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aula 02 Reflexo inato e reflexo condicionado

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R E F L E X O
I N A T O 
E 
R E F L E X O 
C O N D I C I O N A D O 
Aula 02 - Princípios Básicos do Comportamento
Liana Ximenes
ARA0444
Teorias Cognitivos comportamentais 
Situação problema
• (1) Como a espécie humana selecionou comportamentos ao longo do 
seu desenvolvimento filogenético* para que pudesse se adaptar, 
prosperar e evoluir? Qual a função do reflexo inato?
• (2) Qual a relação entre os reflexos inatos e as condições neurológicas 
em um desenvolvimento normal (reflexo de: Moro, Babinski, pupilar 
etc) e qual utilidade desses reflexos para adaptabilidade da espécie?
Desenvolvimento relativo à história evolutiva de uma espécie ou 
qualquer outro grupo taxonômico.
Reflexo de Moro
• O Reflexo de Moro é um 
reflexo apresentado somente 
em neonatos, nos três 
primeiros meses de vida, 
desencadeado naturalmente 
por um susto, barulho ou 
movimento brusco. É 
considerado um reflexo 
primitivo. Foi descoberto por 
Dr. Ernst Moro, um 
neurologista italiano.
Reflexo de Babinski
• Na medicina, o reflexo plantar, reflexo de Babinski é um reflexo 
descoberto por Joseph Babinski, um neurologista francês de 
ascendência polonesa.
• O reflexo de Babinski pode ser notado em crianças de até 2 
anos, ainda que algumas vezes possa desaparecer antes dos 
12 meses.
Outros reflexos primitivos
• https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-
didatico/exame-neurologico/reflexos-primitivos
• Os reflexos inatos possuem uma relação determinada com o 
ambiente, de forma que cada vez que o estímulo aparece, o 
comportamento é semelhante. Eles fazem parte de um conjunto 
de comportamentos transmitidos geneticamente, e que variam 
conforme as espécies. Essas são sempre o produto de uma longa 
seleção natural, que atuou nos diversos seres vivos selecionando os 
comportamentos mais adaptados ao ambiente no qual vivem.
• Há uma classe de 
comportamentos que são 
compreendidos como uma 
“preparação mínima” para o 
organismo interagir com seu 
ambiente, e que possuem um 
papel importante na 
sobrevivência da espécie.
Reflexo
• Exemplos de reflexo:
• Se o nariz está coçando, você espirra. 
• Se está com frio, você treme.
• Se você recebe um sopro no olho, você pisca. 
• Estímulo - Resposta
• Um bebê, desde o nascimento, necessita 
mamar ao peito. Há uma série de 
movimentos de sucção importantes, e 
imagine ter que ensiná-lo a fazer isso, 
como seria difícil. 
• Imagine, por outro lado, que você tivesse 
que aprender a retirar o braço toda vez que 
sente a espetada de um prego. Isso 
também ocorre automaticamente, sem 
que você precise aprender. São justamente 
esses comportamentos, que fazem parte 
do repertório inato do ser humano e de 
outras espécies animais, que são 
chamados de reflexos. 
• Na Psicologia, deve-se compreender que a palavra reflexo refere-se 
a uma relação estabelecida entre o que aconteceu antes do 
comportamento (o estímulo) e o próprio comportamento (a 
resposta a essa estimulação).
S RElicia
Mudança no 
Ambiente
Alteração no 
Organismo
Estímulo e Resposta
• Estímulo – qualquer alteração ou parte do ambiente que produza
uma mudança no organismo, como por exemplo, a comida
(estímulo) quando colocada na boca faz os microrganismos
produzir saliva.
• Resposta – qualquer alteração no organismo produzida por uma
alteração no ambiente, por exemplo, a saliva quando produzida
depois da colocação da comida na boca.
