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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Professor(a): Tom DanTas assunto: o Percurso Da arTe IV – a arTe conTemPorânea frente: PorTuguês IV OSG.: 119201/17 AULA 22 EAD – MEDICINA Resumo Teórico Novas tendências da arte contemporânea: manifestações artísticas dos séculos XX e XXI Im ag en s: 1 23 RF /E as yp ix B ra si l A arte contemporânea A arte contemporânea decorre da manifestação em diversas modalidades, estilos, movimentos MONDRIAN, Piet (1872-1944). Composição com Amarelo, Azul e Vermelho, 1937-42. Óleo sobre tela. D om ín io P úb lic o e técnicas. É fato que a ampla variedade de estilos da arte contemporânea incorpora os ritmos abstratos da tinta salpicada de Jackson Pollock. Lembre-se de que o Abstracionismo apresenta uma série de abordagens distintas, como os ritmos dinâmicos de Jackson Pollock e a geometrização de ângulos retos da composição em vermelho, amarelo e azul de Piet Mondrian. Neste, as linhas e os retângulos sugerem a precisão mecânica da máquina. Para Mondrian, a eliminação do real e do visível era não só um requisito estético, mas também um princípio filosófico. Foi no Modernismo que os artistas produziram pinturas não somente com materiais tradicionais – como o óleo sobre tela –, mas também com quaisquer materiais disponíveis – como sucata, cabelo, pelúcia e plástico. Essas inovações contribuíram para a ampliação dos estados da arte, surgindo aí as chamadas arte conceitual e arte performática. Em razão disso, ampliou-se a definição de arte, que passou a incorporar, além de objetos, ideias e ações. 2F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo OSG.: 119201/17 © T he P ol lo ck -K ra sn er F ou nd at io n/ A U TV IS , B ra si l, 20 16 . POLLOCK, Jackson (1912-1956).Uno, número 31,1950. Características da arte contemporânea É difícil apontar com precisão as características que retratam a arte contemporânea, mas é possível afirmar que o tom polêmico e a diversidade de estilos acompanham toda a produção da arte na contemporaneidade. Para alguns teóricos, a tentativa de criar pinturas e esculturas voltadas para si mesmas é uma característica própria da produção dessa arte, o que a distingue daquilo que era produzido em anos anteriores, que se voltava para a transmissão de ideias de instituições políticas ou religiosas. Como os artistas no século XX não mais eram financiados por essas instituições, suas impressões pessoais passaram a fazer parte da composição de suas obras, o que caracteriza liberdade criadora. Vale ressaltar que, embora essas instituições não mais patrocinassem obras, muitos artistas contemporâneos chegaram a transmitir mensagens políticas ou mesmo religiosas. A exemplo dessas mudanças, têm-se o pintor russo Wassily Kandinsky, que combinou cor e abstração a fim de expressar uma realidade espiritual que foge ao senso comum, e o pintor alemão Otto Dix, que criou obras de cunho político com o intuito de criticar o governo alemão. Há outros teóricos que defendem a ideia de que a arte contemporânea é rebelde por natureza, ficando essa característica em evidência quando se buscam surpreender e inovar para que se mostre original aos olhos do observador. Oriundo da expressão militar avant-gard, o termo vanguarda é comumente aplicado à arte contemporânea para designar o que é novo, moderno, original ou avançado. Foi no século XX, por exemplo, que os artistas tentaram redefinir o significado de arte ou ampliar sua definição, o que permitiu a expansão de conceitos, materiais e técnicas. Em 1917, o francês Marcel Duchamp expôs objetos utilitários, como uma roda de bicicleta e um urinol, afirmando ser obras de arte. Começava aí a grande revolução artística que se desenvolverá por todo o século XX e início do século XXI. Com esse avanço, alguns artistas também apresentaram modos diferentes de ver a arte: Allan Kaprow, nas décadas de 1950 e 1960, chegou a usar o próprio corpo como veículo artístico nas suas representações de arte; Robert Smithson, na década de 1970, utilizou-se de elementos do meio ambiente, como terra, rochas e água, para compor suas esculturas. Com