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GRAN JURISPRUDÊNCIA-Informativo - STF 2019 F

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INFORMATIVO STF – COMPILADO 2019
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FELIPE LEAL
Graduado em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (2003), 
mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas pela Universidade 
Federal do Amapá (2012) e Doutorando em Ciências Jurídico-Criminais 
nas Universidades de Porto e de Coimbra, em Portugal (2017-2021). 
Ingressou na Polícia Federal em 2005, como Papiloscopista Policial 
Federal, adquirindo experiência na área pericial, e, desde 2006, é 
Delegado de Polícia Federal, tendo já chefiado Delegacias Especializadas 
na Repressão ao Tráfico de Drogas/PA (2006-2007), na Repressão 
aos Crimes Ambientais/AP (2008-2010) e na Repressão a Crimes 
Financeiros/PB (2011 -2012), bem como atuou como Chefe do Núcleo 
de Inteligência em Pernambuco (2013-2014). Após, foi designado 
como membro do Grupo de Inquéritos da Operação Lava Jato junto ao 
Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça (2015-2016), 
sendo convidado a assumir a Divisão de Contrainteligência da Polícia 
Federal em Brasília (2016-2017). Na docência, é um dos responsáveis 
pela formação profissional de novos policiais, com a elaboração 
de Caderno Didático para a Academia Nacional de Polícia (ANP). Já 
elaborou Manuais de Investigações para autoridades policiais. Tutor da 
Disciplina Criminologia em Cursos de Aperfeiçoamento Profissional da 
ANP. Professor em Faculdades de Direito e em curso de pós-graduação 
da ANP. Coordenador Pedagógico da Escola Nacional de Delegados de 
Polícia Federal.
umárioS
STF 932 ...................................................................................................4
INFILTRAÇÃO POLICIAL SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL E ILICITUDE 
DE PROVAS ..............................................................................................4
STF 933 ...................................................................................................6
MEDIDAS ASSECURATÓRIAS: Arresto e Requisitos ......................................6
INQUÉRITO. DEFESA TÉCNICA. OITIVAS ..................................................7
STF 936 ...................................................................................................8
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL E HOMICÍDIO PRATICADO POR 
BRASILEIRO NATO NO EXTERIOR ............................................................8
STF 939 ...................................................................................................9
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES. Imunidades de Deputados Estaduais .............9
CONCESSÃO DE INDULTO NATALINO. Comutação da Pena. Controle Judicial 10
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STF 942 .................................................................................................12
CPI E COMPARECIMENTO COMPULSÓRIO ..............................................12
ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA E AUSÊNCIA DE DIREITO 
LÍQUIDO E CERTO ..................................................................................13
STF 944 .................................................................................................15
HOMOFOBIA E OMISSÃO LEGISLATIVA ..................................................15
ENTREVISTA FORMALIZADA NO CUMPRIMENTO DE MANDADO DE 
BUSCA E APREENSÃO. Violação do Direito à Não Autoincriminação e ao 
Silêncio ...................................................................................................16
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STF 932
INFILTRAÇÃO POLICIAL SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL E ILICITUDE DE 
PROVAS
A Segunda Turma concedeu parcialmente habeas corpus impetrado contra acór-
dão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para declarar a ilicitude e determinar o 
desentranhamento da infiltração realizada por policial militar e dos depoimentos 
por ele prestados em sede policial e em juízo, nos termos do art. 157, § 3º, do 
Código de Processo Penal (CPP), sem prejuízo da prolação de uma nova sentença 
baseada em provas legalmente colhidas.
Na espécie, a paciente foi denunciada e presa preventivamente pela suposta 
prática do delito de associação criminosa, previsto no art. 288, parágrafo único, do 
Código Penal (CP). Ela teria se associado a outros indivíduos, de forma estável e 
permanente, para planejar ações criminosas e recrutar simpatizantes pelas redes 
sociais e outros canais, que resultaram em atos de vandalismo durante manifesta-
ções ocorridas no período da Copa do Mundo de 2014, na cidade do Rio de Janeiro.
Segundo o Supremo Tribunal Federal, o policial militar, designado como agente 
de Inteligência para subsidiar a Força Nacional de Segurança em atuação estraté-
gica diante dos movimentos sociais e dos protestos ocorridos no Brasil em 2014, 
acabou por se infiltrar sem autorização judicial, com a participação em grupo de 
mensagens criado pelos investigados e em reuniões do grupo em bares, a fim de 
coletar provas e realizar investigação criminal clandestina.
Em que pese a investigação se tratar de associação criminosa e não de organi-
zação criminosa, o STF reconheceu por analogia a aplicabilidade, no caso concreto, 
das previsões da Lei 12.850/2013, que define organização criminosa e dispõe sobre 
a investigação criminal, em razão de omissão legislativa. 