• O reflexo indica uma relação entre um estímulo (ambiental) e 
uma resposta do organismo. O estímulo indica uma parte do 
ambiente ou uma mudança que ocorreu nele, e que afetou de 
determinada forma o organismo. Esse efeito, a mudança no 
organismo, é a resposta. Para representar essa relação reflexa, 
utiliza-se a letra S para indicar estímulo (de stimulus, em inglês) 
e a letra R para indicar a resposta (response, em inglês). 
S RElicia
Mudança no 
Ambiente
Alteração no 
Organismo
Características do ato reflexo
• Para compreender o fenômeno reflexo, é importante observar as 
mudanças possíveis entre a intensidade do estímulo e a magnitude da 
resposta. 
• Magnitude se refere à grandeza variável da resposta emitida. Por 
exemplo, o diâmetro da pupila (reflexo pupilar), a distância que a perna 
percorre (reflexo patelar), entre outros.
• No exemplo do reflexo pupilar, a intensidade do estímulo é a 
intensidade de luz projetada sobre o olho, e a magnitude da resposta 
é o tamanho da contração obtida (diâmetro antes da apresentação da 
luz menos diâmetro depois da apresentação da luz). 
• O importante é que essa relação refere-se aos aspectos mensuráveis dos 
estímulos e das respostas, ou seja, àquilo que é possível medir em cada 
um.
Intensidade do estímulo e magnitude da resposta
• Intensidade – é a força (ou quantidade) de um
determinado estímulo, por exemplo, a quantidade
de comida colocada na boca.
•Magnitude da resposta – é a força de uma
determinada resposta, por exemplo, a quantidade
de saliva produzida.
Leis do Reflexo
• Ao se observar um comportamento reflexo, discriminando suas variações
quantitativas, é possível buscar verificar se há relações que seguem um
determinado padrão.
• Tais padrões podem ser estabelecidos e descritos por meio de leis ou
propriedades, que possibilitam compreender e mesmo prever o exato
funcionamento reflexo.
• Lei da intensidade-magnitude: Ela demonstra que, quanto maior é a
intensidade do estímulo, maior será a magnitude da resposta. Como no
exemplo do reflexo pupilar, quanto maior for a intensidade da luz, maior
será a contração da pupila. Deve-se levar em conta que há uma
intensidade máxima do estímulo que provoca essa relação. Estímulos
muito fortes podem, na realidade, comprometer o organismo em vez de
eliciar uma resposta reflexa.
• Lei do limiar: Toda resposta reflexa só é eliciada frente a uma 
intensidade mínima do estímulo. Ou seja, é necessário que o 
estímulo atinja uma intensidade suficiente (o que varia de reflexo 
para reflexo, e de organismo para organismo) para conseguir eliciar 
uma resposta. 
• No caso do reflexo patelar, somente com uma determinada 
quantidade de força é que a perna levanta. Entretanto, o valor do 
limiar não é um valor exato, mas uma faixa de intensidade, na qual 
a resposta pode ou não ocorrer. 
• Lei da Latência e da duração: Essa lei descreve que quanto maior
for a intensidade do estímulo, menor será a latência, ou seja, o
tempo que vai desde a estimulação até a ocorrência da resposta.
• Imagine que você leve um susto devido a um barulho. Se alguém
medir a altura do som e as contrações musculares associadas a seu
susto, poderá perceber que, quando o som for mais alto, mais
rápido seu corpo se contrairá.
• Essa regra não só vale para a latência, mas também para a duração
da resposta: quanto mais intenso o estímulo, maior a duração da
resposta eliciada.
• Lei da intensidade magnitude – quanto maior for a intensidade do
estímulo, maior será a magnitude da resposta. Há uma constância
na relação entre estímulo e resposta.
• Exemplo: calor de menor intensidade (graus Celsius), menor magnitude das gotas de suor (mililitros de suor).
Calor de maior intensidade, maior magnitude das gostas de suor.