isso, muitas pessoas passaram a considerar arte contemporânea a tudo que é inovador, radical e perturbador. Outra característica que se destaca na produção da arte contemporânea é o fascínio pela tecnologia moderna. Há também a utilização de mecanismos de reprodução, tais como: a fotografia e a impressão tipográfica. É preciso chamar atenção para o fato de que artistas como Umberto Boccioni e Pablo Picasso trouxeram, no início do século XX, novidades à arte ocidental: o primeiro, italiano, procurou glorificar a precisão e a velocidade da era industrial em suas pinturas e esculturas; já o segundo incorporou a colagem, que usava recortes de jornais e revistas, ao seu trabalho artístico. Além disso, Picasso valorizou as máscaras africanas, utilizando-as em seu trabalho. Seguindo o impulso da espontaneidade da arte infantil, o francês Henri Matisse e o suíço Paul Klee se destacam. Sob outra visão, fala-se que a arte contemporânea busca inspiração na cultura popular. Talvez seja por isso que Roy Lichtenstein tenha transportado o estilo e as histórias em quadrinhos para suas telas e Andy Warhol tenha representado as populares sopas Campbell. Salienta-se aqui que, por mais que as barreiras entre arte de elite e cultura popular tenham sido quebradas por meio das obras de Picasso, Lichtenstein e Warhol, a produção de artistas, como Mondrian e Pollock, não cedeu a esses apelos. Por tudo isso é que se pode afirmar que a arte contemporânea é diversa, não podendo limitar-se a uma definição ou mesmo a um estilo, uma vez que são vários os artistas e os modos de se fazer arte na contemporaneidade. Vejamos alguns a seguir. A década de 1960 – Arte contemporânea Alguns críticos e estudiosos tendem a fixar, na década de 1960, o início da arte contemporânea, sobretudo com o advento da art pop e do minimalismo, que é um rompimento em relação ao que se vinha fazendo em termos de arte moderna. Por isso, fala-se em arte pós- moderna ou arte contemporânea para tudo aquilo que é produzido a partir dessa década. A partir de então, não se pode mais pensar a arte limitada a categorias como a pintura e a escultura, assim como não se deve pensá-la somente com valor visual, já que as percepções – auditivas, olfativas, táteis etc – humanas passam a ser exploradas. De experiências culturais diversas, a cena artística contemporânea, devido aos vários atores sociais, alia política e subjetividade, uma vez que explodem os enquadramentos sociais e artísticos do Modernismo. Nesse contexto, novas orientações artísticas partilham um espírito comum na tentativa de imbuir a arte das coisas do mundo, da natureza, da realidade urbana e da tecnologia. É possível às obras articular linguagens diversas, como dança, música, teatro, escultura e literatura, o que desafia as classificações habituais e coloca em discussão o caráter das representações artísticas e a definição de arte. Vale frisar que tanto a Pop Art quanto o Minimalismo dialogam com o expressionismo abstrato que os antecede. POP ART © T he A nd y W ar ho l F ou nd at io n fo r th e V is ua l A rt s, In c. / A U TV IS , B ra si l, 20 16 . WARHOL, Andy( 1928-1987). Montagem com obras. 3 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// OSG.: 109201/17 Módulo de estudo © Ju dd F ou nd at io n, D on al d, Ju dd /A U TV IS , B ra sil , 2 01 6. DONALD, Judd(1928-1994). Estrutura de aço inoxidável. Pop Art Nenhuma outra corrente artística do século XX entrou no uso comum com impacto tão grande quanto a Pop Art. Note que, no dia a dia, é difícil definir alguém como sendo expressionista ou cubista, já o termo pop se vulgarizou e passou a ser aplicado a qualquer coisa, que vai desde a música a um corte de cabelo. Embora tenhasurgido em Londres, na década de 1950-60, a Pop Art encontra seu espaço a partir da produção norte- americana. Diferentemente do Dadaísmo, a Pop Art não é motivada pelo desprezo ou pela animosidade contra a civilização atual; pelo contrário, tem na cultura comercial sua matéria-prima. De estado figurativo, a Pop Art não compartilha o caos ou mesmo o tom agressivo do Dadaísmo em relação aos valores estabelecidos pela arte moderna. Recorrendo