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18 - Comunicação eficiente de argumentos

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Aula 16 – Raciocínio 
Analítico 
Raciocínio Analítico, Matemática Financeira 
e Estatística para Auditor da área de 
Auditoria Governamental do TCU – 2019 
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Sumário 
SUMÁRIO ...........................................................................................................................................................2 
RACIOCÍNIO ANALÍTICO - CONTINUAÇÃO .......................................................................................................... 3 
COMUNICAÇÃO EFICIENTE DE ARGUMENTOS – CONCLUSÕES APROPRIADAS ................................................................... 3 
COMUNICAÇÃO EFICIENTE DE ARGUMENTOS – INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS ....................................................................... 5 
COMUNICAÇÃO EFICIENTE DE ARGUMENTOS – ANALOGIAS......................................................................................... 10 
COMUNICAÇÃO EFICIENTE DE ARGUMENTOS – ASPECTOS QUE REFORÇAM OU ENFRAQUECEM ARGUMENTOS ..................... 13 
COMUNICAÇÃO EFICIENTE DE ARGUMENTOS – ANÁLISE DE ARGUMENTOS .................................................................... 17 
QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR ................................................................................................. 19 
LISTA DE QUESTÕES DA AULA ........................................................................................................................ 40 
GABARITO .......................................................................................................................................................49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Raciocínio Analítico - continuação 
 
Olá, tudo bem? Aqui é o professor Arthur Lima. 
É com muita alegria que inicio mais essa aula. 
Nesta aula daremos continuidade ao estudo de Raciocínio Analítico tema da aula 
anterior. 
Abordaremos aspectos um pouco mais aprofundados (Avaliação de argumentos: fatores que reforçam ou 
enfraquecem uma argumentação; erros de raciocínio; método utilizado na exposição de razões. Elaboração de 
argumentos; Avaliação da argumentação), motivo pelo qual garanta que você está sabendo bem o conteúdo 
que já estudamos! 
Aproveito para lembrá-lo de seguir as minhas redes sociais e acompanhar de perto o trabalho que desenvolvo: 
 
 
Comunicação Eficiente de Argumentos – Conclusões Apropriadas 
Em um dado argumento, dizemos que uma conclusão é “apropriada” quando a mesma puder ser 
sustentada pelas premissas apresentadas e procedimentos de raciocínio lógico. Algumas questões abordam 
este tema, apresentando diversas premissas em seu enunciado e pedindo que você aponte a conclusão mais 
adequada do argumento. 
Vejamos um exemplo: 
GMAT) Quando um teste no detector de mentiras é considerado inconclusivo, isto não se deve propriamente 
a característica da pessoa examinada. Na realidade, tal resultado significa que o teste não foi capaz de 
demonstrar se a pessoa foi verdadeira ou mentirosa. Ainda assim, empregadores vão, em alguns casos, recusar 
um candidato a vaga devido ao resultado inconclusivo do teste. 
Qual das seguintes conclusões é mais adequada à informação acima? 
a) A maioria das pessoas examinadas com resultado inconclusivo são, de fato, mentirosas. 
b) Testes em detectores de mentira não devem ser usados pelos empregadores para avaliar candidatos a vagas. 
c) Resultados inconclusivos no detector de mentiras são, às vezes, injustamente usados contra os examinados. 
d) Um teste no detector de mentiras indicando que o examinado é mentiroso pode, às vezes, estar errado. 
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e) Alguns empregadores têm evitado considerar resultados de detectores de mentira para a avaliação de 
candidatos. 
RESOLUÇÃO: 
Resumidamente, as premissas fornecidas no enunciado são: 
1 – o teste inconclusivo não demonstra que a pessoa é verdadeira nem que é mentirosa 
2 – empregadores vão recusar alguns candidatos com teste inconclusivo 
Vejamos as alternativas apresentadas, buscando a que mais naturalmente é derivada das premissas acima: 
a) A maioria das pessoas examinadas com resultado inconclusivo são, de fato, mentirosas. 
Não temos elementos para supor que normalmente o teste inconclusivo ocorre com pessoas mentirosas. A 
premissa 1 diz apenas que não é possível afirmar se esta pessoa é verdadeira ou mentirosa. 
 
b) Testes em detectores de mentira não devem ser usados pelos empregadores para avaliar candidatos a vagas. 
Esta conclusão não pode ser obtida diretamente do argumento. Seria preciso uma terceira premissa como: “no 
processo de contratação de funcionários, julgar como mentirosa uma pessoa que pode ser verdadeira é 
altamente reprovável”. Mas esta outra versão poderia fortalecer a conduta dos empregadores que rejeitam 
pessoas com teste inconclusivo: “na contratação de empregados é preciso ser extremamente conservador para 
evitar contratar pessoas cujas mentiras podem gerar danos à imagem da empresa”. 
 
c) Resultados inconclusivos no detector de mentiras são, às vezes, injustamente usados contra os examinados. 
CORRETO. A premissa 1 mostra que, em alguns casos, pessoas verdadeiras podem ter resultado inconclusivo. 
A premissa 2 mostra que algumas dessas pessoas verdadeiras (com resultado inconclusivo) podem ser 
recusadas. Se tal recusa se basear no fato de o resultado ter sido inconclusivo, esta pessoa estaria sendo 
injustiçada. 
 
d) Um teste no detector de mentiras indicando que o examinado é mentiroso pode, às vezes, estar errado. 
Não temos informações dentre as premissas para avaliar o grau de acerto do detector de mentiras, isto é, saber 
se é possível que uma pessoa verdadeira obtenha o resultado “mentiroso” no teste. 
 
e) Alguns empregadores têm evitado considerar resultados de detectores de mentira para a avaliação de 
candidatos. 
Não temos informações para afirmar que os empregadores têm evitado usar o teste. Sabemos apenas que 
alguns deles tem utilizado o teste e, com isso, descartado pessoas com resultado inconclusivo. 
Resposta: C 
 
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Comunicação Eficiente de Argumentos – Informações Implícitas 
Ao analisar um argumento devemos nos atentar ao que foi dito e ao que não foi dito. Neste momento 
quero chamar a sua atenção para as informações implícitas que, apesar de não comunicadas ostensivamente, 
desempenham importante papel na compreensão de um argumento. Existem 3 níveis de informações 
implícitas: 
 
- pressupostos semânticos: são ideias contidas no significado das palavras. Um bom exemplo são as 
expressões idiomáticas. Por exemplo: “Este apartamento é um ovo”. O autor desta frase pressupõe que você 
conheça um significado alternativo para a palavra “ovo”, popularmente utilizado para designar algo apertado, 
pequeno. 
 
- ideias subentendidas: algumas ideias não são verbalizadas pelo autor de um argumento simplesmente 
porque elas são consideradas subentendidas, devido a costumes da população. Quando alguém te pergunta 
“Você tem horas?”, você sabe que a resposta correta é informar as horas (se você tiver relógio), e não 
simplesmente dizer “Sim”. Outro bom exemplo de ideiassubentendidas são aquelas presentes na entonação, 
na forma de pronúncia, como é o caso da ironia. Quando uma mãe surpreende um filho fazendo algo errado e 
diz “Muito bonito, hein!”, ela certamente não está querendo elogiar a conduta, mas sim usando de um recurso 
de ironia para repreender a criança. Isto é, há uma ideia subentendida nesta frase, que deve ser captada pelo 
interlocutor para que a comunicação flua corretamente. 
 
- hipóteses subjacentes: dentre os 3 níveis de implícito, este é o mais importante. Isto porque as hipóteses 
subjacentes são premissas necessárias para a obtenção da conclusão de certo argumento, mas que, 
normalmente, passam despercebidas para o indivíduo desatento. Veja o seguinte argumento: 
 
À medida que os países emergentes se desenvolverem, mais e mais pessoas aumentarão o seu poder de 
consumo, o que levará a uma escassez de alimentos e recursos naturais. 
 
A estrutura básica deste argumento é: 
Premissa: À medida que os países emergentes se desenvolverem, mais e mais pessoas aumentarão o seu 
poder de consumo. 
Conclusão: isto levará a uma escassez de alimentos e recursos naturais. 
 
Repare que há um “salto” entre premissas e conclusão. Para a obtenção daquela conclusão faz-se 
necessário considerar verdadeiras outras premissas que não foram ditas (as hipóteses subjacentes). Por 
exemplo, é preciso considerar que: 
 
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- o aumento do poder de consumo leva necessariamente ao aumento do consumo propriamente dito (e 
não à poupança, por exemplo); 
- a população não desenvolverá meios para aumentar a produtividade capazes de suprir o aumento na 
demanda por alimentos; 
- a população não desenvolverá meios renováveis de uso dos recursos naturais, como a energia solar ou 
eólica. 
 
Logo, um argumento mais convincente seria aquele onde estas premissas subjacentes são explicitadas: 
 
À medida que os países emergentes se desenvolverem, mais e mais pessoas aumentarão o seu poder de 
consumo. O aumento do poder de consumo gera maior necessidade de produção de alimentos e de extração de 
recursos naturais para uso em bens e serviços. Estudos preveem que a humanidade não conseguirá desenvolver, ao 
menos no médio prazo, meios para aumentar a produtividade no campo capazes de suprir o grande aumento 
previsto na demanda por alimentos. Além disso, os técnicos demonstram que o desenvolvimento de meios 
renováveis para o uso dos recursos naturais, como a energia eólica ou solar, tem encontrado diversas dificuldades, 
e não será capaz de evitar o consumo de recursos não-renováveis em proporções cada vez maiores. Portanto, o 
desenvolvimento dos países emergentes levará a uma escassez de alimentos e recursos naturais. 
 
