Buscar

ESTUDO DIRIGIDO CONTRATOS 2020 - EMPRESARIAL III

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE DIREITO – Campus Contagem 
 
 
 
 
1. Defina o contrato de agência com suas próprias palavras. 
R: Agência é o contrato oneroso, em que alguém assume, em caráter 
profissional, não eventual, e sem vínculos de dependência, a obrigação 
de promover, à conta de outrem, a realização de certos negócios, em 
determinado território ou zona de mercado. 
2. Identifique e defina os elementos mais marcantes do contrato de 
representação comercial. Diferencie o contrato de representação comercial 
do contrato de distribuição, do contrato de trabalho, do contrato de comissão 
mercantil, do contrato de mandato e da concessão comercial. 
R: O contrato de representação comercial situa-se no plano da 
colaboração na realização de negócio jurídico, acarretando 
remuneração de conformidade com o seu resultado útil. contrato de 
distribuição, apenas tipifica uma modalidade contratual, atualizando a 
denominação de um tipo contratual já existente e disciplinado em lei 
especial. 
Portanto, ao tratar da agência, o Código Civil apenas apresenta 
disposições gerais em face das disposições especiais já previstas na 
lei de 1965, não se podendo concluir pela revogação da lei especial, 
conforme permite concluir o §2°, art. 2° da Lei de Introdução ao Código 
Civil. Por outro lado, embora exista entendimento diferente [69], nos 
pontos de divergência, a previsão do Código Civil deve prevalecer sobre 
a da Lei n° 4.886/1965, modificando-a nas questões conflitantes, que, 
conforme visto, restringem-se, basicamente, ao prazo do aviso prévio e 
à exclusividade presumida de representação ou agenciamento. 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL III 
PROFESSORA: FERNANDA DINIZ 
 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE DIREITO – Campus Contagem 
O Código Civil manda aplicar ao contrato de agência e distribuição, no 
que couber, as regras concernentes ao mandato e à comissão. Isto 
ocorre em razão da afinidade de todos os contratos mencionados 
servirem à intermediação. O contrato de trabalho e o de representação 
comercial autônoma (regulado pela Lei 4.886/65) possuem elementos 
comuns, tais como a natureza continuada e o caráter oneroso da 
prestação de serviços. No entanto, divergem quanto à existência de 
subordinação hierárquica e jurídica, posto que esta caracteriza apenas 
o contrato de trabalho, estando ausente no caso da representação 
comercial. Há, contudo, distinções. Cada contrato possui conceitos e 
características próprias. 
No contrato de mandato, o mandatário recebe poderes de outrem para, 
em seu nome, praticar atos ou administrar seus interesses (CC, art. 653). 
A distinção entre mandato e agência é facilmente percebida: na agência 
o contrato envolve relacionamento duradouro, sem a necessidade de 
poderes inerentes ao mandato, visando à aproximação indeterminada 
de clientes ao representado. No contrato de mandato, há determinação 
de certos atos no instrumento de procuração, a serem praticados pelo 
mandatário. 
Na comissão mercantil, o comissário adquire ou vende bens em seu 
próprio nome, à conta do comitente (CC, art. 693). O comissário não atua 
em nome do comitente, mas por conta do comitente e, assim, somente 
ele, comissário, é que se obriga perante a pessoa com quem contrata 
(CC, art. 694), não respondendo, contudo, por sua solvência perante o 
comitente (CC, art. 697), salvo se agir com culpa ou o contrato estipular 
cláusula del credere (CC, art. 698). 
3. Quais as principais causas da extinção do contrato de trabalho por parte do 
representante e representado? Explique cada uma delas. 
