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Preparo coroas metalocerâmicas e cerâmicas

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Princípios gerais do preparo cavitário para restaurações indiretas 
O sucesso do tratamento com prótese parcial fixa (PPF) é determinado por 3 critérios: longevidade da prótese, saúde pulpar e gengival dos dentes envolvidos e satisfação do paciente, devendo seguir três princípios fundamentais para um preparo correto: Princípios mecânicos, biológicos e estéticos.
·	Princípios mecânico: Diz a respeito da retenção, resistência, rigidez estrutural e integridade marginal da prótese. 
- Retenção: O preparo deve apresentar características que impeçam o deslocamento axial da restauração quando submetida a forças de tração(exercidas por alimentos pegajosos) durante a função mastigatória. Desse modo, retenção é a qualidade que uma prótese apresenta de atuar contra as forças de deslocamento ao longo de sua via de inserção.
A retenção depende do contato existente entre as superfícies externas do dente preparado e as superfícies internas da restauração, denominado retenção friccional. Quanto mais paralela as paredes axiais do dente preparado, maior será a retenção friccional da restauração, entretanto esse aumento exagerado da retenção friccional dificulta a cimentação em função da resistência ao escoamento do cimento, o que impede o seu assentamento final, causando desajuste oclusal e cervical da restauração. É necessário então ter uma expulsividade miníma não sendo totalmente paralelas para permitir o adequado escoamento do cimento. A ação conjunta da retenção friccional e do agente cimentante serão responsáveis pela retenção da restauração, por meio da interposição de cimento nas irregularidades existentes entre as paredes do preparo e a superfície interna da restauração (imbricamento mecânico). Retenção friccional + agente cimentante = adequada retenção da restauração.
Sendo assim, é importante que a técnica de cimentação seja realizada corretamente e as paredes do preparo apresentem inclinações capazes de suprir as necessidades de retenção e escoamento do cimento.
No preparo intracoronário, as paredes axiais são ligeraimentes divergentes para oclusal para conseguir assentar a restauração e permitir o escoamento do cimento. Nos preparos extracoronários, para ter essa expulsividade as paredes precisam estar convergentes para oclusal, sendo ligeiramente crônico com sua base mais larga que a porção oclusal para adaptação da coroa e escoamento do cimento. 
Quanto maior a área do preparo, maior a retenção. Sendo assim, uma coroa no molar será mais retentiva que uma no pré-molar em função da área de superfície para o imbricamento mecânico com a película de cimento. Assim como em coroas longas, pois possuem uma maior superfície de contato, devendo aumentar a inclinação das paredes convergendo para oclusal para promover um bom escoamento do cimento. Em coroas curtas, por ter menor superfície de contato, deve-se fazer uma inclinação próxima ao paralelismo ou lançar mão de meios de retenção adicionais, como o uso de canaletas e sulcos para obter uma boa retenção friccional e escoamento adequado do cimento.
A retenção também depende do eixo de inserção, quanto maior o número de eixos de inserção, menor retenção a coroa terá. É NECESSÁRIO QUE A COROA TENHA APENAS UM EIXO DE INSERÇÃO. A presença de sulcos canaletas em preparos excessivamente cônicos também é importante para reduzir a possibilidade de deslocamento da coroa, e sua inserção e remoção em uma única direção.
O QUE REALMENTE DEFINE A RETENÇÃO E ESTABILIDADE É A FORMA GEOMÉTRICA DO PREPARO.
- Estabilidade/ Resistência: Previne o deslocamento da restauração quando submetida a forças oblíquas (laterais), que podem provocar a rotação da restauração. Toda vez que imprime-se uma força oblíqua, como ocorre durante o ciclo mastigatório, ou quando há parafunção, a coroa tende a girar em torno de um fulcro, cujo raio forma um arco tangente nas paredes opostas do preparo, fazendo com que o cimento seja submetido as forças de cisalhamento, que podem causar sua ruptura, e consequentemente iniciar o processo de deslocamento da protese. 
