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Publicidade e propaganda aula 01 Prof. Eduardo Paes de Barros A história da Propaganda "Propaganda" Do latim moderno, propaganda quer dizer "para ser espalhado". Em 1622, no início da Guerra dos Trinta anos, o Papa Gregório XV fundou o Congregatio Propaganda Fide "Congregação para a Propagação da Fé", um comitê de Cardeais para supervisionar a propagação do Cristianismo pelos missionários enviados para países não-cristãos. "Propaganda" Mensagens comerciais e campanhas políticas foram encontradas em ruínas da antiga Arábia. Egípcios usavam papiros para criar mensagens de venda e cartazes, enquanto o conhecido volante (flyer) de hoje podia ser facilmente encontrado na antiga Grécia e Roma. Pinturas em muros ou rochas utilizadas como propagandas eram outras formas encontradas no tempo antigo e é utilizada até hoje em várias partes da Ásia, África e alguns países da América do Sul, incluindo o Brasil. Propaganda no Mundo A tradicional pintura nas paredes pode ser encontrada desde expressões artísticas em rochas feitas por populações indígenas que datam de 4.000 AC até pinturas desenvolvidas nos séculos 15 e 16 que auxiliavam a divulgação de volantes na época. No século 17 as propagandas começaram a aparecer em jornais semanais na Inglaterra. Esses anúncios eram utilizados para promover livros e jornais, que patrocinavam a imprensa, e medicamentos, que se tornaram muito procurados após algumas doenças terem devastado a Europa. No entanto, falsas propagandas, também conhecidas como quack (termo da época para designar uma pessoa que dizia ter profissionalmente habilidades, conhecimentos ou qualificações que não tinha), tornaram-se um problema, que culminou na regulamentação dos conteúdos publicados nas propagandas. Com a economia expandindo durante o século 19, as propagandas cresceram. Nos Estados Unidos, os classificados tornaram-se bem populares preenchendo muitas páginas de jornais com pequenos anúncios de itens variados. O sucesso desse formato de propaganda eventualmente levou ao aparecimento e crescimento da mala-direta. Em 1841 a primeira Agência de Publicidade e Propaganda foi criada por Volney Palmer em Boston. A agência criada por Palmer também foi a primeira a cobrar a taxa de 25% de comissão dos jornais para vender espaço publicitário, o que antes era feito apenas por corretores de propaganda. A N.W. Ayer & Son foi a primeira Agência a oferecer todos os serviços de publicidade e assumir responsabilidade pelo conteúdo das propagandas. Ela foi fundada em 1875 na cidade de Filadélfia nos Estados Unidos. Propaganda no Mundo Propaganda no Mundo Na virada do século, haviam poucas escolhas de carreira para mulheres no mercado, no entanto a publicidade e propaganda foi uma das poucas a abrir esse mercado. Desde que as mulheres eram responsáveis pela maioria das compras feitas em casa, anunciantes e agências reconheceram o valor introspectivo que a mulher tinha durante os processos criativos, por curiosidade, a primeira propaganda norte-americana com apelo sexual foi criada por uma mulher, Helen Lansdowne Resor, para anunciar o Woodbury’s Facial Soap. Embora simplória para os dias atuais, a propaganda mostrava um casal com a mensagem: “The skin you love to touch” (A pele que você adora tocar). Propaganda no Mundo Quando as estações de rádio iniciaram suas transmissões em meados de 1920, os programas não continham propagandas. Isso acontecia porque as primeiras estações de rádio foram estabelecidas com equipamentos feitos manualmente e varejistas que ofereceram programas em busca de vender mais aparelhos de rádio para os consumidores. Com o passar do tempo, muitas organizações sem fins lucrativos, como escolas, clubes e organizações populares, começaram a construir suas próprias estações de rádio. Quando a prática de patrocinar programas foi popularizada, cada programa era patrocinado por um anunciante pela troca da simples menção de seu nome no início e no fim dos programas. No entanto, os donos de estações logo viram que poderiam ganhar mais dinheiro vendendo pequenos espaços de tempo para vários anunciantes durante toda a programação da rádio e não só no início e fim de cada programa para apenas um patrocinador. Essa prática foi herdada pela televisão posteriormente nos meados de 1940 a 1950. Durante a guerra Durante a 1ª Guerra Mundial, as técnicas de propaganda foram cientificamente organizadas e aplicadas para influenciar a opinião pública a entrar na guerra ao lado da Inglaterra. Hitler interessava-se e admirava os modelos de propaganda utilizados pelos ingleses. Na guerra, o objetivo da propaganda é sempre provocar o ódio. “A propaganda consiste em forçar uma doutrina nos povos inteiros. A propaganda atua na sociedade, no ponto de vista de uma ideia e fá-las maduras para a vitória desta ideia.” – palavras de Hitler no seu livro Mein Kampf. Quando subiu ao poder em 1933, Hitler estabeleceu um ministério da propaganda dirigido por Joseph Goebbles. Em Berlim, Goebbles torna-se o editor