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Helmintologia veterinária - parasitologia

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Cestoda 
Localização: A forma adulta habita o intestino delgado de mamíferos e aves. A forma larval, ou 
metacestódeo, localiza-se em diversos tecidos e órgãos: músculos lisos e estriados; tecido 
subcutâneo; fígado, pulmão e baço; sistema nervoso de mamíferos, aves e peixes; e cavidade geral 
de artrópodes. 
Morfologia 
• Escólex (adesão): porção anterior mais ou menos cilíndrica, cônica ou globosa com a parte 
anterior saliente, denominada rostro ou rostelo (rostellum), que se destina à fixação nas 
vilosidades intestinais do hospedeiro. 
Reprodução: hermafroditas e heteroxenos, podendo ou não se reproduzir assexuadamente. 
Formas larvares 
• Cisticerco: vesícula pequena, semitranslúcida, que tem, no interior, um único protoescólece, 
podendo ou não apresentar rostelo e acúleos. Nesse tipo larvar, o hospedeiro intermediário 
é um vertebrado. 
Taenia solium e saginata 
Forma larval do tipo cisticerco. 
Taenia solium 
Doenças 
Teníase. Doença ocasionada no hospedeiro definitivo, que tem o verme adulto 
Cisticercose. Doença ocasionada no hospedeiro intermediário, que tem a forma larval do cestódeo. 
Hospedeiros 
Definitivos: seres humanos 
Intermediário: suíno 
Localização: A forma adulta vive no intestino delgado do ser humano e a forma larval, tanto em 
humanos como em suínos no tecido interfascicular dos músculos lisos e estriados com maior 
oxigenação e alguns órgãos, como fígado, cérebro e olhos. 
Ciclo: Os segmentos grávidos são excretados nas fezes; Os ovos também podem resistir à 
destruição por um tempo relativamente longo. Após a ingestão por um suíno suscetível a oncosfera 
se desloca, via sangue, até os músculos estriados. Podendo também se desenvolver em outros 
órgãos, como pulmões, fígado, rins e cérebro. As pessoas se infectam após a ingestão de carne de 
porco malcozida ou crua, contendo cisticercos viáveis. O hospedeiro humano final também pode 
atuar como hospedeiro intermediário e tornar-se infectado com cisticercos. Isto ocorre mais 
provavelmente em razão da ingestão acidental de ovos de T. solium por meio de mãos sujas ou de 
alimento contaminado (ocasionando cisticersose) 
O cisticerco do suíno ingerido pelo ser humano sofre ação dos sucos gástricos que ativam o 
embrião hexacanto, que desenvagina, fixa-se entre as vilosidades ou no interior das criptas de 
Lieberkühn do intestino delgado e inicia o desenvolvimento dos proglotes. O crescimento é rápido: 
cerca de 60 a 70 dias depois, o cestódeo já mede 2 m, com eliminação de proglotes (teníase) 
Meios de infecção 
Ingestão de ovos: causa a doença 
chamada cisticercose 
Ingestão da forma larval C 
cellulosae: causa a doença 
chamada teníase 
Cisticercose: contaminação por 
ovos do parasita T. solium que 
eclodem gerando cisticercos. 
Teniase: contaminação com 
cisticercos que desencadeia 
infecção causada pelo verme 
adulto. 
Taenia saginata 
Hospedeiros 
Definitivos: seres humanos 
Intermediário: bovino 
Ciclo: Os proglotes saem com as 
fezes ou por movimentos próprios, independentemente da defecação. O C. bovis, após 10 semanas, 
torna-se infectante para humanos. O crescimento da T. saginata é rápido; ela produz cerca de 9 a 
12 proglotes por dia e alcança o estágio adulto em 3 meses. 
Prejuízos de ambas: condenação da carcaça. 
Davaineidae: Ralietina tetragona 
Hospedeiros 
Definitivos: galináceos 
Intermediários: insetos. 
Forma larval. Cisticercoide. 
Localização: forma adulta vive no duodeno dos galináceos e a forma cisticercoide, em 
coleópteros coprófagos e terrícolas, formigas e moscas. 