-> Fatores que estão diretamente relacionados com a área de resistência do preparo ao deslocamento: 
1) Magnitude e direção da força
Forças de grande intensidade e direcionadas lateralmente aumentam a possibilidade de deslocamento da prótese (movimentos de lateralidade, cachimbos..)
2) Relação altura/largura do preparo
Quanto maior a altura das paredes (40% maior que a largura), maior a área de resistência e estabilidade do preparo para impedir o deslocamento da prótese quando submetida a forças laterais. Mas se a largura for maior que a altura, as paredes não ofereceram uma forma de resistência adequada. É importante que o preparo seja pelo menos igual a sua altura, ou tentar fazer o preparo mais alto em coroas curtas para alcançar uma estabilidade. Quando isso não for possível, deve-se criar canaletas e lançar mão do paralelismo para criar áreas de resistência ao deslocamento. 
3) Integridade do dente preparado
A porção coronal íntrega tanto em estrutura dentária, como em núcleo metálico ou em resina, resiste melhor às forças oblíquas do que aquelas parcialmente restauradas ou destruídas. 
A resistência à rotação em um preparo excessivamente cônico pela parede do preparo só ocorre após um grande deslocamento, podendo causar infriltrações de fluídos bucais no cimento exposto no deslocamento, até um dia que com uma força mínima, a coroa solta. 
- Rigidez estrutural: O preparo precisa permitir que a coroa tenha espessura adequada para suportar as tensoes mastigatorias, não sofrer uma fratura, não compremeter a estética e o tecido periodontal. O desgaste deve ser feito seletivamente de acordo com as necessidades estéticas da restauração.
- Integridade marginal: As coroas precisam estar o mais adaptada possível, deixando a linha de cimentação o mais fina possível na interfaçe entre o dente-restauração, para que a prótese possa permanecer em função o maior tempo possível na boca. É necessario fazer uma modalgem bem feita para que o técnico de protese consiga um modelo de gesso que represente bem o preparo e consiga fazer uma coroa bem adaptada. 
A maior porcentagem de fracassos das PPF's devem-se a presença de cárie que só se instala na presença bacteriana. O desajuste marginal desempenha um papel fundamental nesse processo, pois quando não é feito de maneira adequada o cimento sofre degradação marginal, criando um espaço entre o dente-restauração permitindo o acúmulo de placa, o que também contribui para instalação da doença periodontal. 
A linha de terminação do preparo precisa ser nitída e regular. Não pode invadir muito a gengiva pois pode inflamar e ai não consegue moldar de maneira adequada devido ao sangue e aos liquídos ali presentes. Deve-se fazer com uma profundidade adequado na gengiva. 
·	Princípios Biológicos
- Preservação da saúde pulpar: A literatura tem mostrado que os elementos dentários restaurados com coroas totais podem sofrer danos pulpares, pois aproximadamente 1 a 2 milhões de túbulos dentinários são expostos quando o dente é preparado. Sendo assim, deve-se levar em consideração a qualidade das pontas diamantadas (precisam estar com um bom poder de corte); qualidade da caneta de alta rotação (funcionamento adequado e saída de água), lançar mão de um preparo conservador (com desgaste adequado, pois se for ineficiente pode causar sobrecontorno, trazendo problemas estéticos e periodontais) e se atentar com a reação exotérmica dos materiais empregados, como a resina acrílica (principalmente durante a confecção de coroa provisória), permeabilidade dentinária, com o calor gerado durante a técnica do preparo, e o grau de infiltração marginal. 
- Preservação da saúde periodontal: 
É importante que a localização do término cervical permita que o paciente possa higienizar corretamente o dente, e que o profissional possa controlar os procedimentos clínicos. E para que isso aconteça, é necessário que o preparo estenda-se o mínimo necessário dentro do sulco gengival, para não alterar a biologia do tecido gengival. 