• Lei do Limiar – Para que o estímulo possa eliciar uma resposta, ele
precisa ter uma certa intensidade mínima.
• Exemplo: o estímulo temperatura só elicia uma resposta de suor com uma temperatura mínima de 25 graus
Celsius.
• Lei da Latência – Entre a apresentação de um estímulo e uma
resposta por ele eliciada há um certo período de tempo. Esse
período de tempo é chamado de latência. A lei da latência
estabelece que quanto maior a intensidade do estímulo, menor a
latência da resposta.
• Exemplo: quanto mais intenso o calor, menor o tempo que a pessoa começa a suar.
SÍNTESE - Leis do reflexo
• Efeito das eliciações sucessivas: Deve-se considerar que, após sucessivas apresentações do 
mesmo estímulo, na mesma intensidade, há uma mudança na relação dele com as respostas. 
• Imagine, por exemplo, que você tem que cortar uma cebola.Seus olhos rapidamente começam 
a lacrimejar abundantemente. Conforme você continua a cortar outras cebolas, a quantidade 
de lágrimas tende a diminuir. Esse fenômeno se chama habituação do reflexo. 
• Em outros casos, há a tendência de aumentar a reação ao estímulo conforme as sucessivas 
apresentações. Por exemplo, se você ouve uma goteira na torneira. No início, o barulho não 
incomoda muito mas, com o tempo, cada gota parece ter um som cada vez mais alto, 
tornando-se um barulho irritante. Esse fenômeno é chamado de potenciação do reflexo. 
• É importante saber que a habituação e a potenciação modificam temporariamente o reflexo, já 
que, quando as repetições cessam por um determinado período de tempo, a relação entre 
estímulo e resposta retorna ao habitual.
Síntese - Habituação e potenciação
• Habituação – decréscimo na magnitude da resposta
quando o mesmo estímulo é apresentado várias vezes, por
exemplo, quando estamos em um local barulhento e após
alguns minutos temos a impressão de que o barulho
diminuiu.
• Potenciação - aumento na magnitude da resposta à
medida que novas eliciações ocorrem, por exemplo,
quando estamos assistindo uma aula e o professor fica o
tempo todo dizendo “Ok?” e a cada “Ok” vamos ficando
mais irritados.
O reflexo 
aprendido 
(condicionamento 
respondente
• O reflexo aprendido, ou condicionado, foi 
descoberto e estudado pelo fisiologista russo 
Ivan Petrovich Pavlov. Em seu laboratório, ele 
realizava diversos estudos fisiológicos, com o 
objetivo de estudar o funcionamento do 
sistema digestório utilizando, para tanto, o 
reflexo salivar, ou seja, a secreção de saliva por 
um organismo, eliciado pela apresentação de 
alimento. 
• Em seu experimento, ele fazia uma pequena 
fístula próximo às glândulas de saliva do cão, 
na qual introduzia uma cânula, de forma a 
captar a quantidade de saliva produzida, 
podendo mensurar sua quantidade.
• O que Pavlov percebeu foi que, quando ele mostrava o 
alimento ao cão, a produção de saliva aumentava. Esse é o 
reflexo inato alimentar: alimento elicia saliva. Ele buscava 
verificar a variação da magnitude da resposta (quantidade 
de saliva) frente à variação da intensidade do estímulo 
(quantidade de alimento). 
• Entretanto, ele acabou fazendo novas descobertas 
acidentais. 
• Ele percebeu que a magnitude da resposta do reflexo 
salivar, após algumas repetições, variava mesmo antes 
da apresentação do alimento: ao ouvir os passos ou 
mesmo ao ver Pavlov chegando ao laboratório. 
• Mesmo a proximidade do horário costumeiro de realização 
dos experimentos já parecia levar a um aumento da 
salivação.
O reflexo aprendido 
(condicionamento respondente)
• De acordo com a teoria evolutiva, é 
muito importante aos seres vivos não 
só terem reflexos inatos, pois estes só 
os auxiliam em situações específicas 
do ambiente. 