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HC 147837/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 26.2.2019. (HC-
147837)
Veja como esse assunto pode ser abordado em concurso para Delegado
Questão: 
A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo 
delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica 
do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será prece-
dida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá 
seus limites.
Resposta: Certo
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http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=147837&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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STF 933
MEDIDAS ASSECURATÓRIAS: ARRESTO E REQUISITOS
O STF entendeu ser possível medida assecuratória com a indisponibilidade de 
bens de acusado por suposta prática de crime, com vistas a garantir pagamento de 
multa penal na eventual condenação, diante do risco de ineficácia da sanção judi-
cial, considerando a possibilidade de o futuro condenado dilapidar seu patrimônio 
antes da cobrança judicial.
Sublinhe-se não ser necessária a prática de atos concretos de desfazimento de 
bens, mas apenas a demonstração da plausibilidade do direito e o perigo na demora.
A Primeira Turma entendeu que as medidas assecuratórias têm por objetivo ga-
rantir não apenas a reparação do dano, mas também o pagamento das despesas 
processuais e as penas pecuniárias em caso de eventual condenação. A indisponi-
bilidade dos bens não importa prejuízos desarrazoados aos réus, pois terão seus 
bens desbloqueados, se absolvidos ao fim do processo.
Pet 7.069/DF rel. Min. Marco Aurélio, red p/o acordão Min. Luís Roberto 
Barroso, julgamento em 13.3.2019. (Pet-7069).
Veja como esse assunto pode ser abordado em concurso para Delegado
Questão: 
Para o STF, somente é possível medida assecuratória com a indisponibilidade de 
bens de acusado por suposta prática de crime, com vistas a garantir pagamento de 
multa penal na eventual condenação, se comprovada a prática de atos concretos 
de desfazimento de bens.
Resposta: Errado.
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INQUÉRITO. DEFESA TÉCNICA. OITIVAS
Segundo art. 7 da Lei 8.906/1994, são direitos do advogado: (...) XXI –assistir 
a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulida-
de absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de 
todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, 
direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: a) 
apresentar razões e quesitos;”
A Segunda Turma do STF entendeu que a norma em comento, incluída no Es-
tatuto da OAB pela Lei 13.245/2016, veio a reforçar as prerrogativas da defesa 
técnica, sem, contudo, conferir ao advogado o direito subjetivo de intimação prévia 
e tempestiva do calendário de inquirições a ser definido pela autoridade policial.
Pet 7612/DF, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em 12.03.2019. (Pet-7612)
Veja como esse assunto pode ser abordado em concurso para Delegado
Questão: 
Para o STF, com a alteração do Estatuto da OAB pela Lei 13.245/2016, tornou-
-se necessária a intimação prévia da defesa técnica do investigado para a tomada 
de depoimentos orais na fase de inquérito policial. 
Resposta: Errado.
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STF 936
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL E HOMICÍDIO PRATICADO POR 
BRASILEIRO NATO NO EXTERIOR
A Primeira Turma do STF fixou a competência de tribunal do júri estadual para 
processar e julgar ação penal movida contra brasileiro nato, denunciado pela prá-
tica de homicídio de cidadão paraguaio, ocorrido no Paraguai, considerando a ine-
xistência de ofensa a bens, serviços ou interesses da União. O pedido de extradição 
do brasileiro foi indeferido em razão de sua condição de nacional.
Para o STF, o Decreto 4.975/2004, que promulgou o Acordo de Extradição entre 
os Estados-Partes do Mercosul, por si só não atrai a competência da Justiça Federal. 
Isso porque a persecução penal não é fundada no acordo de extradição, mas no 
Código Penal brasileiro.
RE 1.175.638 AgR/PR, rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 2.4.2019. 
(RE-1175638)
Veja como esse assunto pode ser abordado em concurso para Delegado
Questão: Para o STF, compete à Justiça Federal processar e julgar ação penal 
movida contra brasileiro, se denunciado pela prática de homicídio ocorrido no exte-
rior e não extraditado em razão de sua condição de nacional.
Resposta: Errado.
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STF 939
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES. IMUNIDADES DE DEPUTADOS ESTADUAIS
O Plenário do STF, por maioria, entendeu que as imunidades formais previstas 
no art. 53 da Constituição Federal estendem aos deputados estaduais:
“Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por 
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. § 1º Os Deputados e Senadores, 
desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo 
Tribunal Federal. § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso 
Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse 
caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, 
para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. § 3º Re-
cebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplo-
mação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por inicia-
tiva de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, 
poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. § 4º O pedido de sustação 
será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco 
dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. § 5º A sustação do processo suspende 
a prescrição, enquanto durar o mandato. (...)”