Ciclo: Os hospedeiros intermediários se infectam pela ingestão de cápsulas ovígeras contidas nas 
fezes das aves parasitadas. Nas aves, a infecção se dá pela ingestão das larvas cisticercoides 
contidas nos hospedeiros, as quais alcançarão o estágio adulto cerca de 2 meses depois. 
Importancia: nódulos caseosos ou calcificados na mucosa e na submucosa intestinal 
Dipylidium caninum 
Hospedeiros 
Definitivo: cães e, eventualmente, 
crianças 
Intermediários: pulgas e piolhos 
mastigadores. 
Localização: intestino delgado de cães e 
humanos e o cisticercoide, na cavidade 
celomática dos insetos. 
Ciclo: Após a ingestão pelo hospedeiro 
intermediário, as oncosferas passam para 
a cavidade abdominal, onde se 
desenvolvem em cisticercoides. Todos os 
estágios de piolhos mordedores podem 
ingerir oncosferas, mas as pulgas 
adultas, com suas partes bucais adaptadas para perfurar, não; assim, a infecção somente é 
adquirida durante o estágio larvário, o qual tem estruturas bucais para mastigar. O hospedeiro final 
é infectado após a ingestão de pulga ou de piolho contendo o cisticercoide, geralmente quando se 
lambem. O desenvolvimento da patência, quando os primeiros segmentos grávidos são excretados, 
demora 3 semanas. 
Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública: Produz a doença chamada dipilidiose. 
Podem ocorrer cólicas, diarreia mucosa e ataques epileptiformes. 
Anophocepahlidae 
Parasitos de equídeos (Anophocephala) e ruminantes (Moniezia) 
Anophocephala 
Hospedeiros 
Definitivos: equídeos 
Intermediários: ácaros oribatídeos de vida livre 
Forma larval: Cisticercoide. 
Localização: A forma adulta localiza-se na válvula ileocecal, raramente no cólon de equinos e a 
forma larval, na hemocele dos ácaros. 
Ciclo: Os proglotes maduros são eliminados em cadeia ou isolados e dissolvem-se durante o 
trajeto intestinal. Liberam no meio exterior, com as fezes, ovos com aparelho piriforme, que são 
ingeridos por ácaros oribatídeos. Os equinos ingerem os hospedeiros intermediários com as larvas 
infectantes e a ação dos sucos digestivos rompe a membrana da larva, liberando o embrião, que se 
fixa na mucosa intestinal, no nível da válvula ileocecal, e chega à forma adulta em cerca de 1 a 2 
meses. 
Importancia na medicina veterinária: formação de membranas diftéricas, hipertrofia e estenose 
da válvula ileocecal, causando cólicas de difícil diagnóstico. 
Moniezia 
Parasitos de ruminantes 
Hospedeiros 
Definitivos: ovinos e caprinos 
Intermediários: ácaros oribatídeos dos gêneros Oribatula, Ceratozetes e Galumna. 
Forma larval. Cisticercoide. 
Localização. A forma adulta localiza-se no intestino delgado de ovinos e caprinos e o 
cisticercoide, na hemocele dos ácaros. 
Ciclo evolutivo: os ovos ingeridos por ácaros oribatídeos ou insetos da ordem Psocoptera 
liberam o embrião, que passa para a hemocele, originando a larva cisticercoide. O hospedeiro 
intermediário, depois de deglutido, libera o embrião, que se fixa na mucosa intestinal e inicia o 
desenvolvimento dos proglotes. 
Importancia: relacionada com diarreia; 
Moniezia benedeni: bovinos 
Moniezia expansa: ovinos e caprinos 
 
Nematoda 
A maioria dos gêneros apresenta dimorfismo sexual, é ovípara e seu meio de infecção é pela 
ingestão de L3. 
• corpo cilíndrico, com pseudoceloma (cavidade corporal) 
• simetria bilateral revestido por uma cutícula externa resistente de cor clara. 
• Dimorfismo sexual (embora existam fêmeas partenogenéticas). Os machos são menores que 
as fêmeas e têm espículos para a cópula 
Forma infectante para o hospedeiro: a maioria dos nematoides chega até o hospedeiro pela 
ingestão da larva L3 dentro do ovo ou livre. Alguns gêneros de parasitas podem penetrar 
ativamente a pele íntegra do hospedeiro e outros necessitam de artrópodes hematófagos para a 
sua dispersão. 