Algumas questões de sua prova podem apresentar um argumento e perguntar qual das alternativas de 
resposta representa uma hipótese subjacente daquele argumento. Vejamos um exemplo: 
GMAT) Nos últimos anos vários marceneiros têm sido aclamados como artistas. Mas, como mobílias devem 
ser úteis, marceneiros devem exercer seu ofício com olhos voltados para a utilidade prática do produto. Por 
este motivo, marcenaria não é arte. 
Qual das seguintes alternativas é uma premissa que suporta a obtenção da conclusão acima a partir do motivo 
mencionado naquela conclusão? 
a) Algumas mobílias são feitas para ser colocadas em museus, onde não serão usadas por ninguém. 
b) Alguns marceneiros são mais preocupados do que outros com a utilidade prática dos produtos que fabricam. 
c) Marceneiros deveriam se concentrar mais na utilidade prática dos seus produtos do que eles têm feito 
atualmente. 
d) Um objeto não é um objeto de arte se o seu criador se preocupa com a utilidade prática. 
e) Artistas não estão preocupados com o valor monetário dos seus produtos. 
RESOLUÇÃO: 
Temos aqui o seguinte argumento: 
Premissa: Como mobílias devem ser úteis, marceneiros devem exercer seu ofício com olhos voltados para a 
utilidade prática do produto. 
Conclusão: Por este motivo, marcenaria não é arte. 
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É solicitada a premissa subjacente que permitiu que o argumento saltasse da premissa explicitada para a 
conclusão obtida. Observe que a alternativa D fornece a ligação entre a premissa e a conclusão. Considerando-
a, teríamos o seguinte argumento: 
 
Premissa 1: Como mobílias devem ser úteis, marceneiros devem exercer seu ofício com olhos voltados para a 
utilidade prática do produto. 
Premissa 2: Um objeto não é um objeto de arte se o seu criador se preocupa com a utilidade prática. 
Conclusão: Por este motivo, marcenaria não é arte. 
A premissa 2 mostra que o fato de os marceneiros se preocuparem com a utilidade prática (como afirmado na 
premissa 1) faz com que seus objetos não sejam objetos de arte, permitindo afirmar a conclusão “marcenaria 
não é arte”. 
As demais opções de resposta não fornecem elementos para afirmarmos que a marcenaria não é arte. Vejamos: 
a) Algumas mobílias são feitas para ser colocadas em museus, onde não serão usadas por ninguém. 
Aqui temos a sugestão de que algumas mobílias poderiam ser obras de arte (por ficarem em museus), e não o 
contrário. 
 
b) Alguns marceneiros são mais preocupados do que outros com a utilidade prática dos produtos que fabricam. 
O fato de alguns serem mais preocupados com a utilidade não implica que a marcenaria, como um todo, não é 
arte. 
 
c) Marceneiros deveriam se concentrar mais na utilidade prática dos seus produtos do que eles têm feito 
atualmente. 
Mais uma informação que não permite inferir que a marcenaria não seja arte. 
 
e) Artistas não estão preocupados com o valor monetário dos seus produtos. 
As questões financeiras não foram tratadas por este argumento. 
Resposta: D 
 
Trabalhe ainda essa questão: 
GMAT) No último ano, um número recorde de novos empregos foi criado. Este ano trará um novo recorde? 
Bem, um novo emprego é criado em empresas já existentes ou pelo surgimento de novas empresas. Dentre as 
empresas existentes, a taxa de novos empregos criados tem sido bem menor este ano do que no ano passado. 
Ao mesmo tempo, há evidência considerável de que o número de novas empresas abertas este ano não será 
maior do que no ano passado, e certamente as empresas abertas neste ano não vão criar mais empregos por 
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empresa do que aquelas abertas no ano passado. Claramente, pode ser concluído que o número de novos 
empregos criados este ano será menor do que o recorde do ano passado. 
No argumento dado, as duas partes em negrito desempenham quais dos seguintes papéis? 
a) A primeira é uma premissa que, se verdadeira, forneceria suporte para a conclusão principal do argumento; 
a segunda é a principal conclusão. 
b) A primeira é uma premissa que, se verdadeira, forneceria suporte para a principal conclusão do argumento; 
a segunda é uma conclusão obtida para dar suporte à principal conclusão. 
c) A primeira é uma objeção que o argumento rejeita; a segunda é a principal conclusão do argumento. 
d) A primeira é uma objeção que o argumento rejeita; a segunda apresenta uma conclusão que pode ser obtida 
se a objeção fosse mantida. 
e) A primeira é uma afirmação que suporta a posição à qual o argumento se opõe; a segunda é uma afirmação 
que suporta a principal conclusão do argumento. 
RESOLUÇÃO: 
Temos o seguinte argumento: 
Premissa1: Um novo emprego é criado em empresas já existentes ou pelo surgimento de novas empresas 
Premissa 2: Dentre as empresas existentes, a taxa de novos empregos criados tem sido bem menor este ano 
do que no ano passadoPremissa 3: Há evidência considerável de que o número de novas empresas abertas este ano não será maior do 
que no ano passado 
Premissa 4: as empresas abertas neste ano não vão criar mais empregos por empresa do que aquelas 
abertas no ano passado. 
Conclusão: o número de novos empregos criados este ano será menor do que o recorde do ano passado. 
Portanto, a alternativa A descreve corretamente os papéis das partes em negrito: 
a) A primeira é uma premissa que, se verdadeira, forneceria suporte para a conclusão principal do argumento; a 
segunda é a principal conclusão. 
Resposta: A 
 
Podemos ainda considerar como elementos implícitos em uma argumentação os seguintes: 
- significado social: trata-se da utilização de palavras em um sentido diferente daquele presente no 
dicionário. Normalmente isso ocorre no uso de gírias e expressões regionais, mas também em termos do senso 
comum. Você deve ter ouvido a expressão “Cristofobia” recentemente, devido a uma manifestação que 
ocorreu durante a Parada Gay em São Paulo/SP. A rigor, “fobia” significa medo, temor. Assim, “Cristofobia” 
seria algo como “medo de Cristo”, ou “medo do cristianismo” etc. Mas claramente não era este o significado 
que os membros de entidades religiosas que criticavam a manifestação queriam expressar. A acusação deles 
tinha maior relação com um eventual “desrespeito a Cristo”, ou desrespeito à imagem de Cristo. De qualquer 
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forma, o fato é que este uso impreciso da expressão “Cristofobia” não gerou problemas de comunicação, pois 
embora sem o rigor do dicionário, a ideia passada para a sociedade estava clara. 
 
- intertextualidade: observem essa figura abaixo. 
 
Fonte: internet (viewgram) 
Repare que o autor desta charge pressupôs que o leitor tinha conhecimento da música “Atirei o pau no 
gato”. Afinal, sem este conhecimento, esta charge não faria sentido, não seria engraçada. Assim, podemos 
dizer que o autor contou com a memória social, a memória da coletividade, para se fazer entender. 
 
Enfim, a intertextualidade é exatamente este fenômeno onde um texto (esta figura) recorre a outro (a 
letra da música) implícita ou explicitamente. Neste caso, a referência é implícita, uma vez que não houve 
referência direta à música original. 
Resolva comigo o próximo exercício: 
CESPE – TCU – 2015) Julgue os itens a seguir com base nas características do raciocínio analítico e na estrutura 
da argumentação. 
( ) Não estão explicitamente declaradas duas premissas do argumento que embasa a seguinte afirmação: “A 
empresa Z não respeita seus funcionários porque não lhes paga em dia” 
RESOLUÇÃO: 
O argumento aqui é: 
Premissa: A empresa Z não paga seus funcionários em dia 
Conclusão: A empresa Z não respeita seus funcionário 
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Veja que é preciso aceitarmos uma premissa implícita (de que o não pagamento de funcionários é um sinal de 
desrespeito) para pularmos da premissa fornecida para a conclusão do argumento. Como só é preciso 
aceitarmos 1 premissa implícita (não explicitamente declarada), o item está ERRADO. 
Resposta: E 
 
Comunicação Eficiente de Argumentos – Analogias 
Como você já deve ter percebido, muitos argumentos da lógica informal não tem a intenção de provar a 
verdade de suas conclusões, mas apenas apresentam essas conclusões como sendo “provavelmente 
verdadeiras”. A argumentação por analogia é uma grande ferramenta quando a intenção é esta. 
Temos uma argumentação por analogia quando ressaltamos as características em comum entre duas ou 
mais coisas para concluir que o mesmo resultado obtido para algumas delas também deve ser válido para as 
restantes. Não há dependência entre essas coisas. Veja abaixo um exemplo de analogia entre a crise econômica 
de 1929 e a crise econômica atual: 
 
A crise de 1929 provocou forte retração na economia, e os seus efeitos foram sentidos pelos Estados Unidos 
ao longo de mais de uma década. Da mesma forma, a atual crise econômica está provocando uma profunda 
recessão, em especial nos países europeus, que deve durar vários anos. Assim como os americanos conseguiram 
superar a crise de 29, os europeus também poderão sobreviver à atual situação. 
 
Repare que o autor do argumento acima não está oferecendo razões lógicas que demonstrem a 
capacidade de a Europa se reerguer da crise atual. Ele apenas faz uma analogia com a crise de 29, para inferir 
que a sua conclusão (a Europa deve se reerguer) é provavelmente verdadeira. 
Um argumento analógico, por ser parte da lógica informal, não é classificado em Válido ou Inválido. 
Podemos apenas compará-lo com outros e, assim, classificá-lo como “mais verossímil” ou “menos verossímil”, 
“mais convincente” ou “menos convincente”. 
Alguns fatores que os auxiliam a avaliar analogias são: 
 
1 - número de entidades entre as quais se afirmam as analogias. Observe estes dois argumentos: 
 
Não compre carro desta marca. Eu tive um carro desta fabricante que deu vários defeitos. 
 
