Buscar

Consulta com crianças, adultos e idosos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONSULTA COM CRIANÇAS 
 
 Para atender com qualidade, o médico deve ser possuidor de um 
conjunto amplo de competências e habilidades específicas com as 
crianças, seus pais ou cuidadores diretos. 
 As habilidades de comunicação variam em função da gravidade do 
problema clínico da criança, do local onde o atendimento está 
sendo realizado, das aflições e angústias da família do paciente, 
das expectativas e necessidades dos pais, da idade de cada 
criança, de sua capacidade de comunicação, das características do 
profissional que a atende, do projeto e dinâmica da instituição. 
 As crianças são pessoas em fase de vulnerabilidade máxima e 
limitada autonomia. Logo, além de cuidados físicos essenciais e de 
proteção, elas precisam ter seu desenvolvimento mental e 
emocional e estabelecer bons relacionamentos afetivos. 
 A relação com a criança pode ser estabelecida atraindo-a para uma 
conversa ou brincadeira compatível com o seu desenvolvimento, 
oferecendo-lhe brinquedos e mostrando-se sensível aos temores 
que ela possa ter. Cumprimentar elas pelo nome e envolver elas 
 
em interações agradáveis antes de fazer perguntas ou exames é 
essencial. 
 Deve-se levar em consideração as queixas dos responsáveis e da 
criança e, caso for preciso, ajudar os responsáveis a distinguir suas 
ansiedades do problema real da criança. 
 Além de buscar respostas para problemas específicos da saúde 
física da criança, o médico deve realizar uma série de estratégias 
de prevenção e orientação antecipadas. 
 A preocupação e a ansiedade maternas seguem duas direções: na 
direção da doença propriamente dita e na do questionamento da 
competência materna. Em alguns casos, ocorre a negação ou 
subestimação do sintoma ou problema real da criança. 
 O médico deve acolher as duas perspectivas: da criança enferma e 
da percepção que esta condição produz na auto-estima materna e 
a intensidade desse impacto na mãe. 
 Contratransferência: é definida como o conjunto de reações 
emocionais mobilizadas no profissional, pelas distrações 
perceptuais que este possa ter de seu paciente ou dos 
responsáveis. 
 Duas armadilhas devem ser evitadas na consulta: subestimar as 
preocupações dos responsáveis e aceitar passivamente o relato, 
sem dar a devida importância às possibilidades de uma percepção 
e relato superestimado das queixas e, assim, solicitar mais exames 
ou tratamentos do que o necessário. 
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA 
 As crianças só podem ser adequadamente cuidadas em 
perspectiva, mirando suas necessidades de hoje, articuladas com 
sua história pregressa e com as perspectivas do futuro avizinhado. 
 Estrutura clássica da consulta médica: recepção, coleta de dados, 
exame físico, hipóteses e decisões. 
 A consulta com a criança também envolve perspectivas da família, 
tarefas educacionais, atividades de promoção da saúde, proteção 
específica, condutas antecipatórias e aconselhamentos. 
 Existem 3 níveis de interação médicos: paternalista (o médico 
toma todas as decisões), razoavelmente paternalista (busca a 
cooperação do paciente da mesma forma que um pai com um 
adolescente) e o terceiro, caracterizado por uma situação em que 
o médico ajuda os pais e a criança a ajudarem a si mesmos. 
 
A CONSULTA COMEÇOU! 
 Primeiramente, o médico deve se dirigir ao responsável e à 
criança. É importante acolher e prestar atenção aos relatos do 
responsável e estabelecer um relacionamento amistoso e gentil 
com a criança. 
 Os brinquedos ajudam a estabelecer uma relação de confiança 
com a criança e podem também ser usados para explicar os 
procedimentos médicos e obter informações da compreensão da 
criança. 
TÁTICAS QUE AJUDAM NA APROXIMAÇÃO COM CRIANÇAS 
 Deve-se cumprimentar a criança utilizando estratégias 
condizentes com a idade da criança, natureza da consulta ou do 
problema clínico (gravidade). 
 O primeiro contato acolhedor tem potencial para desfazer cargas 
de ansiedade. Utilizar uma comunicação direta com a criança. 
COLETA DE INFORMAÇÕES 
 É recomendável que os médicos expliquem, antecipadamente, à 
criança e aos pais que a participação da criança é importante e 
desejável. 
 
