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Erro Médico - Slides

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ÉTICA MÉDICA
Gabriel Chagas Brandão de Morais
ERRO MÉDICO
O QUE SEGUIR?
1. Código de ética médica
2. Código civil
3. Código penal
Código de ética médica
Capítulo III
É vedado ao médico:
Art. 1º
‘’Causar dano ao paciente, por
ação ou omissão, caracterizável
como imperícia, imprudência ou
negligência’’
IMPERÍCIA?
IMPRUDÊNCIA?
NEGLIGÊNCIA?
Imperícia
’’Ausência da experiência e da prática 
que são necessárias para o 
desenvolvimento de determinadas 
atividades, sendo essa ausência capaz 
de responsabilizar o agente 
legalmente por possíveis prejuízos.’’ 
(Dicionário aurélio)
Imperícia
Fazer MAL o que deveria ser BEM
feito
Imperícia
Fazer MAL o que deveria ser BEM
feito
A falta de conhecimentos técnico-
científicos para a prática de 
determinados atos.
Imprudência
’’Ação irresponsável; falta de 
observação àquilo que poderia 
evitar um mal.’’ (Dicionário 
aurélio)
Imprudência
FAZER o que NÃO deveria ser 
feito
Negligência
’’ Falta não intencional da 
pessoa que se omitiu no 
cumprimento de um ato 
que lhe foi atribuído.’’ 
(Dicionário aurélio)
Negligência
NÃO fazer o que deveria 
ser feito
Ligue os conceitos
IMPERÍCIA
IMPRUDÊNCIA
NEGLIGÊNCIA
Pessoa que se omitiu no 
cumprimento de um ato que lhe 
foi atribuído
A falta de conhecimentos 
técnico-científicos para a prática 
de determinados atos.
Falta de observação àquilo que 
poderia evitar um mal
Ligue os conceitos
IMPERÍCIA
IMPRUDÊNCIA
NEGLIGÊNCIA
Pessoa que se omitiu no 
cumprimento de um ato que lhe 
foi atribuído
A falta de conhecimentos 
técnico-científicos para a prática 
de determinados atos.
Falta de observação àquilo que 
poderia evitar um mal
Ligue os conceitos
IMPERÍCIA
IMPRUDÊNCIA
NEGLIGÊNCIA
Pessoa que se omitiu no 
cumprimento de um ato que lhe 
foi atribuído
A falta de conhecimentos 
técnico-científicos para a prática 
de determinados atos.
Falta de observação àquilo que 
poderia evitar um mal
Ligue os conceitos
IMPERÍCIA
IMPRUDÊNCIA
NEGLIGÊNCIA
Pessoa que se omitiu no 
cumprimento de um ato que lhe 
foi atribuído
A falta de conhecimentos 
técnico-científicos para a prática 
de determinados atos.
Falta de observação àquilo que 
poderia evitar um mal
ERRO MÉDICO
X
ACIDENTE IMPREVISÍVEL 
X
RESULTADO INCONTROLÁVEL
ERRO MÉDICO
É o dano provocado no paciente pela ação ou inação do médico, no exercício 
da profissão, e sem a intenção de cometê-lo.
ACIDENTE IMPREVISÍVEL
É o resultado lesivo, incapaz de ser previsto ou evitado, qualquer que seja o 
autor em idênticas circunstâncias.
RESULTADO INCONTROLÁVEL
É aquele decorrente de situação incontornável, de curso inexorável, próprio da 
evolução do caso.
ACIDENTE IMPREVISÍVEL
(F. F. Mendes,1989)
J. F., 2 anos, masculino branco, 11 kg de peso, apresentando 
exames pré-operatórios normais, com história de duas cirurgias 
ortopédicas sem intercorrências, foi internado em nosso 
hospital para submeter-se a correção cirúrgica de pé torto 
congênito. Não foi utilizada medicação pré-anestésica.
Ao chegar à sala de cirurgia o paciente apresentava freqüência
cardíaca de 110 bpm e temperatura retal de 36,5°C.
ACIDENTE IMPREVISÍVEL
(F. F. Mendes,1989)
A indução da anestesia foi realizada às 7 h e 40 min, utilizando-
se O2 e N2O a 50% mais halotano em concentrações crescentes 
até 2%. Dez minutos depois, após a injeção de 20 mg IV de 
succinilcolina, efetuou-se intubação orotraqueal sem nenhuma 
dificuldade.