R: R: Abaixo temos as hipóteses de extinção contratual. 
As hipóteses de extinção do contrato de representação comercial são 
basicamente as mesmas aplicáveis a qualquer outro tipo de contrato de 
serviços, sendo as principais: 
*pelo decurso do prazo, se por prazo determinado; 
*por motivo de caso fortuito ou força maior; 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE DIREITO – Campus Contagem 
*término do contrato requerido unilateralmente por qualquer uma das 
partes, sem justificativas e por própria vontade (resilição unilateral por 
denúncia do contrato); 
*término do contrato requerido unilateralmente por qualquer uma das 
partes, sem justificativas e por própria vontade (resilição unilateral por 
denúncia do contrato); 
*término do contrato decorrente do seu descumprimento por uma das 
partes (resolução do contrato). 
4. No que diz respeito a zona territorial de atuação do representante 
comercial, este poderá atuar em qualquer uma? E quanto a 
exclusividade, deverá o representante representar somente uma 
empresa de cada vez? 
R: O representante comercial ele irá ter sua zona de atuação 
previamente delimitada, com intuito de não ocupar outra área na qual a 
própria empresa atua ou até mesmo algum outro representante, é dentro 
dessa zona ou zonas de atuação pré-definidas no contrato que o 
representante poderá exercer o trabalho para a representada. No que se 
refere a exclusividade de atuação o representante comercial pode ou 
não ter exclusividade na zona de atuação de acordo com especificação 
de seu contrato, no entanto a atuação pode ser total, desde que haja 
unicamente aquele representante irá poder atuar na sua zona ou parcial, 
no qual onde outro representante também poderá atuar na mesma área. 
No que se referente ao prazo de exclusividade normalmente perdura 
pelo prazo contratual. Porém, o prazo de exclusividade poderá ser 
diferente do prazo do contrato e poderá ser encerrado antes. Nesses 
casos há que existir bastante atenção, na hora de redigir tal cláusula 
para que não haja nenhuma dúvida de como deverá ocorrer a 
exclusividade, mesmo porque, na ausência de ajuste expresso sobre a 
exclusividade, está se presume (art. 31 da Lei nº 4.886/1965). 
5. O que é o mandato mercantil e quais suas principais características. 
R: o mandato mercantil nada mais é o contrato em que o mandatário se 
obriga a praticar determinados atos negociáveis em nome e por conta 
do mandante (Contrato, por procuração pública ou particular, pelo qual 
um comerciante - o mandante - confere poderes extraordinários a 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE DIREITO – Campus Contagem 
outrem - o mandatário) é um acordo bilateral, pois o mesmo gera 
diversos deveres para ambas as partes, bem como é consensual, e pode 
ser aperfeiçoado com um simples acordo, de vontade entre as partes. 
Os artigos que explicam o conceito e o funcionamento do contrato de 
mandato é o art. 653 e 663, do Código Civil de 2002. 
6. O que se deve entender sobre contrato de comissão mercantil? Identifique e 
defina as obrigações do comissário em relação ao comitente e perante 
terceiros. 
R: No que se refere na comissão mercantil, o comissário passa adquirir 
ou vende bem em seu próprio nome, a conta do comitente, (art. 693 do 
Código Civil). O comissário não atua em nome do comitente, mas por 
conta do comitente e, assim, somente ele, comissário, é que se obriga 
perante a pessoa com quem contrata (art. 694 do Código Civil), não 
respondendo, contudo, por sua solvência perante o comitente (art. 697 
do Código Civil), salvo se agir com culpa ou o contrato estipular 
cláusula del credere (CC, art. 698) 
 