aos recursos da publicidade, aos elementos do consumo diário, aos ícones do cinema, da música e da política e aos meios de comunicação em massa – como os cartazes publicitários, as histórias em quadrinho, a TV e o cinema –, a Pop Art, ao passar dos anos, tem se caracterizado como uma arte consumível, transitória, sexy, popular, produzidas em massa, jovens, humorísticas e glamorosas. Os artistas da camada pop se apoderam de produtos da arte comercial – fotografia, publicidade, ilustrações de revistas e histórias em quadrinho –, que satisfaziam o gosto popular. Para eles, nesse ambiente, havia um aspecto essencial do ambiente visual contemporâneo que havia sido menosprezado pelos representantes da cultura acadêmica. Principais nomes da Pop Art Roy Lichtenstein Talvez o melhor artista que LICHTENSTEIN, Roy(1923-7997). Garota ao Piano,1963. Coleção da família Harry N. Abrams, Nova York. © E st at e of R oy L ic ht en st ei n/ A U TV IS , B ra si l, 20 16 . representa a Pop Art seja mesmo Roy Lichtenstein. Ele recorreu às histórias em quadrinhos – ou melhor, às imagens padronizadas dos quadrinhos convencionais que se voltam para a ação violenta e o amor sentimental, mais do que para as histórias que carregam a marca do indivíduo que as criou. Suas pinturas como, por exemplo, Garota ao piano, são grandes ampliações dos quadrinhos, incluindo os balões, os contornos pretos simplificados e impessoais, e os pontos usados para imprimir as cores em papel barato. Talvez esses quadros sejam os mais paradoxais de toda a Pop Art. O que fascina Lichtenstein nas histórias em quadrinhos – e o que ele nos faz ver pela primeira vez – são as rígidas convenções de seu estilo, tão firmemente estabelecidas e tão distantes da vida quanto às regras da arte bizantina. Como um ícone, sua pintura espelha dessa forma os ideais e esperanças de nossa cultura, e o faz de uma forma que todos sabem “ler”. JANSON, H.W & JASNSON, Anthony. Iniciação à história da arte. Tradução Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: 3ª edição. Editora WMF Martins Fontes, 2009. P. 396. • Outras obras do artista A obra Moça com bola, de 1961, foi feita com base em um anúncio publicado no suplemento dominical do jornal norte-americano The New York Times. Tratava-se da propaganda de um hotel localizado em Pocono, região turística do Estado da Pensilvânia. © E st at e of R oy L ic ht en st ei n/ A U TV IS , B ra si l, 20 16 . LICHTENSTEIN, Roy (1923-1997). Moça com a bola,1961. Museu de Arte Moderna de Nova York Andy Warhol © T he A nd y W ar ho l F ou nd at io n fo r th e V is ua l A rt s, In c. A U TV IS , B ra si l, 20 16 . WARHOL, Andy (1928-1987). Marilyn Monroe, 1967.Coleção particular. Andy Warhol (nascido Andrew Warhola; Pittsburgh, 6 de agosto de 1928 — Nova Jersey, 22 de fevereiro de 1987) foi um empresário, pintor e cineasta norte-americano, bem como figura maior do movimento de Pop Art. Para muitos, Andy Warhol foi a encarnação do sonho americano. A imaginação, a criatividade e a fascinação chegaram a transformar Andy na superestrela do pop americano. O artista, ainda em vida, chegou a ser rico e muito famoso. Soube como ninguém aproveitar a importante transformação social dos anos 1960 nos Estados Unidos. Andy contribuiu para a nossa maneira de ver o mundo, o que faz dele um artista diferenciado. Sem dúvida, a tríade da genialidade artística do século XX é composta por Picasso, Dalí e Andy Warhol. 4F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo OSG.: 119201/17 A expressão pop art, que tanto foi difundida pelo artista americano, deve-se na verdade, ao crítico britânico Lawence Alloway, que a usou, em meados dos anos 1950, para se referir à cultura popular oriunda dos produtos advindo dos meios de comunicação em massa. Esse movimento artístico apareceu nos Estados Unidos por volta de 1960 e alcançou extensa repercussão internacional. A fonte de criação para os artistas ligados a esse movimento era o dia a dia das grandes cidades norte-americanas, pois sua proposta era romper qualquer barreira entre a arte e a vida comum. A arte de Andy Warhol refletia as imagens, os ambientes, ou seja, a vida