se a previsão 
no artigo 406 do Código Civil. Este artigo que estabelece a taxa 
que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos 
devidos à Fazenda Nacional é a regra geral. A previsão da taxa 
para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda 
Nacional está no art. 161, §1º, do Código Tributário Nacional. 
Assim, por remição do Anexo II ao art. 406 do Código Civil 
e, deste ao art. 161, §1º, do CTN, os juros de mora são 
calculados à taxa de um por cento ao mês. 
PRIMEIRA E A SEGUNDA TURMA DO STJ e PARTE DA 
DOUTRINA: A taxa cobrada em razão da mora pela Fazenda 
Títulos de Crédito Página 14 
 
 
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Nacional (prevista no art. 406, CC) é a SELIC. Imprecisa pela 
sua variação constante. 
TERCEIRA E QUARTA TURMA DO STJ - CTN, Art. 161, 
§1º - define a taxa de juros moratório de 1% ao mês 
Entendimento mais razoável, tendo em vista se tratar de uma 
taxa certa. 
A divergência entre as seções do STJ foi resolvida por meio 
dos embargos de divergência no recurso especial nº 727.842, 
onde a corte especial entende que os juros de mora decorrentes 
do descumprimento de obrigação civil serão calculados 
conforme a taxa SELIC. 
Ainda há divergência 
Juros remuneratórios: 
São aqueles que não decorrem automaticamente da lei e, 
para serem exigidos, é essencial que estejam previstos no 
documento. 
Porém, nem sempre é possível a sua pactuação. 
Títulos atípicos: O código Civil considera não escrita 
(art.890) 
Cheque: também, considera-se não escrita (art.10 – Lei 
7.357/85) 
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Letra de câmbio e Nota promissória: é possível somente 
nos vencimentos à vista ou a certo termo de vista (5º, LUG) 
Prescrição da nota promissória e da letra de câmbio 
O título de crédito, como título executivo extrajudicial, pode 
ser executado caso não sobrevenha o pagamento quando do 
vencimento. Analisando o Anexo I, o Anexo II e, ainda, o Código 
Civil, tem-se para as notas promissórias e letras de câmbio (os 
demais títulospossuem prazos específicos) os seguintes prazos 
prescricionais: 
a) Prazo de 3 anos para executar o emitente da nota 
promissória ou o aceitante da letra de câmbio; 
b) prazo de 1 ano, contado do protesto realizado em tempo 
hábil, para ajuizamento das ações do portador do título contra os 
eventuais endossantes, o sacador da letra de câmbio e 
quaisquer avalistas; 
c) Prazo de 6 meses contado do dia em que o endossante 
que pagou o título ou foi acionado possa demandar contra outros 
endossantes ou contra o sacador. 
Neste último caso, verifica-se uma questão prática 
delicada. Um endossante que eventualmente venha a ser 
acionado judicialmente pode, diante da morosidade da Justiça 
brasileira, sequer ser citado em 6 meses. Se isso ocorrer, o 
endossante, ao ser citado após o decurso de 6 meses do 
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ajuizamento da ação terá prescrito seu direito de cobrar dos 
outros endossantes ou do sacador. 
6 INFOGRÁFICO 
 
7 DICA DO PROFESSOR 
Juros moratórios 
A taxa de juros aplicável às notas promissórias e letras de 
câmbio é de 1% (um por cento) ao mês. Essa é a regra geral 
prevista no art. 161, §1º, do Código Tributário Nacional. 
A divergência entre as seções do STJ foi resolvida por meio 
dos embargos de divergência no recurso especial nº 727.842, 
onde a corte especial entende que os juros de mora decorrentes 
do descumprimento de obrigação civil serão calculados 
conforme a taxa SELIC. 
Ainda há divergência. 
 
 
Títulos de Crédito Página 17 
 
 
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8 EXERCÍCIOS 
1. Quais são as modalidades de vencimento dos títulos de 
Crédito? Explique. 
2. O que é vencimento ordinário? Explique. 
3. O que é vencimento extraordinário? Explique. 
4. Quais são as modalidades de pagamento? Explique. 
5. Qual é o lugar do pagamento? Explique. 
6. O credor de um título de crédito pode recusar o pagamento 
parcial no seu vencimento? Explique. 
7. Pode ser omitida a data de vencimento do título de crédito? 
Explique. 
8. O que são juros remuneratórios? Explique. 
9. O que são juros moratórios? Explique. 
 