7. Quais os principais direitos do comissário? Explique-os. 
R: Os principais Direitos dos comissários são: 
Receber a remuneração do comitente, podendo no caso de contrato por 
prazo indeterminado, ocorrer a modificação unilateral do valor a ser 
pago ao comissário; verificar os artigos 701; 703; 704 e 705 todos do 
código civil. 
No caso da comissão ou a remuneração devida, deverá ser paga depois 
de finalizados os negócios, nada impedindo, entretanto, que tome a 
forma de provisão, quando o comissário a receba adiantamento. Logo 
o direito ao recebimento do valor não é condicionado à execução do 
contrato,nascendo com a mera conclusão do contrato. 
Receber fundos suficientes a comissário a fim de possibilitar os 
negócios; 
Ser ressarcido das despesas desembolsadas pelo comissário; 
 
8. Defina o cartão de crédito. Quais as partes integrantes do referido contrato? 
Explique. 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE DIREITO – Campus Contagem 
R: Cartão de crédito é um cartão de plástico no qual contém nome do 
portador, a qual instituição financeira ele pertence, numeração única, 
validade e no verso se encontra o código de segurança, bem como há 
também um local para assinatura do portador. Bem como é uma forma 
de pagamento, em que o banco “empresta” determinada quantia 
monetária, na qual é limitada o valor do titular do cartão, no qual fica 
previamente decidido por meio de contrato. As partes integrantes, são 
três: o titular do cartão, o emissor e o fornecedor de bens ou serviços. 
O fornecedor, ao celebrar o contrato com a emissora do cartão de 
crédito se comprometida a efetuar um pagamento à emissora do cartão, 
sobre o percentual das vendas que ele realizasse. 
9. A aplicação de juros superiores à taxa legal configura crime de usura, quando 
diz respeito ao cartão de crédito? Por quê? 
R: A Lei 1.521/51 dispõe sobre crimes contra a economia popular. Em 
seu artigo 4ª, a norma prevê o crime de usura pecuniária ou real, e 
descreve a conduta delituosa como sendo o ato de cobrar juros, e 
outros tipos de taxas ou descontos, superiores aos limites legais, ou 
realizar contrato abusando da situação de necessidade da outra parte 
para obter lucro excessivo. A pena prevista é de 6 meses a 2 anos de 
detenção e multa. 
Temos também os artigos do Código Civil 
“Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas 
consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. 
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-
fé e os usos do lugar de sua celebração.” 
Bem como podemos nos apoiar sobre o “O princípio da função social é 
a mais importante inovação do direito contratual comum brasileiro e, 
talvez, a de todo o novo Código Civil. Os contratos que não são 
protegidos pelo direito do consumidor devem ser interpretados no 
sentido que melhor contemple o interesse social, que inclui a tutela da 
parte mais fraca no contrato, ainda que não configure contrato de 
adesão. Segundo o modelo do direito constitucional, o contrato deve 
ser interpretado em conformidade com o princípio da função social.” 
10. Defina o contrato de franquia. 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE DIREITO – Campus Contagem 
R: A franquia é um contrato pelo qual um comerciante detentor de uma 
marca ou produto (franqueador) concede, mediante remuneração, o seu 
uso a outra pessoa (franqueado) e lhe presta serviços de organização 
empresarial. Esse contrato foi tipificado no direito brasileiro pela Lei n. 
8955, de 15 de dezembro de 1994, sendo definido no art. 2º 
 
11. Identifique e defina as três classes fundamentais de franquia. 
12. 13. Cite pelo menos seis exemplos de franquias bem sucedidos e relacione 
as vantagens de franquia, tanto para franqueado quanto para franqueador. 
R: Observação; No caso respondi as duas perguntas com um única 
resposta, uma vez que entendo que as questões se completam e se 
correlacionam. 
A franquia pode apresentar-se sob três modalidades: 
1-Franquia industrial ou “lifreding”, muito utilizada na indústria 
automobilística e alimentícia, por ser um contrato em que o 
franqueador se obriga a auxiliar na construção de uma unidade 
industrial para o franqueado, cedendo o uso da marca, transmitindo 
sua tecnologia, exigindo segredo relativamente aos processos de 
fabricação e fornecendo assistência técnica. Desse modo, o 
franqueado fabrica e vende os produtos fabricados por ele mesmo, 
em sua empresa, com o auxílio do franqueador. Exemplos de 
Franquia industrial: General Motors e Lacoste. 
2-Franquia de comércio ou de distribuição, que vem a ser o contrato 
que visa o desenvolvimento da rede de lojas de aspectos idênticos, 
sob um mesmo símbolo, aplicado na comercialização ou distribuição 
de artigos similares de grande consumo. O franqueado, neste caso, 
vende produto do franqueador, mantendo a sua marca, enquanto o 
franqueador procura sempre aperfeiçoar o método de 
comercialização. Exemplos de Franquias de comércio ou de 
distribuição: Lojas Benetton, O Boticário. 
3- Franquia de serviços, que poderá ser a propriamente dita, pela 
qual o franqueado reproduz e vende as prestações de serviços 
inventadas pelo franqueador; e a do tipo hoteleiro, que abrange 
escolas, hotéis, restaurantes, lanchonetes, tendo por escopo 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE DIREITO – Campus Contagem 
fornecer serviços a certo segmento de clientela. Exemplos de 
Franquia de serviços: Hotéis Hilton, Mc Donalds, Subway Pizza Hut 
e etc. 
Vantagens dessas franquias; Vantagens das franquias para um 
franqueador: Expansão Veloz, mais eficiência, Estrutura central 
reduzida, Feed Back, Ingresso em novos Mercados, Canal 
diferenciado para seus produtos/serviços, Fortalecimento da marca. 
 
