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R E F L E X O I N A T O E R E F L E X O C O N D I C I O N A D O Aula 02 - Princípios Básicos do Comportamento Liana Ximenes ARA0444 Teorias Cognitivos comportamentais Situação problema • (1) Como a espécie humana selecionou comportamentos ao longo do seu desenvolvimento filogenético* para que pudesse se adaptar, prosperar e evoluir? Qual a função do reflexo inato? • (2) Qual a relação entre os reflexos inatos e as condições neurológicas em um desenvolvimento normal (reflexo de: Moro, Babinski, pupilar etc) e qual utilidade desses reflexos para adaptabilidade da espécie? Desenvolvimento relativo à história evolutiva de uma espécie ou qualquer outro grupo taxonômico. Reflexo de Moro • O Reflexo de Moro é um reflexo apresentado somente em neonatos, nos três primeiros meses de vida, desencadeado naturalmente por um susto, barulho ou movimento brusco. É considerado um reflexo primitivo. Foi descoberto por Dr. Ernst Moro, um neurologista italiano. Reflexo de Babinski • Na medicina, o reflexo plantar, reflexo de Babinski é um reflexo descoberto por Joseph Babinski, um neurologista francês de ascendência polonesa. • O reflexo de Babinski pode ser notado em crianças de até 2 anos, ainda que algumas vezes possa desaparecer antes dos 12 meses. Outros reflexos primitivos • https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo- didatico/exame-neurologico/reflexos-primitivos • Os reflexos inatos possuem uma relação determinada com o ambiente, de forma que cada vez que o estímulo aparece, o comportamento é semelhante. Eles fazem parte de um conjunto de comportamentos transmitidos geneticamente, e que variam conforme as espécies. Essas são sempre o produto de uma longa seleção natural, que atuou nos diversos seres vivos selecionando os comportamentos mais adaptados ao ambiente no qual vivem. • Há uma classe de comportamentos que são compreendidos como uma “preparação mínima” para o organismo interagir com seu ambiente, e que possuem um papel importante na sobrevivência da espécie. Reflexo • Exemplos de reflexo: • Se o nariz está coçando, você espirra. • Se está com frio, você treme. • Se você recebe um sopro no olho, você pisca. • Estímulo - Resposta • Um bebê, desde o nascimento, necessita mamar ao peito. Há uma série de movimentos de sucção importantes, e imagine ter que ensiná-lo a fazer isso, como seria difícil. • Imagine, por outro lado, que você tivesse que aprender a retirar o braço toda vez que sente a espetada de um prego. Isso também ocorre automaticamente, sem que você precise aprender. São justamente esses comportamentos, que fazem parte do repertório inato do ser humano e de outras espécies animais, que são chamados de reflexos. • Na Psicologia, deve-se compreender que a palavra reflexo refere-se a uma relação estabelecida entre o que aconteceu antes do comportamento (o estímulo) e o próprio comportamento (a resposta a essa estimulação). S RElicia Mudança no Ambiente Alteração no Organismo Estímulo e Resposta • Estímulo – qualquer alteração ou parte do ambiente que produza uma mudança no organismo, como por exemplo, a comida (estímulo) quando colocada na boca faz os microrganismos produzir saliva. • Resposta – qualquer alteração no organismo produzida por uma alteração no ambiente, por exemplo, a saliva quando produzida depois da colocação da comida na boca. • O reflexo indica uma relação entre um estímulo (ambiental) e uma resposta do organismo. O estímulo indica uma parte do ambiente ou uma mudança que ocorreu nele, e que afetou de determinada forma o organismo. Esse efeito, a mudança no organismo, é a resposta. Para representar essa relação reflexa, utiliza-se a letra S para indicar estímulo (de stimulus, em inglês) e a letra R para indicar a resposta (response, em inglês). S RElicia Mudança no Ambiente Alteração no Organismo Características do ato reflexo • Para compreender o fenômeno reflexo, é importante observar as mudanças possíveis entre a intensidade do estímulo e a magnitude da resposta. • Magnitude se refere à grandeza variável da resposta emitida. Por exemplo, o diâmetro da pupila (reflexo pupilar), a distância que a perna