Pela maioria em plenário, o reconhecimento da importância do Legislativo esta-
dual viabiliza a reprodução, no âmbito regional, da harmonia entre os Poderes da 
República. É inadequado, portanto, extrair da Constituição Federal proteção redu-
zida da atividade do Legislativo nos entes federados, como se fosse menor a rele-
vância dos órgãos locais para o robustecimento do Estado Democrático de Direito.
ADI 5823 MC/RN, rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 8.5.2019. 
(ADI-5823)
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ADI 5824 MC/RJ, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco 
Aurélio, julgamento em 8.5.2019. (ADI-5824)
ADI 5825 MC/MT, rel. org. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco 
Aurélio, julgamento em 8.5.2019. (ADI-5825)
Veja como esse assunto pode ser abordado em concurso para Delegado
Questão: Para o STF, em voto da maioria do plenário, as regras constitucionais 
não conferem ao Poder Legislativo e, no caso, ao Legislativo estadual, a compe-
tência de rever atos emanados em sede de prisão preventiva pelo Poder Judiciário. 
Isso porque a decretação da prisão preventiva e das medidas cautelares alternati-
vas envolve um juízo técnico-jurídico que não pode ser substituído pelo juízo polí-
tico emitido pelo Legislativo a respeito de prisão em flagrante.
Resposta: Errado.
CONCESSÃO DE INDULTO NATALINO. COMUTAÇÃO DA PENA. 
CONTROLE JUDICIAL
O Plenário do STF, por maioria, fez prevalecer o voto do ministro Alexandre de 
Moraes, reconhecendo que o indulto não fere a separação de Poderes por, suposta-
mente, esvaziar a política criminal definida pelo legislador e aplicada pelo Judiciário.
Para o Ministro, embora não seja imune ao controle judicial, o indulto e a comuta-
ção da pena configuram típicos atos de governo, caracterizados pela discricionarie-
dade do presidente da República, respeitados os limites manifestos na Constituição.
O ministro Alexandre Moraes asseverou que, se fosse admitida, por via judicial, 
a exclusão de certos crimes, como os de corrupção e os contra a Administração 
Pública, o Poder Judiciário atuaria como legislador positivo. Salientou que o indul-
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to não se direciona somente às penas privativas de liberdade, mas também ao 
afastamento de sanções impostas por condenação judicial. Não haveria lógica em 
perdoar delitos mais graves e não os criminosos leves. Considerou ser tradicional 
no ordenamento jurídico pátrio que a concessão de indulto ou comutação da pena 
possa alcançar a sanção de multa, aplicada isolada ou cumulativamente. 
ADI 5874/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Alexan-
dre de Moraes, julgamento em 9.5.2019. (ADI-5874) 
Veja como esse assunto pode ser abordado em concurso para Delegado
Questão: Para o STF, em sede de controle judicial, é possível que o Poder Judici-
ário exclua, do âmbito de incidência do Decreto Presidencial de Indulto, ante à gra-
vidades dos delitos, os crimes de peculato, concussão,corrupção passiva, corrupção 
ativa, tráfico de influência, os delitos praticados contra o sistema financeiro nacional, 
os previstos na Lei de Licitações, os crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de 
bens, os previstos na Lei de Organizações Criminosas e a associação criminosa.
Resposta: Errado.
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STF 942
CPI E COMPARECIMENTO COMPULSÓRIO
Em julgamento de Habeas Corpus, a Segunda Turma do STF entendeu por não 
haver compulsoriedade de comparecimento do paciente perante comissão parla-
mentar de inquérito (CPI), acaso intimado na condição de investigado.
Além de decidir pela facultatividade, a Turma assegurou ao paciente, caso quei-
ra comparecer ao ato: a) o direito ao silêncio, ou seja, a não responder perguntas a 
ele direcionadas; b) o direito à assistência por advogado durante o ato; c) o direito 
de não ser submetido ao compromisso de dizer a verdade ou de subscrever termos 
com esse conteúdo; e d) o direito de não sofrer constrangimentos físicos ou morais 
decorrentes do exercício dos direitos anteriores. 
O ministro Gilmar Mendes (relator) entendeu que, por sua qualidade de inves-
tigado, o paciente não pode ser convocado a comparecimento compulsório, menos 
ainda sob ameaça de responsabilização penal.