Não compre carro desta marca. Conheço 5 pessoas que tiveram carros deste fabricante e todos 
experimentaram vários defeitos. 
 
Ambos argumentos são analógicos, porém o segundo é mais forte que o primeiro. No primeiro caso, eu 
posso ter dado o azar de comprar um carro com defeitos, o que ocorre mesmo com os melhores fabricantes. 
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No segundo caso, há uma probabilidade maior de que aquele fabricante realmente tenha problemas maiores 
no controle de qualidade de seus produtos, vendendo produtos com defeito. A diferença de convencimento 
entre os dois argumentos reside no número de fatos/entidades apresentados. 
Lembre-se apenas que estamos avaliando os argumentos qualitativamente apenas. Não cometa o erro 
de dizer que o segundo argumento é 5 vezes mais forte que o primeiro. 
 
2 - número de características em comum. Veja a diferença entre esses dois argumentos: 
 
Devo gostar deste meu tênis novo, pois ele é da mesma loja onde comprei os tênis que mais gosto. 
 
Devo gostar deste meu tênis novo, pois ele é da mesma marca, tem o mesmo tamanho e tipo de estofado 
interno dos tênis que mais gosto. 
 
O segundo argumento é claramente mais forte que o primeiro, pois se baseia em um número maior de 
características para estabelecer a analogia. 
 
3 - existência de desanalogias, ou diferenças. Voltemos a este argumento: 
 
Não compre carro desta marca. Conheço 5 pessoas que tiveram carros deste fabricante e todos 
experimentaram vários defeitos. 
 
Vamos acrescentar a seguinte informação: as 5 pessoas citadas acima compraram esses carros usados, 
enquanto você pretende comprar um exemplar “zero quilômetro”. Esta diferença reduz substancialmente a 
força do argumento. E se, além disso, você pretenda comprar um automóvel de luxo da marca, enquanto as 5 
pessoas haviam comprado automóveis populares (cujo controle de qualidade costuma ser pior)? O argumento 
fica ainda mais fraco. E, para piorar, pode ser que você também conheça outras várias pessoas que possuem 
carro daquela marca e nunca tiveram defeito. Portanto, é muito importante avaliar se existem diferenças 
consideráveis entre os casos anteriores e o caso atual, sobre o qual se pretende estabelecer uma conclusão. 
 
4 – relevância dos critérios de comparação. Voltemos ao exemplo dos tênis: 
 
Devo gostar deste meu tênis novo, pois ele é da mesma loja onde comprei os tênis que mais gosto. 
 
Devo gostar deste meu tênis novo, pois ele é da mesma marca, tem o mesmo tamanho e tipo de estofado 
interno dos tênis que mais gosto. 
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Além do segundo argumento comparar um maior número de características, ele compara características 
mais relevantes. O fato de dois tênis serem comprados na mesma loja é bem menos relevante para a conclusão 
(gostar ou não do tênis) do que eles terem a mesma marca, tamanho e estofado. 
Por fim, no campo da lógica formal (ou proposicional) podemos definir que duas proposições (ou dois 
argumentos) são análogas quando possuem estrutura lógica similar. 
 
Resolva as questões abaixo sobre argumentação por analogia. 
FUNIVERSA – CFM – 2012) Considere as duas proposições a seguir. 
P: No conjunto dos números inteiros, é múltiplo de três todo número cuja soma dos valores absolutos de seus 
algarismos é igual a um múltiplo de três. 
Q: No conjunto dos números inteiros, é múltiplo de nove todo número cuja soma dos valores absolutos de seus 
algarismos é igual a um múltiplo de nove. 
Em relação a essas duas proposições, é correto afirmar que: 
a) P e Q são análogas 
b) P e Q apresentam conclusões idênticas 
c) Q é uma dedução que se faz a partir de P 
d) P é uma inferência que se faz a partir de Q 
e) Q é uma inferência que se faz a partir de P 
RESOLUÇÃO: 
Repare que a proposição P (critério de divisibilidade por 3) e a proposição Q (critério de divisibilidade por 9), são 
similares do ponto de vista lógico, entretanto uma não é conclusão nem premissa da outra. Ambas têm essa 
estrutura: 
 
No conjunto dos números inteiros, é múltiplo de X todo número cuja soma dos valores absolutos de seus 
algarismos é igual a um múltiplo de X. 
Portanto, podemos afirmar apenas que P e Q são análogas. 
Resposta: A 
 
CESPE – FUNPRESP-EXE – 2016) No diálogo a seguir, a resposta de B é fundamentada em um raciocínio por 
analogia. 
A: O que eu faço para ser rico assim como você? 
B: Como você sabe, eu não nasci rico. Eu alcancei o padrão de vida que tenho hoje trabalhando muito duro. 
Logo, você também conseguirá ter esse padrão de vida trabalhando muito duro. 
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RESOLUÇÃO: 
Como vimos, uma argumentação por analogia é aquela onde ressaltamos características em comum entre duas 
ou mais situações visando inferir conclusões similares. Neste caso temos uma analogia na fala de B, que 
apresenta uma situação (ficou rico trabalhando duro) para concluir outra similar (que A ficará rico trabalhando 
duro também). CORRETO. 
Resposta: C 
 
Comunicação Eficiente de Argumentos – Aspectos que reforçam ou 
enfraquecem argumentos 
Em nossa argumentação do dia-a-dia, normalmente estão presentes as seguintes características: 
 
- informalidade: pode ser observada tanto na escolha das palavras (vocabulário) como na presença de 
meras “impressões” ou “gostos” do autor do argumento para defender uma determinada ideia. 
Exemplificando, ao dizer que “Esse curso de Raciocínio Analítico é ruim porque o professor é devagar”, estou 
sendo bastante informal. Podemos observar isso, entre outros aspectos, na escolha da palavra “devagar” para 
caracterizar o professor de maneira bastante informal (quase uma gíria), bem como no fato de que a premissa 
utilizada para suportar a conclusão (de que o curso é ruim) é meramente a opinião do autor, que considera o 
professor “devagar”, não sendo baseada em fatos ou dados mais objetivos/concretos. 
 
- argumentação tautológica: o argumento “Esse curso de Raciocínio Analítico é ruim porque não é legal” 
ajuda a perceber o que significa um argumento tautológico. Trata-se de uma quase repetição entre a premissa 
(“esse curso não é legal”) e a conclusão (“esse curso é ruim”). Muitas vezes usamos esse tipo de repetição em 
nosso dia-a-dia, que exploraremos mais adiante ao trabalhar as falácias. 
 
- evidências irrelevantes ou pouco relevantes: imagine que eu diga “Esse curso de Raciocínio Analítico é 
ruim porque o professor é feio”. Neste argumento, a premissa utilizada (“o professor é feio”) não é relevante 
para sustentar a conclusão defendida (“esse curso é ruim”). Trata-se de mais uma característica presente nos 
argumentos usados no dia-a-dia. Alguém já deve ter dito para você: “Não assista esse filme, pois Fulano assistiu 
e não gostou”. Note que a ideia defendida é que você não assista o filme, e o único elemento utilizado para a 
defesa dessa ideia é o fato de que uma pessoa não gostou do filme. A menos que o tal Fulano seja algum crítico 
de cinema, ou alguém em cuja opinião você deposite bastante credibilidade, estamos diante de uma evidência 
irrelevante! Seria diferente dizer: “Não assista esse filme, pois Fulano assistiu e não gostou. Ele me disse que 
há muitos erros na dublagem, que distorcem completamente o sentido dos principais diálogos”. Veja que agora 
foi fornecido um dado mais concreto para a sua análise – ainda que você não concorde 100% com a importância 
deste quesito na escolha de um filme. 
 
Em princípio não há grandes problemas nessas falhas de argumentação, desde que utilizadas na conversa 
informal do nosso cotidiano. Entretanto, em um ambiente profissional, científico ou, em nosso caso, em uma 
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prova de concurso, não é admissível a ocorrência destas falhas. É preciso estar atento para detectá-las. Ao 
elaborar nossos argumentos, devemos tomar cuidado para: 
 
- escolher adequadamente as palavras, evitando duplas interpretações, diferenças conceituais etc. 
(formalidade); 
 
- escolher premissas adequadas para suportar as conclusões, evitando misturar premissas e conclusões 
(formando argumentos sólidos), e evitando a apresentação de premissas irrelevantes ou pouco relevantes para 
a defesa da conclusão. 
 
É claro que, mesmo no dia-a-dia, pode não ser adequado cometer as falhas que mencionei, em especial 
quando estamos tratando da tomada de decisões importantes para as nossas vidas, como a escolha de cursos, 
trajetórias profissionais, candidatos em uma eleição, apoio a políticas públicas, e assim por diante. 
Nesta mesma linha, o que deve basear a nossa análise de argumentos é o uso da atividade racional da 
mente, ou seja, a racionalidade, e não as nossas emoções. É raciocinando que nós verificamos a adequação 
entre premissas e conclusões, julgando se o argumento é consistente ou não. É por isso que devemos estar 
sempre buscando desenvolver o nosso senso crítico. Note que ser crítico não significa discordar sempre. Esta 
postura “do contra” não pode ser confundida com a análise crítica que devemos fazer dos argumentos. Afinal, 
em muitas situações a melhor alternativa é realmente concordar com os argumentos que nos são 
apresentados. 
 