que a tecnologia industrial criou nos grandes centros urbanos. Não se pode esquecer de que os recursos utilizados pelo artista americano são semelhantes aos dos meios de comunicação e massa, como o cinema, a publicidade e a tevê. Sendo assim, a pop art se alimenta dos símbolos e dos produtos industriais dirigidos às massas urbanas, como automóveis, eletrodomésticos, enlatados e, inclusive, imagens de personalidades da política, da música e do cinema. A exemplo disso, tem-se a obra Marilyn Monroe. Nesta obra, Warhol reproduz imagens da atriz hollywoodiana em sequência fotográfica. Vale frisar que, embora haja variações de cor, os traços da musa do cinema permanecem inalteráveis. Essa obra revela que, assim como os enlatados produzidos em série, as imagens de celebridades também podem ser manipuladas para o consumo do público em geral. Arte Minimalista O minimalismo reflete o esforço mínimo despendido pelos artistas ao produzir suas obras. Por isso, o termo passou a ser aplicado à produção de artistas escultores – Carl Andre Dan Flavin, Donald Judd, Robert Morris etc – em Nova Iorque na década de 1960. Na produção desses artistas, encontram-se objetos simplificados em que não se faz tentativa de representação ou de ilusão. Os artistas minimalistas demonstravam preferência por materiais e métodos da produção em massa, tais como: plaxiglas, alumínio, vigas de madeira, luzes fluorescentes, aço galvanizado e azulejos de magnésio. Como a arte minimalista costuma apresentar repetição em série, Judd costumava afirmar que não havia hierarquia na composição e que ela não provoca qualquer reação emocional, pois o objeto se destaca sozinho no espaço real, não precisando do observador para ser completado. Na arte minimalista, o fundamentalismo do tridimensional surge apoiado na composição de obras que partem de cubos ou caixas feitos à máquina, de azulejos de chão e luzes de néon, de módulos de grades e estruturas espaciais abertas. As obras minimalistas são aparentemente simples a fim de conduzir a percepção aos seus pré- requisitos básicos, como o ponto de vista e a iluminação. O minimalismo aparece no meio da efervescência cultural americana dos anos de 1960, mas com dicção própria e na contramão da exuberância romântica do expressionismo abstrato. Essa manifestação artística enfatiza formas elementares, em geral, cortes geométricos, sem acentos ilusionistas ou metafóricos. Os objetos minimalistas estão localizados num espaço ambíguo entre a pintura e a escultura. É a realidade física das obras minimalistas que dão verdade a essas obras, pois é despida de efeitos decorativos ou expressivos. Simplicidade, despojamento, neutralidade são a tônica do programa da mininal art. Neste movimento, o suprematismo de Kazimir Malevich (1878 - 1935), o construtivismo abstrato e o De Stijl [O Estilo] de Piet Mondrian (1872 - 1944) são atualizados sobretudo por Donald Judd (1928), Ronald Bladen (1918 - 1988) e Tony Smith (1912 - 1980) em trabalhos abstratos de cunho geométrico, que dialogam de perto com a estética industrial, na forma e materiais empregados. Outro aspecto a ser citado é a forma como R. Morris trabalha suas obras: a escultura deixa o pedestal e se fixa no espaço real do mundo. Para ele, a ênfase da produçãoartística deve recair na percepção, que é definida nas relações de espaço, tempo, luz e campo de visão do observador. Dan Flavin é o prestidigitador da luz e o poeta lírico da arte minimalista. Ele é o clássico minimalista que deixou para trás os exercícios de percepções propostos por Judd e Morris. Seus trabalhos, ou melhor, suas “propostas, como ele gostava de chamar, interpelam o espaço de modo mais radical, uma vez que a luz é difundida no espaço circundante, ocupando-o, cortando-o. Os tubos fluorescentes, nos quais ela combina tamanhos, formatos cores e intensidade de luz, projetam uma ambiência arquitetônica particular, o que ele costumava chamar de “decoração dramática”. © F la vin , D an /A U TV IS , B ra sil , 2 01 6 FLAVIN, Dan(1933-1996). Green. (para Jan e Ron Greenberg),1972-73. Outros nomes para Minimalismo: ABC Art; Arte Elementar; Arte Estruturalista; Arte