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Projeto Florença

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AUTARQUIA DO ENSINO SUPERIOR DE GARANHUNS 
LEVI SOARES VIEIRA - 3.º PERÍODO NOITE
TURMA “B” 
ACESSO À JUSTIÇA: UMA RELEITURA DA OBRA DE MAURO CAPPELLETTI E BRYANT GARTH 
INTRODUÇÃO 
O acesso à justiça dá vida ao mundo jurídico através da obra produzida por Mauro Capeletti e Bryan Garth, ganhando reconhecimento internacional. Geralmente, três pilares principais foram identificados como barreiras à obstrução de buscar uma solução para um problema jurídico atacando o modelo de estado liberal. O primeiro problema diz respeito à baixa renda das pessoas e à impossibilidade de pagar à custa de uma demanda, seguido pela carência de informações nas quais um dos litigantes não detém conhecimento de ir ao judiciário, atrelada aos procedimentos jurídicos “ineficazes” aos direitos difusos.
· PROJETO FLORENÇA
Com resultados obtidos pelo Projeto Florença (estudo realizado viabilizando os sistemas judiciais de vários países) o acesso à justiça repercute em escala mundial. Tendo a participação das ciências sociais visando ferramentas em prol do cidadão comum de ter garantia ao acesso jurisdicional. 
Sob a égide do Estado Liberal, desigualdades entre os litigantes habituais e eventuais era trivial, onde alguns cidadãos gozavam de maiores privilégios em detrimento da classe menos abastada. Entretanto, com uma demanda significativa dos interesses coletivos e uma ação efetiva estatal para assegurar os direitos dos indivíduos em sociedade, acarretou mudanças no meio litigioso. 
Com as conclusões do projeto, barreiras foram identificadas na aquisição da Justiça parente os demandantes. O primeiro empecilho era o custo para movimentar as causas judiciais e os respectivos honorários advocatícios. Tendo como regra a penalidade ao vencido o ressarcimento das custas, de antemão as pequenas demandas eram mais afetadas, na qual muitas vezes não ingressariam em juízo. 
O tempo também é visto como problema haja visto que a espera por uma decisão jurisdicional poderia perecer e as custas aumentarem significativamente impondo a parte econômica mais frágil a abandonar o processo ou aceitar um acordo com valores inferiores ao que realmente tem direito, atrelando-se a essa problemática o inexequível “apelo” ao judiciário em consequência de direitos difusos lesados. 
· ONDAS RENOVATÓRIAS
Identificados os empecilhos, três propostas conhecidas como Ondas Renovatórias foram criadas para solução ao acesso à Justiça. A primeira onda renovatória, atrela-se a assistência jurídica, seguida pela representação jurídica perante os interesses das partes, e por fim uma especial atenção aos procedimentos empregados nos tribunais.
· PRIMEIRA ONDA
Na primeira onda renovatória de acesso à Justiça as altas custas para entrar e manter um processo e os horários advocatícios foram alvos de críticas pelo presente projeto, cujo propôs soluções tais como: o acesso ao judiciário onde o Estado entraria com recursos para pagamento de advogados que atuavam em prol dos hipossuficientes. 
· SEGUNDA ONDA 
Centrada nos interesses difusos a segunda onda renovatória compreende uma visão coletiva do processo civil, ocasionado uma representatividade satisfatória, assim sendo, mudanças foram necessárias na legislação tento em vista a efetividade dos direitos requeridos pelas partes. 
· TERCEIRA ONDA 
Por fim, a terceira onda renovatória progrediu na contestação de direitos, incluindo instituições, pessoas e procedimentos na prevenção de eventuais disputas, como também meios extrajudiciais tanto na prevenção como solução de fortuitos litígios. 
Após realizado estudo notou-se um avanço no judiciário, elencando problemáticas e propondo ondas renovatórias, devido a sua importância diversos países inclusive o Brasil consagraram a obra de Mauro Cappeletti e Bryant Garth em suas releituras. 
· ACESSO A JUSTIÇA NO BRASIL
No Brasil a primeira onda renovatória tem um maior enfoque com a publicação da Lei n.º 1.060/50, garantindo a isenção de taxas, custas e despesas processuais aos hipossuficientes. 