Vamos resolver os próximos exercícios para praticar a nossa capacidade de perceber aspectos que 
reforçam e que enfraquecem argumentos. 
ANPAD – 2017) “As instituições do Brasil não possuem disciplinas de empregabilidade e construção de 
carreiras. O mínimo que elas deveriam fazer é preparar o aluno para o mercado de trabalho. No mundo 
corporativo, à medida que se cresce profissionalmente, as competências comportamentais são cada vez mais 
importantes do que as técnicas, portanto, é sim papel da faculdade ensinar estes temas”, disse em nota o 
diretor-executivo do IDCE, Fabrício Barbirato. 
Assinale a alternativa que, se verdadeira, aponta um problema no argumento apresentado no texto. 
a) se as competências comportamentais são desenvolvidas na pratica como resultado natural do crescimento 
profissional, não cabe às universidades ensiná-las na pós-graduação. 
b) se a empregabilidade e construção de carreiras são temas importantes nas organizações em geral, essas 
questões já estão sendoamplamente desenvolvidas no próprio mercado de trabalho. 
c) se as competências técnicas são o que de fato conta no início da carreira e elas são ensinadas nas faculdades, 
o aluno já conta, sim, com algum preparo para o mercado de trabalho 
d) se o conhecimento sobre competências comportamentais é importante para o mercado de trabalho, já está 
aí um filão a ser explorado por empresas que prestam serviço como o de coaching. 
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e) se todas as competências podem ser desenvolvidas nas universidades, resta muito pouco a se crescer 
profissionalmente, o que basicamente estaria ligado a anos de experiência no cargo. 
RESOLUÇÃO: 
a) se as competências comportamentais são desenvolvidas na pratica como resultado natural do crescimento 
profissional, não cabe às universidades ensiná-las na pós-graduação. 
Ainda que as competências comportamentais possam ser desenvolvidas na prática, nada impede que as 
universidades acelerem esse aprendizado através de cursos de pós-graduação. Não temos um problema do 
argumento aqui. 
 
b) se a empregabilidade e construção de carreiras são temas importantes nas organizações em geral, essas questões 
já estão sendo amplamente desenvolvidas no próprio mercado de trabalho. 
O fato das empresas procurarem desenvolver a empregabilidade e construção de carreiras no próprio mercado 
de trabalho (por uma deficiência das instituições de ensino) não significa que o correto seja deixar esse 
desenvolvimento apenas para a vida profissional – talvez seja melhor desenvolvê-los ainda durante os estudos, 
para que o egresso possa entrar no mercado de trabalho mais apto. Não temos aqui um problema do 
argumento. 
 
c) se as competências técnicas são o que de fato conta no início da carreira e elas são ensinadas nas faculdades, o 
aluno já conta, sim, com algum preparo para o mercado de trabalho. 
Aqui temos um problema do argumento. Se o que importa no início da carreira são as competências técnicas, 
e elas já estão sendo ensinadas nas faculdades, é errado afirmar que as instituições do Brasil não possuem 
disciplinas relacionadas com a empregabilidade. Este é o nosso gabarito. 
 
d) se o conhecimento sobre competências comportamentais é importante para o mercado de trabalho, já está aí 
um filão a ser explorado por empresas que prestam serviço como o de coaching. 
Ainda que esse nicho (desenvolvimento de competências comportamentais) possa ser aproveitado pelos 
serviços de coaching, isto não invalida a tese de que as faculdades deveriam se preocupar com isso. 
 
e) se todas as competências podem ser desenvolvidas nas universidades, resta muito pouco a se crescer 
profissionalmente, o que basicamente estaria ligado a anos de experiência no cargo. 
O fato de um aluno aprender muito (dos pontos de vista técnico e comportamental) durante a faculdade, e 
depois não precisar aprender tanto esses aspectos durante a vida profissional, não é algo necessariamente 
ruim. Não temos um problema do argumento neste item. 
Resposta: C 
 
 
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FCC – ICMS/SP - 2013) Considere o texto a seguir. 
Em 1928, Alexander Fleming desenvolvia pesquisas sobre estafilococos, quando descobriu a penicilina. A 
descoberta deu-se em condições peculiares, graças a uma sequência de acontecimentos imprevistos e 
surpreendentes. No mês de agosto daquele ano, Fleming tirou férias e, por esquecimento, deixou algumas placas 
com culturas de estafilococos sobre a mesa, em lugar de guardá-las na geladeira ou inutilizá-las, como seria 
natural. Quando retornou ao trabalho, em setembro, observou que algumas das placas estavam contaminadas 
com mofo. Colocou-as então, em uma bandeja para limpeza e esterilização com lisol. Neste exato momento, entrou 
no laboratório um colega, que lhe perguntou como iam suas pesquisas. Fleming apanhou novamente as placas para 
explicar alguns detalhes sobre as culturas que estava realizando, quando notou que havia, em uma das placas, um 
halo transparente em torno do mofo contaminante. O assunto foi discutido entre ambos e Fleming decidiu fazer 
algumas culturas do fungo para estudo posterior. O fungo foi identificado como pertencente ao gênero Penicilium, 
de onde deriva o nome de penicilina dado à substância por ele produzida. Fleming passou a empregá-la em seu 
laboratório para selecionar determinadas bactérias, eliminando das culturas as espécies sensíveis à sua ação. 
(REZENDE, J. M. À sombra do plátano. Ed. Unifesp, 2009) 
De acordo com o texto, a evidência que levou Fleming a descobrir a penicilina foi o fato de 
(A) as placas contaminadas terem sido limpas e esterilizadas pelo lisol. 
(B) existir, em uma das placas contaminadas, um halo transparente em torno do mofo 
(C) Fleming, ao conversar com o colega, ter decidido fazer algumas culturas do fungo. 
(D) a penicilina ter sido utilizada no laboratório para selecionar determinadas bactérias. 
(E) algumas placas com culturas de estafilococos estarem contaminadas com mofo. 
RESOLUÇÃO: 
(A) as placas contaminadas terem sido limpas e esterilizadas pelo lisol. 
ERRADO. A limpeza das placas não foi a evidência, mas sim foi o momento durante o qual Fleming percebeu a 
evidência (existência de um halo transparente). 
 
(B) existir, em uma das placas contaminadas, um halo transparente em torno do mofo. 
CORRETO. As placas continham inicialmente bactérias (estafilococos), porém com o desenvolvimento do mofo 
surgiu uma região transparente, dando a ideia de que as bactérias ali presentes haviam sido exterminadas. Esta 
foi a evidência, pois provavelmente Fleming supôs que esse extermínio de bactérias possivelmente tinha 
relação com alguma substância produzida pelo fungo (mofo) ali presente. Esta substância produzida pelo fungo 
do gênero Penicilium ficou conhecida como penicilina. 
 
(C) Fleming, ao conversar com o colega, ter decidido fazer algumas culturas do fungo. 
ERRADO. A decisão de fazer algumas culturas do fungo se deu como consequência da evidência percebida por 
Fleming. 
 
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(D) a penicilina ter sido utilizada no laboratório para selecionar determinadas bactérias. 
ERRADO. O texto em momento algum permite inferir que a penicilina já era usada para selecionar bactérias. 
 
(E) algumas placas com culturas de estafilococos estarem contaminadas com mofo. 
ERRADO. A existência de mofo apenas permitiu que a evidência (halos transparentes) fosse observada. 
Resposta: B 
 
Comunicação Eficiente de Argumentos – Análise de Argumentos 
Para finalizarmos o estudo do Raciocínio Analítico ou Raciocínio Crítico, gostaria de deixar algumas dicas 
relevantes para a resolução de exercícios. São elas: 
 
- Dica 1: em questões de Raciocínio Analítico, é essencial ler todas as alternativas (ou todas as 
informações dadas, em questões de Certo/Errado). A alternativa a ser marcada é a mais correta, ou seja, pode 
haver mais de uma alternativa aparentemente correta, e você deve efetuar esse julgamento. 
 
- Dica 2: um procedimento muito útil é começar eliminando aquelas opções de resposta mais absurdas, 
detendo-se na análise das alternativas mais prováveis. 
 
- Dica 3: entenda claramente o que é pedido pelo enunciado. Na dúvida, volte rapidamente ao enunciado 
e confira se o que você marcou é, realmente, o que foi pedido. 
 
- Dica 4: antes de ler o texto longo que a maioria dessas questões tem, vale a pena “passar o olho” na 
pergunta propriamente dita, para já ler o texto sabendo a que se atentar. Nas primeiras questões eu vou deixar 
essas perguntas propositalmente em negrito. 
 
-Dica 5: fique atento para itens ou questões que apelem para o senso comum. Muitas vezes o examinador 
tenta te confundir apresentando argumentos que comumente seriam facilmente aceitos ou facilmente 
rechaçados, de modo a verifica se você consegue mesmo efetuar a análise solicitada. 
 
