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• A compreensão das dificuldades relativas às atividades de aprendizagem implica situar essas atividades no contexto social em que são geradas. • A sociedade atual produz demandas de aprendizagem que têm culminado na saturação desse processo. aprendizagem Adaptação ao meio A Aprendizagem em Humanos • Nos seres humanos, a imaturidade é mais prolongada e há apoio cultural (invenção da infância e adolescência). • As capacidades de aprendizagem são mais desenvolvidas e flexíveis. • A função fundamental da aprendizagem humana é a internalização (personalização) da cultura. • A capacidade de aprendizagem nos humanos responde a um desenho genético (genoma humano) e cultural. • Aprende-se coisas diferentes em culturas diferentes, com formas ou processos de aprendizagem também diferentes. • O que se aprende e a forma como se aprende vem mudando ao longo da história. A NOVA CULTURA DA APRENDIZAGEM Da Aprendizagem da Cultura à Cultura da Aprendizagem Relevância Social da Aprendizagem genética - Pacotes especializados de respostas diante de determinados estímulos e ambientes. - Rigidez das respostas; incapacidade de adaptação a condições novas. - Mecanismo básico em espécies “inferiores”. - Modificação ou modelação das pautas de comportamento frente às mudanças do meio. - Maior flexibilidade e eficácia a longo prazo. - Mecanismo básico em espécies “superiores”. É necessário criar uma nova cultura da aprendizagem que atenda às demandas de formação e educação da sociedade contemporânea. @gilmarcossilva_ • Civilização Suméria (3000 anos a.C.). • Fundação das primeiras cidades-estado (cultura urbana). • Primeiro sistema de escrita (registro das contas e transações agrícolas em tabuinhas de cera). • “Casas de Tabuinhas”: primeiras escolas (formação de escribas). • Aprendizagem memorística. • A escrita como objeto fundamental da aprendizagem. • Atenas de Péricles. • O ensino da leitura e da escrita permite o acesso à informação que deve ser memorizada (poemas épicos). • Idade Média. • Centralização do conhecimento por parte da igreja. • O conhecimento religioso como verdade absoluta. • A memorização e as regras mnemônicas são “virtudes” a serem cultivadas. • Invenção da imprensa (cultura do Renascimento). • Melhor conservação e maior divulgação e generalização do conhecimento. • “Libertação da memória”. • Notáveis mudanças na cultura da aprendizagem. • Declive na relevância social da memória repetitiva. • Ciência moderna: descentralização do conhecimento. • Ciência probabilística do século XX: saberes relativos; contínua reconstrução do conhecimento. Breve Histórico Cultural da Aprendizagem Aprendizagem como atividade humana. Aprendizagem como atividade socialmente organizada. Para uma Nova Cultura da Aprendizagem: a construção do conhecimento Crise da concepção tradicional de aprendizagem Mudanças sociais, tecnológicas e culturais Educação generalizada Formação permanente e massiva Saturação informativa Conhecimento descentralizado e diversificado Cultura da Aprendizagem na Contemporaneidade A Sociedade da Aprendizagem Generalização da escolaridade obrigatória e gratuita nas sociedades industriais. Necessidade de formação permanente e de reciclagem profissional. Atividades formativas em todos os âmbitos da vida social. Aprendizagem de conhecimentos e habilidades em decorrência da interação cotidiana com a tecnologia. Multiplicação dos contextos de aprendizagem e de suas metas. A Sociedade da Informação Somos “informívoros”. Informação é tudo que reduz a incerteza de um sistema. Previsão e controle. Relevância da informação na vida social, uma vez que esta é complexa e cambiante. Na atual cultura da aprendizagem, não buscamos ativamente a informação, somos abarrotados por ela. “Ruído” informativo; fragmentação da informação. Sociedade do Conhecimento (descentrado) Relativização do saber científico. Repúdio à concepção realista do conhecimento. A realidade é uma construção intelectual. Todo conhecimento é uma aproximação incerta. Considerações Finais As formas tradicionais de aprendizagem repetitiva são limitadas diante da nova cultura da aprendizagem. A aprendizagem deveria estar direcionada não para a reprodução mecânica de saberes parciais, mas para a interpretação crítica dessa parcialidade. O construtivismo, perspectiva filosófica e psicológica sobre o conhecimento, constitui-se como ferramenta para estimular essa nova forma de pensar a aprendizagem. Bibliografia POZO, J. I. A nova Cultura da Aprendizagem. In. POZO, J. I. Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.
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