O términocervical no nivel gengival não é indicado pois prejudica a estética da restauração e pode facilitar a instalação de cárie, pois é na área cervical dos dentes que a placa se deposita com maior intensidade. 
É necessário respeitar o espaço biológico (do fundo do sulco gengival a ponta da crista óssea). Estruturas da gengiva não se adere a ceramica igual as estruturas dentarias, se invadir o espaço pode inflamar e agredir a gengiva;
Termino do preparo: 0,5-1,0 mm intrasulcular (no sulco gengival).
Se invadir : gengivotomia (aumento de coroa clinica), abaixar a crista óssea vestibular (se abaixar a gengiva desce junto, reestabeleecendo o espaço biologico) , se nao abaixar a crista a gengiva cresce de novo no lugar excisado. se for em regiões esteticas nao funciona bem pois a coroa fica muito longa. 
2º solução: tracionamento ortodôntico do dente. 
Fatores que afetam a saúde periodontal:
- Higiene Oral
- Forma e contorno da prótese (não pode ter sobrecontorno e comprimir a gengiva)
- Localização da margem cervical do preparo (intrasulcular, de 0,5 a 1,0mm)
·	Princípios estéticos 
- Saúde periodontal: (gengiva sadia, com contorno adequado, coloração rósea, com aspecto de casca de laranja);
- Preparo adequado: nível gengival e nitidez do término sem irregularidades (irregularidades podem abrigar bacterias que vão despejar detritos tóxicos na gengiva, inflamando-a; lembrar de fazer as vertentes triturantes e lisa de maneira adequada, se não a espessura do material restaurador fica baixa, atrapalhando a translucidez do dente e assim afetando a estética devido a presença do metal em baixo da ceramica).
O termino da coroa cerâmica pode ficar mais aquem do fundo do sulco que a metaloceramica, pois por ser mais lisa, ela impede o acumulo de muitas bactérias deixando a gengiva mais sadia 
- Forma, contorno e cor da prótese
·	Término cervical das restaurações indiretas
Bísel: realizado com uma broca tronco-cônica, principalmente em restaurações parciais metálicas, fazendo um corte reto. (não é mais utiizado)
- Chenferete: Feito com uma ponta diamantada cilindrica ogival (broca torpedo 2214 e/ou 3215), deixando um segmento arredondado na margem cervical. A junção entre as paredes axial e gengival é feita por um segmento de círculo de pequena dimensão, com espessura suficiente para acomodar somente metal. (Está caindo em desuso pois não se usa mais restaurações ceramicas e metaloceramicas com cintas metalicas). Possui 0,5 mm de desgaste na região cervical. 
	Indicações: coroas metálicas e com o término cervical nas faces linguais e metades linguo-proximais de coroas metalocerâmicas quando possuem uma cinta metálica. 
- Chanfrado: Junção entre as paredes axial e gengival é feita por um segmento de círculo com espessura suficiente para acomodar metal e cerâmica. Possui 0,7mm de profundidade. É considerado pela maioria dos autores como o término cervical ideal porque permite uma espessura adequada para as facetas estéticas de cerâmica ou resina e seus suporte metalicos, facilitando a adaptação da peça fundida e o escoamento do cimento. Se não fazer de maneira adequada pode causar sobrecontorno na gengiva e inflamá-la. ogival (broca torpedo 2214 e/ou 3215)
	-Vantagens: Melhor escoamento do cimento, facilita a adaptação da peça fundida, é mais conservador do que o preparo em ombro. 
	-Desvantagens: Desgaste mais acentuado em relação ao chanferete
	-Indicação: Face vestibular e metades vestibulo-proximais de coroas metalocerâmicas; Área de proteção de cúspide vestibular e lingual de restaurações tipo MOD; Coroa metalocerâmica sem cinta metálica (indicação principal). 