EXAME FÍSICO EM CRIANÇAS 
DE 10 A 12 MESES DE IDADE 
 Acertar a distância adequada de aproximação, pata não parecer 
ameaçador e estar próximo o suficiente para estabelecer contato 
visual e sonoro. 
 Expressões gentis, calmas, movimentos suaves. 
ENTRE 10 A 12 MESES E 2 A 3 ANOS 
 Nessa idade, a criança costuma se recusar a entrar no consultório. 
 O médico deve averiguar as experiências previas que a criança e a 
família já tiveram ao lidar com doença, médicos e hospitais. 
 Com crianças em clima de ansiedade e de temor, é melhor iniciar 
contato com a criança no colo da mãe e, mais tarde, decidir quais 
procedimentos de exame físico podem ser realizados. 
CRIANÇAS MAIORES DE 2 E 3 ANOS DE IDADE 
 Nessa idade, as crianças costumam estar mais disponíveis para o 
diálogo e são mais fáceis de abordar com comunicação direta e 
pequenas brincadeiras. 
 A criança precisa ter a oportunidade de falar de seus sentimentos, 
suas dúvidas e fazer perguntas. 
 Crianças temerosas podem ser examinadas no colo do 
responsável. 
 Algumas atitudes favorecer para que as crianças entendam 
melhor o momento da consulta, como: disponibilidade 
acolhedora, contato visual, sorriso, tomar a iniciativa de introduzir 
assuntos pertinentes, manter distância razoável da criança e 
colocar-se em nível horizontal. 
 É importante explicar para a criança quais procedimentos serão 
realizados no exame físico (de preferência demonstrar o 
procedimento em um brinquedo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSULTA COM ADULTOS 
AMBIENTE DA CONSULTA 
 Para adultos, é ideal que o ambiente tenha total privacidade. 
Também deve se prestar atenção à disposição das cadeiras, de 
modo que a mesa não sirva como barreira entre os dois. É 
recomendado que a cadeira do acompanhante fique um pouco 
mais afastada, para que não haja interferências excessivas no 
relato do paciente. 
 Recomenda-se um ambiente com boa iluminação e temperatura. 
 Em caso de consultas em leito hospitalar ou domiciliar, é 
recomendado que o médico se sente próximo ao paciente. 
CONSULTA COM PACIENTES ADULTOS 
 Há 4 modelos de relação médico-paciente: 
o Paternalista. 
o Informativo. 
o Interpretativo. 
o Deliberativo. 
 Esses modelos são baseados em 4 aspectos: 
o Os objetivos da interação médico-paciente. 
o Os papéis do médico. 
o O papel dos valores do paciente. 
o A concepção da autonomia do paciente. 
A CONSULTA CENTRADA NO PACIENTE ADULTO 
 Na abordagem centrada no paciente, a consulta é vista mais como 
um diálogo. 
 É uma abordagem colaborativa: há uma mudança no balanço do 
poder do paternalismo médico em direção a uma reciprocidade 
maior. 
 Na abordagem centrada no médico, o profissional tende a ser 
autoritário, paternalista e dominador. 
A ESTRUTURA DA CONSULTA COM PACIENTES ADULTOS 
 Anamnese, exame físico, investigação laboratorial (quando 
necessária) e consulta terapêutica. 
 Iniciar a sessão, coletar informação, construir a relação, explicar e 
planejar e encerrar a sessão. 
 Plano global (série de estratégias) e comportamentos (habilidades 
específicas). 
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DOS MÉDICOS NA CONSULTA COM ADULTOS 
 O médico, para realizar uma boa consulta, precisa ter as seguintes 
categorias de competências: 
o Entrevista/ coleta de história clínica. 
o Exame físico. 
o Condução do caso. 
o Solução de problemas. 
o Relação/ comunicação com pacientes. 
o Cuidado preventivo. 
o Registro/ relato escrito. 
 Habilidades interpessoais, habilidades de raciocínio clínico e 
habilidades práticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSULTA COM IDOSOS 
 