do jornal “Der Angrif” (O Ataque), que publicava constantemente difamações anti- semitas. Os objetivos do ministério eram assegurar que a mensagem nazi fosse espalhada através da arte, música, teatro, filmes, livros, rádio, material educacional e imprensa. DDB Doyle Dane Bernbach mais conhecida por DDB, é uma agência de publicidade estado-unidense fundada por Maxwell (Mac) Dane, James "Ned" Doyle, e William Bernbach em 1949. Se tornou famosa nos anos 50 e 60 por suas campanhas inovadoras para a Volkswagen ("Think Small"), Avis Rent A Car System Inc. ("We Try Harder"), e outras companhias. Ela foi também responsável pela campanha publicitária que ajudou Lyndon B. Johnson a ganhar a presidência dos Estados Unidos da América em 1964. No Brasil, é sócia da agência DM9DDB - o outro sócio é o brasileiro Grupo Ypy de Comunicação, de Nizan Guanaes e Guga Valente. Grupo Omnicom O Grupo Omnicom é uma das maiores agências de publicidade. Grupo Omnicom, com trezentos e quarenta e cinco escritórios espalhados por setenta e seis países, que trocam informações, tecnologias e técnicas de pesquisa. Saatchi & Saatchi Charles Saatchi nasceu em 9 de Junho de 1943 em Bagdad (Iraque) e foi o fundador da agencia Saatchi & Saatchi. Era a maior agência do mundo antes quando ele e o seu irmão Maurice foram forçados a deixar a empresa e fundaram a agencia “M&C Saatchi”. Com o grande números de clientes potenciais foram rapidamente uma agência nos Britain´s top ten. Foi então conhecido pelo “art collector” e proprietário da “Saatchi Gallery” e em particular o patrocinador da “Young British Artists” incluindo Damien Hirst. Ogilvy David MacKenzie Ogilvy (23 de junho de1911 – 21 de julho de 1999) foi um publicitário e fundador da Ogilvy & Mather. David fez sucesso com campanhas para a Rolls Royce, Schweppes, Shell, além de campanhas para desenvolver o turismo nos Estados Unidos, Inglaterra e Porto Rico. Grupo Publicis Qual a relação entre uma garrafa de Coca-Cola, um cartão Visa, um produto do laboratório Pfizer, o supermercado Carrefour, um filme de Walt Disney, uma campanha publicitária para recrutar soldados para o exército americano e uma estratégia para a implantação da Philip Morris na China? A resposta é: Publicis, o quarto maior grupo de comunicação do mundo, com 35 166 empregados, 32,1 bilhões de euros em cifras de negócios, 3,8 bilhões de euros de renda e 150 milhões de lucro. Y&R - Young & Rubicam A Y&R é hoje a maior agência do mercado publicitário brasileiro em volume de investimentos em mídia, segundo o ranking publicado pelo Instituto Ibope-Monitor. Foi também eleita, de acordo com a edição brasileira do Great Place to Work, uma das 100 melhores empresas do país para trabalhar. É o resultado da fusão da Young & Rubicam e Bates Brasil ocorrido em janeiro de 2004. Atualmente a Y&R conta com clientes como Bacardi, Bradesco, Bradesco Cartão, AMEX, Casas Bahia, Chrysler, Colgate-Palmolive , Danone, Goodyear, Goodyear Internacional, Nova Schin,Mercedes-Benz, Novartis, Palmolive, Perdigão, Perdigão Internacional, Pfizer, [Santa Casa de Misericórdia]], TAM Linhas Aéreas, Telefônica, Texaco, Vivo, [ Laboratórios[Wyeth] e UOL (Universo On-line). J. W. Thompson JWT (ou J. W. Thompson) agência de publicidade multinacional, fundada em 1864 por William James Carlton, e modificada por John Walter Thompson em 1877 para J. Walter Thompson Company. Uma das maiores agências do mundo, inclui em sua cartela de clientes as empresas HSBC, DTC. Ford, Nestle, Shell, Pfizer e Vodafone, entre outras. Em 1929, chega ao Brasil como a primeira agência de publicidade internacional. De origem americana, a JWT foi pioneira na introdução da fotografia nos anúncios, na realização da primeira pesquisa de mercado, e em várias atividades na jovem televisão brasileira. E não parou por aí. Desde a sua fundação, tem sido responsável pelo atendimento de marcas líderes de mercado. Entre elas, estão parcerias de longa data com empresas como a Unilever (desde 1967), a Nestlè (desde 1957) e a Warner Lambert (desde 1973). Liderada no Brasil por Stefano Zunino e com Ricardo Chester como chief creative office, a agência vai além: integra as áreas de criação, planejamento, mídia e atendimento para criar campanhas sólidas, comprometidas com os negócios das empesas clientes. Euro RSCG Worldwide A Euro RSCG Worldwide é a maior agência de publicidade global pelo segundo ano consecutivo, como medido pelo número total de contas globais, segundo o 2007 Advertising Age Global Marketers Report (Relatório das Empresas Globais Especializadas em Marketing de 2007). Classificada como #1 no relatório de 2006, a Euro RSCG Worldwide continuou no topo do ranking no relatório deste ano devido ao crescimento em todas as regiões e uma performance muito forte em novos negócios que contaram com a adição dos negócios globais da Reckitt Bencksier no total de US$ 1,5 bilhão, juntamente com grandes contratos da sanofi-aventis, Kraft, ExxonMobil, Danone Group, Alcatel Lucent, Dell, Novartis e Areva entre muitos outros. A Euro RSCG