CESPE – FUNPRESP-EXE – 2016) Considerando as características do raciocínio analítico e a estrutura 
da argumentação, julgue os itens a seguir. 
( ) Na linguagem cotidiana, as condições de verdade de Fulano tomou suco e saiu são diferentes das de Fulano 
saiu e tomou suco. 
RESOLUÇÃO: 
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Na lógica formal (ou proposicional), sabemos que as proposições “p e q” e “q e p” são equivalentes entre si, isto 
é, a conjunção apresenta a propriedade comutativa. Entretanto, essa questão enfatizou o termo “linguagem 
cotidiana”, o que nos lembra da lógica informal, onde o significado assume valor importante. 
Na linguagem cotidiana, a ordem das informações gera diferença no significado. Dizer que “tomou suco e saiu” 
dá a ideia de que primeiro a pessoa tomou suco e depois saiu, já dizer que “saiu e tomou suco” permite inferir 
que o suco foi tomado fora de casa, após a pessoa ter saído. Portanto, o item está CORRETO, pois essas duas 
frases do enunciado são realmente distintas. 
Resposta: C 
 
CESPE – FUNPRESP-JUD – 2016) Considerando as características do raciocínio analítico e a estrutura 
da argumentação, julgue os itens que se seguem. 
( ) Situação hipotética: Em um processo de seleção para uma vaga de emprego em determinada empresa, um 
membro da comissão de seleção, em referência a certo candidato, afirmou: 
“É um forte candidato à vaga, mas não tem um bom currículo”. Assertiva: Nessa situação hipotética, a 
afirmação do membro da comissão apresenta maior peso argumentativo no trecho “mas não tem um bom 
currículo”. 
RESOLUÇÃO: 
CORRETO. Veja que a frase dita pela comissão tem um caráter negativo, evidenciando o fato de que o 
candidato não tem um bom currículo. 
Resposta: C 
 
Chega de teoria! Vamos praticar tudo o que vimos até aqui? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões comentadas pelo professor 
1. ANPAD – 2017) 
Vilão tradicional de janeiro, tomate cai 20% com a seca. 
A manchete admite 
A) a premissa oculta de que 20% é uma queda considerável e atípica. 
B) o pressuposto de que frutas e legumes sejam monitorados regularmente. 
C) a veracidade da conclusão que o brasileiro tenderá a comprar mais tomate. 
D) a suposição de que a queda em questão ocorreu em algum período de janeiro 
E) o argumento de que a chuva é responsável pelos preços do tomate em janeiro 
RESOLUÇÃO: 
O enunciado pede um comentário admissível pela manchete. Analisando as alternativas, temos: 
A) a premissa oculta de que 20% é uma queda considerável e atípica. 
Não temos como saber se essa é uma queda atípica. 
 
B) o pressuposto de que frutas e legumes sejam monitorados regularmente. 
Não podemos inferir que os legumes são monitorados regularmente. Talvez este acompanhamento do tomate 
tenha sido efetuado pontualmente. 
 
C) a veracidade da conclusão que o brasileiro tenderá a comprar mais tomate. 
Não podemos inferir que há uma tendência do brasileiro comprar mais tomate. 
 
D) a suposição de que a queda em questão ocorreu em algum período de janeiro. 
De fato, a manchete cita o mês de janeiro nos levando a crer que a queda em questão ocorreu naquele mês. 
 
E) o argumento de que a chuva é responsável pelos preços do tomate em janeiro. 
Não podemos inferir que a queda se refere ao preço, pois nada foi dito nesse sentido. 
Resposta: D 
 
 
 
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2. CESPE – FUNPRESP-EXE – 2016) 
Considerando as características do raciocínio analítico e a estrutura da argumentação, julgue os itens a seguir. 
( ) A afirmação Por ser novo, esse carro não apresenta falhas nem dá problema fundamenta-se em um 
argumento no qual há uma premissa não declarada. 
RESOLUÇÃO: 
Veja que temos a seguinte estrutura neste argumento: 
Premissa: Esse carro é novo 
Conclusão: Esse carro não apresenta falhas nem dá problema 
Note que, para sairmos da premissa e chegarmos na conclusão, é preciso assumir que “carros novos não 
apresentam falhas e nem dão problemas”. Esta é uma premissa implícita do argumento. Veja que este 
argumento ficaria mais sólido se apresentasse esta premissa: 
Premissa 1: Esse carro é novo 
Premissa 2: Carros novos não apresentam falhas e nem dão problemas 
Conclusão: Esse carro não apresenta falhas nem dá problema 
Item CORRETO. 
Resposta: C 
 
3. FCC – ICMS/SP - 2013) 
O coordenador de um curso universitário recebeu recentemente um relatório que apontava que apenas 10% 
dos alunos do primeiro ano eram bolsistas. Ao analisar as notas dos alunos do primeiro ano, ele constatou que, 
dentre os aprovados na disciplina de Estatística, 35% eram bolsistas. Ele concluiu, então, que os alunos bolsistas 
do curso têm mais chance de sucesso nos estudos do que os demais. 
Para que a conclusão acima seja verdadeira, qual das premissas a seguir deve ser verificada? 
(A) Nenhum dos alunos bolsistas do primeiro ano desse curso foi reprovado na disciplina de Estatística. 
(B) Dentre os alunos aprovados na disciplina de Estatística, o número de bolsistas é maior do que o de não 
bolsistas. 
(C) Dentre os alunos desse curso com mais chance de sucesso nos estudos, o número de bolsistas é maior do 
que o de não bolsistas. 
(D) Qualquer aluno bolsista do primeiro ano tem mais chance de sucesso nos estudos do que os demais. 
(E) Os alunos aprovados na disciplina de Estatística têm mais chance de sucesso nos estudos do que os demais 
RESOLUÇÃO: 
O argumento do enunciado pode ser resumido assim: 
Premissas: 
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- apenas 10% dos alunos do primeiro ano eram bolsistas. - dentre os aprovados na disciplina de Estatística, 35% 
eram bolsistas. 
Conclusão: 
- os alunos bolsistas do curso têm mais chance de sucesso nos estudos. 
Repare que as premissas demonstram que, apesar de os bolsistas representarem um percentual pequeno dos 
alunos (10%), eles representam um percentual elevado dentre os aprovados em Estatística (35%). Isto 
certamente permitiria inferir que os bolsistas têm mais chance de sucesso na disciplina Estatística. Mas não é 
possível garantir que os bolsistas terão mais chance de sucesso nos estudos como um todo, a menos que 
consideremos que ser aprovado em Estatística é um bom indicador de sucesso nos estudos como um todo. 
Isto é, o argumento precisa da seguinte premissa subjacente: 
(E) Os alunos aprovados na disciplina de Estatística têm mais chance de sucesso nos estudos do que os demais. 
Alguns comentários sobre as demais alternativas: 
(A) Nenhum dos alunos bolsistas do primeiro ano desse curso foi reprovado na disciplina de Estatística. 
ERRADO. Isso reforça a ideia de que os bolsistas têm mais chance de sucesso em Estatística, mas não em 
relação aos estudos como um todo. 
 
(B) Dentre os alunos aprovados na disciplina de Estatística, o número de bolsistas é maior do que o de não bolsistas. 
ERRADO. Isto contraria o restante do argumento, que afirma que 35% dos aprovados em Estatística são 
bolsistas (logo, 65% não são bolsistas). 
 
(C) Dentre os alunos desse curso com mais chance de sucesso nos estudos, o número de bolsistas é maior do que o 
de não bolsistas. 
ERRADO. Se isto fosse verdade, de fato poderíamos chegar àconclusão dada. Mas não é necessário que esta 
premissa se confirme. 
Como 1 a cada 10 alunos são bolsistas, seria natural que 1 a cada 10 alunos com chance de sucesso também 
fossem bolsistas. Isto é, seria esperado que 10% dos alunos com chance de sucesso fossem bolsistas. Se, 
proporcionalmente, os alunos bolsistas representarem mais de 10% dos alunos com chance de sucesso, é 
possível inferir que, de fato, os bolsistas têm mais chance de sucesso. 
 
(D) Qualquer aluno bolsista do primeiro ano tem mais chance de sucesso nos estudos do que os demais. 
ERRADO, pelo mesmo raciocínio do item anterior. 
Resposta: E 
 
 
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4. CESPE – FUNPRESP-EXE – 2016) 
Considerando as características do raciocínio analítico e a estrutura da argumentação, julgue os itens a seguir. 
( ) O pleno entendimento da frase Cicrano estava escrevendo uma carta envolve a identificação das seguintes 
informações pressupostas: a de que Cicrano tinha dado início à tarefa de escrever uma carta e a de que ele 
conseguiu concluir a escrita dessa carta 
RESOLUÇÃO: 
É possível compreender a frase “Cicrano estava escrevendo uma carta” mesmo sem saber se ele tinha ou não 
dado início à atividade anteriormente ou se ele conseguiu ou não concluir a escrita. Item ERRADO. 
Resposta: E 
 
5. FCC – ICMS/SP – 2013) 
No dia 25 de janeiro, uma 3ª feira, Carlos revelou a seus colegas de trabalho que faria aniversário ainda naquele 
mês. Querendo fazer uma brincadeira, ele deu duas pistas para que eles tentassem deduzir qual seria o dia 
exato. 
I. A data do meu aniversário é mais próxima do primeiro dia de fevereiro do que de hoje. 
II. Neste ano, meu aniversário não cairá em um final de semana. 
Para deduzir a data exata do aniversário de Carlos, 
(A) a pista II sozinha é suficiente, mas a pista I sozinha não é. 
(B) qualquer uma das pistas é suficiente, mesmo sem considerar a outra. 
(C) as pistas I e II, em conjunto, são suficientes, mas nenhuma delas é suficiente sem a outra 
(D) as pistas I e II, em conjunto, não são suficientes. 
(E) a pista I sozinha é suficiente, mas a pista II sozinha não é. 
RESOLUÇÃO: 
A pista I nos deixa as seguintes alternativas: 29, 30 e 31 de janeiro. A pista II nos deixa as seguintes alternativas: 
26, 27, 28 e 31 de janeiro. O único dia que atende às duas pistas é 31 de janeiro, sendo este o aniversário de 
Carlos. Note que com apenas 1 das pistas não era possível identificar uma data única, ou seja, nenhuma das 
pistas é suficiente sozinha. Mas juntas, as duas pistas são suficientes para elucidar a questão. Temos isso na 
alternativa C: 
(C) as pistas I e II, em conjunto, são suficientes, mas nenhuma delas é suficiente sem a outra. 
Resposta: C 
 