	*Chanfrado profundo: Mais indicado quando se faz porcelana pura. Usa a 1º broca torpedo e depois a broca tronco-cônica, que aumenta o círculo e a quantidade de material restaurador.
- Ombro ou Degrau: Término onde a parede axial do preparo forma um ângulo de 90º com a parede cervical. Pode ser arredondada (indicada para cerâmicas, pois ela não tolera angulos vivos), angulos vivos para restaurações metálicas. Pontas diamantadas MF (metalfree) para fazer o ombro como a 3098MF
	Vantagens: confere rigídez ao material (cerâmica); Linha de terminação nítida e definida;
	Desvantagens: Exige maior desgaste dentário; Dificula o escoamento do cimento. 
	Indicações: Preparos para coroas cerâmicas (1,0 a 1,2 mm de espessura); Preparas para coroa metalocerâmica com ombro estético em porcelana.
- Ombro ou degrau biselado: Indicadas para coroas metalocerâmicas em ouro. Não é utilizado atualmente.
·	Preparo de coroas metalocerâmicas
Um dos objetivos básicos de qualquer técnica de preparo com finalidade protética deve ser a simplificação dos procedimentos, ou seja, a racionalização da sequência de preparo e das pontas diamantadas usadas. 
- Técnica da Silhueta: Sequência de passos padronizados para a execução de preparos dentais. Permite ao operador uma noção real da quantidade do dente desgastado, pois é executada inicialmente o preparo na metade do dente, preservando-se a outra metade para avaliação. Também parte do príncipio da necessidade de conhecer o diâmetro ou a ponta ativa das brocas a serem utilizadas para o controle da quantidade de desgaste do elemento dentário a ser preparado, além da realização de sulcos de orientações executados com pontas diamantadas específicas para o tipo de coroa protética.
- Pontas diamantadas utilizadas: 
A: Broca esférica 1014, com diâmetro de 1,4mm;
B: Extremidade ogival com 1,2mm de diâmetro;
C: Forma de pera;
D: Tronco-cônica fina;
E: Extremidade plana;
F: Extremidade em forma de chama;
G: Extremidade arredondada com 1,2mm de diâmetro;
H: Extremidade plana com borda arredondada.
·	Indicações para Coroa Total Metalocerâmica
- Elementos isolados, retentores e pônticos de próteses parciais fixas em dentes anteriores e posteriores que necessitam de cobertura total.
- Retentores de próteses removíveis, em dentes anteriores e posteriores que necessitam de cobertura total. 
·	Técnica de preparo em dentes posteriores
- Sulco marginal cervical: A função básica de iniciar o preparo pela confecção desse sulco é estabelecer, já no início do processo o término cervical em chanfrado.
Esse procedimento tem a função de guiar a quantidade de desgaste e a forma do término do preparo. O sulco é realizado nas faces vestibular e lingual, até chegar próximo ao contato com o dente vizinho. Na ausência de contato proximal, o sulco deverá se estender para as faces proximais. É realizado da seguinte maneira:
- Broca: Ponta diamantada 1014;
- Desgaste: 0,7mm;
- Localização: Próximo a margem cervical na face vestibular palatina; 
- Inclinação: 45º
* Se o limite cervical do preparo for se estender subgengivalmente, o sulco marginal deve ser confeccionado no nível da margem gengival. Se for aquém do nível gengival, o sulco deve ser localizado supragengivalmente no nível desejado. 
-Sulcos de orientação longitudinais: A melhor maneira de controlar a quantidade de desgaste de acordo com as necessidades estéticas e mecânicas do preparo é a confecção dos sulcos de orientações, que deverão ser iniciadas primeiramente em uma das metades do dente. 