Worldwide ficou no topo do ranking com 42 clientes globais e 1.167 serviços, ultrapassando as agências Ogilvy & Mather e McCann Erickson Worldwide, que juntas ficaram entre as três maiores agências, segundo os valores divulgados pela Advertising Age nesta semana. Grupo Newcomm O Grupo Newcomm nasceu em janeiro de 2004, da associação entre Roberto Justus e o grupo WPP, que deu origem à primeira holding mista da história da propaganda brasileira em regime de gestão compartilhada e um modelo inédito no país. Roberto Justus é CEO do Grupo Newcomm, holding prestadora de serviços de back office tais como jurídico, RH, finanças, administração e relações internacionais, entre outros. Sob o controle do Grupo Newcomm estão as agências Y&R, Dez Brasil, Wunderman, Ação Produções Gráficas, Maestro e LongPlay Comunicação 360º. Século XIX O primeiro anúncio publicado na Gazeta do Rio de Janeiro em 1808 representa a entrada do Brasil num negócio que já existia na Europa há séculos. Na Inglaterra, os registros dos primeiros anúncios datam de 1650. “Quem quiser comprar uma morada de casas de sobrado com frente para Santa Rita, fale com Ana Joaquina da Silva, que mora nas mesmas casas, ou com o Capitão Francisco Pereira de Mesquita, que tem ordem para as vender”. Século XIX O crescimento da publicidade, no entanto, seria rápido. A sanção da Lei Eusébio de Queiroz, em 1850 tráfico internacional de escravos, fez que os traficantes procurassem produtos industrializados para comercializar. Século XIX Comerciantes de escravos eram grandes anunciantes dos jornais em meados do século XIX. Publicavam-se características físicas e de personalidade, habilidades dos homens e mulheres à venda. Século XIX Século XIX Em meados do século XIX, a importação de escravos representava 1/3 do comércio exterior do Brasil. Século XIX Na segunda metade do século XIX, começa a prevalecer na imprensa brasileira (São Paulo e RJ) os anúncios de serviços e de produtos de consumo “Luiz Keller, operador de calos, unhas encravadas e deformadas. Rua de S. bento, 59. Interior, quarto número 1, onde acaba de abrir um modesto gabinete para o exercício da sua profissão, sendo encontrado das 11 da manhã às 4 da tarde”. Publicado no Estadão de 10 de outubro de 1890. Século XX “Auburn, o automóvel da moda nos Estados Unidos. Possante, resistente, veloz, econômico. Companhia Prado Chaves. Avenida São João, 187-B” 14 de janeiro de 1927 “Divinia, perfume exquisito. F. Wolff & Sohn Karlsruhe” A palavra „exquisito‟, na época, tinha significado diferente do esquisito (estranho) de atualmente. Significava precioso, fino. O anúncio foi publicado em 1 de julho de 1911. Século XX “Aquecedor instantâneo privilegiado. Um litro de água fervendo em um minuto apenas queimando uma folha de jornal! Aquecido com álcool o resultado é surpreendente. Preço: 5,000 réis, com desconto para porção. À venda em todas as lojas de louças e ferragens. Companhia Industrial Importadora. rua José Bonifácio, 18. São Paulo”. 12 de maio de 1905. “Avançando sempre. Presunto Estrela Azul. Cozido sem osso, pronto para consumo. Preparado especialmente para Clayton, Osburgh & Cia”. 1 de janeiro de 1919. Século XX Esta é a primeira fotografia da cidade de São Paulo publicada no Estadão. A reportagem mostrava os preparativos para uma disputa automobilística, o “Raid São Paulo - Jundiaí”. Dia 2 de maio de 1908. Salon „De Beauté (Salão de Beleza) Mappin Stores. 28 de setembro de 1929. Século XX Ventiladores Ciclone elétricos e turbine. Byigton & Companhia. Rua do comércio 4-A. 7 de janeiro de 1909 Agência de Propaganda • Eclética (São Paulo, 1913) • Anunciante nacional (produção própria) -Cervejaria Antarctica • Anunciantes internacionais -Mappin, Nestlé, Colgate-Palmolive, GE -Bayer (planejamento de campanha) -GM (departamento de propaganda) Agência de Propaganda • 1930 Ford contrata agência americana Ayer - Eclética perde a conta • General Motors faz mesmo movimento - J.W. Thompson entra no país • Agências internacionais introduzem recursos fotográficos e profissionalismo Século XX A publicidade teve um papel pedagógico, pois a sociedade brasileira começava a se inspirar na sociedade europeia como padrão de modernidade - principalmente com relação ao comportamento e à utilidade de novos produtos até então desconhecidos no país. “Assim, a vida é melhor. Aparelhos elétricos de real utilidade para conforto das donas de casa”. 