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Comunicação ClÃ-nica

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Comunicação Clínica
Técnicas de comunicação e suas faces
Pesquisar em ambientes virtuais ou presenciais, as principais técnicas de comunicação na área médica, observando desde situações clínicas rotineiras até situações críticas.
Uma das principais bases da prática médica é a comunicação. Para fazer um diagnóstico, é imprescindível que o médico converse com o paciente durante a consulta. É a chamada anamnese, um estágio obrigatório do bom atendimento. Ouvir a história da pessoa, entender o que ela está passando, absorver as informações e poder transmitir o que é necessário para uma boa prescrição médica ou tratamento são situações rotineiras em uma consulta. As principais técnicas de comunicação são basicamente: 
 Escuta ativa, Ser um bom ouvinte faz diferença no momento da consulta. Saber escutar ajuda o paciente a se sentir mais à vontade para falar sobre suas aflições, tirar dúvidas e, até mesmo, revelar medos e inseguranças que possa ter. Quando o paciente percebe que o médico realmente está ouvindo o que ele diz, sente maior confiança no profissional.
Empatia, respeito e sem julgamentos, Uma habilidade muito necessária para uma boa comunicação médico paciente é a empatia. Saber se colocar no lugar do outro permite ao profissional entender melhor quais os anseios do paciente e o que fez com que ele o procurasse. Compreender e sentir a sua experiência como se fosse sua permite um melhor entendimento das necessidades da pessoa. Tudo isso permite ao médico criar um vínculo transparente, no qual demonstra interesse em entender e resolver o problema do paciente.
Melhora da comunicação não-verbal, A comunicação não consiste apenas na fala e na escuta, mas também nos gestos, expressões, postura, tom de voz e olhar. Essa comunicação conhecida como não-verbal é essencial para a primeira impressão, o contato inicial do profissional com o paciente. Também permite transmitir sentimentos, emoções e, assim, estabelecer um vínculo. A resposta de um paciente ao médico pode ser muito influenciada pela postura dele durante a consulta. Nesse sentido, é importante receber o paciente com um sorriso, demonstrar interesse enquanto ele fala, manter contato visual sempre que possível e usar um tom de voz mais ameno, para que o paciente se sinta à vontade e tranquilo durante a consulta.
Evitar linguagem científica na relação médico-paciente
 Seu paciente, provavelmente, é alguém que não estudou o mesmo que você e não conhece a linguagem científica e o vocabulário médico. Por isso, é importante adequar a sua comunicação de acordo com o seu ouvinte. Ou seja, fale sempre tendo o cuidado e a preocupação de que conseguirá ser entendido pelo seu interlocutor. Saber adequar a linguagem utilizada permite que o diálogo aconteça com fluidez, melhora a imagem do médico perante o paciente e ainda faz com que ele se sinta mais próximo do profissional. Tendo isso em mente, evite usar termos muito técnicos. Se necessário, repita ou esclareça alguma informação ou procedimento que possa não ter ficado muito claro e sempre confirme com o paciente se existe alguma dúvida.
 Analisar os principais pontos de conflito na comunicação clínica rotineira. E explicar o motiva da escolha desta situação
 De acordo com os pesquisadores, a ansiedade e insatisfação dos pacientes estão relacionadas com os seguintes problemas de comunicação:
Incerteza: os pacientes têm receio em relação aos resultados do tratamento;
Falta de informação: alguns pacientes não saem da consulta com todas as dúvidas respondidas. Muitas vezes acabam apelando para informações online para suprimir a falta de informação;
Explicação: quando um médico prescreve um tratamento, ele é o especialista naquela situação. Mas isso não é um impedimento para que sejam dadas explicações e que o paciente seja situado sobre sua situação e próximos passos;
Feedback: os pacientes querem saber a real opinião do médico sobre o caso. Muitas vezes isso fica esquecido pelo foco absoluto em oferecer uma solução;
Utilização de linguajar médico: palavras complexas dificultam o entendimento por parte do paciente de seu problema como, por exemplo, o uso de terminologias técnicas como “edema“, “cefaleia” e “sutura“, que são desconhecidas para a maioria das pessoas;
Interrupção durante a consulta: pacientes que são interrompidos enquanto explicam seus sintomas tendem a não informar suas principais preocupações.
Para que muitos desses pontos de conflitos sejam resolvidos ou pelo menos melhorados faz-se necessário a aplicação de procedimentos operacionais padrões para a maior efetividade da comunicação, desta forma com base em um modelo ja construido com apenas algumas mudanças os procedimentos seriam feitos em forma de formulario desta maneira:
1. CONCEITO
Compreende orientações para tornar a comunicação mais efetiva entre os tutores e os profissionais de saúde.
2. FINALIDADE
• Prevenir eventos adversos decorrentes de falhas nos processos de comunicação entre os
profissionais de saúde.
• Desenvolver de forma colaborativa uma orientação para as prescrições verbais/telefônicas;
informações sobre resultados de exames; suspensões de cirurgias, procedimentos e exames, entre
outros.
• Melhorar a comunicação entre a equipe de profissionais de saúde.
3. FATORES PREDISPONENTES PARA ERROS DE COMUNICAÇÃO
• Comunicação incompleta e ambígua.
• Displicência no momento de comunicar e ouvir.
• Sobrecarga de trabalho fadiga, estresse.
• Ambiente com poluição sonora.
• Estrutura hierárquica.
4. MATERIAIS NECESSÁRIOS
• Quadros e/ou painéis de informação.
• Prontuários e livros de registros.
• Telefones.
• Gravadores digitais.
• Manequins para explicar algumas doenças ou procedimentos.
• Modelo padrão de receita.
5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO
Características essenciais :
• Clareza
• Tom de voz
• Comunicação não verbal
• Informações completas
• Informações sem ambiguidade
6. SEQUENCIA OPERACIONAL DA ROTINA
• Ouvir e repetir para o tutor a informação/ordem/prescrição recebida. Em caso de dúvidas, tentar proceder de outra maneira, sempre perguntando se esta claro.
• Registrar em prontuário, assim que possível, as informações transmitidas verbalmente.
• Utilizar metodo de receita o qual o tutor entenda com clareza explicando tudo anteriormente e a maneira correta.
• Adotar relatórios de anamnese padroes para que a consulta ande de forma cronologica e coerente.
• Em caso de realização de exames explicar previamente o exame o como é feito.
• Utilizar metodos de explicação não verbais ou com manequins.
• Promover feedback em casos de dúvidas decorrentes da falta de clareza na comunicação.
• Ao final sempre insistir se há alguma duvida em relação a doença, ao tratamento ou aos exames.

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