13. Explique se há vínculo empregatício entre franqueado e franqueador. 
R: Não há. Com base na Lei 13.966/19 o franqueador realiza um contrato 
com o franqueado para a utilização da marca para obtenção de lucro. 
 
Art. 1º Esta Lei disciplina o sistema de franquia 
empresarial, pelo qual um franqueador autoriza por meio 
de contrato um franqueado a usar marcas e outros 
objetos de propriedade intelectual, sempre associados 
ao direito de produção ou distribuição exclusiva ou não 
exclusiva de produtos ou serviços e também ao direito 
de uso de métodos e sistemas de implantação e 
administração de negócio ou sistema operacional 
desenvolvido ou detido pelo franqueador, mediante 
remuneração direta ou indireta, sem caracterizar relação 
de consumo ou vínculo empregatício em relação ao 
franqueado ou a seus empregados, ainda que durante o 
período de treinamento. 
 
14. Qual a diferença entre franquia mestra e unitária? 
R: A franquia unitária consiste em uma cessão de direito de abertura de 
uma unidade com atuação em local determinado pelo franqueador. Uma 
loja ou unidade em um centro comercial ou shopping é um exemplo, 
porém o mesmo franqueado pode adquirir mais de uma franquia unitária 
dependendo de seu poder de investimento, desempenho e plano de 
expansão do franqueador. Por outro lado, a franquia mestre, ou 
“master” é muito utilizada em internacionalização de franchising e em 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE DIREITO – Campus Contagem 
países com grandes dimensões geográficas. O Master Franqueado 
acorda com o Sub Franqueador o direito de abrir ou terceirizar unidades 
franqueadas em uma determinada região. Neste modelo o Master 
Franqueado recebe parte do valor da taxa de franquia e dos royalties 
cobrados pelos franqueados, sendo assim responsável pelo suporte e 
treinamento dos mesmos. 
15. Conceitue o contrato de factoring. 
R: Faturização ou factoring, também denominado “fenômeno 
mercantil”, é o contrato pelo qual uma instituição financeira ou empresa 
especializada (faturizadora) adquire créditos faturados por um 
comerciante ou industrial, prestando a estes serviços de administração 
do movimento creditício e assumindo o risco de insolvência do 
consumidor ou comprador, sem direito de regresso contra o cedente 
(faturizado), recebendo uma remuneração ou comissão ou efetuando a 
compra dos créditos a preço reduzido. 
 
16. O contrato de factoring é uma modalidade de atividade bancária? Justifique. 
R: Não. As empresas de factoring não são instituições financeiras e, 
portanto, não podem exercer as atividades tipicamente bancárias 
(intermediação ou aplicação de recursos financeiros e a custódia de 
valor de propriedade de terceiros), sendo-lhesvedado, por esta razão, 
conceder empréstimos ou descontar títulos. Nesse sentido, o STJ 
decidiu recentemente: “As empresas de factoring não se enquadram no 
conceito de instituições financeiras, e por isso os juros remuneratórios 
estão limitados em 12% ao ano, nos termos da Lei de Usura”. 
 
17. Identifique e conceitue as partes atuantes no contrato de factoring. 
R: Três são os personagens que se envolvem nessa modalidade 
contratual: a) a faturizadora (empresa de factoring ou factor), 
cessionária dos créditos e que pode ser pessoa física ou jurídica, 
necessariamente comerciante, pois a operação não é privativa de 
instituições financeiras; b) o faturizado, decente ou fornecedor, que 
pode ser um comerciante ou industrial, pessoa física ou jurídica, titular 
dos créditos adquiridos; e c) o comprador da mercadoria ou adquirente 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE DIREITO – Campus Contagem 
do serviço que gerou crédito (devedor). A participação deste resulta do 
fato de que são cedidos à faturizadora os créditos que o fornecedor tem 
contra ele. De ser notificado do negócio, para efetuar o pagamento ao 
factor. 
 