percorre (reflexo patelar), entre outros. • No exemplo do reflexo pupilar, a intensidade do estímulo é a intensidade de luz projetada sobre o olho, e a magnitude da resposta é o tamanho da contração obtida (diâmetro antes da apresentação da luz menos diâmetro depois da apresentação da luz). • O importante é que essa relação refere-se aos aspectos mensuráveis dos estímulos e das respostas, ou seja, àquilo que é possível medir em cada um. Intensidade do estímulo e magnitude da resposta • Intensidade – é a força (ou quantidade) de um determinado estímulo, por exemplo, a quantidade de comida colocada na boca. •Magnitude da resposta – é a força de uma determinada resposta, por exemplo, a quantidade de saliva produzida. Leis do Reflexo • Ao se observar um comportamento reflexo, discriminando suas variações quantitativas, é possível buscar verificar se há relações que seguem um determinado padrão. • Tais padrões podem ser estabelecidos e descritos por meio de leis ou propriedades, que possibilitam compreender e mesmo prever o exato funcionamento reflexo. • Lei da intensidade-magnitude: Ela demonstra que, quanto maior é a intensidade do estímulo, maior será a magnitude da resposta. Como no exemplo do reflexo pupilar, quanto maior for a intensidade da luz, maior será a contração da pupila. Deve-se levar em conta que há uma intensidade máxima do estímulo que provoca essa relação. Estímulos muito fortes podem, na realidade, comprometer o organismo em vez de eliciar uma resposta reflexa. • Lei do limiar: Toda resposta reflexa só é eliciada frente a uma intensidade mínima do estímulo. Ou seja, é necessário que o estímulo atinja uma intensidade suficiente (o que varia de reflexo para reflexo, e de organismo para organismo) para conseguir eliciar uma resposta. • No caso do reflexo patelar, somente com uma determinada quantidade de força é que a perna levanta. Entretanto, o valor do limiar não é um valor exato, mas uma faixa de intensidade, na qual a resposta pode ou não ocorrer. • Lei da Latência e da duração: Essa lei descreve que quanto maior for a intensidade do estímulo, menor será a latência, ou seja, o tempo que vai desde a estimulação até a ocorrência da resposta. • Imagine que você leve um susto devido a um barulho. Se alguém medir a altura do som e as contrações musculares associadas a seu susto, poderá perceber que, quando o som for mais alto, mais rápido seu corpo se contrairá. • Essa regra não só vale para a latência, mas também para a duração da resposta: quanto mais intenso o estímulo, maior a duração da resposta eliciada. • Lei da intensidade magnitude – quanto maior for a intensidade do estímulo, maior será a magnitude da resposta. Há uma constância na relação entre estímulo e resposta. • Exemplo: calor de menor intensidade (graus Celsius), menor magnitude das gotas de suor (mililitros de suor). Calor de maior intensidade, maior magnitude das gostas de suor. • Lei do Limiar – Para que o estímulo possa eliciar uma resposta, ele precisa ter uma certa intensidade mínima. • Exemplo: o estímulo temperatura só elicia uma resposta de suor com uma temperatura mínima de 25 graus Celsius. • Lei da Latência – Entre a apresentação de um estímulo e uma resposta por ele eliciada há um certo período de tempo. Esse período de tempo é chamado de latência. A lei da latência estabelece que quanto maior a intensidade do estímulo, menor a latência da resposta. • Exemplo: quanto mais intenso o calor, menor o tempo que a pessoa começa a suar. SÍNTESE - Leis do reflexo • Efeito das eliciações sucessivas: Deve-se considerar que, após sucessivas apresentações do mesmo estímulo, na mesma intensidade, há uma mudança na relação dele com as respostas. • Imagine, por exemplo, que você tem que cortar uma cebola.Seus olhos rapidamente começam a lacrimejar abundantemente. Conforme você continua a cortar outras cebolas, a quantidade de lágrimas tende a diminuir. Esse fenômeno se chama habituação do reflexo. • Em outros casos, há a tendência de aumentar a reação ao estímulo conforme as sucessivas apresentações. Por exemplo, se você ouve uma goteira na torneira. No início, o barulho não incomoda muito mas, com o tempo, cada