9 NA PRÁTICA 
A 11ª. Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais 
(TJMG) extinguiu a execução de um cheque no valor de R$ 24 
mil, por avaliar que a dívida era oriunda de um empréstimo entre 
particulares, com taxas de juros que caracterizavam prática de 
agiotagem. 
Reportagem: 
https://www.otempo.com.br/cidades/tj-anula-execucao-de-
cobranca-por-constatar-pratica-de-agiotagem-1.795097 
https://www.otempo.com.br/cidades/tj-anula-execucao-de-cobranca-por-constatar-pratica-de-agiotagem-1.795097
https://www.otempo.com.br/cidades/tj-anula-execucao-de-cobranca-por-constatar-pratica-de-agiotagem-1.795097
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10 SAIBA + 
Julgados que discutem a aplicação de juros remuneratórios 
em títulos executivos extrajudiciais: 
1º Julgado: 
https://tj-sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/14832680/apelacao-
apl-991090531443-sp/inteiro-teor-103153627?ref=juris-tabs 
2º Julgado: 
http://www.tjpi.jus.br/themisconsulta/pdf/20407955 
11 AULA REMOTA 
 Aqui você terá a oportunidade de assistir a nossa 
aula remota: 
• Aula do dia 24.03.2021 – turno da manhã. 
• Aula do dia 24.03.2021 – turno da noite. 
 
 
Durante o percurso, estarei sempre a sua disposição para 
auxílio. De todo modo, é útil lembrar que a caminhada é de cada 
um e, por vezes, você poderá sentir-se solitário. É assim mesmo. 
https://tj-sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/14832680/apelacao-apl-991090531443-sp/inteiro-teor-103153627?ref=juris-tabs
https://tj-sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/14832680/apelacao-apl-991090531443-sp/inteiro-teor-103153627?ref=juris-tabs
http://www.tjpi.jus.br/themisconsulta/pdf/20407955
Títulos de Crédito Página 19 
 
 
FAMIG – Faculdade Minas Gerais – Todos os direitos reservados. 
A essa altura da vida, você já deve saber que a aprendizagem é 
um processo solitário e doloroso; isso porque faz pensar e afasta 
certezas, para a construção de um novo conhecimento. É assim 
que a gente aprende. Temos várias formas de comunicação, 
individualizada ou coletiva, que poderão ser utilizadas à vontade. 
Tenho a certeza de que, uma vez seguidas as orientações 
constantes no cronograma apresentado, tudo terminará bem. 
Mas não se esqueça de que você será o construtor da sua obra. 
Estaremos, porém, sempre a seu lado para garantir a solidez da 
aprendizagem. 
Vamos trilhar paralelamente os desafios que virão, e espero que, 
no final, o trabalho seja gratificante. 
Carlos Henrique Passos Mairink 
 
BRASIL, Código Civil. (2002). Código Civil: lei 10.406, de 10 de 
janeiro de 2002. Brasília: Senado, 2002. Disponível 
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. 
Acesso em: 31 jul. 2019. 
BRASIL, Lei do Cheque: lei 7.357, de 02 de setembro de 1985. 
Brasília: Senado, 2002. Disponível em:< 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7357.htm#:~:text=LEI
%20No%207.357%2C%20DE%202%20DE%20SETEMBRO%
20DE%201985.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20o%20cheq
ue%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.&t
ext=Art%20.,1%C2%BA%20O%20cheque%20cont%C3%AAm
Títulos de Crédito Página 20 
 
 
FAMIG – Faculdade Minas Gerais – Todos os direitos reservados. 
%3A&text=Par%C3%A1grafo%20%C3%BAnico%20%2D%20A
%20assinatura%20do,chancela%20mec%C3%A2nica%20ou%
20processo%20equivalente.>. Acesso em: 31 jul. 2019. 
BRASIL, LUG - Decreto nº 57.663, de 24 de janeiro de 1966, 
que Promulga as Convenções para adoção de uma lei uniforme 
em matéria de letras de câmbio e notas promissórias. Brasília: 
Senado, 2002. Disponível em:< 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d57663.htm
>. Acesso em: 31 jul. 2019. 
BULGARELLI, Waldiro. Títulos de Crédito, 1ª Ed, São Paulo. 
Saraiva, 2010. 
COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de direito comercial: direito 
de empresa– 23. ed. – São Paulo : Saraiva, 2011. 
FAZZIO JUNIOR, Waldo. Manual de direito comercial, 17 ed. 
São Paulo: Atlas, 2016. 
MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial - 10. ed . 
São Paulo: Atlas, 2015. 
ROSA JUNIOR, Luiz Emygdio da. Títulos de Crédito. 4 ed. Rio 
de Janeiro: Renovar, 2006. 
TOMAZETTE, Marlon. Curso de direito empresarial: Títulos de 
crédito – volume 2 - 9.ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 
2018.TOMAZETTE, Marlon. Curso de direito empresarial: 
Títulos de crédito, v. 2 - 8. ed. rev. e atual. – São Paulo: Atlas, 
2017.

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