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História do Paraciclismo Paralímpico

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3. ESPORTE PARALÍMPICO CICLISMO	
 3.1 ASPECTOS HISTÓRICOS
O prefácio do Paraciclismo deu-se na década de 80, quando realizada a primeira competição envolvendo atletas com deficiência visual, hoje conhecido como “tandem” (a bicicleta tem dois selins e ambos ocupantes pedalam em sintonia). Mas a modalidade só seria inserida oficialmente como Esporte Paralímpico 4 anos depois, em 1984. Inicialmente, as Paralimpíadas de 1984 deveriam ter ocorrido apenas nos Estados Unidos, em Los Angeles. Entretanto, as Organizações Independentes para Atletas com Deficiência Norte-Americanas não tinham relações formais com o Comitê Organizador dos Jogos. Ainda assim, a Associação Norte-Americana para Atletas em Cadeiras de Rodas, afiliada à Federação Internacional dos Jogos de Stoke Mandeville, anunciou que iria sediar sua própria competição nos Estados Unidos. Como resultado, os outros grupos de atletas com deficiência se uniram e escolheram Nova York como a sede do evento. Como os Jogos de Stoke Mandeville mantiveram sua disputa, ambas as competições foram consideradas Paralimpíadas em 1984. Em Nova York, o presidente Ronald Regan abriu oficialmente as competições. Em Stoke Mandeville, a honra coube ao Príncipe Charles. Foi a única vez que as Paralimpíadas foram realizadas em dois lugares e a edição de 1984 entrou para a história como a última em que a competição foi disputada em um lugar diferente das Olimpíadas. Assim, os Jogos Paralímpicos de Stoke Mandeville, na Grã-Bretanha, foram para atletas em cadeiras de rodas, e em Nova York, nos Estados Unidos, para atletas com paralisia cerebral, deficiências visuais e amputados. Apesar da disputa ter sido realizada em duas cidades, os americanos, mais uma vez, ficaram na liderança do quadro geral de medalhas. Mas na estreia do Paraciclismo para portadores de necessidades físicas e sensoriais, Morten Fromyr, da Noruega, e Dominique Molle, da França, conquistaram duas medalhas de ouro cada. 
A partir dos Jogos de 1988, em Seul, as Olimpíadas e Paralimpíadas sempre ocorreram na mesma cidade, com as Paralimpíadas sendo disputadas algumas semanas após as Olimpíadas. E o Paraciclismo de estrada entrou no programa oficial de disputas. 
Entretanto, só foi em 1989, que o CPI (Comitê Paralímpico Internacional) foi criado com objetivo de permitir que os atletas paraolímpicos alcançassem sua excelência esportiva, além de promover os valores paralímpicos e criar oportunidade para todas as pessoas com algum tipo de deficiência, do iniciante ao atleta de elite. Assim, a partir de 1996, nos Jogos Paralímpicos em Atlanta, cada tipo de deficiência passou a ser avaliado de forma específica. Nesta competição foram incluídas provas de velódromo. E nos Jogos de Sydney (2000), o handcycling (ciclismo com as mãos) teve provas de exibição.
As associações de atletas deficientes começaram a aparecer, e o Brasil enviou uma delegação do Paraciclismo aos Jogos Paralímpicos pela primeira vez quase 10 anos depois em Barcelona (1992), com Rivaldo Gonçalves Martins. Dois anos depois, na Bélgica, o mesmo ciclista, amputado da perna com prótese, conquistou o título de campeão mundial na prova de contra-relógio. Nos Jogos Parapan-Americanos de Mar del Plata, em 2003, o país trouxe duas medalhas de ouro com Rivaldo (contra-relógio e estrada) e uma prata com Roberto Carlos Silva (contra-relógio). No Parapan-Americano de Cali (Colômbia), em 2007, o brasileiro Soelito Gohr conquistou ouro nos 4 km da prova de perseguição individual (CL1). O italiano Alessandro Zanardi, ex-piloto da Fórmula-1 que perdeu as duas pernas, emocionou o público em Londres 2012 ao ganhar dois ouros e uma prata no ciclismo de estrada.