Meios de infecção 
• Picada de insetos 
• Ingestão de ovos 
• Ingestão de larvas 
• Ingestão do hospedeiro intermediário (HI) 
• Infecção cutânea (penetração). 
Rhabditida – Strongyloides 
Os parasitos fêmeas são partenogenéticos 
Localização: parasitos fêmeas vivem embebidos na mucosa do intestino delgado. Não há parasitos 
machos. 
Ciclo: Somente fêmeas partenogenéticas parasitam o intestino delgado. Estas fazem postura de 
ovos, que saem ao meio exterior com as fezes. Esses ovos, em condições ambientais favoráveis,embrionam, desenvolvendo L1, L2 e L3 parasitas. O 
hospedeiro se contamina por meio da penetração das 
larvas L3 na pele e estas migram, pelas arteríolas, para 
o coração e o pulmão. Nos bronquíolos, a L3 passa a L4 
e segue para brônquios, traqueia e laringe, onde são 
deglutidas. No tubo digestivo, tornam-se adultos, que 
se fixam no intestino e passam a ser chamados de 
fêmeas partenogenéticas. 
Importância na medicina veterinária e saúde 
publica: irritação, inflamação local e dermatite 
localizada (que pode ser purulenta); processos 
inflamatórios, como bronquite e pneumonia; erosão das 
vilosidades intestinais, provocando infecção e levando à 
enterite catarral; diarreia, má absorção alimentar e 
desidratação, o que acarreta diminuição do 
desenvolvimento dos animais jovens. 
Diagnóstico: Em coprocultura, a L3 tem esôfago 
filariforme, que ocupa quase metade do corpo; a cauda é 
tripartida, mas, quando vista no microscópio, parece 
uma forquilha. 
Strongylida 
Gênero Oesophagostomum 
Espécie Oesophagostomum radiatum: Bovinos e bubalinos (HD) 
Ciclo: o hospedeiro definitivo ingere as L3 e estas penetram na mucosa de qualquer parte do 
intestino delgado ou grosso, formando nódulos evidentes, onde se dá a muda para L4. As L4 
emergem para a superfície da mucosa e migram para o cólon, a fim de se desenvolverem até 
adultos. 
Espécie Oesophagostomum columbianum: Ovinos e caprinos. 
Oesophagostomum dentatum: suínos 
➔ Possível penetração pela pele 
➔ Relacionada com enterite catarral 
Superfamília Ancylostomatoidea – Espécie Ancylostoma caninum 
Hospedeiros. Cães, raposas e, ocasionalmente, humanos. 
Localização. Intestino delgado. 
Ciclo: Os ovos são liberados para o meio ambiente com as fezes. As larvas L1 podem eclodir, 
passar a L2 e desenvolver a forma L3 em 5 dias. A infecção ocorre pela penetração cutânea ou 
ainda pela ingestão da L3. Hospedeiros paratênicos (que têm a L3) podem ser importantes na 
transmissão. Na infecção percutânea, as larvas migram pela via sanguínea para os pulmões, onde 
se desenvolvem em L4 nos brônquios e na traqueia, são deglutidas e chegam ao intestino delgado, 
onde se desenvolvem até a forma adulta. Se a infecção ocorrer pela ingestão da L3, as larvas 
podem penetrar a mucosa bucal e migrar para os pulmões ou ir diretamente ao intestino e 
tornarem-se patentes. Em cadelas suscetíveis, parte das L3 que migram até os pulmões alcança 
os músculos esqueléticos, onde ficam latentes. Quando a cadela fica prenhe, há reativação das L3, 
eliminadas no leite durante aproximadamente 3 semanas após o parto, infectando, assim, a 
ninhada. 
Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública: caninos até 1 ano, que, em geral, 
apresentam anemia grave e diarreia (pode conter sangue e muco). Pode ter dificuldade 
respiratória. 
Diagnóstico: sinais clínicos presentes e exame hematológico e fecal. 
Controle: anti-helmíntica e higiene adequada 
Genero Trichostrongylus – Trichostrongylus axei 
Altera o pH do abomaso e/ou do intestino delgado e, como consequência, haverá aumento do 
crescimento bacteriano, promovendo diarreia, que pode ser negra e fétida em casos mais graves. 
