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Parasitas Toxocara, Toxascaris e Toxocaríase

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canis, cati e leonina 
@veterinariando_ 
 
Reino: Animalia 
Filo: Nematoda 
Classe: Secernentea 
Ordem: Ascarididas 
Família: Ascarididae 
Superfamília: Ascaridoidea 
Gênero: Toxocara e Toxascaris 
Espécies: Toxocara leonina, Toxocara canis e Toxascaris cati 
 
• A toxocaríase é uma parasitose causada pelo parasita Toxocara sp., que 
pode habitar o intestino de gatos e cachorros e chegar no organismo 
humanos (hospedeiros acidentais) por meio do contato com fezes 
contaminadas de cães e gatos infectados 
• O gênero Toxascaris, macroscopicamente são vermes muito semelhantes a 
Toxocara canis, com presença de asas cervicais. Não há bulbo posterior no 
esôfago. A cauda do macho não possui apêndice terminal estreito, como 
acontece com T. canis e T. cati 
• Os ovos desse gênero são resistentes e conseguem sobreviver durante o 
inverno por até 12 meses. Temperaturas elevados acima de 37ºC podem 
acelerar o desenvolvimento ou podem causar a degradação do ovo 
• Em ambientes úmidos a sobrevivência pode ocorrer por quatro anos ou 
mais 
• Infecções são mais comuns em filhotes jovens com idade inferior a seis 
meses, isso ocorre devido ao sistema imune ainda imaturo 
• As formas de contágios são variadas, como a ingestão dos ovos, na própria 
forma larval ou na forma placentária, quando a larva rompe a barreira 
placentária passando da mãe para o feto e por meio da amamentação 
entre caninos 
• Além de afetas os animais, podem também acometer humanos de forma 
acidental – zoonoses 
 
Ovos 
• São geralmente ovais 
• Possuem uma casca espessa e rugosa, com dupla membrana e medem cerca 
de 75 micrômeros 
Vermes 
• Os adultos apresentam corpo cilíndrico, não segmentado, robusto e com 
coloração esbranquiçada e é revestido por uma espessa cutícula quitinosa 
• O dimorfismo sexual é bem definido, sendo as fêmeas maiores que os machos 
• As fêmeas medem até 18cm e os machos até 10cm de comprimento 
 
 
 
 
 
Toxocara cati – suas asas 
cervicais apresentam 
formato de seta 
Toxascaris leonina – suas 
asas cervicais são mais 
delgadas e com menor 
protusão 
Toxocara canis 
o Machos: medem até 10cm de comprimento, sua cauda 
apresenta asas caudais e um estreito apêndice 
terminal 
o Fêmeas: medem até 18cm de comprimento, seus 
órgãos genitais se estendem, anteriormente e 
posteriormente, até a região vulvar 
o A cabeça dos vermes adultos é elíptica devido a 
presença de uma par de grandes asas cervicais 
lanceoladas, a parte anterior do corpo apresenta 
curvatura ventral, a boca é circundada por três 
grandes lábios (não há cápsula bucal e o esôfago 
carece de bulbo posterior) 
Toxocara cati 
o Machos: medem de 3 a 6cm de comprimento, sua 
cauda apresenta um estreito apêndice terminal 
o Fêmeas: medem de 4 a 10cm de comprimento 
o A extremidade anterior do verme é curvada 
ventralmente. As asas cervicais estriadas têm forma 
de ponta de flecha, com bordas posteriores quase que 
em ângulo reto ao corpo 
 
Toxascaris leonina 
o Machos: medem até 7cm de comprimento, sua cauda é 
simples 
o Fêmeas: medem até 10cm de comprimento, seus órgãos 
genitais estão posicionados atrás da vulva 
o A parte anterior do corpo desse verme é curvada 
dorsalmente. As asas cervicais são delgadas, afinando 
na parte posterior como uma seta 
 