Modular; Arte Redutiva; Arte Serial; Escultura Gestáltica; Estruturas Primárias; Minimal Art. Arte Cinética – Op Art A Op Art se inspirou em Alberts e, recuando mais no tempo, no Pontilhismo de Seurat e no Orfismo de Delaunay. Vale frisar que os padrões de Seurat – pontilhados com as cores do espectro – forçavam os olhos do observador a juntar os pontos e a condensá-los numa cor e forma compositiva. Nas pinturas e gravuras coloridas de Alberts, o efeito óptico tomou uma forma de uma contínua oscilação entre percepção espacial e planar; nos desenhos e gravuras a preto e branco tomou a forma de um contínuo movimento entre o positivo e o negativo, o convexo e o côncavo. Ocorre a contradição entre o fato físico e o efeito psicológico. Nas pinturas da artista plástica inglesa Bridget Riley, por exemplo, a estimulação óptica tem uma natureza puramente visual. Os elementos pictóricos evocam uma expressividade a partir de mudanças de ritmo, condensação ou relaxamento dos padrões de riscas, pontos, linhas onduladas, formas triangulares, retangulares etc. Ao contrário de Riley, Victor Vasarely esforçou-se por dar às suas experiências artísticas, que derivam fundamentalmente do Construtivismo, uma base científica e teórica exata. É fato que, desde cedo, Vasarely interessou-se cedo por redes, teias e teceduras de todo gênero. Foi esse fascínio que levou Vasarely à forma fundamental infinitamente mutável e permutável da obra de arte na era da reprodução técnica. Na obra de arte que perdeu o seu caráter de objeto de prestígio, prevalecem verdadeiros valores intelectuais, não influenciados pelo valor do mercado. Os principais nomes da Op Art são Riley e Vasarely, pois marcam os polos desse tipo de arte: no primeiro, há a bidimensionalidade e a importância da obra original, embora haja todas as tentativas de objetividade; no segundo, há a tentativa de produzir o múltiplo democrático e negar as fronteiras entre os gêneros. 5 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// OSG.: 109201/17 Módulo de estudo A expressão op art vem do inglês (optical art) e significa “arte óptica”. O seu precursor é Victor Vasarely (1908-1997), criador da plástica do movimento. © V as ar el y, V ic to r/ A U TV IS , B ra si l, 20 16 VASARELY, Victor(1908-1997). Pal-Ket,1973-74. Foi no início da segunda metade do século XX que os centros urbanos europeus começaram a se reerguer dos danos oriundos da Segunda Guerra Mundial e que a economia americana volta a crescer. Nesse contexto, surge a Op Art, que deveria simbolizar as mudanças constantes pelas quais os homens passavam naquela época. Nessa busca, as obras da Op Art passaram a apresentar várias figuras geométricas, em preto e branco ou mesmo coloridas, com o intuito de causar no espectador as sensações de movimento. Sabe-se, inclusive, que, se o observador mudar de posição, terá a impressão de que a obra se modifica, já que os traços se alteram e as figuras se modificam, o que forma uma nova imagem. Por isso, é que se diz que a Op Art, assim como a sociedade contemporânea, está em constante movimento. O atual desenvolvimento da Op Art origina-se em grande parte da obra de Victor Vasarely, um húngaro há muito tempo radicado na França, que tem sido seu principal teórico, assim como seu representante mais criativo. Muitas de suas pinturas, desenhos e construções são simplesmente em preto e branco, como , por exemplo, a grande tela de Vega, assim denominada em homenagem a mais brilhante estrela da constelação de Lira. É um enorme tabuleiro de damas cuja forma regular foi perturbada ao se tornarem inclinadas as linhas que formam os quadrados. © V as ar el y,V ic to r/ A U TV IS , B ra sil , 2 01 6. VASARELY, Victor(1908-1997).Vega,1957. Mas tal descrição não é mais do que uma lista de elementos – não nos diz o que vemos realmente. O tamanho dos quadrados- padrão em relação ao tamanho de todo o campo foi cuidadosamente escolhido com o intuito de nos induzir a relacionar os quadrados pretos numa rede de diagonais quando observamos o quadro a uma certa distância. Mas já que muitos desses quadrados foram distorcidos, seus tamanhos variam consideravelmente, e