• É necessário, também, que ele 
aprenda novos reflexos, para 
poderem lidar com situações que se 
modificaram, que estão fora do 
previsto biologicamente por seu 
organismo.
Estímulo incondicionado (ou inato) – estímulo que naturalmente elicia (provoca) uma
resposta incondicionada (ou inata).
Resposta incondicionada – resposta involuntária (automática) eliciada (provocada) pelo
estímulo incondicionado.
Estímulo neutro – estímulo que não mantém relação com o reflexo inato em questão (o
reflexo inato é a relação estabelecida entre o estímulo incondicionado e a resposta
incondicionada).
Estímulo condicionado – nova denominação do estímulo neutro após seu pareamento com
o estímulo incondicionado. Em função deste pareamento, o estímulo neutro assume as
propriedades do estímulo incondicionado, passando a eliciar a mesma resposta.
Resposta condicionada – resposta eliciada pelo estímulo condicionado. A relação
estabelecida entre o estímulo condicionado e a resposta condicionada caracteriza o reflexo
aprendido.
Si
Ri
Sn
Sc
Rc
Condicionamento clássico
• Consiste em emparelhar um estímulo (Si) que sabidamente
produz uma determinada resposta (no caso, a salivação) e
a um estímulo neutro(Sn), como um ruído ou um
metrônomo.
• O ponto de partida é o reflexo já existente (salivação pela
comida). Esse seria o reflexo incondicionado (Ri) para
Pavlov → salivação quando a comida (Estímulo
incondicionado ou Si) é apresentado ao animal.
• O condicionamento envolve a apresentação de um
estímulo neutro seguido da apresentação do estímulo
incondicionado (Si).
Condicionamento Clássico (continuaçao)
• O estímulo que antes era neutro passa a eliciar a mesma 
resposta que o estímulo incondicionado (Si).
• Dessa forma, o estímulo neutro passa a ser um estímulo 
condicionado(Sc).
Aplicações do conceito de 
condicionamento respondente
• O processo de condicionamento respondente, portanto, cria novas
relações entre estímulos e respostas.
• Essa relação também é importante para se compreender as emoções
humanas. Watson demonstrou, por meio de experimentos, como as
diversas emoções humanas podem ser aprendidas com o
condicionamento, surgindo novas relações entre estímulos e respostas
emocionais.
• Pode-se, então, afirmar que as diferentes fobias são o resultado de
algum emparelhamento anterior, que transferiu ao estímulo fóbico
suas propriedades eliciadoras de pânico.
Aplicações do conceito de condicionamento 
respondente
• Nas fobias há uma reação exagerada de medo a animais ou
situações que, na realidade, não apresentam nenhum risco à
pessoa.
• O condicionamento respondente permite compreender então que a
razão desse medo “irracional” é algum emparelhamento que deve
ter ocorrido em algum momento da vida da pessoa.
Aplicações do conceito de 
condicionamento respondente
• Compreender como tais 
comportamentos são estabelecidos 
auxilia não só na sua compreensão, 
mas também permite modificá-los, por 
exemplo, eliminando fobias, que acabam 
sendo comportamentos inadaptados e 
que causam muito sofrimento aos seus 
portadores. 
• Posteriormente, discutiremos formas de 
lidar com tais medos condicionados, 
mas antes é necessário compreender as 
principais propriedades do reflexo 
condicionado.
• Verifica-se a generalização quando ocorre uma resposta 
condicionada a estímulos semelhantes ao estímulo condicionado.
• Estímulos parecidos fisicamente com o estímulo condicionado 
podem passar a eliciar a resposta condicionada.
• O processo de generalização que permite a aparição de resposta 
similar à condicionada, a um estimulo semelhante ao que se usou no 
condicionamento original. A magnitude da resposta eliciada 
depende do grau de semelhança dos estímulos em questão. 
