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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PEDAGOGIA
ALESSANDRA NOGUEIRA DA COSTA CAMPOS
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
SÃO JOÃO DE MERITI
2019
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Pré-Projeto apresentado como exigência da disciplina PPE – Pré-Projeto 
Orientador : WILNA MELLO
SÃO JOÃO DE MERITI
2019
LINHA DE PESQUISA
TEMA: O lúdico na Educação Infantil
TÍTULO: A IMPORTÃNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
1. INTRODUÇÃO 
Este trabalho abordou o tema lúdico na aprendizagem na educação da criança, afinal faz com que a mesma aprenda a conviver com os outros colegas, reforçando habilidades sociais, ganhando e perdendo, enfrentando obstáculos, etc. Por meio de brincadeiras a criança ganha uma melhor saúde emocional, física, e intelectual, tornando-as adultas responsáveis e com boa conduta, pois mesmo com o passar dos tempos, as brincadeiras ficam na memória e fazem parte da história de cada um.
O lúdico traz a oportunidade da criança criar, inventar, descobrir, reorganizar o que já conhece, produzindo conhecimentos novos, ampliando o vocabulário, dando oportunidade à criança de ter atenção no momento alegre que a brincadeira proporciona. 
A responsabilidade de proporcionar atividades lúdicas nas aulas para as crianças é o professor. Este trabalho abordou a atividade lúdica na educação infantil e no aprendizado das crianças, tendo como objetivo, compreender as brincadeiras e o ensino lúdico na etapa de aprendizagem.
A atividade lúdica ainda não faz parte do lugar de destaque nas escolas, porém é um meio importante na aprendizagem, afinal quando a criança se desenvolve e socializa com as demais crianças, ela descobre seu papel na sociedade.
O brincar deve condicionar a educação da criança em uma perspectiva de emancipação através da experiência. Para Oliveira (2000, p. 76):
[...] educadores infantis precisam fomentar situações cotidianas nas quais a criança possa manipular construir imaginar, criar reaproveitar materiais que aparentemente não tem símbolo algum, mas que podem ser transformados em brinquedos e jogos em momentos de experiências infantis.
A brincadeira proporciona a oportunidade à criança de descobrir, criar, inventar, reorganizar o que já sabe, produzindo novos conhecimentos ou assimilando a sua maneira o que acontece no dia a dia, ampliando o vocabulário, desenvolvendo o pensamento, oportunizando a criança a ter atenção aquele momento especial que a brincadeira proporciona. 
Este trabalho abordou o lúdico na aprendizagem infantil, pois o lúdico faz com que a criança aprenda a conviver com o grupo e com ela mesma, reforçando as habilidades sociais, enfrentando os obstáculos, os ganhos e as perdas. Através das brincadeiras lúdicas a criança adquire uma boa saúde física, intelectual e emocional, fazendo com que se tornem adultos responsáveis e de boa conduta, pois passa-se anos e ficam presentes na memória e nas lembranças, fazendo parte da historia marcando as épocas da vida da criança. 
1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA
 O aprendizado é a fase que acelera o processo de formação intelectual e pessoal da criança, e este tem início no âmbito escolar.
 Afinal, o lúdico tem valor para agregar conhecimento no processo ensino-aprendizagem?
 É possível aprender brincando?
2. LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL DA PESQUISA
De acordo com Piaget (1971), o desenvolvimento da criança acontece por meio do lúdico, onde por meio de jogos e brincadeiras a criança desenvolve a atividade, afinal o jogo é a essência do pensamento criativo. Toda criança necessita brincar para aprender a se relacionar, para crescer, respeitar limites, aprender a criar vínculos e socializar.
O lúdico favorece a formação da personalidade; é por meio de brincadeiras que as crianças formam ideias e conceitos, fazem estimativas e estabelecem relações lógicas (PIAGET, 1971).
Para Piaget (1971, p.84):
“Quando a criança brinca, ela assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui”.
2.1 O LÚDICO E AS CRIANÇAS 
As brincadeiras e os jogos fazem parte da história da humanidade. Para Almeida (2003), os jogos educativos expõe a importância de brincar no desenvolvimento infantil além do alcance de conhecimentos dos alunos, afinal criam desafios do dia a dia e da atividade lúdica, levando equiparação do aluno à realidade.
