Buscar

A3 - Saúde Coletiva

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A compreensão de saúde e doença como parte de um processo, ou seja, o processo saúde-doença, é fortalecida justamente quando temos o estabelecimento da saúde e doença como parte do meio social que se encontram. Assim, as relações sociais são fatores decisivos para o constructo saúde e doença.
O processo saúde-doença na perspectiva da determinação social se dá por meio da produção e reprodução social, ou seja, da forma que os indivíduos intervêm e são afetados pela sociedade, transformando e sendo transformados.
A saúde e a doença são, portanto, frutos dos modos de levar a vida, determinados pelas interações e manejos que o homem faz em sociedade, fruto da dinamicidade e da complexidade do vir a ser. Importante ainda frisar a indissociabilidade entre corpo e mente.
O processo saúde-doença, então, se configura como um processo dinâmico, complexo e multidimensional, atrelado a aspectos biológicos, psicológicos, socioculturais, econômicos, ambientais e políticos, em todas as dimensões que envolvem o ser, em sua dimensão individual ou coletiva (CRUZ, 2011).
Nessa perspectiva, constroem-se os entendimentos da epidemiologia social, que integra os processos saúde-doença dentro de um contexto das diversas formas de viver, uma vez que a epidemiologia busca compreender a relação do ser enquanto indivíduo, assim como no contexto de grupo e coletividade.
As relações sociais que influenciam o processo saúde-doença são, portanto, determinadas pelas questões históricas, sociais, econômicas, culturais e biológicas, a partir de condições individuais ou coletivas. Aspectos como tempo, lugar e particularidades do grupo ou do indivíduo, influenciam no processo de produção e reprodução social, no que diz respeito aos modos de levar a vida, e a saúde e a doença (CRUZ, 2011).
 	Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social” (WHO, 1948, p. 2).
A necessidade de incorporar o cuidado individual e coletivo como partes conectadas que coexistem, ou seja, não se pode atuar no indivíduo sem colocá-lo dentro de uma perspectiva do coletivo. Dessa forma, as diversas nuances que permeiam o contexto de vida do ser precisam ser consideradas no intuito de oferecer saúde.
É fortalecida a ideia de escolhas saudáveis, trazendo a necessidade de ambientes que favoreçam essas escolhas. Sendo imprescindível a garantia de condições sociais mínimas para se ter saúde, como: lazer, trabalho, moradia, segurança, afirmações sociais, entre outros (BASSINELLO, 2014).
A promoção à saúde, nesse contexto, é análoga à qualidade de vida. Promover saúde seria oferecer qualidade de vida para indivíduos e coletividades em uma condição territorial, cultural e socioeconômico.

Outros materiais