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AV1 PSICOPATOLOGIA II

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Questão 
 
1- A avaliação do paciente em psicopatologia é feita principalmente por meio da entrevista que permite a 
realização dos dois principais aspectos da avaliação, a saber: a anamnese e o exame do estado mental 
atual. Indique, dentre as opções abaixo, as características da anamnese. 
 
 
 
 
Levantamento do histórico dos sinais e sintomas que o paciente tem apresentado ao longo de sua 
vida, seus antecedentes pessoais e familiares, assim como de sua família e meio social. 
 Avaliação neurológica do paciente através da reatividade reflexa do mesmo. 
 
Solicitação de exames laboratoriais complementares. 
 Exame físico do paciente do ponto de vista somático. 
 Solicitação de exames de neuroimagem a fim de averiguar possíveis alterações a nível de sistema 
nervoso central 
 
2- Na década de 70, o psicólogo David Rosenham a partir do experimento que ganhou seu nome, 
demonstrou o baixo índice de fidedignidade dos diagnósticos. O experimento consistiu primeiro 
em enviar pacientes ditos normais para hospitais psiquiátricos com o objetivo de saber se os 
psiquiatras os identificariam como impostores, pessoas que fingiriam algum transtorno, ou se 
seriam pacientes que necessitavam de internação. O que ocorreu foi que todos os enviados de 
Rosenham foram internados. Em um segundo momento da pesquisa, ele disse que enviaria dez 
pacientes impostores, que se passariam por pacientes com transtornos mentais; mais uma vez 
Rosenham atestou que a validade dos diagnósticos é frágil: os médicos dos hospitais disseram que 
conseguiram identificar os impostores; entretanto Rosenham não havia enviado nenhum. 
Assim, podemos inferir que: 
 
 
 Apesar das fragilidades em relação à fidedignidade, os manuais de classificação e diagnóstico são 
precisos pois os pacientes sempre são diagnosticados com o mesmo transtorno, independentemente 
do médico consultado. 
 os manuais de classificação são precisos, objetivos, e dispensam a escuta clínica apenas se os 
profissionais forem bem treinados para utilizá-los. 
 
 
a formação médica em saúde mental é frágil, uma vez que exacerba o uso dos manuais de forma 
técnica e sistemática, favorecendo o fenômeno da medicalização da vida. 
 Os manuais de classificação e diagnóstico não possuem serventia prática, uma vez que eles 
pressupõem um critério de normalidade ideal que nunca poderá ser alcançado. 
 A fragilidade dos diagnósticos não se relaciona com a técnica empregada pelos profissionais de saúde 
mental, mas por imprecisões dos dados fornecidos pelos pacientes. 
 
3- Dentro do contexto de uma avaliação diagnóstica, podemos afirmar sobre as entrevistas, EXCETO: 
 
 
 A entrevista permite a realização dos dois aspectos principais da avaliação diagnóstica: a anamnese e 
o exame mental. 
 
 
Apenas ao Psiquiatra compete a avaliação diagnóstica, de modo que ao Psicólogo compete apenas a 
intervenção clínica. 
 A anamnese refere-se ao contexto e história de vida do paciente 
 O estabelecimento de vínculo terapêutico é um dos seus objetivos. 
 O domínio da técnica de entrevistar é o que qualifica o profissional habilidoso. 
 
 
 
4- Um estagiário de psicologia começa seu estágio no Intituto Psiquiátrico Philippe Pinel observando os 
vários setores do hospital. Ele impressiona-se com o fato do médico de plantão (responsável pela triagem) 
entrevistar os pacientes, mesmo quando estes são trazidos pelo corpo de bombeiros e se encontram 
fisicamente contidos. Na supervisão semanal, pergunta se não seria possível evitar essa situação, 
entrevistando o acompanhante e deixando para travar contato com o paciente depois que ele fosse 
medicado e estivesse mais calmo. A partir de seu conhecimento sobre as etapas e o modo de condução de 
uma entrevista psicopatológica assinale a resposta mais correta para essa pergunta: 
 
 
 b) Não, em todos casos, recomanda-se que a própria pessoa me conte sua história, pois os 
acompanhantes não são confiáveis. 
 
 
Entrevistar os acompanhantes é importante, mas entrevistar o usuário é fundamental para a 
realização do exame psíquico, diagnóstico aberto e tracejo das diretrizes de cuidado do caso. 
 O manejo clínico não faz diferença, já que é uma emergência; o importante é prestar atendimento 
imediato, seja ele qual for. 
 
 
a) Sim, em caso de experiências agudas de sofrimento e transtornos mentais graves e persistentes é 
mais prudente entrevistar primeiro a família. 
 É sempre fundamental examiná-los no leito, mais calmos e depois de medicados. 
 
5- Sobre os aspectos que devem ser considerados para a identificação de quadros depressivos em 
pacientes, é correto afirmar que: 
 
 
 O rastreio para a existência de quadros depressivos é feito essencialmente pela aplicação de escalas 
específicas, bem como por manuais como o DSM e a CID. 
 Os sintomas depressivos produzidos pelo uso de medicamentos ou substâncias psicoativas são 
irrelevantes para o diagnóstico de depressão. 
 Para avaliação de um quadro depressivo, deve-se considerar exclusivamente os sinais e sintomas que 
o paciente apresenta ao apresentar sua queixa. 
 
 
Para uma melhor precisão na hipótese de depressão é necessário avaliar de forma complexa a 
presença de sintomas depressivos, a duração e o grau de comprometimento da vida do paciente. 
 O melhor manejo para pacientes com sintomas depressivos inicia-se logo com a intervenção 
medicamentosa e posteriormente com abordagem psicossocial.

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