o maior deles tem uma área mais de dez vezes superior à do menor. Em resultado, independentemente da distância que observamos, nossos olhos receberão dados contraditórios: interpretamos partes do campo visual em termos de diagonais, outras em termos de verticais e horizontais. Dessa forma, o quadro praticamente nos força a mover para frente e para trás, e, ao fazermos isso, o próprio campo parece se mover, expandindo-se, formando ondulações e contraindo-se. Se Vega fosse um objeto tridimensional, a variedade de efeitos a serem observados à medida que nos movimentamos em relação a ele, seria ainda maior, pois receberíamos, nesse caso, conjuntos diferentes de dados contraditórios de cada olho. A pesquisa de sugestões do movimento a partir das sensações ópticas desenvolveu-se principalmente na década de 1960, e as obras derivadas desse movimento tiveram uma exposição coletiva em 1965, no Museu de Arte Moderna de Nova York. Essa concepção da plástica do movimento propiciou a invenção de móbiles por Alexander Calder (1898 -1 976), que associou os retângulos coloridos da tela de Modrian à ideia do movimento. Os primeiros trabalhos de Calder eram movidos manualmente pelo observador. Mas, depois de 1932, ele verificou que se mantivesse as formas suspensas, elas se movimentariam pela simples ação de correntes de ar. © 2 01 4 C al de r Fo un da tio n, N ew Y or k/ A U TV IS , B ra si l, 20 16 . CALDER, Alexander (1898-1976). Snow Flurry II,1948. Embora os móbiles pareçam simples, sua montagem é muito complexa, pois exigem um sistema de peso e contrapeso muito bem estudado para que o movimento tenha ritmo e sua duração prolongue. Sabe-se que essa nova arte – na realidade, todo um conjunto de tendências relacionadas – conhecida como Op Art devido à sua preocupação com a óptica (isto é, o processo físico e psicológico da visão), apesar de ter ganhado força na metade da década de 1950, passou por um desenvolvimento relativamente lento. A Op Art não tem o ímpeto atual e o apelo emocional do Pop Art. Em comparação, parece excessivamente cerebral e sistemática, mais das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da tecnologia. É correto afirmar que o termo cinético está etimologicamente ligado à ideia de movimento. Esse termo foi incorporado ao vocabulário artístico em 1955 por ocasião da exposição Le Mouvement (O movimento), com obras de artistas de diferentes gerações: Marcel Duchamp, Alexander Calder, Vasarely etc. Na arte cinética, o movimento constitui o princípio da estruturação, pois o cinetismo rompe com a condição artística da pintura, apresentando a obra como um objeto móvel, que não somente traduz ou representa o movimento, mas também está em movimento. Como exemplo, têm-se os famosos móbiles de Calder, cujomovimento independe da posição e do olhar do observador. Essas obras são construídas com peças de metal pintadas e suspensas por fios de arame. Assim, elas movem- se ao sabor da aragem mais suave, produzindo efeitos mutáveis em função da luz. Segundo Calder, cabe ao observador contemplar os “desenhos quadridimensionais” inscritos ao movimento das peças. A arte cinética abrange não somente as instalações de móbiles, como também as obras que implicam movimento óptico. Sendo assim, a Op Art também apresenta características da chamada arte cinética. Além dos artistas citados, outros nomes também produziram arte cinética, tais como: Ivan Serpa, Abraham Palatnik e Luiz Sacilotto. 6F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo OSG.: 119201/17 A arte cinética ganha destaque no Brasil a partir da 8ª Bienal, em 1965, da qual participaram artistas como Vasarely e Tinguely. Na 9ª Bienal, em 1967, a arte cinética ganha destaque com a premiação de Julio Le Parc. No início, período da década de 1930, surgiu outra importante forma de arte: a escultura móvel – os móbiles do americano Alexander Calder. Tratam-se de construções de arame delicadamente equilibradas, unidas e suspensas, de modo que se movam ao menor sopro de ar. Podem ter qualquer tamanho, desde pequenos enfeites de mesa até a enorme armadilha de lagosta e calda de peixe. Body Art – Arte do Corpo A body