18. Quais os requisitos necessários ao contrato de factoring? 
R: São cláusulas essenciais do contrato a: a) exclusividade ou 
totalidade das contas do faturizado; b) duração do contrato; c) 
faculdade de o faturizador escolher as contas que deseja garantir; d) 
liquidação dos créditos; e) cessão dos créditos; f) assunção de riscos 
pelo faturizador; g) remuneração do contrato 
19. O contrato de factoring é um contrato misto, composto de elementos de 
cessão de crédito, do mandato e da locação de serviços. Essa afirmativa está 
correta? Porque? 
R: Sim, à afirmativa está correta. Não existem regras contratuais que 
regulamento o tipo contratual no ordenamento jurídico brasileiro, 
porém, envolvem-se nele institutos que possuem lei específica, como 
cessão de créditos e prestação de serviços, configurando o tipo misto 
nesses liames da atipicade e tipicidade. Sobre as demais 
características, como cessão do mandato, crédito e locação de 
serviços, são todas requisitos para a formação do objeto e atividade do 
contrato. 
 
20. Conceitue o contrato de leasing e explique suas características. 
R: O arrendamento mercantil foi inicialmente regulado pela Lei n. 6.099, 
de 12 de setembro de 1974, que o definiu como “negócio jurídico 
realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora, e pessoa 
física ou jurídica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por objeto o 
arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo 
especificações da arrendatária e para uso próprio desta” 
O arrendador é necessariamente pessoa jurídica, constituída sob a 
fomra de sociedade anônima, controlada e fiscalizada pelo Banco 
Central por praticar uma operação financeira. O arrendatário é pessoa 
física ou jurídica, de direito privado ou de direito público. 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE DIREITO – Campus Contagem 
O objeto do contrato pode ser bem móvel ou imóvel. Quanto à forma, 
pode ser celebrado por instrumento público ou particular, nos quais 
deverão constar, dentre outros informativos: a) a descrição dos bens 
que constituem o objeto do contrato, com toda as suas características 
que permitam sua perfeita identificação; b) o valor das prestações a que 
o arrendatário ficará sujeito e a forma de pagamento; c) o prazo de 
vencimento da avença. Que será. No mínimo de três anos, salvo no caso 
de arrendamento de veículos, quando o prazo mínimo pode ser de dois 
anos; d) o direito de opção a ser exercido pelo arrendatário; e) o critério 
para ajuste do valor da prestação, se convencionado etc. 
O contrato de arrendamento mercantil é consensual, porque se 
aperfeiçoa com a manifestação de vontade das partes, 
independentemente da entrega da coisa; solene, porque exige a forma 
escrita; bilateral, uma vez que gera obrigações recíprocas; oneroso, 
pois ambos os contratantes obtêm proveito, ao qual corresponde um 
ônus ou sacrifício; comutativo, porque as prestações são certas e as 
partes podem antever as vantagens e os sacrifícios; de trato sucessivo, 
tendo em vista que a execução se faz durante o prazo previsto ou 
renovado; de adesão, porque é inteiramente elaborado pelo arrendador, 
não tendo o arrendatário possibilidade de discutir as suas clausulas: 
adere em bloco a elas ou não realiza o negócio. 
 
21. Conceitue o contrato de alienação fiduciária e explique suas características. 
R: O contrato de alienação fiduciária conceitua-se como sendo o 
negócio jurídico pelo qual o devedor, para garantir o pagamento da 
dívida, transmite ao credor a propriedade de um bem, normalmente 
retendo-lhe a posse direta, sob a condição resolutiva de saldá-la. 
O contrato é: a) Bilateral, já que cria obrigações tanto para o fiduciário 
como para o fiduciante; b) Oneroso, porque beneficia a ambos, 
proporcionando instrumento creditício ao alienante, a assecuratório ao 
adquirente; c) Acessório, porque depende, para sua existência, de uma 
obrigação principal que pretende garantir; d) Formal, porque requer 
sempre, para constituir-se, instrumento escrito, público ou particular; e) 
Indivisível, porque o pagamento de uma ou mais prestações da dívida 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE DIREITO – Campus Contagem 
não importa exoneração correspondente da garantia ainda que esta 
compreenda vários bens, exceto disposição expressa no título ou na 
quitação. 
 
REFERÊNCIAS: 
Negrão, Ricardo. Manual de direito empresarial. – 10. ed. – São Paulo: 
Saraiva Educação, 
2020. 360 p. 
Gonçalves, Carlos Roberto, Direito civil brasileiro. Volume 3: contratos e atos 
unilaterais / Carlos Roberto Gonçalves - 17. Ed - São Paulo: Saraiva, 2020. 
CRUZ, André Santa. Direito Empresarial. 9ª Edição. São Paulo: Método, 
2019.