24 de agosto de 1947. Século XX - Institucionalização Nos anos 1920, as agências de publicidade existentes no Brasil consistiam, basicamente, dos departamentos de propaganda de grandes empresas anunciantes. Os principais eram: a) Laboratórios farmacêuticos; b) Lojas Mesbla; c) General Eletric; d) General Motors - o núcleo mais profissional da época. Século XX - Institucionalização O departamento de propaganda da GM, instalado em 1926 e dirigido por profissionais oriundos da matriz americana, desempenhou o papel de escola para importantes nomes da incipiente publicidade brasileira. Posteriormente, em 1929, a GM decide transferir as atividades para uma agência independente - J. Walter Thompson, que já atendia a empresa nos EUA e em outros mercados. Século XX - Institucionalização O crescimento acelerado do país desde fins do século XIX e começo do XX movido pelas exportações de café, que beneficiavam principalmente São Paulo e o Rio de Janeiro, atraiu novas agências de publicidade para o país. Na sequência da Thompson, chegam a) N. W. Ayer; b) Lintas; c) McCann-Erickson d) Grant; e) Standard, Norton, Inter-Americana etc. Século XX - Institucionalização Agências internacionais trazem, além do know-how, ideias de institucionalização da Propaganda e Publicidade como área econômica que demandava cursos específicos. Na década de 1930 o governo cria o Departamentode Imprensa e Propaganda (DIP) numa tentativa de controlar a Comunicação Social. Em 1937 surgem a Associação Brasileira de Propaganda (ABP) no Rio de Janeiro, e a Associação Paulista de Propaganda, em São Paulo. Século XX - Institucionalização Em 1938 ocorre no Rio de Janeiro o I Salão Brasileiro de Propaganda, visando reunir empresas e profissionais do setor para discutir os desafios da profissão. Em 1 de agosto de 1949 é fundada a Associação Brasileira de Agências de Propaganda, para representar as agências e regular o funcionamento do setor. Século XX - Institucionalização O I Congresso Brasileiro de Propaganda, realizado no Rio de Janeiro em 1957, representou importantes avanços na institucionalização: a) Código de Ética dos Profissionais da Propaganda; b) Normas-padrão para prestação de serviços pelas Agências; c) Instituto Verificador de Circulação (IVC) d) Conselho Nacional de Propaganda. Século XX - Institucionalização No III Congresso Brasileiro de Propaganda, ocorrido em 1978, foi aprovado, por aclamação, o Código de Auto- Regulamentação Publicitária - que deveria ser fiscalizado pela Comissão Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (CONAR) - posteriormente transformada em Conselho. PROPAGANDA POLÍTICA A propaganda acompanhou de perto as grandes transformações políticas experimentadas pelo Brasil a partir do fim do século XIX e começo do XX. A proclamação da República começa com o lançamento, em 1888, do Jornal A República PROPAGANDA POLÍTICA Oposição à República Velha (Café com Leite). De Prudente de Morais (1894) a Washington Luís (1930) PROPAGANDA POLÍTICA Movimentos revolucionários • Revolução de 1930 PROPAGANDA POLÍTICA Partido Democrático: dissidência do Partido Republicano Paulista - a quem volta a se unir em 1932 para combater Getúlio Vargas. PROPAGANDA POLÍTICA Partido Democrático. PROPAGANDA POLÍTICA BOC: Bloco Operário e Camponês (1928) PROPAGANDA POLÍTICA Partido Constitucionalista e a preparação para a Revolução de 1932) PROPAGANDA POLÍTICA Revolução Constitucionalista de 1932 PROPAGANDA POLÍTICA Revolução Constitucionalista de 1932 PROPAGANDA POLÍTICA Criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) - 1939 • Subordinado diretamente ao presidente da República. • Controle sobre divulgações diversas, radio, teatro, cinema, turismo e imprensa. PROPAGANDA POLÍTICA Atribuições do DIP: a) Centralizar, coordenar, orientar e inspecionar a propaganda nacional; administrar, organizar e fiscalizar os serviços de turismo interno e externo b) Analisar as produções artísticas do teatro, cinema, de funções recreativas e esportivas, da radiodifusão, da literatura social e política e da imprensa, fazendo censura do material ofensivo ao decoro público, contrário ao governo e aos interesses nacionais. PROPAGANDA POLÍTICA Atribuições do DIP: c) Proibir a entrada no Brasil ou interditar a edição de publicações estrangeiras prejudiciais ou ofensivas aos interesses do país e de suas instituições. d) Promover, organizar, patrocinar e auxiliar manifestações cívicas e populares com intuito patriótico e educativo; distribuir as notícias uniformizadas pela Agência Nacional. Extinto em 1945 com o fim do Estado Novo. Publicidade e propaganda Aula 02 Prof. Eduardo Paes de Barros O RÁDIO A necessidade de uma comunicação abrangente, que ultrapassasse a comunicação interpessoal e pudesse atingir a grande massa em tempo eficiente remonta aos primórdios da humanidade. O RÁDIO Isso começou a se tornar possível em 1864 com as teorias sobre ondas eletromagnéticas desenvolvidas pelo físico escocês James Clerk Maxwell. Com sua tese, provou que som e luz se propagam pelo James Clerk Maxwell. 1831-1879 espaço através de ondas. O RÁDIO Em 1887, o físico alemão Heinrich Rudolf Hertz não apenas comprovou a teoria de Mawell, como construiu um aparelho capaz de medir a frequência/intensidade destas ondas. Em homenagem ao invento, as ondas passaram a ser chamadas “Ondas Hertizianas. Heinrich Hertz. 1857-1894 O RÁDIO Em 1896, o italiano Guglielmo Marconi faz a primeira transmissão de mensagem (em Código Morse) através de ondas eletromagnéticas. O evento marca a invenção do telégrafo sem fio. Embora a comunidade internacional o reconheça como inventor do rádio. Patenteou o invento no mesmo ano. Guglielmo Marconi. 