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DESENVOLVIMENTO DO ESQUELETO AXIAL INTRODUÇÃO ORIGEM Com o desenvolvimento da notocorda e do tubo neural, a estrutura do mesoderma se diferencia em uma região denominada MESODERMA PARAXIAL (porção mais próxima das estruturas referidas inicialmente); No final da 3ª semana e início da 4ª ocorre a segmentação por diferenciação da porção do mesoderma paraxial formando blocos denominados SOMITOS, os quais se diferenciam por meio de estímulos da notocorda e do tubo neural em: a) Esclerótomo – parte ventromedial que dará origem as vértebras e costelas; b) Dermomiótomo – parte dorsolateral, as células da região do miótomo dará origem as células musculares primordiais (mioblasto) e as células da região do dermátomo a derme (fibroblasto); DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS E DAS CARTILAGENS Células mesodérmicas originam o mesênquima – rede de tecido conjuntivo embrionário; A “primeira” condensação do mesênquima dará origem aos modelos ósseos; CONDRÔGENESE - condensação do mesênquima em áreas onde a cartilagem deverá se desenvolver forma centros de formação de cartilagem, as células mesenquimais diferenciam em condroblastos; OSTEOGÊNESE - osso desenvolve a partir do mesênquima e da cartilagem; Tipos de ossificação: a) Intramembranosa – ocorre no mesênquima que constitui uma bainha membranosa; b) Endocondral – ocorre em modelos de cartilagens preexistentes; Exemplo: em ossos longos existe um ponto de ossificação onde ocorre a substituição da cartilagem por matriz óssea; ESQUELETO AXIAL Durante a 4ª semana de gestação; Composto por: a) Crânio; b) Coluna vertebral; c) Costelas; d) Esterno; Os primórdios dessas estruturas se encontram circundando o tubo neural e a notocorda; Somitos vértebras; Tubo neural e notocorda encéfalo (SNC) e medula; COLUNA VERTEBRAL Esclerótomos são encontrados ao redor da notocorda, envolvendo o tubo neural e na parede do corpo; Cada esclerótomo é formado por células em arranjo frouxo na região cranial e células em arranjo denso em região caudal; Miótomo – formação do disco intervertebral entre a porção frouxa e densa de um esclerótomo, formado por um anel fibroso e por um núcleo pulposo (estrutura remanescente da notocorda); A porção remanescente densa funde-se com a porção remanescente frouxa do esclerótomo adjacente, formando um centrum mesenquimal (corpo vertebral); Os nervos mantêm relação com os discos intervertebral; As artérias intersegmentares (originada da aorta) ficam em cada lado do corpo vertebral, no tórax elas se tornam as artérias intercostais; O processo de ossificação é estabelecido por meio de centros de ossficação que se inicia durante o período embrionário e finda aos 25 anos; O CORRELAÇÕES CLÍNICAS 1. Espinha bífida - fusão imperfeita ou da não união dos corpos vertebrais; 2. Escoliose - fusão assimétrica de duas vértebras sucessivas ou a ausência de metade de uma vértebra, gerando uma inclinação lateral da coluna; DESENVOLVIMENTO DAS COSTELAS Desenvolvem a partir dos processos costais mesenquimais das vértebras costais; São cartilaginosas no período embrionário e ossificam no período fetal; 1 até 7 – costelas verdadeiras – unem-se ao esterno por meio de suas próprias cartilagens; 8 até 12 – costelas falsas – unem-se ao esterno por meio das cartilagens de outra costela; 11 e 12 – costelas flutuantes – não unem-se ao esterno; DESENVOLVIMENTO DO ESTERNO Par de faixas mesenquimais verticais – barras esternais – desenvolvem ventrolateralmente e se deslocam medialmente com a posterior fusão craniocauldalmente no plano mediano; Com a fusão formam os modelos cartilaginosos do manúbrio, das esternébras (segmentos do corpo do esterno) e o processo xifoide – ossificação ocorre antes do nascimento e na infância no caso do processo xifoide; DESENVOLVIMENTO DO CRÂNIO Desenvolve-se a partir do mesênquima ao redor do encéfalo em desenvolvimento; Divide-se em: a) Neurocrânio – caixa protetora para o encéfalo; b) Viscerocrânio – esqueleto da face; O NEUROCRÂNIO CARTILAGINOSO OU CONDROCRÂNIO Corresponde a base do crânio formada pela fusão de cartilagens, que sofre uma ossificação endocondral formando os ossos da base cranial; A ossificação inicia-se pelo osso occipital, passa pelo corpo esfenoide e termina no osso etmóide; Base do osso occipital – fusão da cartilagem paracordal ou placa basal (forma-se ao redor da extremidade cranial da notocorda) com as cartilagens derivadas dos somitos occipitais, posteriormente cria-se os limites do forame magno; Corpo do osso esfenoide – fusão da cartilagem hipofisária (redor da hipófise); Corpo do osso etmoide – fusão das trabeculae cranii; Asa menor dado osso esfenoide – fusão das ala orbitalis; Cápsulas nasais – desenvolvem em torno dos sacos nasais e contribuem na formação do osso etmoide; Cápsulas óticas – desenvolvem em torno das vesículas óticas (primórdios das orelhas internas) e formam as partes petrosa e mastóidea do osso temporal; O NEUROCRÂNIO MEMBRANOSO Ossificação intramembranso – ocorre no mesênquima dos lados e na carpe superior formação da calvária (calota craniana); Suturas – separam/ articulam os ossos chatos da calvária, corresponde a membranas de tecido conjuntivo denso; Fontanelas – regiões de encontro das suturas, corresponde a 6 áreas bregma e lambda; Modelagem do crânio fetal auxilio em um parto mais favorável; O VISCEROCRÂNIO Mesênquima para a formação dos ossos da face é derivado das células da crista neural, incluindo os ossos lacrimal e nasal; Formado a partir dos dois primeiros arcos faríngeos; Primeiro arco faríngeo – parte dorsal – processo maxilar maxila, zigomático e parte do osso temporal (ossificação intramembranosa); - parte ventral – processo mandibular cartilagem de Meckel, o mesênquima ao redor condensa e converte ela em mandíbula (ossificação intramembranosa); Ponta dorsal do processo mandicular + segundo arco faríngeo bigorna, martelo e estribo; O CRÂNIO DO RECÉM-NASCIDO Após o nascimento, o crânio recupera sua modelagem e se torna arredondados com ossos delgados; Grande em relação ao restante do esqueleto; A face é pequena em comparação ao neurocrânio, causada por: (1) ausência virtual de seios da face ou paranasais; e (2) pequeno tamanho dos ossos, sobretudo da mandíbula. Com o aparecimento dos dentes e o desenvolvimento dos seios da face, esta perde suas características de bebê; O CRESCIMENTO PÓS-NATAL DO CRÂNIO As suturas permitem que o encéfalo cresça durante o desenvolvimento; Aumento das regiões frontal e facial aumento do tamanho dos seios paranasais alterar a forma da face e acrescentar ressonância à voz; O CORRELAÇÕES CLÍNICAS Craniosquise - abóbada craniana não se forma, causada pela ausência de fechamento do neuróporo cranial; Craniossinostose - fechamento prematuro de uma ou mais suturas
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