Generalização respondente
Exemplos
• Pessoa atacada por pastor alemão. Tem medo ao encontrar pastor alemão. 
E depois passa a ter medo de outros cães. Ou de animais peludos. 
• Cão saliva com o som de campainha, pode salivar com o som de um 
diapasão. Generalizar é descobrir semelhanças no estímulo. 
Extinção respondente
• Enfraquecimento do reflexo a um estímulo condicionado, repetido 
um numero de vezes sem o estímulo incondicionado. 
• Quando um estímulo condicionado é apresentado várias vezes, sem 
o estímulo incondicionado ao qual foi emparelhado, seu efeito 
eliciador se extingue gradualmente, ou seja, o estímulo eliciador 
começa a perder a função de eliciar a resposta até não mais eliciar 
tal reposta.
Extinção
• Outra propriedade importante do reflexo condicionado 
diz respeito à sua permanência ou ausência quando não 
há mais emparelhamento dos estímulos. 
• Quando o Sc é apresentado várias vezes sem estar 
emparelhado com o Si, o que ocorre é uma gradual 
perda do seu poder de eliciação: aos poucos, a resposta 
cessa de ser eliciada. 
• A campainha não causa mais a salivação do cão, se 
depois de sucessivas apresentações não houver 
alimento. 
• Esse fenômeno é chamado de extinção respondente.
Extinção 
respondente
• A extinção respondente é importante, por 
exemplo, para a eliminação de fobias. 
• Da mesma forma que se pode aprender a 
sentir medo, pode-se também aprender a 
não mais sentirmedo, com o processo de 
extinção. 
• Entretanto, para isso, é importante que o 
indivíduo se exponha ao estímulo 
condicionado algumas vezes, sem que 
haja o emparelhamento com o estímulo 
incondicionado. 
Recuperação espontânea
• A recuperação espontânea é a reintegração do comportamento extinto.
• Um reflexo, após extinto, pode ganhar força novamente sem novos 
emparelhamentos.
• Retome, por exemplo, o medo de cachorro. Após um período de tempo no
qual a pessoa passa ao lado de um cachorro manso, o reflexo de medo
desaparece.
• Entretanto, após um período no qual ela não entra mais em contato com
outros cães, ao avistar um atravessando seu caminho na rua, ela sente reavivar
uma sensação de medo.
• Tais recuperações espontâneas vão se tornando cada vez mais raras conforme
se continua o processo de extinção respondente.
• Duas técnicas foram consideradas como forma 
de amenizar o sofrimento do paciente fóbico. 
• A primeira delas chama-se 
contracondicionamento. Essa técnica consiste 
em se realizar o condicionamento de uma 
resposta contrária àquela que é produzida pelo 
estímulo condicionado (Sc). 
• A segunda técnica é chamada de 
dessensibilização sistemática. Ela baseia-se na 
generalização respondente e no mapeamento 
do gradiente de generalização, realizando, por 
meio dele, um processo gradual de extinção. 
Escore Categoria
0 No trabalho
25 Quando sei que vou viajar
30 Comprar a passagem
35 Arrumar as malas
50 Conduzindo até o 
aeroporto
60 Esperando na sala de 
embarque
70 Chamada para o voo
80 Entrada no avião
100 Decolagem do avião
75 Durante o voo
100 Turbulência durante o voo
90 Aterrissagem
0 Saindo do avião
Nota 0 = nada de ansiedade; 100 = Máximo de 
ansiedade
Contra-condicionamento
• Contra-condicionamento – emparelhamento de estímulos que 
produzem respostas contrárias. 
• Ex: 
• rato → ansiedade
• Canção de ninar → relaxamento
• rato → canção de ninar → relaxamento
• Rato → relaxamento
Dessensibilização sistemática
• Técnica de exposição gradativa a estímulos que eliciam respostas de 
menor magnitude até o estímulo condicional original.