Pode ocorrer desidratação e até morte, o que resulta em grave impacto econômico na produção. 
Hospedeiros. Equinos, bovinos, ovinos, caprinos, suínos e, raramente, humanos. 
Localização. Estômago e abomaso. 
Ciclo biológico da família Trichostrongylidae 
A fase de vida livre começa com a contaminação do pasto através dos ovos presentes nas fezes do 
hospedeiro. Nas primeiras 24 horas, a larva se desenvolve dentro do ovo evoluindo para L1, larva 
de primeiro estágio. A L1 eclode do ovo e é liberada no bolo fecal onde se alimenta de organismos 
em decomposição. Posteriormente, a L1 muda para larva de segundo estágio (L2), realizando uma 
mudança da cutícula protetora que a envolve. As L2 continuam se alimentando e se desenvolvendo 
até mudarem para larva infectante de terceiro estágio (L3), onde retém a cutícula da fase anterior, 
apresentando dupla cutícula. As larvas infectantes saem do interior bolo fecal e migram para a 
pastagem, que será ingerida pelo hospedeiro. A fase parasitária tem início assim que as larvas 
infectantes de terceiro estágio são ingeridas e perdem a bainha após penetrarem o rúmen do 
hospedeiro (exceto pela espécie Trichostrongylus colubriformis, onde o desembainhamento ocorre 
no abomaso). Após alojarem-se nos devidos órgãos (abomaso ou intestino delgado), as larvas 
infectantes sofrem mais duas ecdises: evoluem para parasito imaturo (L4) onde há diferenciação 
dos órgãos reprodutores, e posteriormente para parasito adulto (L5), maduro sexualmente. Os 
vermes maduros copulam e a fêmea inicia o processo de ovipostura, após atingirem este estágio, 
não há mais migração através do trato gastrintestinal. 
Gênero Haemonchus 
Hospedeiros. Ovinos, caprinos (H. contortus) e bovinos (H. placei) 
Localização. Abomaso. 
Ciclo: É direto. As fêmeas colocam até 15 mil ovos/dia. Os ovos passam para L1 no pasto e se 
desenvolvem em L3 em um período de 5 dias. Após a ingestão e o desencapsulamento no rúmen, a 
L3 realiza duas mudas no interior das glândulas gástricas. Até o desenvolvimento da última muda, 
penetram na mucosa, onde se alimentam de sangue. Depois, os adultos migram livremente na 
superfície da mucosa. 
Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública: Anemia, fezes de cor escura e morte 
súbita, em função da aguda perda de sangue. Há gastrite hemorrágica intensa (hiperaguda); 
hipoproteinemia, edema submandibular, ascite, letargia, fezes escurecidas e queda de lã, o que 
leva o animal à óbito. 
Diagnóstico: A anamnese e os sinais clínicos são suficientes para estabelecer o diagnóstico em 
infecções agudas, com identificação e contagem de ovos nas fezes. 
ORDEM ASCARIDIDA 
Ascaridia galli 
Ciclo: O ciclo evolutivo é direto (sem migração). A ave ingere o ovo com a L3 (estádio infectante), 
que eclode no intestino delgado, onde passa a L4 e adultos (machos ou fêmeas). Há cópula e a 
fêmea faz a postura dos ovos, que são levados ao meio ambiente com as fezes. No interior do ovo, 
em condições de temperatura (28°C) e umidade adequadas, há a formação de L1, L2 e L3. 
Importancia: helmintos mais comuns de aves. 
Diagnóstico: é feito por meio da observação da presença de ovos no exame de fezes por técnicas 
de flutuação. 
Controle: anti-helmínticos na água ou na ração. 
Asacris suum 
Hospedeiros: suínos 
Ciclo biológico: Os suínos ou os humanos se infectam ao ingerirem o ovo (1) com a L3 ou ao 
ingerirem os hospedeiros paratênicos (minhocas ou besouros; 2) com a L3, que é liberada no tubo 
digestivo (intestino delgado). A L3 penetra 
na mucosa (3), por via linfática segue para 
os linfonodos e, pela veia porta, para fígado 
(4), coração e pulmão (5). A muda para L4 
ocorre nos alvéolos; as larvas L4 chegam à 
glote (6), são deglutidas e alojam-se no 
intestino delgado, passando a adultos. As 
fêmeas fazem a postura de até 200.000 
ovos por dia, que saem nas fezes (7). O ovo, 
quando sai nas fezes, não está larvado (8), 
mas, para ser infectante, precisa ocorrer a 
formação da L3 seu interior (9). 