1874-1937 O RÁDIO No Brasil, reivindica-se a primeira transmissão em rádio como façanha do padre gaúcho Roberto Landell de Moura - que viveu em Mogi entre 1906 e 1907 em Roberto Landell de Moura. 1861-1925 substituição ao pároco da cidade. Landell fez a primeira transmissão radiofônica em 1892 em Campinas, SP. Em 1893, repetiu a experiência na capital, transmitindo do alto da Avenida Paulista para o Alto de Santana. O RÁDIO Como veículo de comunicação, o rádio começou a ser utilizado nos EUA nos anos 1920. Frank Conrad, empregado da Westinghouse Electric, para ocupar o tempo livre, montou um transmissor e começou a transmitir notícias lidas de jornais e músicas de discos, numa garagem de Pittsburgh, Pensilvânia. O RÁDIO Em 1922, nos EUA já existiam 300 emissoras. Foi neste ano que surgiu a primeira emissora comercial do mundo, a WEAF O RÁDIO No Brasil, a primeira utilização pública do rádio ocorreu em 1922, durante as comemorações do Centenário da Independência, com discurso do então presidente Epitácio Pessoa e execução da ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes. Do alto do Corcovado, a antena transmitiu para 80 receptores instalados no Rio de Janeiro, em Niterói, em Petrópolis e em São Paulo. O RÁDIO Em 20 de abril de 1923 foi inaugurada a primeira emissora, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro - iniciativa de Edgard Roquette-Pinto e Henrique Morize. A Rádio Clube de Pernambuco também reivindica o título de mais antiga do Brasil. Edgard Roquette-Pinto. 1884-1954 O RÁDIO No começo da década de 1930 já existiam mais de 50 emissoras em funcionamento. A programação era composta de música erudita e leitura de textos culturais. Em março de 1932, o presidente Getúlio Vargas, autorizou e regulamentou a publicidade e a propaganda pelo Rádio, embora no primeiro ano de funcionamento experimental era vedada a veiculação comercial. O RÁDIO Os primeiros textos publicitários limitavam-se ao nome dos patrocinadores no início e no fim dos programas. Anúncios publicados em jornais e revistas eram lidos nos microfones das primeiras emissoras. Segundo GOMES JÚNIOR, a introdução da publicidade revolucionou o rádio. “De erudito, instrutivo e cultural, passou a ser veículo de lazer e diversão popular”. O RÁDIO Em 1932 a verba publicitária destinada ao rádio superou a verba de painéis e cartazes. As emissoras começaram a contratar “corretores de reclames” para vender espaços na programação. O RÁDIO Um dos principais nomes do começo da propaganda no rádio é Ademar Casé. Fez tanto sucesso como corretor da Rádio Philips que acabou tendo seu próprio programa. O RÁDIO Seguindo a filosofia de Roquette-Pinto, inicialmente o programa de Casé tocava música erudita e apresentava conteúdos de educação e cultura. Por causa da publicidade, dividiu o programa em duas partes: a primeira, de música popular, com anúncios publicitários; a segunda, de música erudita. Introduziu cantores populares e humoristas no rádio, estabelecendo as condições para a chamada Era de Ouro do Rádio. O RÁDIO No Brasil, o auge do rádio ocorre entre os anos 1940 e 1950. A Era de Ouro caracteriza-se pela sagração de cantores e atores de radionovela, no período em que o meio alcançou maior penetração. Carmen e Aurora Miranda O RÁDIO Artistas do Programa do Casé. O RÁDIO No rádio, a mensagem publicitária tradicionalmente é formatada no padrão de 30 segundos, admitindo-se reduções para 15’ ou ampliações para 45’. São classificadas em:a) SPOT: locução informativa, acompanhada ou não de música e/ou sonoplastia. Utilizada para informações diretas e objetivas de produtos e serviços. Apoia-se na credibilidade do locutor. O RÁDIO b) SKETCH: mensagem dialogada ou dramatizada. À informação sobre o produto, acrescenta-se sua utilidade e benefícios. O ouvinte têm a sensação de participar da cena juntamente com os atores. c) VINHETA: mensagem curta, de 2 a 4 segundos, que dá destaque ao nome do anunciante. Também é utilizada para abrir programas. d) TEXTO-FOGUETE: mensagem lida pelo próprio apresentador do programa. Tem por volta de 10’. e) JINGLE: mensagem musical de estrutura melódica simples, que tem por objetivo favorecer a fixação da mensagem publicitária. O RÁDIO A chegada da televisão ao Brasil nos anos 1950, e o crescimento desta a partir de 1960, reduz drasticamente a influência do rádio. Entre 1962 e 1978, a participação do rádio no bolo publicitário caiu de 23,6% para 8%. No mesmo período, a TV passou de 24,7% para 56,2%. O rádio passou a receber apenas anunciantes sem verba suficiente para a TV ou sobras de verbas de campanhas feitas para a televisão. O RÁDIO Ainda na década de 1960 surgem as primeiras emissoras FM no Brasil, especializadas na transmissão de música ambiente. A primeira foi a Rádio Imprensa do Rio de Janeiro. As FMs conseguiram reconstruir um pouco do prestígio perdido pelo rádio. Caracterizam-se por uma abordagem segmentada do público. História da propaganda 1930 - 1940 Época marcada pelo rádio, que conquista sua regulamentação e, com ela, a propaganda