 
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6. CESPE – FUNPRESP-JUD – 2016) 
Considerando as características do raciocínio analítico e a estrutura da argumentação, julgue os itens que se 
seguem. 
( ) O pleno entendimento da frase “Bento não conseguiu chegar ao local de prova a tempo” envolve a 
identificação de duas informações pressupostas: Bento tentou chegar ao local de prova a tempo; essa tentativa 
teve como consequência o fato de Bento não ter chegado ao local de prova 
RESOLUÇÃO: 
ERRADO. A única informação que precisamos saber é que Bento tentou chegar ao local de prova a tempo. 
Afinal, se ele nem tentou chegar ao local da prova a tempo, naturalmente o esperado seria que ele não tivesse 
chegado a tempo mesmo. O entendimento da situação concreta é diferente do que teríamos sabendo que ele 
tentou. 
A segunda informação pressuposta citada no enunciado (de que a tentativa teve como consequência o fato de 
ele não ter chegado) não é necessária, afinal a frase já disse que Bento não teve sucesso. 
Resposta: E 
 
7. CESPE – FUNPRESP-JUD – 2016) 
Considerando as características do raciocínio analítico e a estrutura da argumentação, julgue os itens que se 
seguem. 
( ) A afirmação “Mário se doou à empresa; logo, merece uma recompensa” fundamenta-se em um argumento 
no qual há duas premissas não declaradas. 
RESOLUÇÃO: 
Veja que o argumento completo deveria ser assim: 
Premissa1: Mário se doou à empresa 
Premissa2: Quem se doa à empresa merece uma recompensa 
Conclusão: Logo, Mário merece uma recompensa 
Note que a premissa 2 não foi explicitada. Foi ela que ficou faltando. Não há 2 premissas não declaradas, apenas 
1. Item ERRADO. 
Resposta: E 
 
 
 
 
 
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8. ANPAD – 2017) 
Cometidos com o emprego de violência ou grave ameaça e registrados em escala cada vez maior, os assaltos 
abalam sobremaneira a sensação de segurança da população. Não surpreende, pois, que a reputação do setor 
esteja em queda. Segundo pesquisa recém-divulgada em uma capital estadual, a nota média que os moradores 
da capital - vítimas ou não diretas de assalto - dão à segurança a deixa em 24º lugar numa lista sobre a satisfação 
com 25 indicadores de qualidade de vida. 
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que apresenta uma inferência que não encontra respaldo no 
texto. 
A) A qualidade de vida no referido estado está cada vez pior 
B) Questões como segurança e qualidade de vida são passíveis de investigação. 
C) Existe uma relação entre sensação de segurança e percepção da qualidade de vida. 
D) Admite-se a possibilidade de mensurar a qualidade de vida por meio de indicadores. 
E) Há relação entre assalto e sensação de segurança mesmo entre aqueles que nunca foram vítimas. 
RESOLUÇÃO: 
A) A qualidade de vida no referido estado está cada vez pior. 
Não há informações para concluir que está havendo essa piora dia após dia. A única coisa que sabemos é que, 
para este estado, o item segurança aparece na posição 24 dentre 25 indicadores de qualidade de vida. 
 
B) Questões como segurança e qualidade de vida são passíveis de investigação. 
Sim, é possível inferir isto, uma vez que foi realizada pesquisa sobre indicadores de qualidade de vida, sendo 
segurança um deles. 
 
C) Existe uma relação entre sensação de segurança e percepção da qualidade de vida. 
Sim, a segurança é um dos indicadores da qualidade de vida. 
 
D) Admite-se a possibilidade de mensurar a qualidade de vida por meio de indicadores. 
Sim, foi feita pesquisa com 25 indicadores de qualidade de vida. 
 
E) Há relação entre assalto e sensação de segurança mesmo entre aqueles que nunca foram vítimas. 
Sim, “a nota média que os moradores da capital - vítimas ou não diretas de assalto - dão à segurança a deixa 
em 24º lugar numa lista sobre a satisfação com 25 indicadores de qualidade de vida.” 
Resposta: A 
 
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9. ANPAD – 2017) 
Na frieza dos números, há oito famílias disponíveis para cada criança apta à adoção no país. A equação, na 
prática, não fecha. Nos abrigos brasileiros, meninos e meninas com idade superior à três anos são maioria e, ao 
mesmo tempo, os menos desejados pelos aspirantes a pais. Ano a ano, os pretendentes têm, timidamente, 
aberto o leque de preferências etárias, mas a idealização de um filho recém-nascido ainda faz permanecer o 
descompasso. A argumentação do texto tem como premissa que, na realidade brasileira atual, 
A) seria possível relacionar o número de famílias disponíveis com o número de crianças efetivamente adotadas 
no Brasil 
B) a idade é um fator impeditivo para admitir a possibilidade de que haja um aumento no número de crianças 
adotadas no país. 
C) é possível observarno cenário brasileiro, um número crescente de famílias dispostas a adotar crianças acima 
de três anos no país. 
D) a idealização do filho recém-nascido é a razão por que há um descompasso entre o número de famílias 
disponíveis e o número de crianças adotadas. 
E) crianças para adoção oriundas de abrigos são aquelas menos desejadas pelos aspirantes a se tornarem pais 
no Brasil. 
RESOLUÇÃO: 
O enunciado pede uma premissa, ou seja, um fato no qual o texto possa se embasar. Analisando as alternativas, 
temos: 
A) seria possível relacionar o número de famílias disponíveis com o número de crianças efetivamente adotadas o 
Brasil. 
De fato, é em cima disso que o texto discorre, tanto é que ele defende a ideia de que há famílias suficientes para 
cada criança apta à adoção no país. Ele parte disso para depois concluir sobre a existência de um descompasso 
entre o número de famílias disponíveis e o número de crianças adotadas. 
 
B) a idade é um fator impeditivo para admitir a possibilidade de que haja um aumento no número de crianças 
adotadas no país. 
Essa é a conclusão do texto, mas não uma premissa na qual ele se sustenta. 
 
C) é possível observar no cenário brasileiro, um número crescente de famílias dispostas a adotar crianças acima de 
três anos no país. 
Errado, o texto fala justamente o oposto. 
 
D) a idealização do filho recém-nascido é a razão por que há um descompasso entre o número de famílias 
disponíveis e o número de crianças adotadas. 
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Essa é a conclusão do texto, mas não uma premissa na qual ele se sustenta. 
 
E) crianças para adoção oriundas de abrigos são aquelas menos desejadas pelos aspirantes a se tornarem pais no 
Brasil. 
Se essa fosse a premissa, o texto não basearia o descompasso entre o número de famílias disponíveis e o 
número de crianças adotadas no fato de que meninos e meninas com idade superior a três anos são maioria e, 
ao mesmo tempo, os menos desejados pelos aspirantes a pais. 
Resposta: A 
 
ATENÇÃO: texto para as 2 próximas questões 
USP usa raios gama para esterilizar mosquito transmissor da dengue 
Enquanto na ficção a radiação gama conferiu poderes extraordinários ao Incrível Hulk, na vida real ela ajuda a 
dificultar a vida do mosquito da dengue, prejudicando sua capacidade reprodutiva. Cientistas do CENA (Centro de 
Energia Nuclear na Agricultura) da USP de Piracicaba desenvolveram uma técnica que usa radiação para tornar o 
Aedes aegypti estéril. Usando uma fonte de Cobalto-60, os pesquisadores fazem uma espécie de "bombardeio" de 
raios gama no inseto. A técnica, chamada de irradiação, já tem uso consagrado em várias outras aplicações, 
inclusive na indústria de alimentos. A dose de radiação usada é considerada baixa e não mata o mosquito, mas é 
suficiente para torná-lo estéril. "A técnica é perfeitamente segura. Não há risco para o ambiente, porque a radiação 
não deixa nenhum tipo de resíduo perigoso", explica Valter Arthur, coordenador do estudo. A irradiação é feita só 
nos mosquitos machos, quando eles atingem a chamada fase pupa, em que já estão com todos os órgãos formados, 
mas ainda não são adultos. (...) Depois do processo, os mosquitos irradiados são soltos no ambiente, onde 
competirão com os machos normais pela cópula com as fêmeas. As relações chegam a acontecer, mas os ovos 
decorrentes delas não eclodem, o que ajuda a controlar a população dos insetos. 
(MIRANDA, Giuliana. USP usa raios gama para esterilizar mosquito transmissor da dengue. Folha de S. Paulo, 
São Paulo, p.8C, jan.2013) 
 
10.FCC – ICMS/SP - 2013) 
De acordo com a continuação da reportagem, que não foi fornecida no trecho acima, os cientistas do CENA 
ainda precisam realizar um teste para verificar a efetividade da técnica descrita. Dentre os fatos abaixo, qual é 
o único que poderia comprometer essa efetividade, caso fosse verificado? 
(A) Os mosquitos que sofreram a irradiação passam a voar mais rapidamente que os demais. 
(B) A radiação afeta o metabolismo dos mosquitos, que passam a ter um ciclo de vida mais longo. 
(C) As fêmeas do mosquito são incapazes de distinguir os mosquitos irradiados dos demais. 
(D) A radiação afeta as fêmeas do mosquito durante a cópula, podendo torná-las estéreis. 
(E) Os exemplares estéreis do mosquito são bem menos competitivos sexualmente do que os outros 
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RESOLUÇÃO: 
Devemos encontrar a afirmativa que gera dúvidas sobre o sucesso do plano de controlar a população de Aedes 
Aegypti aplicando radiação nos mosquitos machos. 
(A) Os mosquitos que sofreram a irradiação passam a voar mais rapidamente que os demais. 
ERRADO. Se eles voarem mais rapidamente, talvez até tenham uma vantagem na disputa pelas fêmeas com 
os mosquitos não-estéreis, o que seria favorável ao resultado do plano. 
 