gota parece ter um som cada vez mais alto, tornando-se um barulho irritante. Esse fenômeno é chamado de potenciação do reflexo. • É importante saber que a habituação e a potenciação modificam temporariamente o reflexo, já que, quando as repetições cessam por um determinado período de tempo, a relação entre estímulo e resposta retorna ao habitual. Síntese - Habituação e potenciação • Habituação – decréscimo na magnitude da resposta quando o mesmo estímulo é apresentado várias vezes, por exemplo, quando estamos em um local barulhento e após alguns minutos temos a impressão de que o barulho diminuiu. • Potenciação - aumento na magnitude da resposta à medida que novas eliciações ocorrem, por exemplo, quando estamos assistindo uma aula e o professor fica o tempo todo dizendo “Ok?” e a cada “Ok” vamos ficando mais irritados. O reflexo aprendido (condicionamento respondente • O reflexo aprendido, ou condicionado, foi descoberto e estudado pelo fisiologista russo Ivan Petrovich Pavlov. Em seu laboratório, ele realizava diversos estudos fisiológicos, com o objetivo de estudar o funcionamento do sistema digestório utilizando, para tanto, o reflexo salivar, ou seja, a secreção de saliva por um organismo, eliciado pela apresentação de alimento. • Em seu experimento, ele fazia uma pequena fístula próximo às glândulas de saliva do cão, na qual introduzia uma cânula, de forma a captar a quantidade de saliva produzida, podendo mensurar sua quantidade. • O que Pavlov percebeu foi que, quando ele mostrava o alimento ao cão, a produção de saliva aumentava. Esse é o reflexo inato alimentar: alimento elicia saliva. Ele buscava verificar a variação da magnitude da resposta (quantidade de saliva) frente à variação da intensidade do estímulo (quantidade de alimento). • Entretanto, ele acabou fazendo novas descobertas acidentais. • Ele percebeu que a magnitude da resposta do reflexo salivar, após algumas repetições, variava mesmo antes da apresentação do alimento: ao ouvir os passos ou mesmo ao ver Pavlov chegando ao laboratório. • Mesmo a proximidade do horário costumeiro de realização dos experimentos já parecia levar a um aumento da salivação. O reflexo aprendido (condicionamento respondente) • De acordo com a teoria evolutiva, é muito importante aos seres vivos não só terem reflexos inatos, pois estes só os auxiliam em situações específicas do ambiente. • É necessário, também, que ele aprenda novos reflexos, para poderem lidar com situações que se modificaram, que estão fora do previsto biologicamente por seu organismo. Estímulo incondicionado (ou inato) – estímulo que naturalmente elicia (provoca) uma resposta incondicionada (ou inata). Resposta incondicionada – resposta involuntária (automática) eliciada (provocada) pelo estímulo incondicionado. Estímulo neutro – estímulo que não mantém relação com o reflexo inato em questão (o reflexo inato é a relação estabelecida entre o estímulo incondicionado e a resposta incondicionada). Estímulo condicionado – nova denominação do estímulo neutro após seu pareamento com o estímulo incondicionado. Em função deste pareamento, o estímulo neutro assume as propriedades do estímulo incondicionado, passando a eliciar a mesma resposta. Resposta condicionada – resposta eliciada pelo estímulo condicionado. A relação estabelecida entre o estímulo condicionado e a resposta condicionada caracteriza o reflexo aprendido. Si Ri Sn Sc Rc Condicionamento clássico • Consiste em emparelhar um estímulo (Si) que sabidamente produz uma determinada resposta (no caso, a salivação) e a um estímulo neutro(Sn), como um ruído ou um metrônomo. • O ponto de partida é o reflexo já existente (salivação pela comida). Esse seria o reflexo incondicionado (Ri) para Pavlov → salivação quando a comida (Estímulo incondicionado ou Si) é apresentado ao animal. • O condicionamento envolve a apresentação de um estímulo neutro seguido da apresentação do estímulo incondicionado (Si). Condicionamento Clássico (continuaçao) • O estímulo que antes era neutro passa a eliciar a mesma resposta que o estímulo incondicionado (Si). • Dessa forma, o estímulo neutro passa a ser um estímulo condicionado(Sc). Aplicações do