 Nos países em desenvolvimento, o idoso é todo indivíduo com 
idade de 60 anos oumais e, nos países e, nos países desenvolvidos, 
o idoso é aquele indivíduo com 65 anos ou mais. 
 O fator principal que confere a categoria de idoso é: maior 
vulnerabilidade a intercorrências clinicas e efeitos de agentes 
agressores. O manejo de problemas clínicos no idoso tem como 
característica o fato de ser particularmente modulado por 
aspectos sociais, culturais e ético-filosóficos. 
 Grande parte dos idoso defronta-se com dois sentimentos. O 
primeiro, é o sentimento de ter pouca utilidade para os outros. O 
segundo, é o de que está se transformando em uma pessoa 
diferente do que sempre foi, com reações, limitações e 
desempenhos inusitados frente aos desafios sociais e biológicos 
da vida. 
O AMBIENTE FÍSICO DA CONSULTA 
 O ambiente físico da consulta é importante que seja adequado às 
limitações funcionais do idoso e também favoreça a comunicação 
com ele, seus familiares e cuidadores. 
 O ambiente deve ser livre de barreiras e bem iluminado. 
ENTRANDO EM CONTATO COM O PACIENTE 
 É imprescindível que o médico se identifique, chame o paciente 
pelo nome e expresse a satisfação em atende-lo, 
cumprimentando-lhe com aperto de mão. Perguntar qual o nome 
do paciente é extremamente valioso para a consulta. 
 Orientar o paciente quanto ao local onde deverá sentar. 
 Prestar atenção ao à expressão facial, ao contato visual, ao tom de 
voz e a outros fatores. 
ESTABELECENDO LAÇOES E EMPATIA COM O PACIENTE IDOSO E SUA FAMÍLIA 
 Empatia é definida como a apreciação, entendimento e aceitação 
da situação emocional de outra pessoa. 
 A empatia pode ser favorecida por estratégias como reflexão e 
legitimação (validação) de sentimentos. Reflexão é a declaração 
por parte do médico de um sentimento ou emoção do paciente 
percebida na consulta. 
 Impor, julgar ou criticar um determinado hábito ou prática, pode 
contribuir para a ideia de que o idoso não está apto a lidar com 
seus problemas ou tomar decisões adequadas, acentuando seu 
sentimento de dependência e desvalia. 
 É recomendado que o médico analise com o idoso, de forma 
aberta e sincera, seus problemas, sem imposições e juízos de valor. 
É importante concentrar mais em questionamentos do que em 
interpretações acabadas. 
QUEIXA PRINCIPAL 
 Uma das características comuns do processo-saúde doença no 
idoso é a coexistência de múltiplas doenças crônicas e relato de 
vários sintomas (polissintomatologia). 
 O médico deve hierarquizar os problemas relatados pelo idoso, 
valorizando os episódios mais agudos motivadores da consulta ou 
perguntando sobre o que estaria incapacitando mais esse 
paciente. 
 A efetiva hierarquização de problemas e queixas normalmente só 
é possível após a tomada de todos os dados do paciente, que 
ocorre após a entrevista e o exame físico. 
A HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
 Na história do idoso, temos que proceder um apanhado global de 
vários problemas existentes e/ou relatados. 
ELEMENTOS IMPORTANTE S DA ENTREVISTA GERIÁTRICA 
 Uso de medicamentos. 
 Capacidade funcional. 
 Avaliação mental. 
 Avaliação do cuidador. 
 Avaliação de hábitos e estilos de vida.

Continue navegando