comercial. Surgem os programas patrocinados e as inserções publicitárias tornaram-se mais explicitas, enquanto a propaganda no cinema afirmava-se. Surgia também o jingle e o slogan, um dos mais conhecidos era o slogan do Repórter Esso: “o primeiro a dar as últimas”. Com o Decreto Lei nº 21.111, de 1º/março/1932, o presidente Getúlio Vargas, autorizou e regulamentou a publicidade e a propaganda pelo Rádio, embora no primeiro ano de funcionamento experimental era vedada a veiculação comercial. A primeira manifestação publicitária no Rádio não ia além do anúncio dos nomes dos patrocinadores, sem qualquer produção diferenciada que os destacassem do contexto do programa. Muitas vezes os anúncios veiculados em jornais e revistas eram simplesmente lidos da mesma forma como eram as notícias retiradas daquelas fontes, sem qualquer tratamento especial de texto que considerasse as características peculiares do receptor ouvinte Primeiro Jingle brasileiro “ Oh, padeiro desta rua tenha sempre na lembrança não me traga outro pão que não seja o Pão Bragança. Pão, inimigo da fome, fome inimiga do pão enquanto os dois não se matam a gente fica na mão. Oh, padeiro desta rua tenha firme na lembrança não me traga outro pão que não seja o Pão Bragança. De noite quando me deito e faço minha oração peço com todo o respeito que não me falte o pão.” Outras tantas experiências bem sucedidas com a publicidade musicada foram feitas, destacando a participação de talentos como Noel Rosa, Silvio Caldas, Luiz Barbosa, Marília Batista e Nonô, que compunham para anunciantes como O Dragão e Cia. Souza Cruz (cigarros). O sucesso dos comerciantes e dos industriais através da propaganda no rádio leva o veículo ao seu apogeu nos anos 40, destacando-se como o mais importante meio de comunicação de massa da época, atraindo parte muito significativa das verbas publicitárias, o que, conseqüentemente, permitia maior cuidado na elaboração das mensagens com características específicas daquele meio Grandes marcas e produtos ficaram conhecidos pelo sucesso dos seus jingles; alguns lembrados apenas pelos mais velhos, outros que fazem parte do nosso cotidiano. Anos 50/60 - Creme dental Eucalol, Melhoral, Creme Rugol, Kolynos, Casas Pernambucanas, Cobertores Parayba, Grapete. Anos 70- Pepsi-Cola, Duchas Corona, Guaraná Antarctica, Rocambole Pullman, Cornetto Gelatto. Anos 80 - Mappin, Suflair, Good Year, Drops Kids. Anos 90 - Varig, Soda limonada, C&A, Gelatina Royal, Cerveja Brahma, Guaraná Antarctica. Radionovela O grande marco do rádio deu-se no início dos anos 1940, quando estrearam as radionovelas no Rio e em São Paulo. O gênero logo caiu no gosto do público e foi sucesso de audiência por duas décadas. Foi fundada em São Paulo pouco antes da primeira guerra mundial a primeira agência de propaganda brasileira Eclética que teve um de seus principais anunciantes a cervejaria Antarctica, que produziu peça de qualidade e inspiradas no artnouveau. Neste período surgem novos grandes anunciantes multinacionais como Mappin & Webb, Nestlé, Colgate-Palmolive, General Electric, Souza Cruz, Ford e a Bayer que foi a pioneira em fazer sucessivas campanhas, todas compostas de muitas peças sequenciais e objetivo estratégico planejado. Além da agência Eclética surgiram outras a Pettinati e Edanée, ambas repetiam os mesmos anúncios de sempre, na maioria das vezes de remédios, com algum avanço na visualização, mas sempre com o mesmo padrão de mensagem. Os maiores anunciantes desta época foram a Farinha Láctea Nestlé, o Extract Vision de Fleurs da Colgate-Palmolive, a Colgate Baby Talc Powder e a Bayer. No início do século XX, a instalação da indústria nacional e estrangeira movia o mercado e junto com a chegada de empresas norte-americanas, vieram agências estrangeiras como a Ayer, J.Thompson entre outras. A agência norte-americana Ayer chega ao país por volta de 1930 para atender seu cliente internacional a Ford, roubando a conta publicitária da Eclética, nesta mesma época a GM trás consigo a agência mais antiga de propaganda a J. W. Thompson. A crise de 1929 e outras revoluções da época não só abalaram a economia do país e a vida da população como paralisou totalmente as propagandas. Mas com o aparecimento da indústria nacional, em um quadro amplamente evoluído, a propaganda desenvolveu-se rapidamente Creme Sacy (Calçados) - 1936 Personagem do folclore brasileiro imortalizado por Monteiro Lobato em 1917, o Saci-Pererê virou nome de produto e garoto-propaganda na década de 1930. Um dos produtos a se aproveitar da “fama” do personagem foi a cera para calçados Crême Sacy. Numa época em que os tênis ainda não existiam e os sapatos dominavam o mercado, as misturas de terebentina e cera de abelha eram ideais para deixar o couro sempre com aparência de novo. O curioso é que o personagem escolhido para alavancar as vendas da cera para calçados foi justamente o Saci-Pererê, que além de não usar sapatos tem apenas uma perna. No anúncio publicado em 1936 no Almanak Doméstico, o Leite Moça (Soldados em Guerra) - 