conceito de condicionamento respondente • O processo de condicionamento respondente, portanto, cria novas relações entre estímulos e respostas. • Essa relação também é importante para se compreender as emoções humanas. Watson demonstrou, por meio de experimentos, como as diversas emoções humanas podem ser aprendidas com o condicionamento, surgindo novas relações entre estímulos e respostas emocionais. • Pode-se, então, afirmar que as diferentes fobias são o resultado de algum emparelhamento anterior, que transferiu ao estímulo fóbico suas propriedades eliciadoras de pânico. Aplicações do conceito de condicionamento respondente • Nas fobias há uma reação exagerada de medo a animais ou situações que, na realidade, não apresentam nenhum risco à pessoa. • O condicionamento respondente permite compreender então que a razão desse medo “irracional” é algum emparelhamento que deve ter ocorrido em algum momento da vida da pessoa. Aplicações do conceito de condicionamento respondente • Compreender como tais comportamentos são estabelecidos auxilia não só na sua compreensão, mas também permite modificá-los, por exemplo, eliminando fobias, que acabam sendo comportamentos inadaptados e que causam muito sofrimento aos seus portadores. • Posteriormente, discutiremos formas de lidar com tais medos condicionados, mas antes é necessário compreender as principais propriedades do reflexo condicionado. • Verifica-se a generalização quando ocorre uma resposta condicionada a estímulos semelhantes ao estímulo condicionado. • Estímulos parecidos fisicamente com o estímulo condicionado podem passar a eliciar a resposta condicionada. • O processo de generalização que permite a aparição de resposta similar à condicionada, a um estimulo semelhante ao que se usou no condicionamento original. A magnitude da resposta eliciada depende do grau de semelhança dos estímulos em questão. Generalização respondente Exemplos • Pessoa atacada por pastor alemão. Tem medo ao encontrar pastor alemão. E depois passa a ter medo de outros cães. Ou de animais peludos. • Cão saliva com o som de campainha, pode salivar com o som de um diapasão. Generalizar é descobrir semelhanças no estímulo. Extinção respondente • Enfraquecimento do reflexo a um estímulo condicionado, repetido um numero de vezes sem o estímulo incondicionado. • Quando um estímulo condicionado é apresentado várias vezes, sem o estímulo incondicionado ao qual foi emparelhado, seu efeito eliciador se extingue gradualmente, ou seja, o estímulo eliciador começa a perder a função de eliciar a resposta até não mais eliciar tal reposta. Extinção • Outra propriedade importante do reflexo condicionado diz respeito à sua permanência ou ausência quando não há mais emparelhamento dos estímulos. • Quando o Sc é apresentado várias vezes sem estar emparelhado com o Si, o que ocorre é uma gradual perda do seu poder de eliciação: aos poucos, a resposta cessa de ser eliciada. • A campainha não causa mais a salivação do cão, se depois de sucessivas apresentações não houver alimento. • Esse fenômeno é chamado de extinção respondente. Extinção respondente • A extinção respondente é importante, por exemplo, para a eliminação de fobias. • Da mesma forma que se pode aprender a sentir medo, pode-se também aprender a não mais sentirmedo, com o processo de extinção. • Entretanto, para isso, é importante que o indivíduo se exponha ao estímulo condicionado algumas vezes, sem que haja o emparelhamento com o estímulo incondicionado. Recuperação espontânea • A recuperação espontânea é a reintegração do comportamento extinto. • Um reflexo, após extinto, pode ganhar força novamente sem novos emparelhamentos. • Retome, por exemplo, o medo de cachorro. Após um período de tempo no qual a pessoa passa ao lado de um cachorro manso, o reflexo de medo desaparece. • Entretanto, após um período no qual ela não entra mais em contato com outros cães, ao avistar um atravessando seu caminho na rua, ela sente reavivar uma sensação de medo. • Tais recuperações espontâneas vão se tornando cada vez mais raras conforme se continua o processo de extinção respondente. • Duas técnicas foram consideradas como forma de amenizar o