No início, a classificação dos atletas era feita apenas por critérios médicos. Mas o crescimento do movimento paralímpico fez com que a União Ciclística Internacional (UCI) manifestasse interesse na modalidade, chegando a um acordo com o CPI para apoiar de maneira significativa o esporte. As entidades firmaram um consenso no qual a gestão do Paraciclismo passou a ser responsabilidade da UCI. Com isso, a categoria tornou-se uma disciplina distinta dentro da instituição, utilizando-se dos mesmos serviços de integração das outras categorias. Desde 2006, a UCI promove o Campeonato Mundial de Paraciclismo de estrada e de pista, exceto em anos que são realizados os Jogos Paralímpicos. Em 2010, a instituição organizou a primeira etapa da Copa do Mundo, além de projetar um novo sistema de classificação baseando no tipo de bicicleta e grau de funcionalidade de acordo com a deficiência do ciclista.
Após os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2012, o Brasil foi orientado pelo Comitê Nacional a mudar o termo “Paraolímpico” para “Paralímpicos” para se alinhar mundialmente aos demais países. Compreensivelmente, as entidades filiadas atualizaram-se ortograficamente. A palavra “Paralímpico” deriva da preposição grega “para” (ao lado) e da palavra “olímpico”. Significa que os Jogos Paralímpicos se realizam paralelamente aos Olímpicos e ilustra valores de inspiração, coragem, igualdade e determinação.
Em 17 dias 10.500 atletas de 206 países disputarão 306 provas com medalhas nos Jogos Olímpicos da América do Sul. E em 11 dias 4.350 atletas de 176 países disputarão 528 provas com medalhas nos Jogos Paralímpicos da América do Sul. 
3.2 PRINCIPAIS REGRAS E FUNDAMENTOS 
A essência do Paraciclismo é o mesmo que em outras competições olímpicas, onde atletas de alto rendimento competem contra outras nações em sua categoria. As regras são as mesmas do ciclismo convencional, somente com pequenas alterações relativas à segurança. Há uma classificação funcional dos atletas, sendo que homens e mulheres das classes C1 a C5 podem formar uma equipe na prova de velocidade.
Classificação: 
LC – Locomotor Cycling (atletas com dificuldades de locomoção)
LC1: Atletas com pequeno prejuízo, geralmente nos membros superiores;
LC2: Atletas com prejuízo físico em uma das pernas, sendo permitido o uso de prótese;
LC3: Atletas que pedalam com apenas uma perna e não usam próteses;
LC4: Atletas com maior grau de deficiência, geralmente com amputação em um membro.
As Provas de Estradas são mais longas e os atletas de cada categoria largam ao mesmo tempo fazendo um percurso de até 120km tanto no masculino como no feminino, por diferentes classes funcionais. Atletas amputados usam próteses ou adaptações específicas para o uso de câmbios e freios e atletas com paralisia cerebral usam triciclos, com duas rodas atrás, para terem maior segurança e equilíbrio. Todos os competidores usam uniformes leves e arejados, feitos de um material que a pele possa respirar. São disputadas provas distintas. Na prova de contrarrelógio, os ciclistas largam individualmente e devem completar um percurso pré-determinado na estrada - o atleta que registrar o menor tempo é o vencedor. Na prova de revezamento, as equipes mistas de três ciclistas do handbike se revezam para completar, cada um, duas ou três voltas de um percurso curto e rápido. E a última, é a estrada, onde todos os ciclistas largam juntos e devem completar uma distância que pode chegar a 120km, de acordo com a classificação dos atletas – vence quem cruzar a linha de chegada primeiro.
As bicicletas convencionais podem ser adaptadas para atletas que usam próteses ou necessitam de acessórios específicos para acionamento de marchas e freios, por exemplo e recebem a classificação “C”. As tandem, são bicicletas de dois lugares usadas por ciclistas com deficiência visual, que sentam no banco de trás, enquanto um piloto - sem deficiência visual - vai na frente para orientá-lo. A roda de trás da bicicleta são impulsionadas pelos dois ciclistas por meio de um sistema de pedais e correntes. E recebe a classificação “B” (do inglês Blind ou cego em português). As handbikes (handcycling) são bicicletas impulsionadas com as mãos e é utilizada por atletas com paraplegia e tetraplegia. E recebem a classificação “H”. E o triciclo é uma bicicleta com duas rodas traseiras que garante maior segurança para os atletas com deficiênciaque afeta o equilíbrio, como ciclistas com paralisia cerebral. E recebem a classificação “T”. 
Quando há um grupo principal de ciclistas em uma prova, são chamados de pelotão. Se um ou mais ciclistas se destacam do pelotão para seguir isolado na frente, é chamado de fuga. E quando um ciclista sacrifica o seu desempenho individual em prol de algum companheiro de equipe, é chamado de gregário. 