O jogo na maneira lúdica deve dar espaço para o aluno personificar a informação de seu modo, com liberdade para praticá-lo com prazer e liberdade. O professor só deve interferir para incentivar a criança além da interação dos que mostra tem dificuldades de participação ou concentração. Para Almeida (2003, p.32), Makarenko afirma que “[...] o jogo é tão importante na vida da criança como é o trabalho para o adulto [...]”, afinal a educação com atividades lúdicas:
[...] além de explicar as relações múltiplas do ser humano em seu contexto histórico, social, cultural e psicológico, enfatizam a libertação das relações pessoais passivas, técnicas para as relações reflexivas, criadoras, inteligentes, socializadoras, fazendo do ato de educar um compromisso consciente intencional, de esforço, sem perder o caráter de prazer, satisfação individual e modificador da sociedade (ALMEIDA, 2003, p. 31).
2.2 O LÚDICO NO COTIDIANO ESCOLAR 
Para Haetinger (2004, p. 6), "[...] as atividades lúdicas são aquelas que promovem a imaginação e principalmente as transformações do sujeito em relação ao seu objeto de aprendizagem. Provocando a interação do aluno com o objeto do ensino [...]".
Huizinga (1990) foi um dos teóricos que mais se aprofundou estudando o jogo em diferentes culturas e línguas (grego, mandarim, japonês, hebraico, latim, inglês, alemão, holandês, entre outras). Aquele teórico verificou a origem da palavra – em português, “jogo”; em francês, “jeu”; em italiano, “gioco”; e, em espanhol “juico”. Jogo advém de “jocus” (latim), cujo sentido abrangia apenas gracejar ou traçar.
 Para Campos, (1986, p. 78) "[...] a ludicidade poderia ser a ponte facilitadora da aprendizagem se o professor pudesse pensar e questionar-se sobre a sua forma de ensinar, relacionando a utilização do lúdico como fator motivante de qualquer tipo de aula". A instituição de ensino deve proporcionar o brincar de todas as formas; o brincar e o jogar têm encantamento que despertam interesse do aluno proporcionando interação e participação maior entre o conhecimento lúdico e as crianças acompanha a intenção de promover um desenvolvimento total da criança. Para Santos (1997):
O brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, por meio das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça as habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se a sociedade e constrói o seu próprio conhecimento (SANTOS, 1997, p. 20).
	A criança questiona, observa e tenta explicar fenômenos da sociedade, criando explicações sobre o mundo que a cerca. A escola e a criança devem fazer contato de modo contínuo, assim a criança descobrirá por si própria o que o educador tem a ensinar. A escola é o primeiro espaço formal que a todas as pessoas frequentam.
[...] a compreensão dos jogos dos tempos passados, exige muitas vezes, o auxílio da visão antropológica, ela é imprescindível especialmente quando se deseja discriminar o jogo em diferentes culturas. Comportamentos considerados como lúdicos apareçam significados distintos em cada cultura. Se para as crianças europeias a boneca significa um brinquedo, um objeto, suporte de brincadeira, para certas populações indígenas tem sentido de símbolo religioso [...] (KISHIMOTO 1993, p. 8).
Os exercícios considerados lúdicos, representados por jogos, dinâmicas diferenciadas e brinquedos são manifestações contidas no dia a dia
dos indivíduos e, por este motivo, na sociedade desde o começo da humanidade. Todo indivíduo “sabe o que é brincar, como brincar e por que brincar” (SANTOS, 2010), mas, diversas vezes, o lúdico e as atividades lúdicas são resumidos apenas ao ato de brincadeira infantil, e associados diretamente às crianças, resultando em um possível “preconceito” culturalmente estabelecido ao brincar.
2.3 O BRINCAR 
O sucesso do lúdico é o fato das brincadeiras estarem centradas no prazer e na emoção. O jogo lúdico funciona como um alívio emocional que dá lugar à outras emoções. Sentimentos como tristeza, raiva ou frustração fazem parte da vida de todas as pessoas e poder expressá-la por meio de uma brincadeira ou jogo, aliviará este sentimento negativo e também ensinará a fazer uso do humor, de maneira a fortalecer a resistência das crianças.
De acordo com Piaget (1998), o jogo é vital na vida das crianças. De começo temos o jogo do exercício, que é onde a criança reproduz determinadas situações por prazer. Por volta dos 3 aos 6 anos de idade, é perceptível que os jogos simbólicos aconteçam.
Para Vigotsky (1979), o lúdico cria uma zona de desenvolvimento proximal para a criança, onde ela necessita de ajuda de mais uma pessoa, e é onde ela cria seu conhecimento atual para adquirir novos conhecimentos. 