(B) A radiação afeta o metabolismo dos mosquitos, que passam a ter um ciclo de vida mais longo. 
ERRADO. Se os machos estéreis viverem mais, eles competirão pelas fêmeas com os mosquitos não-estéreis 
por mais tempo, o que seria favorável ao resultado do plano. 
 
(C) As fêmeas do mosquito são incapazes de distinguir os mosquitos irradiados dos demais. 
ERRADO. Isto significa que as fêmeas poderão cruzar com os mosquitos estéreis (irradiados), em substituição 
a alguns cruzamentos com machos não estéreis, o que é favorável ao resultado do plano. 
 
(D) A radiação afeta as fêmeas do mosquito durante a cópula, podendo torná-las estéreis. 
ERRADO. Se as fêmeas se tornarem estéreis, seria ainda melhor para o plano, pois elas não conseguiriam se 
reproduzir mais, nem mesmo com os machos não irradiados. 
 
(E) Os exemplares estéreis do mosquito são bem menos competitivos sexualmente do que os outros. 
CORRETO. Se os machos esterilizados não conseguirem competir sexualmente com os machos “normais”, as 
fêmeas continuarão cruzando com os machos não estéreis, e com isso gerando descendentes, o que 
comprometeria o plano. 
Resposta: E 
 
11.FCC – ICMS/SP - 2013) 
A partir do texto, pode-se inferir que a dose de radiação usada deve ser baixa porque 
(A) os mosquitos irradiados devem manter sua capacidade de copular 
(B) a técnica desenvolvida poderá ser utilizada na indústria de alimentos. 
(C) todos os órgãos dos mosquitos expostos a ela já estão formados. 
(D) os insetos expostos à fonte de Cobalto-60 estão na fase pupa. 
(E) uma dose alta de radiação gama ajudaria a vida do mosquito. 
RESOLUÇÃO: 
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(A) os mosquitos irradiados devem manter sua capacidade de copular. 
CORRETO. O próprio texto diz: “A dose de radiação usada é considerada baixa”. E, de fato, essa dose precisa 
ser baixa, pois para o sucesso do plano é primordial que esses mosquitos irradiados continuem sendo capazes 
de copular, de modo a competir pelas fêmeas com os mosquitos não esterilizados. 
 
(B) a técnica desenvolvida poderá ser utilizada na indústria de alimentos. 
ERRADO. A técnica JÁ É utilizada na indústria de alimentos. 
 
(C) todos os órgãos dos mosquitos expostos a ela já estão formados. 
ERRADO. O mero fato de os órgãos dos mosquitos já serem formados não é suficiente para concluirmos que a 
dose de radiação é baixa. O importante é que, para este plano dar certo, ele necessita que os mosquitos 
continuem vivos e capazes de copular. Note que o plano poderia ser diferente, consistindo no simples 
extermínio dos mosquitos com o uso de radiação, ou mesmo na degeneração dos órgãos reprodutivos, o que 
poderia necessitar de doses maiores de radiação. 
 
(D) os insetos expostos à fonte de Cobalto-60 estão nafase pupa. 
ERRADO. Como já disse, só podemos concluir que a dose de radiação é baixa porque o plano consiste em 
mantê-los vivos e capazes de copular. Se o plano fosse diferente, talvez fosse requerida maior dose de radiação, 
mesmo estando os mosquitos na fase de pupa. 
 
(E) uma dose alta de radiação gama ajudaria a vida do mosquito. 
ERRADO. Não temos qualquer elemento no texto que permita fazer esta inferência. 
Resposta: A 
 
12.FCC – ICMS/SP - 2013) 
Detalhes da retórica das autoridades podem ser presságios de estratégias do governo, suas motivações e sua 
solidez. O ministro Guido Mantega tem repetido que o governo conseguiu reduzir sua principal despesa, o 
pagamento de juros da dívida pública, o que finalmente permitirá a tão demandada redução da carga de 
impostos do país, sem riscos para a solidez fiscal. Seus auxiliares acrescentam que, com os credores tranquilos 
e a economia andando devagar, não faz mais sentido promover tanto aperto nas contas do Tesouro. Tudo 
parece muito razoável, mas, começando do começo, os juros da dívida pública não são a principal despesa do 
governo federal. Há mais de uma década, o posto, com folga, é da Previdência Social, e o quadro de pessoal 
disputa a segunda colocação. (...) Em sinal de que a desoneração tributária pode ser radicalizada, propôs-se 
reduzir os rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal, pela qual queda de receita deve ser compensada por corte 
de despesa. O artigo foi incluído em um projeto sobre outro tema e enviado a um Congresso em recesso. E 
ninguém falou. 
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(Folha de S. Paulo, 21/01/2012. Gustavo Patu. p. A2) 
No texto, o articulista Gustavo Patu analisa alguns argumentos do ministro Guido Mantega e de seus auxiliares. 
A partir dessa análise, pode-se inferir que Patu: 
(A) discorda dos argumentos, questionando a suposta tranquilidade dos credores e indicando que, sem 
alterações na Previdência Social, não será possível reduzir a carga de impostos do país. 
(B) discorda dos argumentos, opondo-se à ideia, cristalizada nos governos da última década, de que a queda 
da receita fiscal deva ser compensada por corte de investimentos em infraestrutura. 
(C) considera os argumentos muito razoáveis, uma vez que a redução do pagamento de juros da dívida pública 
permitirá diminuir o aperto nas contas do Tesouro. 
(D) considera os argumentos muito razoáveis, uma vez que é favorável à radicalização da desoneração 
tributária, desde que ela seja compensada por corte de despesas. 
(E) discorda dos argumentos, questionando a premissa de que o governo reduziu sua principal despesa e 
demonstrando preocupação com a redução dos rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal 
RESOLUÇÃO: 
(A) discorda dos argumentos, questionando a suposta tranquilidade dos credores e indicando que, sem alterações 
na Previdência Social, não será possível reduzir a carga de impostos do país. 
ERRADO. Patu não questiona a tranquilidade dos credores, nem indica que só é possível reduzir os impostos se 
houver alterações na Previdência. 
 
(B) discorda dos argumentos, opondo-se à ideia, cristalizada nos governos da última década, de que a queda da 
receita fiscal deva ser compensada por corte de investimentos em infraestrutura. 
ERRADO. Em momento algum fala-se de “investimentos em infraestrutura”. 
 
(C) considera os argumentos muito razoáveis, uma vez que a redução do pagamento de juros da dívida pública 
permitirá diminuir o aperto nas contas do Tesouro. 
ERRADO. É patente que Patu discorda dos argumentos. 
 
(D) considera os argumentos muito razoáveis, uma vez que é favorável à radicalização da desoneração tributária, 
desde que ela seja compensada por corte de despesas. 
ERRADO, pelo mesmo motivo do item anterior. 
 
(E) discorda dos argumentos, questionando a premissa de que o governo reduziu sua principal despesa e 
demonstrando preocupação com a redução dos rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal. 
CORRETO. Patu questiona a afirmação de Mantega, dizendo que os juros da dívida não são a principal despesa, 
mas sim a Previdência. Além disso, ele demonstra preocupação com a redução dos rigores da Lei de 
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Responsabilidade Fiscal, em especial devido à forma “discreta” com que as alterações nesta Lei estão sendo 
executadas: “O artigo foi incluído em um projeto sobre outro tema e enviado a um Congresso em recesso. E 
ninguém falou.” 
Resposta: E 
 
13. FCC – ICMS/SP - 2013) 
Há 2 anos, a Universidade Delta implantou um processo em que os alunos da graduação realizam uma avaliação 
da qualidade didática de todos os seus professores ao final do semestre letivo. Os professores mal avaliados 
pelos alunos em três semestres consecutivos são demitidos da instituição. Desde então, as notas dos alunos 
têm aumentado: a média das notas atuais é 70% maior do que a média de 2 anos atrás. 
A causa mais provável para o aumento de 70% nas notas é 
(A) a melhoria da qualidade dos alunos que entraram na Universidade Delta nos últimos 2 anos, atraídos pelo 
processo de avaliação dos docentes. 
(B) a demissão dos professores mal avaliados, que são substituídos por professores mais jovens, com mais 
energia para motivar os alunos para o estudo. 
(C) o aumento da cola durante as avaliações, fenômeno que tem sido observado, nos últimos anos, nas 
principais instituições educacionais brasileiras. 
(D) uma diminuição no nível de dificuldade das avaliações elaboradas pelos professores, receosos de serem mal 
avaliados pelos alunos caso sejam exigentes 
(E) a melhoria da qualidade das aulas em geral, o que garante que os alunos aprendam os conteúdos de maneira 
mais profunda, elevando a média das avaliações. 
RESOLUÇÃO: 
Antes de avaliar as alternativas, repare que um aumento de 70% significa que, se a nota média dos alunos 
anteriormente era 6 (em 10 pontos), após o aumento a nota média passou a ser 10 (nota máxima!). Isto é, 
estamos diante de um aumento muito expressivo das notas. 
(A) a melhoria da qualidade dos alunos que entraram na Universidade Delta nos últimos 2 anos, atraídos pelo 
processo de avaliação dos docentes. 
ERRADO. Pode até ser que alunos melhores tenham sido atraídos pelo processo mais rigoroso de avaliação dos 
docentes, mas é improvável que isto justifique um aumento tão grande nas notas. Seriam necessários alunos 
MUITO melhores. 
 