 
Toxocara canis 
• Esta espécie de verme possui o ciclo mais complexo da superfamília, pois a 
infecção pode ocorrer de algumas maneiras diferentes 
I. Transmissão horizontal – vermes adultos eliminam os ovos que 
contaminam o solo e podem infectar animais e/ou humanos 
II. Transmissão vertical – as larvas podem ser transmitidas das mães para 
os filhotes por via transplacentária ou por meio do leite durante a 
amamentação 
III. Transmissão por hospedeiros paratênicos – roedores, repteis e pássaros 
podem transportar o parasito, e quando há a ingestão desses 
hospedeiros a larva é liberada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFECÇÃO HORIZONTAL 
1. Cães infectados excretam os ovos larvados de Toxocara por meio das fezes 
2. No ambiente há a maturação dos ovos, sob condições favoráveis de 
temperatura e umidade, após cerca de 28 dias a larva ainda dentro do ovo 
atinge sua fase infectante (L3) 
3. Após a ingestão do ovo, sob ação das enzimas do trato gastrointestinal as 
larvas L3 são liberadas 
4. Essas larvas penetram e atravessam a parede intestinal e migra pelo corpo 
do hospedeiro realizando a rota hepatotraqueal e chega ao fígado em torno 
de 24h após a infecção 
5. A mudança para L4 ocorre nos pulmões do hospedeiro, geralmente 12h após 
as larvas deixarem o fígado 
6. A partir desse momento a rota de migração dos parasitos, irá depender de 
fatores como: idade, condições imune do hospedeiro e a dose infectante 
ingerida 
7. Em condições normais as larvas são deglutidas e retornam, pela traqueia, ao 
lúmen do intestino delgado onde ocorrem novas mudas, até atingirem a 
forma adulta e a maturidade sexual em 7 a 15 dias 
8. Entre 4 a 5 semanas os ovos estarão prontos para serem eliminados, 
juntamente, com as fezes do hospedeiro 
 
INFECÇÃO POR HOSPEDEIRO PARATÊNICO 
1. Vertebrados como roedores, pássaros e porcos podem servir como 
hospedeiros paratênicos, para esse helmintos 
2. O padrão de migração nesses animais é comparável ao que ocorre nos 
hospedeiros definitivos 
3. Acredita-se que a distribuição larval seja influenciada, diretamente, pela 
espécie do parasito 
4. Os ovos eclodem, liberando as larvas que migram pelos tecidos, realizando a 
rota hepatotraqueal 
5. As larvas encapsuladas permanecem em latência, nos tecidos, por extensos 
períodos de tempo mantendo-se viáveis por até 10 anos 
6. Quando os hospedeiros paratênicos são ingeridos, pelos hospedeiros 
definitivos, as larvas são reativadas, passam por mudas na parede do 
estômago e intestino delgado, até tornarem-se adultas e continuarem o 
ciclo biológico 
 
 
INFECÇÃO VERTICAL 
1. Filhotes de cães são infectados no útero, pela reativação de larvas somáticas 
da mãe a partir do 42º dia da gestação 
2. Essa rota eficiente de transmissão resulta em excreção de ovos 
aproximadamente 16 dia após o parto 
3. De forma mais limitada, a transmissão lactogênica continua a ocorrer por 5 
semanas 
4. As infecções pré-natais as larvas se mobilizam três semanas antes do parto 
e migram para os pulmões, local no qual ocorre muda de L3 para L4, pouco 
antes do parto 
5. No cão recém-nascido o ciclo se completa quando as larvas retornam ao 
intestino, via traqueia, onde se tornam adultas 
6. A cadela infectada abriga larvas suficientes para infectar todas as 
ninhadas subsequentes, mesmo que nunca mais adquira a infecção. Algumas 
destas larvas móveis, ao invés de ir ao útero, completam a migração normal 
na cadela e os vermes adultos resultantes produzem um aumento 
transitório, porém marcante, na produção de ovos de Toxocara nas fezes, 
nas semanas subsequentes ao parto 
7. Na infecção pela via lactogênica não há migração larval no filhote, sendo o 
ciclo direto e no intestino 
8. Uma complicação final é a recente evidência de que as cadelas podem se 
reinfectar no final da prenhez ou durante a lactação, ocasionando infecção 
transmamária direta em filhotes lactentes e uma vez estabelecida a 
patência na cadela, contaminar o ambiente com ovos. A cadela pode ser 
reinfectada mediante a ingestão de estágios larvários presentes em fezes 
frescas de filhotes, por meio de suas atividades coprofágicas 
 
• Os períodos pré-patentes mínimos conhecidos são: 
➢ Infecção direta após ingestão de ovos ou larvas no hospedeiro 
paratênico é de 4 a 5 semanas 
➢ Infecção pré-natal é de 2 a 3 semanas 
 