Atividades lúdicas são um direito na formação de qualquer pessoa, e é reconhecido pela ONU, onde diz que: "Toda criança tem o direito ao lazer e ao descanso, a participar de atividades de jogos e recreação, apropriadas à sua idade, e a participar livremente da cultura e das artes" (UNICEF, 2004). A brincadeira é essencial no processo de socialização. É essencial que a criança encontre prazer em jogos e brinquedos. que o jogo, o brinquedo, o lazer, o prazer. As crianças precisam aprender a ganhar e perder, respeitar regras conviver com mais pessoas, obedecer limites, lidar com situações frustrantes, entre outros.
3. A CONTRIBUIÇÃO DO LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Para Santos e Cruz (1997), os conceitos de ludicidade nos primeiros anos do desenvolvimento da criança produz uma prática pedagógica muito bem sucedida quando ambos são conciliados. É indispensável a junção dos mesmos para que a criança consiga desenvolver responsabilidade, capacidade intelectual, psicológica, física e emocional além de significativa mudança positiva no comportamento.
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento (SANTOS e CRUZ, 1997, p.12).
	O lúdico no desenvolvimento geral contribuem significativamente no desenvolvimento global da criança e em todas as dimensões vinculadas: afetividade, motricidade, inteligência e sociabilidade (NEGRINE, 1994).
	Brincando a criança se expressa ao mundo, participa de novas aquisições e experiências (OLIVEIRA, 1984). É no brincar que a criança separa significado e pensamento, ação, etc. Por meio da ludicidade a criança tem oportunidade de ser o que ela quiser, com suas próprias fantasias, amigos imaginários, etc (VIGOTSKY, 1998).
	Afirma Piaget (1967), o jogo não deve ser visto somente como brincadeira, afinal ele favorece no desenvolvimento cognitivo, físico, moral e afetivo. É por meio dele que a construção do conhecimento acontece, essencialmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório.
 	O objetivo do lúdico dentro da escola permite trabalhar a ansiedade, ampliar a autocapacidade de realização, rever limites, ampliar raciocínio lógico, além de desenvolver a criatividade (LOPES, 2002).
Para Almeida (2009), a sala de aula também pode ser um local de brincadeiras, caso o professor consiga conciliar os objetivos pedagógicos com as necessidades dos alunos.
De acordo com Brasil (1998), o professor é o mediador entre os objetos e as crianças, organizando situações de aprendizagem que unam recursos de capacidades emocionais, afetivas, cognitivas e sociais.
Brincando, a criança desenvolve situação de interação social, “porque, brincando, a criança desenvolve a sociabilidade, faz amigos e aprende a conviver, respeitando o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo” (CUNHA, 1994, p. 11). 
Proporcionar a interação significa conceituar que as diferentes formas de sentir, expressar e comunicar a realidade pelas crianças têm consequência em respostas variadas, que são trocadas entre elas e que garantem parte significativa de suas aprendizagens. A interação cria uma posição de ajuda, na qual as crianças desenvolvem seu processo de aprendizagem (BRASIL, 2001).
Para Cunha (1994), brincar com as outras crianças é essencial. Os jogos sociais iniciam-se desde muito cedo, quando os pais brincam com o filho bebê numa relação de afeto, e, mais tarde, ampliam-se para a competição nos diferentes tipos de jogos. Ao brincar com o outro, a criança aprende a aguardar a sua vez e a relacionar-se de forma mais organizada, respeitando regras e cumprindo normas
Oliveira (2010, p. 26) frisa que: 
Brincadeiras e jogos podem ser vistos como um grande laboratório, em que crianças e adolescentes experimentam novas formas de agir, de sentir e de pensar. Brincando, a criança busca se adaptar de forma ativa à realidade onde vive, mas também emite juízos de valor, inclusive sobre o que considera passível de melhora.
Segundo Sebastiani (2003), brincando a criança cria uma postura imaginária enquanto brinca, se comportando como se estivesse atuando no mundo dos adultos. 
Vygotsky (2007) acrescenta que no início da idade da pré-escola, quando começam a se manifestar os desejos que não podem ser satisfeitos de imediato, a criança entra em um mundo ilusório para resolver tal angústia e, esse mundo imaginário é chamado de brinquedo. 
De acordo com Vygotsky, por meio do brinquedo a criança aprende a agir numa esfera cognitiva. Nessa fase da idade da pré-escola acontece uma distinção entre os campos de significado e da visão. O pensamento, que antes era determinado pelos objetos exteriores, passa a ser regido pelas ideias. O autor ressalta ainda que a criança brinca por ter necessidade de atuar em relação ao mundo dos adultos e não apenas ao universo dos objetos a que ela tem acesso. Portanto, é por meio do brinquedo que a criança projeta-se nas atividades dos adultos, procurando ser coerente com os papéis assumidos. “No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é, na realidade” (VYGOTSKY, 2007, p. 122).