> Vestibulares e Linguais:
- Broca: Ponta diamantada de extremidade ogival 2215 ou 3216;
- Desgaste do sulcos vestibulares: 1,2mm;
- Desgaste do sulcos linguais: 1,2mm;
- Inclinação: 1º e 2º inclinação 
Primeiramente, são feito dois sulcos na face vestibular, correspondentes ao diâmetro da ponta diamantada, um no meio e outro próximo a face proximal, seguindo o plano de inclinação da face, um correspondente ao terço mediocervical e outro ao terço medioclusal, para obter o desgaste necessário para acomodação do metal e da cerâmica. A inclinação do terço mediocervical (1º inclinação) deve ficar entre 2 a 5º, a fim determinar uma área de retenção friccional para a prótese; já no terço mediooclusal (2º inclinação) deve ser de 5 a 10º, com o objetivo de facilitar os procedimentos de colocação, remoção e adaptação das coroas provisórias e definitivas. Repete-se o passo na face lingual, com a excessão de possuirinclinação única. 
> Oclusais:
- Broca: Ponta diamantada de extremidade ogival 2215 ou 3216;
- Desgaste: Coroas curtas: 1,2mm; Coroas longas: 1,5mm.
- Inclinação: Paralela à inclinação das vertentes.
Na face oclusal, os sulcos devem ser feitos acompanhando o plano de inclinação das vertentes lisas e triturantes das cúspides vestibulares e linguais.
- Desgaste proximal:
- Broca: Ponta diamantada trônco-cônica 3203 ou 2200;
- Inclinação: Paralelo ao eixo do dente;
- Desgaste: Em fatia.
Nessa etapa, procede-se à eliminação da convexidade natural dessa área com uma ponta diamantada tronco-cônica fina. Os desgastes proximais devem terminar no nível gengival e deixar as paredes proximais paralelas entre si. Deve ser realizado até que se tenha uma distância minima de 1mm entre o término cerivcal do dente preparado e o dente vizinho, para possibilitar a acomodação da papila interproximal. 
- União dos sulcos de orientação: Realiza-se com a mesma ponta diamantada utilizada para confecção dos sulcos, mantedo-se a relação de paralelismo previamente obtida. Nessa fase acentua-se o desgaste de 1,2mm até metade das faces proximais. Após a união dos sulcos, tem-se a metade do dente preparado, o que permite a avaliação da quantidade de área desgastada em relação a metade íntegra. Se necessário, as correções deverão ser feitas nessa fase. Compare com o dente antagônico para certificar se há espaço necessário para acomodar o metal e a cerâmica. Em seguida, prepara-se a outra metade íntegra, repetindo todos os passos já citados. 
- Broca: 2215 ou 3216;
- Inclinação: Seguindo as inclinações anteriores;
- Desgaste: Manter o desgaste de 1,2mm.
- Acabamento: 
- Término intra-sucular: O término em chanfrado é feito usando apenas metade da ponta ativa da ponta diamantada. O posicionamento correto da broca para estender o preparo intra-sucular deve ser feito deixando metade de seu diâmetro em contato com o dente e a outra metade em contato com o epitélio sucular. Não se deve encostar a ponta diamantada nas paredes axiais para a execução desse procedimento pois corre o risco de obter um término irregular. A profundidade deve ser de 0,5 a 1mm. Broca 4138FF ou 2135FF
- Aumento do desgaste cervical: Torna-se necessário aumentar a quantidade de desgaste na região cervical para finalizar o término cervical do preparo.
- Alisamento das paredes: Utiliza-se as mesmas brocas usadas para dar o formato as faces, em baixa rotação, arrendondando todas as arestas e eliminando áreas de esmalte sem suporte e irregularidades. Brocas de aço multilaminadas também são usadas, em baixa rotação, para definir melhor o término cervical e facilitar a adaptação da coroa. 
- Arredondamento dos ângulos
-> Quando o desgaste na região das inclinações é insuficiente pode ocorrer:
- Sobrecontorno da coroa nessa região, prejudicando a forma;
- Espessura insuficiente de cerâmica que acarreta transparência do metal subjascente prejudicando a estética;
- Espessura insuficiente do metal, levando prejuízos na resistência da coroa.	 