sofrimento do paciente fóbico. • A primeira delas chama-se contracondicionamento. Essa técnica consiste em se realizar o condicionamento de uma resposta contrária àquela que é produzida pelo estímulo condicionado (Sc). • A segunda técnica é chamada de dessensibilização sistemática. Ela baseia-se na generalização respondente e no mapeamento do gradiente de generalização, realizando, por meio dele, um processo gradual de extinção. Escore Categoria 0 No trabalho 25 Quando sei que vou viajar 30 Comprar a passagem 35 Arrumar as malas 50 Conduzindo até o aeroporto 60 Esperando na sala de embarque 70 Chamada para o voo 80 Entrada no avião 100 Decolagem do avião 75 Durante o voo 100 Turbulência durante o voo 90 Aterrissagem 0 Saindo do avião Nota 0 = nada de ansiedade; 100 = Máximo de ansiedade Contra-condicionamento • Contra-condicionamento – emparelhamento de estímulos que produzem respostas contrárias. • Ex: • rato → ansiedade • Canção de ninar → relaxamento • rato → canção de ninar → relaxamento • Rato → relaxamento Dessensibilização sistemática • Técnica de exposição gradativa a estímulos que eliciam respostas de menor magnitude até o estímulo condicional original. • Consiste em dividir o processo de extinção em pequenos passos. • Ex. • Pensar em cães • Ver fotos de cães • Observar cães ( diferentes daqueles que atacarão)de longe • Observar de perto esses cães • Entrar num canil W A T S O N E A F U N D A Ç Ã O D O B E H A V I O R I S M O Watson e a fundação do behaviorismo • Watson foi considerado o fundador do Behaviorismo, sendo considerado um marco a publicação do texto Psychology as the behaviorist sees it. Psychology Review, 20, pp 158- 177, em 1913. Watson: Biografia • Nasceu em 1878 numa zona rural da Carolina do Sul, EUA. • Viveu numa família rotulada como desestruturada. • Watson apresentou problemas de comportamento na adolescência e foi preso pelo menos duas vezes. • Entrou na universidade, aos 16 anos de idade. • Fez parte do corpo docente da Universidade de Chicago e da John Hopkins University. • Morreu em Nova Yorque, em 1958. Watson e o estudo do comportamento animal • Observação de comportamento de pássaros (andorinhas do mar) recém-nascidos. • Watson documentou os comportamentos de acasalamento das andorinhas, sua construção de ninhos, territorialidade e seu comportamento no que se refere ao cuidado com a prole. Estudo de Watson e de Carr com labirintos • Objetivo dos estudos era determinar quais sentidos eram necessários para que o rato aprendesse a sair do labirinto. • Usando técnicas cirúrgicas, Watson extraiu os olhos de alguns ratos, os ouvidos médios de outros e os bulbos olfatórios dos ratos de um terceiro grupo. • Apesar de privados de algum de seus sentidos, os ratos aprendiam a sair dos labirintos. • Além disso, Watson e Carr descobriram que a capacidade de aprendizagem não era muito prejudicada com a remoção dos bigodes dos ratos, nem com a aplicação de anestesia em suas patas. • Eles concluíram que os únicos fatores importantes na informação das associações aprendidas eram “as impressões cinestésicas [relativas as sensações do corpo], aliadas a certas outras impressões intra- orgânicas”. O estudo do desenvolvimento emocional • Trabalhando em co-autoria com JJ Morgan, Watson tentou identificar as reações emocionais humanas fundamentais e os estímulos que a produziam. • Identificou três emoções fundamentais: medo, raiva e amor. Watson e reações emocionais dos bebês • Medo –Ocorria diante de ruídos altos e repentinos, ou perda de proteção quando o cobertor do bebê era puxado na hora em que ele começava a dormir. “um súbito prender de respiração, seguidas das tentativas de agarrar aleatoriamente, piscar de olhos, franzimento de lábios, e por fim, o choro”. • Raiva – ocorria diante do impedimento dos movimentos dos bebês. Reação: bebê chora e grita. • Amor – ocorria quando o bebê era acariciado ou balançado delicadamente. Reação: sorriso e outros. • Watson era um defensor da importância do meio na construção e desenvolvimento do indivíduo. Ele acreditava que todo comportamento era conseqüência da influência do meio. • Afirmou que se dada algumas crianças recém-nascidas