O direito de brincar também está proposto pelo Estatuto da Criança e do adolescente, estabelecida pela Lei n° 8.069 no dia 13 de julho de 1990, ao regulamentar o art. 227 da Constituição Federal, garantindo à criança seus direitos como sujeito que necessita de condições e direitos peculiares.
De acordo com a LDB nº 9.394 /1996, no artigo 29, a finalidade da Educação Infantil é promover o desenvolvimento geral da criança até seis anos de idade, complementando a ação da família e da comunidade. O que tornou significativa a infância, favorecendo a educação, interação e o aprendizado.
O Lúdico é eminentemente educativo no sentido em que constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do mundo e da vida, o princípio de toda descoberta e toda criação (SANTO AGOSTINHO apud SOUSA ,1996, p. 45).
O lúdico oferece grande contribuição em diversos aspectos quando falamos em desenvolvimento infantil. Para Teles (1997, p.13), exibe consequências causadas pela falta de brincadeira na infância, o que leva a criança a desenvolver posturas como: dissimulação, falsidade, agressividade, vícios, desajustamento sexual, falta de iniciativa, timidez, preguiça, neurose, isolamento, lentidão, falta de criatividade, entre outros. Por este motivo, é essencial que sejam promovidas
condições para que o indivíduo brinque na fase da infância, sem que esta atividade seja considerada inútil pela maioria das pessoas.
O lúdico têm de ser uma prática reconhecida, afinal é essencial para o crescimento da criança criativa, equilibrada, segura e de sua auto-estima (TELES, 1997, p.20).
Para Piaget (apud Teles, 1997, p.26) apresenta como fase sensório-motora (0 a 2 anos):
[...] a criança desenvolve o que ele chama de esquemas circulares, pois o bebê, ao descobrir sua capacidade, volta a repetir sempre o movimento. No primeiro mês, ele apenas exerce os reflexos; de 1 a 4 meses, coordena os reflexos e reações; de 4 a 8 meses, repete, intencionalmente, as reações que produzem resultados interessantes; de 8 a 12 meses, distingue os meios dos fins; de 12 a 18 meses, faz experimentação ativa; de 18 a 2 anos, adquire a capacidade de reagir e pensar sobre objetos e acontecimentos que não são imediatamente observáveis.
O autor ainda classifica como: sensório-motora (do nascimento até os 2 anos de idade), fase pré-operatória que passa a compreender o pensamento simbólico (dos 2 aos 4 anos de idade), pensamento intuitivo (dos 4 aos 7 anos de idade), fase das operações concretas (dos 7 aos 12 anos de idade) e das operações formais dos 12 anos em diante.
	Para Buhler (1997), este momento na vida da criança é desenvolvida a chamada brincadeira funcional, que é quando a criança descobre o prazer em observar seus próprios atos e movimentos. Isto esclarece que desde o nascimento o indivíduo estrutura formas por meio do brincar de se adaptar a um novo mundo que deverá compreender. Assim, a criança usa sua capacidade perceptiva para estabelecer noções do ambiente desde os primeiros meses de vida, afinal sua capacidade motora diminui sua capacidade de exploração. Por este motivo, a criança deve ter oportunidade de brincar desde que nasce, vivenciando assim experiências táteis, motoras e visuais, pois logo após o nascimento já se manifesta ao toque (SANTOS, 2008, p.17).
3.1 O LÚDICO NA FORMAÇÃO DOS EDUCADORES
A formação do professor varia da concepção que cada um possui sobre a criança, sociedade, adulto, escola, educação, conteúdo e currículo. A prática de uma educação permanente é essencial para qualquer sistema de educação. Se quisermos formar indivíduos criativos, aptos e críticos para a tomada de decisões, um dos preceitos é o enriquecimento do dia a dia infantil com a inserção de lendas, brinquedos e atividades lúdicas. (KISHIMOTO, 2003). 
Miacaret (1991, p. 12), aponta para a ligação existente entre o ensino, a formação acadêmica e a formação pedagógica do educador: A prática na aula deve ser esclarecida pelos princípios teóricos e melhorada pelos resultados da investigação. A teoria pedagógica só pode erguer-se por meio de uma prática conhecida e refletida. A formação dos educadores pode propiciar a prática de diferentes métodos pedagógicos que permitam estabelecer a comunicação educativa, aperfeiçoando tal comunicação. A referida questão direciona-se à problemática da formação do professor e resulta em dificuldades no campo da prática pedagógica. Tem-se, assim, “a necessidade de currículos consistentes e em permanente ampliação, aperfeiçoamento nos modelos de desenvolvimento profissional e pessoal evolutivo e continuado, indagação reflexiva da conduta docente, interagindo com os limites didáticos” (MIACARET, 1991, p. 13). 