(B) a demissão dos professores mal avaliados, que são substituídos por professores mais jovens, com mais energia 
para motivar os alunos para o estudo. 
ERRADO. Note que a medida foi implementada há apenas 4 semestres (2 anos), e são necessários pelo menos 
3 semestres completos para que os professores mal avaliados começassem a ser demitidos. Isto é, é improvável 
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acreditar que os efeitos da substituição de professores estivessem sendo sentidos de maneira tão intensa em 
tão pouco tempo. 
 
(C) o aumento da cola durante as avaliações, fenômeno que tem sido observado, nos últimos anos, nas principais 
instituições educacionais brasileiras. 
ERRADO. Se de fato houve aumento da cola, é provável que isso tenha influenciado um aumento das notas, 
mas um aumento tão expressivo como o citado no item A (de 6 para 10 pontos) exigiria um aumento massivo 
da cola. 
 
(D) uma diminuição no nível de dificuldade das avaliações elaboradas pelos professores, receosos de serem mal 
avaliados pelos alunos caso sejam exigentes. 
CORRETO. É possível acreditar que uma redução na dificuldade das provas seja capaz de gerar um aumento 
expressivo nas notas dos alunos. Basta cobraros tópicos mais básicos e/ou mais intuitivos de cada disciplina. 
Esta tese é mais crível que as demais. 
 
(E) a melhoria da qualidade das aulas em geral, o que garante que os alunos aprendam os conteúdos de maneira 
mais profunda, elevando a média das avaliações. 
ERRADO. Ainda que os professores, com medo da demissão, tenham melhorado a qualidade de suas aulas, é 
improvável que esta melhoria de qualidade seja responsável por uma variação tão expressiva nas notas. 
Resposta: D 
 
14.FCC – ICMS/SP - 2013) 
Um pesquisador da área de medicina desportiva tem defendido mudanças radicais nas regras do futebol, por 
considerá-lo o mais violento dentre todos os esportes. Ele afirma que esportes como o rugby ou o hóquei sobre 
o gelo impressionam o público, pois os choques que ocorrem durante os jogos aparentam ser muito violentos. 
Mas, em geral, eles não provocam lesões tão graves. No caso do futebol, as lesões típicas levam meses para 
serem curadas e, muitas vezes, são responsáveis por encerrar prematuramente a carreira dos atletas. Seu 
principal argumento é uma estatística que, realmente, assusta: 35% das lesões graves de atletas profissionais 
em todo o mundo ocorrem em partidas de futebol. O pesquisador afirma que em nenhum outro esporte essa 
porcentagem é tão alta. O argumento do pesquisador a respeito do risco de lesões em jogadores de futebol 
(A) é incontestável, uma vez que o futebol lidera o ranking de atletas lesionados em todo o mundo, com 35%, 
número bem mais elevado do que aqueles observados em esportes tidos como violentos, como o rugby ou o 
hóquei sobre o gelo. 
(B) deve ser contestado, uma vez que, caso as regras do futebol fossem alteradas radicalmente, as partidas 
perderiam muito em emoção, fazendo com que o futebol deixasse de ser o esporte mais popular do planeta. 
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(C) deve ser contestado, uma vez que não foi apresentada a porcentagem de ocorrência de lesões graves por 
esporte, havendo a possibilidade de o percentual 35% ser o mais alto devido ao fato de o futebol ser o esporte 
mais praticado no mundo 
(D) é incontestável, já que os jogadores de futebol não utilizam equipamentos de proteção tão sofisticados 
quanto os dos atletas de rugby ou de hóquei sobre o gelo, tornando o futebol muito mais arriscado que os 
demais esportes. 
(E) é incontestável, uma vez que a imprensa tem noticiado um número cada vez maior de jogadores de futebol 
que sofreram infartos durante uma partida ou treinamento, fruto do aumento do número de jogos realizados 
ao longo de um ano. 
RESOLUÇÃO: 
O pesquisador entende que o futebol é o esporte mais violento porque 35% das lesões graves em atletas 
profissionais ocorrem em praticantes deste esporte. Isto significa que, a cada 100 atletas lesionados (de 
qualquer esporte), 35 sofreram a lesão jogando futebol. 
Entretanto, para avaliar qual esporte é mais violento, seria mais adequado comparar a probabilidade de um 
atleta se machucar praticando cada esporte. E esta probabilidade é dada pela razão entre o número de 
lesionados e o número de praticantes de cada esporte. Temos essa contestação na alternativa C: como o 
futebol é o esporte com maior número de praticantes no mundo, é natural que ele tenha também o maior 
número de lesionados. Isto não implica necessariamente que a chance de se machucar jogando futebol seja 
maior que em outros esportes. 
Exemplificando em números: imagine que haja um total de 1000 atletas no mundo, sendo 500 jogadores de 
futebol, 100 de Rugby e 400 de outros esportes. Deste total de atletas, imagine que 100 se lesionaram, sendo 
35 jogadores de futebol (35% de 100), 10 jogadores de Rugby e 55 de outros esportes. 
A probabilidade (chance) de um jogador de futebol ter sofrido lesão é de 35 em 500, ou seja, 35 / 500 = 7%. Já a 
probabilidade de um jogador de Rugby ter sofrido uma lesão é de 10 em 100, ou seja, 10 / 100 = 10%. Portanto, 
a probabilidade de uma pessoa se lesionar jogando Rugby é superior, sendo este esporte mais violento que o 
futebol. 
Resposta: C 
 
15. FCC – ICMS/SP - 2013) 
Nos últimos cinco anos, em um determinado país, verificou-se uma queda significante nas vendas de cigarros. 
Essa queda coincidiu com a intensificação das campanhas públicas de conscientização acerca dos malefícios à 
saúde provocados pelo fumo. Portanto, a queda nas vendas de cigarro deve ter sido causada pelo receio das 
pessoas em relação aos graves prejuízos que o fumo traz para a saúde. 
Qual dos fatos a seguir, se for verdadeiro, enfraquecerá consideravelmente o argumento apresentado? 
(A) Nos últimos anos, a indústria tabagista tem oferecido mais opções de cigarros aos consumidores, como os 
com sabores especiais e teores reduzidos de nicotina. 
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(B) O preço dos cigarros subiu consideravelmente nos últimos cinco anos, devido a uma praga que afetou as 
plantações de tabaco ao redor do mundo 
(C) A procura por produtos ligados a tratamentos antifumo, como os chicletes e adesivos de nicotina, cresceu 
muito neste país nos últimos cinco anos. 
(D) O consumo de outros tipos de fumo, como o charuto e o cachimbo, caiu 30% nos últimos cinco anos. 
(E) De acordo com dados do Ministério da Saúde do país, o número de fumantes caiu 40% nos últimos cinco 
anos. 
RESOLUÇÃO: 
Devemos buscar a afirmação que enfraquece a ideia de que a redução nas vendas de cigarro foi devida ao 
aumento das campanhas de conscientização. 
(A) Nos últimos anos, a indústria tabagista tem oferecido mais opções de cigarros aos consumidores, como os com 
sabores especiais e teores reduzidos de nicotina. 
ERRADO. Esse aumento de opções (inclusive opções mais “saudáveis”, com menos nicotina) não explica a 
redução do consumo de cigarros, mas ajudaria a explicar um eventual aumento neste consumo. 
 
(B) O preço dos cigarros subiu consideravelmente nos últimos cinco anos, devido a uma praga que afetou as 
plantações de tabaco ao redor do mundo. 
CORRETO. Se houve uma forte alta no preço dos cigarros, talvez este fator tenha sido mais importante para a 
redução do consumo de cigarro que as campanhas de conscientização. Isto certamente enfraquece o 
argumento. 
 
(C) A procura por produtos ligados a tratamentos antifumo, como os chicletes e adesivos de nicotina, cresceu muito 
neste país nos últimos cinco anos. 
ERRADO. A maior busca por tratamento não garante que esses tratamentos estejam sendo eficazes, isto é, o 
consumo de cigarro por viciados esteja diminuindo. 
 
(D) O consumo de outros tipos de fumo, como o charuto e o cachimbo, caiu 30% nos últimos cinco anos. 
ERRADO. A queda no consumo de outros tipos de fumo não fornece uma explicação alternativa para a queda 
no consumo de cigarro. Continuamos podendo acreditar que as responsáveis pela queda no consumo sejam as 
campanhas de conscientização. 
 
(E) De acordo com dados do Ministério da Saúde do país, o número de fumantes caiu 40% nos últimos cinco anos. 
ERRADO. A queda do número de fumantes pode ter ocorrido justamente devido à intensificação das 
campanhas de conscientização nos últimos 5 anos, e assim propiciado também a queda nas vendas de cigarro. 
Resposta: B 
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16.CESPE – POLÍCIA FEDERAL) 
TEXTO I: A polêmica sobre o porte de armas pela população não tem consenso nem mesmo dentro da esfera 
jurídica, na qual há vários entendimentos como: “o cidadão tem direito a reagir em legítima defesa e não pode 
ter cerceado seu acesso aos instrumentos de defesa”, ou “a utilização da força é direito exclusivo do Estado”, 
ou “o armamento

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