art (ou arte do corpo) consiste numa forma de fazer arte contemporânea usando o corpo como meio de expressão ou matéria para a realização dos trabalhos, sendo, inclusive, associada aos happenings e às performances. Trata-se de utilizar o corpo como suporte para a realização de intervenções, que, de modo geral, são associadas à violência, à dor e ao esforço físico. Nesse tipo de arte, o sangue, o suor, o esperma, a saliva e outros fluidos corpóreos interpelam a materialidade do corpo, que se apresenta como suporte para cenas e gestos que, por vezes, tomam a forma de rituais e sacrifícios. Tatuagens, ferimentos, atos repetidos são feitos ora em local privado, sendo, posteriormente, divulgados ao público por filmes ou fotografias, ora em local público, com a participação de uma plateia, indicando aí o caráter teatral da obra. Por tudo isso, as experiências feitas pela body art devem ser entendidas como uma vertente contemporânea da arte, opondo-se a um mercado internacionalizado e técnico da arte. je w hy te /1 23 RF /E as yp ix A arte Happening e a Performance Criado nos anos 1950 pelo americano Allan Kaprow, o termo happening serviu para designar uma forma de arte, sem texto e sem representação, combinando artes visuais e teatro sui generis. Nos espetáculos, os materiais utilizados são orquestrados de forma a envolver o espectador, fazendo-o participar ativamente da proposta do artista. Entenda que o happening se distingue da performance porque nesta não há participação do público. Os eventos costumam apresentar estrutura flexível, pois não se programa começo, meio e fim. As improvisações conduzem a cena, e o happening ocorre em tempo real, mesmo recusando as convenções artísticas. Os “atores” que participam são pessoas comuns. Embora o nome de Kaprow esteja associado diretamente aos happenings, outros artistas – Jim Dine, Claes Oldenburg, Roy Lichtenstein etc – também realizaram essas experiências. A arte performática se originou dos eventos teatrais montados pelos artistas futuristas, dadaístas e surrealistas no começo do século XX. Ela representa a tentativa que esses pioneiros fizeram para destruir as fronteiras entre público e plateia. Na década de 1960, esse termo era usado para designar obras em que os artistas usavam o corpo para realizar suas obras, utilizando também música e dança. São artistas fundamentais dessa modalidade de arte John Cage, George Maciunas, Yoko Ono, Nam June Paik e Carolee Schneemann, que fundaram o grupo Fluxus, em 1960. Já a performance tem, no Brasil, o artista Flávio de Carvalho como sendo o pioneiro, pois realiza várias delas a partir de 1950. Na década de 1980, os espetáculos multimídia de Guto Lacaz também merecem destaque. Eletro Espero Espaço-Exposição “A Trama do gosto”, 1986, de Guto Lacaz. Land Art, Earthworks ou Earth Art [Arte na Terra] No fim da década de 1960 a land art surgiu como mais uma das tendências artísticas em busca de novos materiais, temas e lugares para a prática e a exibição artística. É comum aos artistas da land art explorarem o potencial da paisagem e do meio ambiente tanto por seus materiais quanto pela localização. Em vez de representarem a natureza, eles a utilizam em suas obras. Nesse tipo de arte, a paisagem e o trabalho artístico estão inextrincavelmente ligados, pois a escultura não é colocada na paisagem, e sim o principal meio de criação é a paisagem. Os trabalhos são realizados em locais abertos e, muitas vezes, longe da civilização, ficando, assim, sujeitos à erosão e a condições naturais do clima. © S M IT H SO N , E st . R ob er t/ A U TV IS , B ra si l, 20 16 SMITHSON, Robert (1938-1973).Molhe em Espiral,1970. Arte conceitual Também surgida na década de 1960, a arte conceitual se impõe como um desafio às classificações impostas por museus e galerias à chamada arte moderna. Rompendo com a ideia de que arte era apenas aquilo que os museus diziam ser arte, a arte conceitual buscava questionar a própria natureza da arte. Nesse tipo de manifestação, o 7 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// OSG.: 109201/17 Módulo de estudo que se vê é o conceito superar a prática das artes plásticas