• Consiste em dividir o processo de extinção em pequenos passos.
• Ex. 
• Pensar em cães
• Ver fotos de cães
• Observar cães ( diferentes daqueles que atacarão)de longe
• Observar de perto esses cães
• Entrar num canil
W A T S O N 
E 
A F U N D A Ç Ã O 
D O 
B E H A V I O R I S M O
Watson e a 
fundação do 
behaviorismo
• Watson foi considerado o 
fundador do Behaviorismo, 
sendo considerado um marco a 
publicação do texto Psychology
as the behaviorist sees it. 
Psychology Review, 20, pp 158-
177, em 1913. 
Watson: Biografia
• Nasceu em 1878 numa zona rural da Carolina do 
Sul, EUA.
• Viveu numa família rotulada como 
desestruturada.
• Watson apresentou problemas de 
comportamento na adolescência e foi preso pelo 
menos duas vezes.
• Entrou na universidade, aos 16 anos de idade.
• Fez parte do corpo docente da Universidade de 
Chicago e da John Hopkins University.
• Morreu em Nova Yorque, em 1958.
Watson e o 
estudo do 
comportamento 
animal
• Observação de comportamento 
de pássaros (andorinhas do 
mar) recém-nascidos.
• Watson documentou os 
comportamentos de 
acasalamento das andorinhas, 
sua construção de ninhos, 
territorialidade e seu 
comportamento no que se 
refere ao cuidado com a prole. 
Estudo de 
Watson e de 
Carr com 
labirintos
• Objetivo dos estudos era determinar quais sentidos eram 
necessários para que o rato aprendesse a sair do labirinto.
• Usando técnicas cirúrgicas, Watson extraiu os olhos de 
alguns ratos, os ouvidos médios de outros e os bulbos 
olfatórios dos ratos de um terceiro grupo. 
• Apesar de privados de algum de seus sentidos, os ratos 
aprendiam a sair dos labirintos. 
• Além disso, Watson e Carr descobriram que a capacidade de 
aprendizagem não era muito prejudicada com a remoção 
dos bigodes dos ratos, nem com a aplicação de anestesia 
em suas patas.
• Eles concluíram que os únicos fatores importantes na 
informação das associações aprendidas eram “as 
impressões cinestésicas [relativas as sensações do 
corpo], aliadas a certas outras impressões intra-
orgânicas”. 
O estudo do desenvolvimento emocional
• Trabalhando em co-autoria com JJ Morgan, Watson tentou 
identificar as reações emocionais humanas fundamentais e os 
estímulos que a produziam. 
• Identificou três emoções fundamentais: medo, raiva e amor.
Watson e reações emocionais dos bebês
• Medo –Ocorria diante de ruídos altos e repentinos, ou perda de 
proteção quando o cobertor do bebê era puxado na hora em que 
ele começava a dormir. “um súbito prender de respiração, seguidas 
das tentativas de agarrar aleatoriamente, piscar de olhos, 
franzimento de lábios, e por fim, o choro”. 
• Raiva – ocorria diante do impedimento dos movimentos dos bebês. 
Reação: bebê chora e grita.
• Amor – ocorria quando o bebê era acariciado ou balançado 
delicadamente. Reação: sorriso e outros.
• Watson era um defensor da importância do meio na construção e
desenvolvimento do indivíduo. Ele acreditava que todo comportamento
era conseqüência da influência do meio.
• Afirmou que se dada algumas crianças recém-nascidas arbitrárias e um
ambiente totalmente controlado, seria possível determinar qual a
profissão e o caráter de cada uma delas.
• Embora não tenha executado algum experimento do tipo, por razões
óbvias, Watson executou o clássico e controvertido experimento do
Pequeno Albert, demonstrando o condicionamento dos sentimentos
humanos através do condicionamento respondente.
• Se os organismos aprendem novos reflexos podem
também aprender a sentir emoções diante de estímulos
que não eliciavam tais emoções.