Diagnóstico: É feito por meio da 
observação da presença de ovos no exame 
de fezes pelas técnicas de flutuação. 
Controle: Limpeza e esterilização do ambiente com produtos químicos ou água fervente; anti-
helmínticos; evitar o contato dos animais com as fezes; 
Parascaris equorum 
Equinos 
Ciclo: Nos ciclos de ascarídeos de mamíferos, os animais jovens são os mais parasitados e 
suscetíveis, pois ocorre a transmissão da L3 por meio do leite durante a amamentação. Ciclo 
semelhante ao Ascaris suum. A forma infectante é o ovo com a L3. 
Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública: cólica e obstrução no intestino delgado 
de potros. Pode causar lesões no fígado e nos pulmões. 
Diagnostico: Exame parasitológico das fezes dos equinos pelas técnicas de flutuação.Toxocara canis 
Hospedeiros 
Definitivos: Cães. 
Localização: Intestino 
delgado. 
Ciclo: As fêmeas fazem a 
postura dos ovos, que 
saem nas fezes, e 
formam-se L1, L2 e L3 
dentro do ovo. Há 4 
maneiras de infecção: 
Por ingestão de ovo 
larvado: o hospedeiro 
definitivo ingere os ovos com L3 e as larvas são liberadas no tubo digestivo e penetram na 
mucosa do intestino delgado. Pela circulação porta, seguem para o fígado, depois para o coração e 
para os alvéolos pulmonares, onde fazem a muda para L4; chegam à glote, são deglutidas e 
migram novamente ao intestino, onde mudam para a fase adulta. A ingestão dos ovos larvados com 
L3; estes eclodem e as larvas alcançam os pulmões (não migram até a glote), adentram à 
circulação de retorno para o coração e são bombeadas pela aorta para as diferentes partes do 
corpo, onde se mantêm ativas por anos nos tecidos. 
• Via transplacentária: em fêmeas gestantes, as larvas passam pelo sangue arterial e 
podem contaminar o feto. Se a cadela se contaminar antes da gestação e tiver as larvas na 
musculatura, em virtude das alterações hormonais, elas podem ser reativadas e contaminar 
o feto (hipobiose). É a forma de contaminação mais importante nos cães; 
• Via trasmamaria; 
• Hospedeiros paratemicos. 
Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública: em humanos atinge o fígado causando 
lesões hepáticas. Em cães e gatos pode causar pneumonia, enterite mucoide e até oclusão parcial 
ou completa do intestino e, em casos mais raros, perfuração com peritonite. 
Diagnóstico: evitar que os hospedeiros tenham contato com os ovos larvados; benzimidazóis ou 
piperazina; Filhotes devem ser tratados com 2 semanas de vida. 
Ordem Spirurida 
Diroͅlaria immitis 
Hospedeiros 
Definitivos: cães, ocasionalmente gatos e raramente humanos 
Intermediários: mosquitos Culicidae. Localização. Ventrículo direito e artéria pulmonar 
Ciclo: Os adultos habitam o coração e a artéria pulmonar. As L1 (microfilárias) são eliminadas 
pelas fêmeas na circulação sanguínea e são ingeridas pelo mosquito durante o repasto sanguíneo. 
O desenvolvimento até L3 dura aproximadamente 15 dias; nesse período, as L3 dirigem-se para a 
região da cabeça do mosquito, instalam-se nas peças bucais e, durante o repasto sanguíneo do 
mosquito, infectam o cão. As L3 inoculadas no cão migram para o tecido subcutâneo, sofrem duas 
mudas e, como adultos 
jovens, migram pela 
circulação venosa até o 
coração, onde chegam à fase 
adulta. 
PPP: De 6 a 8 meses. Pode 
ocorrer transmissão 
transplacentária. 