HC 171438/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento 28.5.2019. (HC-
171438)
Veja como esse assunto pode ser abordado em concurso para Delegado
Questão: Na condição de investigado, o intimado tem o dever de comparecer à 
Comissão Parlamentar de Inquérito, porém pode invocar o direito ao silêncio, que 
assegura a não produção de prova contra si mesmo, como pedra angular do siste-
ma de proteção dos direitos individuais e expressão do princípio da dignidade da 
pessoa humana. 
Resposta: Errado.
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ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA E AUSÊNCIA DE 
DIREITO LÍQUIDO E CERTO
A Segunda Turma do STF entendeu inexistir direito líquido e certo a compelir o 
Ministério Público à celebração do acordo de delação premiada.
Na decisão, a Turma fez uma distinção entre colaboração premiada e acordo de 
colaboração premiada. Pode-se cogitar que o acusado ostente direito subjetivo à 
colaboração (atividade, e não negócio jurídico), mas não se pode impor ao Minis-
tério Público o dever de celebrar negócio jurídico processual personalíssimo. Assim 
procedendo, o Poder Judiciário acabaria por intervir na conveniência e na oportu-
nidade do acordo, participando ativamente das negociações, o que é vedado no 
sistema acusatório (Lei 12.850/2013, art. 4º, § 6º). Não há, pois, direito líquido e 
certo de celebrar o acordo.
Ressalvou, porém, que diversos diplomas normativos antecedentes à Lei 
12.850/2013 já previam essa possibilidade de concessão de sanção premial, sem a 
exigência da celebração de acordo de colaboração, o qual, embora confira maior se-
gurança jurídica à esfera do colaborador, não se revela indispensável à mitigação da 
pretensão punitiva. Portanto, independentemente da formalização de ato negocial, 
persiste a possibilidade, em tese, de adoção de postura colaborativa e, ainda em 
tese, a concessão judicial de sanção premial condizente com esse comportamento.
MS 35693 AgR/DF, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em 28.5.2019. 
(MS-35693)
Veja como esse assunto pode ser abordado em concurso para Delegado
Questão: O juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para 
a formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, 
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o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme 
o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor
Resposta: Certo.
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STF 944
HOMOFOBIA E OMISSÃO LEGISLATIVA
O Plenário do STF, por maioria, julgou procedentes os pedidos formulados em 
ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) e em mandado de injunção 
(MI) para reconhecer a mora do Congresso Nacional em editar lei que criminalize os 
atos de homofobia e transfobia. Determinou, também, até que seja colmatada essa 
lacuna legislativa, a aplicação da Lei 7.716/1989 (que define os crimes resultan-
tes de preconceito de raça ou de cor) às condutas de discriminação por orientação 
sexual ou identidade de gênero, com efeitos prospectivos e mediante subsunção. 
ADO 26/DF, rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 13.6.2019. (ADO-26)
MI 4733/DF, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em 13.6.2019. (MI-4733)
Veja como esse assunto pode ser abordado em concurso para Delegado
Questão: Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a 
implementar os mandados de criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 
5º da Constituição da República, as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou 
supostas, que envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gê-
nero de alguém, por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua 
dimensão social, ajustam-se, por identidade de razão e mediante adequação típica, 
aos preceitos primários de incriminação definidos na Lei nº 7.716, de 08.01.1989, 
constituindo, também, na hipótese de homicídio doloso, circunstância que o quali-
fica, por configurar motivo torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”)
Resposta: Certo.
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ENTREVISTA FORMALIZADA NO CUMPRIMENTO DE MANDADO DE BUSCA 
E APREENSÃO. VIOLAÇÃO DO DIREITO À NÃO AUTOINCRIMINAÇÃO E AO 
SILÊNCIO
A Segunda Turma, por maioria, deu provimento parcial a reclamação para de-
clarar a nulidade de entrevista realizada por autoridade policial no interior da resi-
dência do reclamante, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão.
O reclamante sustentava ter sido interrogado por delegado de polícia sem ser 
informado de seu direito ao silêncio. Reconheceu o STF ter sido realizado interro-
gatório travestido de entrevista formalmente documentada, uma vez que não se 
oportunizou ao sujeito da diligência o direito à prévia consulta a advogado, tam-
pouco certificou-se, no respectivo termo, o direito ao silêncio e à não produção de 
provas contra si mesmo.
Rcl 33711/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 11.6.2019. (Rcl-33711)
Veja como esse assunto pode ser abordado em concurso para Delegado
Questão: É nula a entrevista formalizada pela autoridade policial como inter-
rogatório, quando, em sua formalização, no cumprimento de mandado de busca e 
apreensão, não se oportuniza ao sujeito da diligência o direito à prévia consulta a 
advogado, nem se certifica, no respectivo termo, o direito ao silêncio e à não pro-
dução de provas contra si mesmo.
Resposta: Certo.
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