Segundo Schulman (1986 apud TARDIF, 1990), o conhecimento do conteúdo pedagógico compreende as formas mais úteis de representação das ideias, as analogias mais importantes, as ilustrações, exemplos, explicações, a forma de representar a matéria para torná-la compreensível. Em tal contexto, tem-se na reflexão um objetivo para a formação dos educadores. A formação do educador precisa de harmonia entre os conhecimentos e conteúdos pedagógicos que levam à apreensão dos conhecimentos. Mas, o que se nota é a existência de cursos de formação sem a prática reflexiva e de um perfil profissional que não considerado pesquisador da prática pedagógica. 
Os Referenciais Curriculares Nacionais (RCNs) para a Educação Infantil e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são documentos que tem como objetivo subsidiar os docentes no desenvolvimento de seu trabalho. De acordo com o RCN, volume 3 (1998), é muito importante a percepção do educador no desenvolvimento das atividades, cabendo a este possibilitar a ludicidade para as crianças. O brincar está relacionado com a cultura e com a vivência social de cada criança em seu cotidiano; os jogos, as danças, as brincadeiras, desenvolvem a capacidade motora da criança em um todo. 
Segundo os PCNs (1997) apontam que o educador têm que trabalhar de maneira que as crianças possam dominar seus conhecimentos, que façam se reconhecer como indivíduos sociais, sendo reflexivos, participativos, autônomos e credores de seus diretos e deveres. O educador deve garantir aprendizagem a todos, usando meios extras que atendam as necessidades de cada um. 
Para Cerisara (2002), a atividade lúdica gera flexibilidade, formando conceitos intuitivos e cooperando na transformação das ideias. Deste modo, o lúdico propõem às crianças a compreensão de conceitos, ajudando-as a se relacionarem e descobrirem, possibilitando a facilidade na solução de problemas, ajudando com o entendimento da linguagem.
3. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação Lúdica - Técnicas e Jogos Pedagógicos. 11 ed. São Paulo: Editora Loyola, 2003.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação infantil (LDBEN), n. 9.394, de 20 dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, Diário Oficial, 23 dez. 1996, p. 27833.
CAMPOS, D. M. S.. Psicologia da Aprendizagem. 19 ed. Petrópoolis: Vozes, 1986.
CERISARA, A. B. De como o Papai do Céu, o Coelhinho da Páscoa, os anjos e o Papai Noel foram viver juntos no céu. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira-Thomson Learning, 2002.
CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 2. ed. São Paulo: Maltese, 1994.
HAETINGER, M. G. Jogos, Recreação e Lazer. Unidade I. Curitiba: Editora IESDE Brasil S.A., 2004.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. 5. ed. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2001. Disponível em: . Acesso em: 21 de junho de 2019.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a Educação. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1999.
LOPES, M. G. Jogos na educação: criar, fazer, jogar. São Paulo: Cortez, 2002.
MIACARET, Gaston. A formação de professores. Coimbra: Semeclina, 1991.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacinal para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria da Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998.
NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Propil, 1994.
OLIVEIRA, z.. (org.). Educação Infantil: muitos olhares. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2000.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos, Sâo Paulo: Cortez, 2002.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na Criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Tradução de Álvaro Cabral e Cristiane Monteiro Oiticica. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
PIAGET, Jean. A Psicologia da Criança. Rio de janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1998.
SANTOS, S. M. P. dos (organizadora). O Lúdico na Formação do Educador. Petrópolis: Editora Vozes, 1997.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
SEBASTIANI, Márcia Teixeira. Fundamentos Teóricos e metodológicos da Educação Infantil. Curitiba: IESDE, 2003.
TELES, Maria Luiza Silveira. Socorro! É proibido brincar! Petrópolis: Vozes, 1997.
UNICEF- United Nations Children's Fund. Convenção dos Direitos da Criança. Disponível em: http://www.unicef.pt/docs/pdf_publicacoes/convencao_direitos_crianca2004.pdf Acessado em: 14 jun. 2019
VYGOTSKY, L. Pensamento e Linguagem. Lisboa: Editora Antídoto, 1979.
______. A formação social da mente. São Paulo. Martins Fontes, 1989.

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