ACIDENTE IMPREVISÍVEL
(F. F. Mendes,1989)
Neste momento a freqüência cardíaca aumentou para 140 bpm, 
com breve período de bigeminismo, que reverteu prontamente 
com hiperventilação e aprofundamento da anestesia. 
Uma hora e cinquenta minutos após o início da cirurgia ocorreu 
aumento gradual da freqüência cardíaca de 120 para 160 bpm, 
em um intervalo de 15 minutos, com ritmo sinusal, 
acompanhado de uma elevação na temperatura para 39°C e de 
taquipnéia.
ACIDENTE IMPREVISÍVEL
(F. F. Mendes,1989)
Síndrome de Hipertermia Maligna
RESULTADO INCONTROLÁVEL
SEPSE
RESULTADO INCONTROLÁVEL
(Surviving sepsis campaign)
RESULTADO INCONTROLÁVEL
(Surviving sepsis campaign)
RESULTADO INCONTROLÁVEL
(Surviving sepsis campaign)
COMO ESSE ASSUNTO É ABORDADO 
NA MÍDIA BRASILEIRA?
Os ricos de morrer são de um 
para 300, enquanto em um 
acidente aéreo ele seria de um 
em 10 milhões de passageiros.
“Já as chances de acontecer um 
erro médico são de uma em dez. 
Isso demonstra que a saúde, em 
geral, ainda tem um longo 
caminho a percorrer”, diz Liam 
Donaldson, da OMS.
UMA VEZ CONSTATADO ERRO 
MÉDICO, QUAL O CAMINHO?
DENÚNCIA!
Código de ética médica
Capítulo VII – Relação entre médicos
É vedado ao médico:
Art. 50. 
‘’Acobertar erro ou conduta antiética de médico’’.
Código de ética médica
Capítulo I – Princípios fundamentais
IV – ‘’Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo 
perfeito desempenho ético da medicina, bem 
como pelo prestígio e bom conceito da 
profissão.’’
Código de ética médica
Capítulo I – Princípios fundamentais
XVIII – ‘’O médico terá, para com os colegas, 
respeito, consideração e solidariedade, sem se 
eximir de denunciar atos que contrariem os 
postulados éticos.’’
Resolução CFM 2145/2016
Aprova o Código de Processo Ético-
Profissional (CPEP) no âmbito do 
Conselho Federal de Medicina (CFM) e 
Conselhos Regionais de Medicina 
(CRMs).
LEI No 3.268, DE 30 DE SETEMBRO DE 1957
Art . 22. As penas disciplinares aplicáveis pelos Conselhos Regionais aos seus membros 
são as seguintes:
a) advertência confidencial em aviso reservado;
b) censura confidencial em aviso reservado;
c) censura pública em publicação oficial;
d) suspensão do exercício profissional até 30 (trinta) dias;
e) cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal.
1º Salvo os casos de gravidade manifesta que exijam aplicação imediata da penalidade 
mais grave a imposição das penas obedecerá à gradação dêste artigo.
Código penal
TÍTULO II
DO CRIME
Relação de causalidade
Art. 13 - O resultado, de que 
depende a existência do crime, 
somente é imputável a quem lhe deu 
causa. Considera-se causa a ação ou 
omissão sem a qual o resultado não 
teria ocorrido.
Código de ética médica
Capítulo III 
RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL
É vedado ao médico:
Art. 4º Deixar de assumir a 
responsabilidade de qualquer ato 
profissional que tenha praticado ou 
indicado, ainda que solicitado ou 
consentido pelo paciente ou por seu 
representante legal.
Código de ética médica
Capítulo III 
RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL
É vedado ao médico:
Art. 5º Assumir responsabilidade 
por ato médico que não praticou ou 
do qual não participou.
Código penal
TÍTULO II
DO CRIME
Relevância da omissão
§ 2º - A omissão é penalmente 
relevante quando o omitente devia e 
podia agir para evitar o resultado. 
Código penal
TÍTULO II
DO CRIME
Crime culposo
II - culposo, quando o agente 
deu causa ao resultado por 
imprudência, negligência ou 
imperícia.
Código penal
TÍTULO II
DO CRIME
Crime culposo
II - culposo, quando o agente 
deu causa ao resultado por 
imprudência, negligência ou 
imperícia.
§ 3º Se o homicídio é culposo: Pena -
detenção, de um a três anos.
Código penal
TÍTULO II
DO CRIME
Aumento de pena 
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 
1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância 
de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o 
agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, 
não procura diminuir as consequências do seu ato, 
ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo 
doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um 
terço) se o crime é praticado contra pessoa menor 
de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.”