• Experimento com o bebê Albert - Mostrou como podemos
aprender a sentir determinadas emoções em relação a
estímulos que antes do condicionamento não sentíamos.
Experimento do Pequeno Albert
• Experimento conduzido por John B. Watson e sua aluna de 
doutorado, Rosalie Rayner, em 1920, para demonstrar 
funcionamento do condicionamento clássico em seres humanos. 
• No experimento de Watson, ele implanta uma fobia em um bebê,
associando um estímulo inicialmente neutro (animais peludos) a
um estímulo aversivo (som alto).
• A apresentação simultânea dos dois estímulos, por diversas
vezes, fez com que o bebê desenvolvesse o medo de animais
peludos.
Pequeno Albert – antes do 
condicionamento
Depois do condicionamento
O que aconteceu com o pequeno Albert 
após o experimento?
• Watson não revelou a verdadeira identidade de Albert e não realizou 
estudo de contracondicionamento com a criança. (Watson foi demitido 
da universidade neste período por causa do romance com Rayner) 
• Desde então, o destino do Pequeno Albert é uma interrogação entre os 
estudiosos da psicologia. 
• O psicólogo Hall P. Beck e sua equipe recorreram a materiais históricos e 
teorizaram sobre o paradeiro de Albert. 
• Infelizmente, a equipe de pesquisa descobriu que a criança morreu aos 
seis anos de idade de hidrocefalia, e não foi capaz de determinar se a 
fobia de objetos e animais peludos persistiu após o experimento.
• Fonte: http://www.apa.org/monitor/2010/01/little-albert.aspx (American Psychological
Association)
http://www.apa.org/monitor/2010/01/little-albert.aspx
• Watson divorciou-se e casou-se com a aluna da pós-graduação 
Rosalie Rayner. Esse divórcio ganhou alta divulgação na 
imprensa e levou a uma demissão forçada na Universidade de 
John Hopkins.
• A publicidade negativa prejudicou a entrada em uma nova 
universidade. 
• Mudou de área, e foi trabalhar em uma agência de publicidade. 
• Segundo Watson, para vender um produto ao consumidor, era
preciso “dizer-lhe algo que paralisasse de medo, algo que
provocasse um pouco de raiva, que produzisse uma reação
afetuosa ou amorosa ou que atingisse uma profunda necessidade
psicológica ou habitual”.
• Na campanha de talco da Johnson & Johnson havia uma
mensagem clara, destinada a amedrontar os pais jovens e fazê-los
compraro produto: se não usassem o talco, arriscavam-se a expor
seus bebês a graves infecções.
• Watson afirmou:
• “é tão emocionante observar a curva de vendas de um novo produto 
quanto observar a curva de aprendizagem de animais ou seres 
humanos”. 
• Impacto mais duradouro de Watson na publicidade: aplicação do
pensamento científico ao markenting – por exemplo, usando dados
demográficos para atingir determinados consumidores e no
programa de treinamento e avaliação de produtividade do pessoal
de vendas.
Popularização do behaviorismo
• Watson começou a se comunicar com o público em geral desde o 
início de sua carreira acadêmica, publicando artigos em revistas 
populares. 
• Essa atividade aumentou muito na década de 20, com a publicação 
de mais artigos em revistas, transmissões de rádio e dois livros. 
• A psicologia de Watson e a ideia que era possível moldar o 
comportamento de uma pessoa era compatível com o ideal norte-
americano de que todos podiam alcançar seus objetivos. 
Avaliando o behaviorismo clássico
• Psicologia de Watson realizou uma ponte entre a psicologia 
básica e a psicologia aplicada.
• Ideias behavioristas influenciaram na criação de filhos, educação, 
indústria e na psicoterapia.
• Restrito a psicologia S-R, a mente foi considerada inacessível 
para estudos (caixa preta). 
Atividade verificadora de aprendizagem
• Kahoot

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