arbitrárias e um ambiente totalmente controlado, seria possível determinar qual a profissão e o caráter de cada uma delas. • Embora não tenha executado algum experimento do tipo, por razões óbvias, Watson executou o clássico e controvertido experimento do Pequeno Albert, demonstrando o condicionamento dos sentimentos humanos através do condicionamento respondente. • Se os organismos aprendem novos reflexos podem também aprender a sentir emoções diante de estímulos que não eliciavam tais emoções. • Experimento com o bebê Albert - Mostrou como podemos aprender a sentir determinadas emoções em relação a estímulos que antes do condicionamento não sentíamos. Experimento do Pequeno Albert • Experimento conduzido por John B. Watson e sua aluna de doutorado, Rosalie Rayner, em 1920, para demonstrar funcionamento do condicionamento clássico em seres humanos. • No experimento de Watson, ele implanta uma fobia em um bebê, associando um estímulo inicialmente neutro (animais peludos) a um estímulo aversivo (som alto). • A apresentação simultânea dos dois estímulos, por diversas vezes, fez com que o bebê desenvolvesse o medo de animais peludos. Pequeno Albert – antes do condicionamento Depois do condicionamento O que aconteceu com o pequeno Albert após o experimento? • Watson não revelou a verdadeira identidade de Albert e não realizou estudo de contracondicionamento com a criança. (Watson foi demitido da universidade neste período por causa do romance com Rayner) • Desde então, o destino do Pequeno Albert é uma interrogação entre os estudiosos da psicologia. • O psicólogo Hall P. Beck e sua equipe recorreram a materiais históricos e teorizaram sobre o paradeiro de Albert. • Infelizmente, a equipe de pesquisa descobriu que a criança morreu aos seis anos de idade de hidrocefalia, e não foi capaz de determinar se a fobia de objetos e animais peludos persistiu após o experimento. • Fonte: http://www.apa.org/monitor/2010/01/little-albert.aspx (American Psychological Association) http://www.apa.org/monitor/2010/01/little-albert.aspx • Watson divorciou-se e casou-se com a aluna da pós-graduação Rosalie Rayner. Esse divórcio ganhou alta divulgação na imprensa e levou a uma demissão forçada na Universidade de John Hopkins. • A publicidade negativa prejudicou a entrada em uma nova universidade. • Mudou de área, e foi trabalhar em uma agência de publicidade. • Segundo Watson, para vender um produto ao consumidor, era preciso “dizer-lhe algo que paralisasse de medo, algo que provocasse um pouco de raiva, que produzisse uma reação afetuosa ou amorosa ou que atingisse uma profunda necessidade psicológica ou habitual”. • Na campanha de talco da Johnson & Johnson havia uma mensagem clara, destinada a amedrontar os pais jovens e fazê-los compraro produto: se não usassem o talco, arriscavam-se a expor seus bebês a graves infecções. • Watson afirmou: • “é tão emocionante observar a curva de vendas de um novo produto quanto observar a curva de aprendizagem de animais ou seres humanos”. • Impacto mais duradouro de Watson na publicidade: aplicação do pensamento científico ao markenting – por exemplo, usando dados demográficos para atingir determinados consumidores e no programa de treinamento e avaliação de produtividade do pessoal de vendas. Popularização do behaviorismo • Watson começou a se comunicar com o público em geral desde o início de sua carreira acadêmica, publicando artigos em revistas populares. • Essa atividade aumentou muito na década de 20, com a publicação de mais artigos em revistas, transmissões de rádio e dois livros. • A psicologia de Watson e a ideia que era possível moldar o comportamento de uma pessoa era compatível com o ideal norte- americano de que todos podiam alcançar seus objetivos. Avaliando o behaviorismo clássico • Psicologia de Watson realizou uma ponte entre a psicologia básica e a psicologia aplicada. • Ideias behavioristas influenciaram na criação de filhos, educação, indústria e na psicoterapia. • Restrito a psicologia S-R, a mente foi considerada inacessível para estudos (caixa preta). Atividade verificadora de aprendizagem • Kahoot
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