Nas Provas de Pista, as bicicletas podem ter adaptações como manoplas e próteses artificiais, feitas especialmente para a corrida. Eles são permitidos somente para membros superiores. Os atletas amputados usam próteses, órteses ou adaptações específicas para o uso de câmbios e freios e para segurarem o guidão. E o velódromo conta com uma pista oval com extensão de 250m a 325m. Há uma linha preta que mede a extensão da pista. É onde o atleta se baseia para fazer as provas de contrarrelógio. Quanto mais ele segue sobre a corda, menor é o trecho percorrido e menos tempo perde. Tem três provas distintas, a de contrarrelógio, o ciclista deve percorrer sozinho uma distância que varia entre 500m e 100m – quem tiver o menor tempo é o vencedor. Na prova de perseguição, dois ciclistas adversários largam de lados opostos do velódromo e devem percorrer uma distância de 3km ou 4km, de acordo com a sua categoria. Vence quem registrar o menor tempo ou conseguir alcançar o oponente. E por fim, a prova de velocidade por equipes que é disputada em três voltas e é composta por três atletas em cada equipe, que pedalam um atrás do outro e, após completá-la, deve-se retirar da prova, dando ao próximo corredor liderança. 
O ciclista que guia a bicicleta na prova de tandem é chamado de piloto. O guidão utilizado nas provas de contrarrelógio que deixa a posição mais aerodinâmica e melhora o desempenho, é chamado de guidão aero. Quando um ciclista pedala atrás de outro a fim de se beneficiar e proteger da ação do vento, esse ato é conhecido como vácuo. E o aparelho que segura o atleta do tiro de largada, liberando a bicicleta após o sinal sonoro de largada, é chamado de partidor.
3.3 REGISTRO HISTÓRICO
3.3.1 Imagens
Cerimónia de Abertura dos Jogos Paralímpicos em Roma, 1960.
Aos quatorzes anos de idade, Stephanie Brooks presentou os EUA nos Jogos Paralímpicos de 1996 em Atlanta. 
Alessandro Zanardi foi campeão Paralímpico nas provas de estrada e contrarrelógio no ciclismo em Londres, 2012.
2.4 PLANO DE AULA
	Conteúdo: Jogo
Tema: Possibilidades do paraciclismo escolar
	Objetivos
Geral:
- Explorar o universo do paraciclismo como modalidade olímpica. 
Específicos:
- Estimular participação, espontaneidade e trabalho em equipe
- Promover o uso de habilidades cognitivas. 
- Explicar aspectos esportivos do paraciclismo
	Metodologia:
Aula expositivo-dialogada para apresentar e vivenciar o tema proposto. 
	Procedimentos:
I Parte (15 minutos)
Apresentar informações acerca de aspectos históricos, locais para prática, tipos de bicicletas usadas, grau de classificação para os tipos de deficiências e regras sobre o paraciclismo. 
II Parte (30 minutos)
Dividir a turma em equipes de no máximo 6 alunos ou equipes com números pares e distribuir para cada equipe materiais relacionados ao paraciclismo. Cada grupo deverá construir um jogo da memória com imagens e palavras correspondentes sobre o paraciclismo. Ao final, duas pessoas por vez embaralham as cartas viradas para baixo e a cada rodada vira duas cartas buscando um par correspondente. Se o jogador conseguir encontrar as cartas corretas, tem o direito de jogar outra vez até errar. No caso do jogador ao virar duas cartas e a imagem e palavra não coincidirem, passa a jogada para o participante seguinte. Ganha quem reunir o maior número de combinações. Quando os dois alunos encerrarem a jogada, passa a vez para a próxima dupla. 
III Parte (5 Minutos)
Reunir os alunos em círculo e questioná-lo sobre a confecção do jogo e indaga-los sobre as diferenças do paraciclismo para o ciclismo olímpico.
	Recursos Materiais:
- Utilização de slides com informações sobre o tema.
- Materiais impressos para confecção do jogo. 
- Tesoura e cola. 
	Avaliação:
Desempenho das habilidades cognitivas e coordenação motora fina para confecção do jogo. A participação, interatividade e oportunidade de socialização para avançar em questões como colaboração. E a vivência sobre o tema trabalhado. 
	Referência:
KUNZ, Elenor. Transformação Didático-pedagógico do Esporte. 7 ed. Ijuí: Unijuí, 2006.
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