·	Técnica de preparo em dentes anteriores
- Sulco marginal cervical:
- Broca: Ponta diamantada 1014;
- Desgaste: 0,5 a 0,7mm;
- Localização: Próximo a margem cervical na face vestibular palatina; 
- Inclinação: 45º
- Sulco de orientação longitudinais:
> Vestibular
- Broca: Ponta diamantada de extremidade ogival 2215 ou 3216;
- Desgaste: 1,2mm;
- Inclinação: Seguir inclinação mediocervical e medioincisal. (Na face lingual, apenas a medio cervical). 1º inclinação MC: 2 - 5 graus. 2º Inclinação: MI 5 - 10 graus.
> Cíngulo e Concavidade Palatal
- Broca: Ponta diamantada de extremidade ogival 2215 ou 3216 (cíngulo); Ponta diamantada esférica 1014 (concavidade palatal;
- Desgaste: 1,2mm;
- Inclinação: seguir inclinação da face.
> Incisais
- Broca: Ponta diamantada de extremidade ogival 2215 ou 3216;
- Desgaste: 1,5 a 2mm; (Abaixo de 1mm de espessura de porcelana, a cor é difícil de ser reproduzida e é influenciada pela cor da camada de opaco, dificultando a translucidez caracterísica da região incisal, por isso o desgaste é mais acentuado)
- Inclinação: - Superior: inclinação para lingual
	 - Inferior: inclinação para vestibular
- Desgaste proximal: 
- Broca: Ponta diamantada trônco-cônica 3203 ou 2200;
- Inclinação: Paralela ao longo eixo do dente;
- Desgaste: Em fatia.
- Desgaste palatino (concavidade palatal): 
- Broca: Ponta diamantada 3118
- Desgaste: 1,2mm.
Repete-se a união dos sulcos de orientação, desgaste da outra metade íntegra e acabamento citados anteriormente. 
- Características finais da coroa total metalocerâmica:
- Redução uniforme das superfícies vestibular, lingual e oclusal de aproximadamente 1,2 a 1,5mm;
- Paredes axiais convergentes para oclusal;
- Inclinação aproximada de 2 a 5º graus no terço cervical de todas as faces;
- Maior inclinação de 5 a 10º nas faces V e L;
- Término cervical em chanfrado;
- Espaço inter-oclusal adequado (1,2 a 1,5mm).		
·	Coroa Total Metálica
- Indicações: Elemento isolado ou retentor de prótese fixa, em dentes que necessitam de cobertura total, onde não é possível preparar para coroa cerâmica ou metalocerâmica, e o fator estético não é fundamental (2º e 3º molares)
-Precisa de espaço só para metal;
- Desgaste menor;
-Término em chanferete
·	Coroa Total Cerâmica
Sistemas Cerâmicos
- Possuem propriedades ópticas muito semelhantes às das estruturas dentárias;
- São excelentes isolantes, com baixa condutividade térmica e elétrica;
- Inércia química (não trocam íons com o meio), pouco solúveis e resistentes à corrosão;
- Boa estética.
São classificadas em:
- Cerâmica rica em Sílica - Feldspática; (não indícada para coroa total, apenas parcial. são cerâmicas convencionais).
- Cerâmica rica em Alumina;
- Cerâmica rica em Zircônia;
- Cerâmica rica em Leucita;
- Cerâmica rica em Dissilicato de Lítio
- Cerâmica rica em Sílica - Feldspática
São as cerâmicas dentárias convencionais, obtidas por meio da fusão de óxidos em alta temperatura, resultando em núcleos cristalinos não incorporados à matriz vítrea, que atuam como arcabouço de reforço, tornando-as muito mais resistentes que os vidros comuns. Também chamadas de PORCELANA.