Código penal
TÍTULO II
DO CRIME
Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o 
agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever 
legal ou no exercício regular de 
direito.
EXEMPLOEXEMPLO
Violação de sigilo funcional
Art. 325 - Revelar fato de que 
tem ciência em razão do cargo e 
que deva permanecer em 
segredo, ou facilitar-lhe a 
revelação:
Pena - detenção, de seis 
meses a dois anos, ou multa, se o 
fato não constitui crime mais 
grave.
EXEMPLO
É vedado ao médico: 
Art. 73 Revelar fato de que tenha 
conhecimento em virtude do 
exercício de sua profissão, salvo 
por motivo justo, dever legal ou 
consentimento, por escrito, do 
paciente
EXEMPLO
Omissão de notificação de 
doença
Art. 269 - Deixar o médico de 
denunciar à autoridade pública 
doença cuja notificação é 
compulsória:
Pena - detenção, de seis 
meses a dois anos, e multa.
EXEMPLO
Art. 23 - Não há crime quando o 
agente pratica o fato:
III - em estrito cumprimento de 
dever legal ou no exercício 
regular de direito.
Se há erro, há 
indenização...
Código civil
TÍTULO IX
Da Responsabilidade Civil
CAPÍTULO II
Da Indenização
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à 
saúde, o ofensor indenizará o ofendido das 
despesas do tratamento e dos lucros cessantes 
até ao fim da convalescença, além de algum 
outro prejuízo que o ofendido prove haver 
sofrido.
Código civil
TÍTULO IX
Da Responsabilidade Civil
CAPÍTULO II
Da Indenização
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual 
o ofendido não possa exercer o seu ofício ou 
profissão, ou se lhe diminua a capacidade de 
trabalho, a indenização, além das despesas do 
tratamento e lucros cessantes até ao fim da 
convalescença, incluirá pensão correspondente 
à importância do trabalho para que se 
inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Código civil
TÍTULO IX
Da Responsabilidade Civil
CAPÍTULO II
Da Indenização
O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se 
ainda no caso de indenização devida por aquele 
que, no exercício de atividade profissional, por 
negligência, imprudência ou imperícia, causar 
a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-
lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art948
QUESTÃO DE REVISÃO 1
• Dirigir bêbado é um exemplo de:
a) Imprudência
b) Imperícia
c) Negligência
d) Todos acima
e) Nenhum acima
QUESTÃO DE REVISÃO 1
• Dirigir bêbado é um exemplo de:
a) Imprudência
b) Imperícia
c) Negligência
d) Todos acima
e) Nenhum acima
QUESTÃO DE FIXAÇÃO 2
• Testemunha de jeová chega ao hospital, desacordada, em condição na qual 
sem transfusão sanguínea ela não sobreviverá. O médico a faz. Isso foi um 
erro médico?
a) Sim, a família do paciente não queria a transfusão e, ao desrespeitar as 
vontades do paciente, o médico errou
b) Sim, o médico deveria assumir que testemunhas de jeová nunca recebem 
transfusão e não fazê-la
c) Não, pois o médico é livre para tomar as decisões clínicas que julgar 
necessárias
d) Não, pois em risco iminente de morte, o médico deve atuar e não ser 
punido por, já que está cumprindo seu exercício regular de direito.
QUESTÃO DE FIXAÇÃO 2
• Testemunha de jeová chega ao hospital, desacordada, em condição na qual 
sem transfusão sanguínea ela não sobreviverá. O médico a faz. Isso foi um 
erro médico?
a) Sim, a família do paciente não queria a transfusão e, ao desrespeitar as 
vontades do paciente, o médico errou
b) Sim, o médico deveria assumir que testemunhas de jeová nunca recebem 
transfusão e não fazê-la
c) Não, pois o médico é livre para tomar as decisões clínicas que julgar 
necessárias
d) Não, pois em risco iminente de morte, o médico deve atuar e não ser 
punido por, já que está cumprindo seu exercício regular de direito.
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	EXEMPLO
	EXEMPLO
	EXEMPLO
	EXEMPLO
	EXEMPLO
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	Código civil
	Código civil
	Código civil
	QUESTÃO DE REVISÃO 1
	QUESTÃO DE REVISÃO 1
	QUESTÃO DE FIXAÇÃO 2
	QUESTÃO DE FIXAÇÃO 2
	Número do slide 69

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