 
Toxocara cati 
• Ciclo migratório – quando ocorre após a ingestão de L2 no ovo 
• Ciclo não migratório – após a infecção transmamária por L3 ou ingestão de 
um hospedeiro paratênico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFECÇÃO HORIZONTAL 
1. Após a ingestão de ovos contendo larva L2 infectantes2. As larvas penetram na parede do estômago e então migram, via fígado, 
pulmões e traqueia, de volta ao estômago e sofrem muda para L3 
3. O estágio L4 ocorre no conteúdo estomacal, na parede do intestino e no 
conteúdo intestinal 
 
INFECÇÃO POR HOSPEDEIRO PARATÊNICO 
1. Nos roedores as larvas permanecem em segundo estágio 
2. Quando um gato ingere um camundongo infectado, as larvas liberadas 
durante a digestão penetram na parede estomacal do gato e se 
desenvolvem em L3 
3. L2 pode ser verificada nos tecidos de minhocas, baratas, galinhas, ovinos e 
outros animais que se alimentam com ovos contaminados 
 
INFECÇÃO VERTICAL 
1. Infecção transmamária é comum durante toda a lactação, em gatos com 
infecção aguda 
2. A via de transmissão lactogênica é a mais importante 
 
Toxascaris leonina 
• Ciclo monóxeno (direto) 
• L2 é a fase infectante 
• L3 é a fase infectante apenas se estiver no hospedeiro paratênico 
(camundongo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Após a ingestão e eclosão dos ovos, as larvas penetram na parede do 
intestino delgado e aí permanecem por cerca de 2 semanas 
2. Não ocorre migração de larvas, como ocorre com outras espécies de 
ascarídeos 
3. Larvas L3 surgem após cerca de 11 dias, as quais sofrem muda para L4 
cerca de 3 a 5 semanas após a infecção 
4. Estágios adultos surgem, aproximadamente 6 semanas após a infecção e 
se instalam no lúmen intestinal 
5. O período pré-patente varia de 10 a 11 semanas 
 
• No Brasil, é um dos parasitos gastrointestinais de maior importância e 
possui potencial zoonótico 
• Potencialmente amplificado em regiões com saneamento e higiene deficientes 
• No Brasil não existe levantamentos amplos em relação a positividade desses 
parasitos em canídeos e felídeos 
 
• A sintomatologia clínica vai depender de alguns fatores, como: idade do 
animal, carga parasitaria, localização do parasito no corpo do hospedeiro e 
estágio de desenvolvimento dos helmintos 
• Infecções intensas em filhotes de cães e gatos podem resultar em déficit 
nutricional, diarreia, perda de peso/apetite, desidratação, constipação e 
distensão do abdômen, em alguns casos pode levar o animal a óbito, devido a 
obstrução dos ductos biliares e pancreáticos causados pelas larvas 
• A sintomatologia em cães adultos é mais branda 
• A infecção pré-natal pode ser responsável por nascimentos prematuros ou 
abortos 
• Em gatos, a rota traqueal não é comum uma vez que a fonte primaria da 
infecção pelo verme é a transmamária 
• As infecções são comuns em filhotes jovens com idade inferior a seis meses. 
Após essa idade há o desenvolvimento da imunidade adquirida, conhecida 
como teoria da idade-resistente, a qual sugere que com o aumento da idade 
do animal, as larvas teriam dificuldade em se transformar em adultos e a 
migração somática aumentaria 
• Nos humanos o quadro clínico pode variar de assintomático a fatal sendo 
dependente de fatores como a carga parasitaria, idade do indivíduo, padrão 
de migração larval e resposta imune do hospedeiro 
• O método de análises sorológicas pode ser útil, além dos testes 
coproparasitológicos que são os mais utilizados 
• Pode ser diagnosticada por meio da observação direta das fezes, onde é 
possível observar os ovos 
 
• É fácil de ser tratada, mas se não for tratada a tempo, pode levar a 
degeneração e deterioração gradual e crônica de diferentes órgãos 
• O ideal seria fazer o tratamento de cães e gatos a partir da 6 semana de 
vida, pois é quando está havendo a maturação da imunidade do animal. E 
repetir o mesmo tratamento após 2-4 semanas 
• Pode ser tratado com vermífugos, sendo importante continuar o 
tratamento mesmo que não existam mais sintomas 
• Fármacos utilizados: fembendazol, albendazol, tiabendazol e/ou mebendazol 
 
• Limpeza frequente dos locais onde os animais ficam 
• Para prevenir reinfecção – limpar ou substituir tudo, principalmente 
caminhas e canis 
• Áreas onde os animais evacuam deve ser limpas e fezes devem ser removidas 
diariamente

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