1932 Fermento Royal (Prender Marido) - 1933 “Seu Mendes comia fora, Deixava a esposa, coitada… De manhã, ia-se embora, Voltava de madrugada Mas um dia precisou Ficar em casa e jantar E após a bóia encontrou Um bolo fofo e sem par. Seu Mendes se corrigiu… “Toda dona de casa sabe que a boa mesa prende em casa os maridos. Complete o seu menu com as sobremesas que só o Fermento em pó Royal faz realmente tentadoras”. Light (Olhos Sedentos) - 1939 Companhia Elétrica em um anúncio dos anos 30 para os 'olhos sedentos': “Se os seus olhos tivessem sede, o que faria? De certo atenderia o pedido deles! Mas os nossos olhos tem sempre boa vontade e raramente reclamam cuidados que merecem. E é por isso que muitas pessoas não lhes dedicam a atenção necessária. Lembre-se de que seus olhos são indispensáveis em todos os instantes da vida e que em troca exigem tão pouco. Satisfaça-os! Dê-lhes um ambiente favorável, onde impere sempre uma iluminação ampla, correta e adequada. A sua luz é a vida de Touca Onduladora Fada - 1932 Mitigal (Fim das Coceiras) - 1937 No começo do século passado, era comum encontrarmos anúncios de produtos da linha médica que combatia a coceira. A origem seriam diversas doenças da pele, desde a falta de asseio atésintomas paralelos de outros males. Urodonal (Sintomas da Terceira Idade) - 1936 Propaganda do medicamento que buscava aliviar os males da terceira idade. Diretamente de 1936 e veiculado no jornal 'O Estado de São Paulo': “O Sr. tem 50 anos e já se considera velho! Essas dores nos joelhos e nas juntas, esse cansaço intelectual e físico, essas digestões difíceis e dolorosas, acabaram por convencê-lo que a mocidade passou e que os seus sofrimentos são irremediáveis… Tomando diariamente uma colherzinha de Urodonal, o mais poderosa dissolvente do ácido Agência de Publicidade Chantecler - 1936 Lysoform (Como tirar a catinga) - 1935 Leite Condensado Moça - 1930 Longe de ser anunciado como uma sobremesa ou complemente culinário, o Leite Moça era anunciado como medicamento para evitar a tuberculose entre outros males. Jubol (Tripas Brilhando) - 1939 Em 1939 o laxante Jubol prometia uma verdadeira faxina interna, representada por anõezinhos equipados com escovas, baldes e panos de limpeza para deixar as tripas brilhando. Veiculado no dia 1 de janeiro de 1939 no jornal 'O Estado de São Paulo': “Jubol, laxante físiológico. O único que realiza a reeducação funcional do intestino. Esponja e limpa o intestino. Regulariza a harmonia das formas. Brahma Chopp (Carnaval) - 1936 Cerveja Malzbier (para crianças e senhoras) - Anos 30 Liquidação Mappin - 1936 Tônico Bayer - 1936 Leite Moça (Revolução Constitucionalis ta) - 1932 Biotônico Fontoura - 1938 1940-1950 Chega no Brasil, finalmente, a Coca-Cola, coincidindo com o fim do longo ciclo da propaganda de remédios, pautado por leis restritivas para todos o setor. Expande-se a mídia externa e a promoção de vendas. A institucionalização segue seu curso com a criação de uma nova entidade: a Associação Brasileira das Agências de Propaganda (Abap). O Brasil ostenta uma nova moeda e a publicidade esforça-se em convencer as donas-de-casa a preparar sucos num tal de liquidificador. Rádio com toca-discos - 1948 “Imagine a alegria dos seus rapazes e moças, em casa, quando o Sr. lhes levar, como sensacional presente para festas, um novo e moderno aparelho de rádio - ou um rico álbum de discos, clássicos ou modernos! Uma visita à nova seção especializada ser-lhe-á proveitosa. Demonstrações sem compromisso. E vendas também pelo vantajoso Plano Suave”. O anúncio da Isnard é do dia 19 de dezembro de 1948 veiculado no jornal 'O Estado de São Paulo'. Tecidos Aurora - Anos 40 Máquinas de Costura Singer (Natal) - Anos 40 Sabonete Lifebuoy (Fim do C.C.) - Anos 40 Ovomaltine (Colo de Mãe) - Anos 40 Brahma Chopp - Anos 40 Batedeira Walita - Anos 40 Os eletrodomésticos e suas evoluções. Antes de apreciar este anúncio, interessante acompanhar o design do produto. A batedeira era acompanhada de um moedor de carne e um espremedor de sucos. Quanto a promessa ao consumidor, temos uma revolução nas cozinhas dos anos 40: bolo feito em quatro minutos e meio! Lingerie Valisère (Loira ou Morena) - Anos 40 "Loira ou morena... a graça encantadora de sua feminilidade aprimora-se ao toque mágico desse remate de sedução que é Lingerie Valisère - O traje divinal das formas divinais. Lingerie Valisère - corte individual rigoroso, em tecido indesmalhável. Epel (Vida Melhor para Mulheres) - 1947 Vaga de Emprego (Chefe de Publicidade) - 1946 Creme Dental Gessy - 1946 “O primeiro beijo pode ser o fim do seu romance! Depois da inquietação dos primeiros encontros… depois da aproximação de duas almas… o primeiro beijo! E então, neste momento culminante, V. confirmará ou perderá seu amor… Porque, js vezes, todo o curso de um romance depende de um pormenor… da pureza e frescor de seu hálito. Esteja certa de que isto não lhe sucederá, protegendo seu hálito… protegendo seus Ovomaltine - Anos 40 Colgate (Pó para o Rosto) - Anos 40 Máquinas de Escrever