- São muito estéticas, porém o comportamento mecânico é pouco plástico e sensivelmente friável 
- Possui módolo de elasticidade muito alto
-> Mecanismos de reforço para serem usadas em coroas totais:
-Suporte interno (a própria estrutura dental e a adesão da porcelana e o dente), com resistência adequada e união afetiva às suas estruturas cerâmicas de modo a transmitir as tensões de um substrato ao outro.
	- Subestrutras metálicas (coroa metalocerâmica);
	- Subestruturas cerâmicas (copping com cerâmica feldspática em cima)
- Cerâmica rica em Alumina
A incorporação de óxido de alumínio melhora de forma significativa as propriedades mecânicas da cerâmica;
Apresenta excelente resistência à flexão, porém a alta concentração de alumina reduz a translucidez com consequente empobrecimento das qualidades ópticas da cerâmica (sendo assim, somente para ser usada como subestrutura de coping);
Não deve ser usada como uma cerâmica de cobertura, apenas como subsetrutura cerâmica
- Copings aluminizados infiltrados por vidro com até 97% de agregação de óxidos de alumínio possuem alta resistência e podem substituir as infraestruturas metálicas;
- São indicadas para coroa totais e próteses fixas de até 3 elementos.
- Cerâmica rica em Zircônia
Sistemas baseados no composto Y-TZP, que os torna em sistemas de alta resistência. É considerada a cerâmica de MAIOR RESISTÊNCIA.
São indicadas para coroas unitárias e próteses fixas, podendo ser confecionado apenas o coping ou toda a coroa (coroa monolítica).
O coping tem opalescência, mas não tem fluorescência (problema da zircônia).
- Cerâmica rica em Leucita
Na microestrutura, os cristais de leucita (35 a 55%) com tamanho variando entre 1 a 5um estão dispersos na matriz vítrea e funcionam como arcabouço de reforço para a estrutura cerâmica.
São bastante estéticas, indicadas para coroas metálicas unitárias e coroas parciais.(feldspaticas mais estéticas, não há possibilidade de fazer próteses fixas)
- Cerâmica rica em Dissilicato de Lítio
A fase cristalina que se forma é um dissilicato de lítio e compõe 70% do volume da cerâmica vítrea. Tem ótima resistência.
Apresenta uma microestrutura que consiste em muitos cristais pequenos entremeados, que são orientados aleatoriamente, esses cristais. em forma de agulha, aumentam a resistência à flexão da cerâmica pois impedem a propagação de trincas.
São utilizadas para coroas totais, parciais e pontes fixas, além de serem as mais utilizadas atualmente, pela sua estética e versatilidade (pode ser usada no sistema CAD-CAM, escolhendo sua anatomia no computador).
- Preparo para coroa total cerâmica
O preparo tem o objetivo de suportar as margens da restauração, com distribuição uniforme das tensões, sem pontos de concentração de tensões.
- Um volume excessivo de porcelana tem efeito adverso na resistência (pode fraturar);
- O preparo deve fornecer suporte para a porcelana.
- O preparo deve seguir a inclinação correta, o mais próximo do paralelismo, pois quando ele está muito inclinado as tensões são transmitidas através da porcelana devido ao suporte insuficiente dado pelo preparo, podendo gerar fraturas;
- O término cervical é em ombro arredondado, não podendo ser em chanferete ou chanfrado pois ele não obtem a espessura adequada de cerâmica na cervical, podendo gerar fraturas;
- O preparo não pode ter ângulos vivos e pontiagudos pois há concentração de tensões, podendo fraturar a cerâmica.
- Preparos curtos não oferecem resistência, ocorrendo uma concentração de tensões na região do ombro, causando fraturas.