Segundo a Lei n.º 1.060/50, para gratuidade da justiça bastaria apenas uma comum declaração da situação econômica da parte interessada. Porém, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso LXXIV, a assistência jurídica será apenas gratuita perante aqueles que constarem hipossuficiência de meios financeiros.
Entrando em vigor o novo Código de Processo Civil, os artigos 2.º, 3.º, 4.º, 6.º, 7.º,11, 12 e 17 expressos na lei de gratuidade da justiça foram revogadas, assim a gratuidade chegará não somente as pessoas físicas assim como as pessoas jurídicas, nacionais ou estrangeiras, com recursos escassos para custear as causas e os honorários advocatícios. 
No art. 102 do CPC, diz que após revogada a gratuidade, a parte deverá efetuar o recolhimento de todas as despesas de cujo adiantamento foi dispensada, inclusive as relativas ao recurso interposto, se houver, no prazo fixado pelo juiz, sem prejuízo de aplicação das sanções previstas em lei. 
De forma geral, com todos os avanços na assistência jurídica, ainda hoje, em diversos países inclusive o Brasil tais mecanismos podem ser aprimorados, para que todos os hipossuficientes sejam contemplados de forma gratuita com qualidade. 
· A TUTELA COLETIVA 
É evidente a participação dos direitos difusos, coletivos e individuais na solução de conflitos, entretanto se faz necessário a análise de alguns pontos fundamentais nessa busca pelo acesso à justiça. No Brasil a legitimidade apresenta controvérsias, com maior enfoque ao indivíduo perante a coletividade.
No âmbito público são legitimados o Ministério Público (art. 5.º, I. Lei 7.347/85); a Defensoria Pública (art. 5.º, II, da mesma lei); a União, dos Estados, o Distrito Federal e dos Municípios (art. 5.º, III) e a autarquia, da empresa pública, da fundação ou da sociedade de economia mista (art. 5.º, IV, da Lei n.º 7.347/85). 
Tendo como base o art. 127, caput, da Constituição é assegurado ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, da ordem democrática e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Contudo, o art. 129 expressa apenas os direitos difusos e coletivos, deixando à margem individuais homogêneos.
Em contrapartida, a Defensoria Pública, detém legitimidade prevista na Lei n.º 11.448, de 15 de janeiro de 2007, passando a atuar de forma direta na tutela coletiva. 
· O APERFEIÇOAMENTO DA TÉCINICA JUDICIAL
No território brasileiro é introduzida a tutela antecipada pela Lei n.º 8.952, tendo em vista o emprego de outras formas não eficientes. Em seus artigos 24, X, e 98, I, a Constituição Federal entrevem os juizados especiais, instrumentos que “acolhiam” indivíduos afastados do judiciário pela burocracia enfrentada nos processos. 
Por conseguinte, foram incrementadas mudanças no ordenamento jurídico: em 2004 é implementada, a Emenda Constitucional 45 cuja alterou o art. 102, §2º da Constituição Federal, com ênfase nos juízes, tribunais e a Administração Pública. Em 2006, a Lei n.º 11.276 renumerou o art. 518 do CPC o §1º, no qual o juiz não receberá recursos apelativos estando estes de acordo com o STJ ou STF. 
No mesmo ano, a Lei n.º 11.418 acrescentou os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil tratando para que inúmeros processos chegassem aos tribunais superiores evitando decisões contraditórias e errôneas. 
Em 2010, a Lei n.º 12.322 versa sobre o recurso extraordinário ou especial em agravo, promovendo alteração do CPC/73 no artigo 544. Já em 2014, é aprovado no Senado Federal, o novo Código de Processo Civil, sendo sancionado em 16 de março de 2015, com vacância de um ano. 
· CONTRIBUIÇÃO DO PROJETO 
Com os resultados obtidos através de suas sistematizações o Projeto Florença fez com que o direito processual repercutisse em grande escala. Atualmente são visíveis os avanços conquistados pela obra tais como: o aperfeiçoamento da assistência jurídica, ações coletivas fortalecidas e uma valorização dos meios extrajudiciais na solução de conflitos. 
Toda via com as três ondas renovatórias propostas por Cappelletti visando a soluçãoda problemática ao acesso jurídico, se faz necessário o aprimoramento da justiça visando um atendimento claro, objetivo e conciso diante daqueles que buscam por uma assistência jurídica. Assim entende-se que a obra em questão perdura até hoje, servindo como meio de estudo para futuras pesquisas.

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