Importância em Medicina 
Veterinária e Saúde 
Pública: Distúrbios 
circulatórios; intolerância a 
exercícios; tosse crônica 
branda no final da doença; 
ascite. 
Diagnóstico: realização de testes sorológicos e moleculares além de esfregaços utilizando a 
técnica da gota espessa ou de Knott. Sendo também interessante a realização de diagnóstico 
diferencial para Dipetalonema, espécie a qual possui microfilárias constituídas de bainhas. 
Cultura e identificação de larvas 
O objetivo da técnica de coprocultura é fazer uma cultura com as fezes parasitadas por ovos (que 
não possuem dimorfismo) até a eclosão das larvas e realizar a identificação de larvas L3 
infectantes de nematoides (Haemonchus, Ostertagia, Trichostrongylus, Cooperia, Bunostomum), já 
que existem diferenças morfológicas entre elas. 
Coprocultura: Nesta técnica é necessário coletar de 20-30g de fezes frescas, retiradas 
diretamente da ampola retal do animal, em seguida elas devem ser misturas com um pouco de 
água a uma serragem ou bolinhas de isopor. Deixa em cultivo por 7 dias, borrifando água todos os 
dias. Após os 7 dias encher de água até dar menisco e deixar de cabeça pra baixo por 2/3 horas. 
OPG: pega 4 g de fezes e dilui em 26 ml de solução saturada. Coar a mistura e preencher a 
câmara de mac master com o material para posterior análise em microscópio. 
Tecnica de Willis (flutuação): Tem como objetivo detectar ovos leves. Colocar 10g de fezes na 
tampa do frasco de Borrel ou no próprio recipiente onde estão as fezes. Homogeneíza-las com um 
pouco de solução saturada de sal (NaCl). Completar o volume até a borda do frasco. Colocar na 
boca do frasco uma lâmina, que deverá estar em contato com o líquido. Deixar em repouso por 10 
minutos (pois corpos menos densos tendem a flutuar sobre uma solução salina densa). Findo esse 
tempo, retirar rapidamente a lâmina, deixando a parte molhada voltada para cima. Corar com 
Lugol, cobrir com lamínula e examinar com objetiva 10x 
Tecnica de Hoffman (sedimentação) Tem como objetivo detectar ovos pesados. Consiste em 
uma mistura das fezes com água, sua filtração por uma gaze cirúrgica (ou parasitofiltro) e 
manutenção em repouso, formando uma consistente sedimentação dos restos fecais ao fundo do 
cálice. Uma alíquota do sedimento é pipetada sobre lâmina, é feito um esfregaço e observado em 
microscópio. Este método detecta a presença de ovos nas fezes, principalmente os pesados, após 
coloração com lugol. O processo se da: 1) Tomar 2 a 4 gramas de fezes e desmanchar em frasco 
de borrel contendo água com auxílio de um bastão de vidro ou plástico; 2) Coar a emulsão por 
meio de gaze dobrada em 4 ou uma tela de plástico ou metal limpa, para dentro de um cálice de 
sedimentação cônico; 3) Completar o volume do cálice acrescentando mais água e misturando bem 
o conteúdo; 4) Deixar sedimentar por 2 horas; 5) Com uma pipeta Pasteur, retirar pequena 
amostra de sedimento do vértice do cálice, colocá-la sobre uma lâmina e cobrir com lamínula. Não 
é necessário corar os ovos, mas se houver interesse em reconhecer também os cistos de 
protozoários, juntar um pouco de lugol. 
Controle de nematódeos de ruminantes 
Sua vantagem mais significativa é a redução do número de tratamentos aplicados, o que auxilia na 
diminuição do desenvolvimento da resistência a antihelmínticos. É um método de tratamento 
seletivo, ou seja, objetiva vermifugar somente os animais do rebanho que apresentam anemia, 
facilmente visualizada na mucosa ocular dos ovinos. 
Referencias 
TAYLOR, Mike A.; COOP, Robert L.; WALL, Richard L. Veterinary parasitology. John Wiley & 
Sons, 2015. 
 
MONTEIRO, Silvia Gonzalez. Parasitologia na medicina veterinária. 2. ed. Rio de Janeiro: Roca, 
2017.

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