·	Técnica de preparo de coroa total em dentes anteriores
- Sulco marginal cervical:
- Broca: Ponta diamantada 1014;
- Desgaste: 0,7mm;
- Localização: Próximo a margem cervical na face vestibular palatina; 
- Inclinação: 45º
- Sulco de orientação longitudinais:
> Vestibular
- Broca: Ponta diamantada cilindrica de extremidade arredondada 3146 ou 3098MF;
- Desgaste: 1,2mm;
- Inclinação: Seguir inclinação mediocervical e medioincisal
> Cíngulo e Concavidade Palatal
- Broca: Ponta diamantada cilindrica de extremidade arredondada 3146 ou 3098MF
(cíngulo); Ponta diamantada esférica 1014 (concavidade palatal);
- Desgaste: 1,2mm;
- Inclinação: seguir inclinação da face.
> Incisais
- Broca: Ponta diamantada cílindrica de extremidade arredondada 3146 ou 3098MF;
- Desgaste: 1,5 a 2mm;
- Inclinação: - Superior: inclinação para lingual
	 - Inferior: inclinação para vestibular
- Desgaste proximal: 
- Broca: Ponta diamantada trônco-cônica 3203 ou 2200;
- Inclinação: Paralela ao longo eixo do dente;
- Desgaste: Em fatia.
- União dos sulcos da 1º metade:
- Broca: Ponta diamantada cilíndrica de extremidade arredondada 346 ou 3098MF;
- Inclinação: Seguir as inclinações da face;
- Desgaste: Desgastes anteriores.
- Desgaste palatino (concavidade palatal): 
- Broca: Ponta diamantada 3118
- Desgaste: 1,2mm.
Repete-se o desgaste da outra metade íntegra e acabamento citados anteriormente. 
- Características finais da coroa total cerâmica:
- Redução aproximada das superfícies vestibular, lingual e oclusal de aproximadamente 1,2 a 1,5mm, com convergência máxima de 10º. (Se estiver muito convergente não haverá retenção friccional eficiente)
- Redução incisal de 1,5 a 2,0mm;
- Ângulos arredondados e superfícies lisas e uniformes; 
- Término cervical em ombro de 90º com ângulo axio-cervical arredondado sem bisel (1,0mm)
·	Técnica de preparo de coroa total em dentes anteriores
- Sulco marginal cervical:
- Broca: Ponta diamantada 1014;
- Desgaste: 0,7mm;
- Localização: Próximo a margem cervical na face vestibular palatina; 
- Inclinação: 45º
- Sulco de orientação longitudinais:
> Vestibular
- Broca: Ponta diamantada cilindrica de extremidade arredondada 3146 ou plana 3098MF;
- Desgaste: 1,2mm;
- Inclinação: Seguir inclinação mediocervical e medioincisal
> Lingual
- Broca: Ponta diamantada cilindrica de extremidade arredondada 3146 ou plana 3098MF;
- Desgaste: 1,2mm;
- Inclinação: seguir inclinação da face.
> Incisais
- Broca: Ponta diamantada cílindrica de extremidade arredondada 3146 ou plana 3098MF;
- Desgaste: 1,5 a 2mm;
- Inclinação: Seguir a inclinação das vertentes.
- Desgaste proximal: 
- Broca: Ponta diamantada trônco-cônica 3203 ou 2200;
- Inclinação: Paralela ao longo eixo do dente;
- Desgaste: Em fatia.
- União dos sulcos da 1º metade:
- Broca: Ponta diamantada cilíndrica de extremidade arredondada 346 ou plana 3098MF;
- Inclinação: Seguir as inclinações da face;
- Desgaste: Desgastes anteriores.
Repete-se o desgaste da outra metade íntegra e acabamento citados anteriormente. 
- Características finais da coroa total cerâmica:
- Redução aproximada das superfícies vestibular, lingual e oclusal de aproximadamente 1,2 a 1,5mm, com convergência máxima de 10º. (Se estiver muito convergente não haverá retenção friccional eficiente)
- Redução oclusal de 1,5 a 2,0mm;
- Ângulos arredondados e superfícies lisas e uniformes; 
- Término cervical em ombro de 90º com ângulo axio-cervical arredondado sem bisel (1,0mm)

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