Remington - 1942 Publicidade e propaganda Aula 03 Prof. Eduardo Paes de Barros Rádio • Impacto ainda maior e mais rápido que a mídia impressa - décadas de 1920 e 30 • Propaganda ganha voz e audiência em massa • Primeiro, “leitura” sem graça • Depois, linguagem própria e criativa - Spots, jingles e patrocínio Televisão • 22h 18.set.1950 - PRF-3 TV Tupi -Assis Chateaubriand (Diários Associados) • Viabilização depende dos anunciantes • Garota-propaganda • Ao vivo (incidentes e improvisos) • Competição comercial acirrada Estereótipos • Galãs e rebeldes sem causa -Marlon Brando e James Dean • Brilhantina e rock n’ roll - Elvis Presley • Mesmo assim, ainda permanece o modelo da “dona-de-casa”... Consolidação • 1º Congresso Brasileiro de Propaganda -1957 • Código de Ética da Profissão -1960 • Evolução TV e Rádio • Revistas “Manchete” e “O Cruzeiro” • Papel social da Publicidade Anos Rebeldes • Década de 1960 • Lua, satélites, shoppings e pílulas • Tropicália -Caetano Veloso (Alegria, alegria) • Jovem Guarda -Roberto Carlos Anos Rebeldes • DITADURA MILITAR • Lei 4.680/1965 - “Dispõe sobre o exercício da profissão de Publicitário e de Agenciador de Propaganda” -Regulamentação da profissão -Protecionismo e fortalecimento do setor -20% sobre Mídia -15% sobre Produção Anos Rebeldes • Alex Periscinotto -Alcântara Machado e Periscinotto (Almap) -DUPLAS DE CRIAÇÃO • 1970 Brasil TRI Campeão - “Pra frente, Brasil” - “Brasil, ame-o ou deixe-o” -Propaganda e militares Anos Rebeldes • 1972 TV em cores no Brasil • “Portáteis GE fazem sua mulher durar muito mais” Anos Rebeldes • “A propaganda tem o poder de alienar as pessoas, desinformar, anestesiar, esterilizar e imbecilizar as massas. Criamos desejos. É preciso que nos preocupemos em como as pessoas podem satisfazê-los” Pedro Galvão (1º Encontro Nacional de Criação) Anos Rebeldes • “Num país de pouca gente rica, um grande número de pobres e uma enorme quantidade de miseráveis, a propaganda é um instrumento de desagregação social. Os publicitários devem acabar com a fantasia de que são cavalheiros da prosperidade, quando são, na verdade, jagunços do poder econômico” Julio Ribeiro (3º Congresso Brasileiro de Propaganda, 1978) LEGISLAÇÃO • 1978/80 CONAR - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária • 1997 quebra da Lei 4.680/1965 - “Desregulamentação” • 1998 CENP - Conselho Executivo de Normas Padrão LEGISLAÇÃO • Não tem “poder de polícia” • Não aplica multas • Tem a função de orientar, esclarecer e educar práticas comerciais saudáveis entre agências, veículos e anunciantes LEGISLAÇÃO • 2.5.1 - Toda Agência que alcançar as metas de qualidade estabelecidas pelo CENP, (...) habilitar-se-á ao recebimento do “Certificado de Qualificação Técnica”, (...) e fará jus ao “desconto padrão de agência” não inferior a 20% (vinte por cento) sobre o valor dos negócios que encaminhar ao Veículo por ordem e conta de seus Clientes. LEGISLAÇÃO • 2.5.2 - O “Certificado de Qualificação Técnica” será válido pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos, a critério do CENP, e sua renovação atenderá ao disposto no item 2.5.3 destas Normas-Padrão. LEGISLAÇÃO • 2.5.3 - Serão requisitos obrigatórios para pleitear a certificação que a Agência disponha, em caráter permanente, de estrutura profissional e técnica, bem como de um conjunto mínimo de informações e dados de mídia (...). LEGISLAÇÃO • 2.7 - É facultado à Agência negociar parcela do “desconto padrão de agência” com o respectivo Anunciante, observados os preceitos estabelecidos nos itens 3.5 e 4.4 destas Normas-Padrão. LEGISLAÇÃO • Atende a denúncias de consumidores, autoridades, dos seus associados ou ainda formuladas pela própria diretoria • Fiscaliza, julga e delibera no que se relaciona à obediência e cumprimento do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária LEGISLAÇÃO • A recomendação do Conselho, poderá determinar a alteração do anúncio ou impedir que ele venha a ser veiculado novamente. • A decisão poderá, ainda, propor aAdvertência do Anunciante e ou sua Agência e, excepcionalmente, a Divulgação Pública da reprovação do CONAR. Publicidade e propaganda aula 04 Prof. Eduardo Paes de Barros COMO SERÁ O FUTURO DA PROPAGANDA? TUDO IGUAL SÍMBOLOS ÚNICOS RICOS ANTIGAMENTE CLASSE MÉDIA ANTIGAMENTE CLASSE MÉDIA ANTIGAMENTE O POBRE ANTIGAMENTE ABERTURA IMPORTAÇÕES ESTABILIDADE MONETÁRIA O PAÍS VIROU O EPICENTRO DO RESTOLHO MUNDIAI ASCENSÃO ABCD MARKETING ENTENDER PARA ATENDER MARKETING – ENTENDER PARA ATENDER – E ACERTAR O ALVO!! MARKETING – ANTES E DEPOIS MARKETING – ANTES E DEPOIS MARKETING – ANTES E DEPOIS MARKETING – ANTES E DEPOIS MARKETING – ANTES E DEPOIS MARKETING – ANTES E DEPOIS MARKETING – ANTES E DEPOIS MARKETING – ANTES E DEPOIS MARKETING – ANTES E DEPOIS MARKETING – ANTES E DEPOIS NOVOS CAMINHOS NOVO COMPORTAMENTO NOVAS REFERÊNCIAS ANTES DEPOIS IMPORTÂNCIA DAS REDES SOCIAIS ESTILO DE VIDA O FUTURO O FUTURO O FUTURO Trabalhar... Texto o futuro da propaganda futuropropaganda.pdf
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