anteriores. Em verdade, a arte conceitual remonta ao Dadaísmo de Marcel Duchamp, pois, ao levar um urinol ao museu, esse artista sugeria aos espectadores uma reflexão acerca do que poderia ser ou não ser arte. Tratava-se de uma reação à arte considerada mercadoria. É comum também o uso da palavra escrita ou declarações na composição de obras desse movimento. Joseph Kosuth, por exemplo, usou a linguagem escrita para expressar suas mensagens em Uma e três cadeiras. Dada a sua importância, a arte conceitual abriu caminhos para as instalações e para a arte performática. Na arte conceitual, a expressão está na ideia e não na forma, pois as formas são apenas artifícios a serviço da ideia. © K O SU TH , J os ep h/ A U TV IS , B ra si l, 20 16 KOSUTH, Joseph (1945). Uma e três cadeiras, 1965. Museu de Arte Moderna, Nova Iorque. A arte conceitual desafia as possíveis definições de arte de uma forma ainda mais radical, uma vez que insiste na tese de que o voo da imaginação, e não a execução, é que constitui a própria arte. Sendo assim, podem-se dispensar produtos secundários, galerias e até o público. Na obra Uma e três cadeiras, por exemplo, Joseph Kosuth nos faz pensar sobre isso, pois, numa mesma instalação, há uma cadeira de verdade, uma fotografia em tamanho completo da mesma cadeira e uma definição de cadeira retirada do dicionário. Agindo assim, o artista aguça o campo da imaginação, da reflexão e da ideia em detrimento das artes convencionais e dos materiais utilizados. Diz-se que o artista conceitual se compara ao imperador cujas roupas novas ninguém consegue ver. Outras manifestações artísticas contemporâneas: • Grafite; • Videoarte; • Arte Urbana; • Neoexpressionismo; • Hiper-realismo; • Arte digital; • Arte Povera; • Etc. Exercícios 01. (UEL/2011) Com base nos conhecimentos sobre Arte Conceitual, considere as afirmativas a seguir. I. Os ready-mades de Marcel Duchamp, objetos retirados do cotidiano, foram importantes precedentes para a Arte Conceitual; II. A Arte Conceitual se preocupava em materializar processos decorrentes de uma ideia e utilizava, muitas vezes, suportes transitórios e reprodutíveis; III. Inicialmente os objetos tidos como Arte Conceitual tiveram como principal canal de distribuição grandes museus e galerias; IV. Os artistas passaram a exigir maior interação e participação do público,que deixava de ser apenas um espectador para interagir com as obras. Assinale a alternativa correta. A) Somente as afirmativas I e II são corretas. B) Somente as afirmativas I e III são corretas. C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. D) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 02. (Enade/2011) O conhecimento sensível parte da percepção corporal e é imprescindível no processo educativo. Algumas visualidades têm o corpo como eixo central e produzem um discurso visual próprio; há casos em que ele mesmo é o suporte, como na arte da francesa Orlan e do australiano Stelarc. Isso ocorre também entre os jovens que fazem intervenções corporais como tatuagens ou piercings, entre outras ações que traduzem códigos sociais de identidades e comportamentos. A sensibilidade humana concebe o mundo moderno como um grande corpo composto por vias tecnológicas de comunicação e que pode ser alterado constantemente pela interação de sujeitos. Os saberes sensíveis atuam nesse meio ampliando a inteligência corporal: as dimensões física e biológica do corpo contemporâneo se potencializam e invadem áreas da intimidade através de redes colaborativas e outras tecnologias ligadas à informação e comunicação. Considerando o texto acima, é correto afirmar que A) as expressões artísticas contemporâneas se constituem prioritariamente de eventos norteados por saberes sensíveis, medializados por corpos tecnológicos, tais como happening e a performance. B) a arte contemporânea compreende alterações dos comportamentos sensíveis das pessoas pela rejeição do diálogo do sujeito consigo próprio. C) a arte contemporânea auxilia a consolidação de um totalitarismo da globalização, impulsionado pelas extensões sensoriais do corpo. D) a principal manifestação da arte contemporânea é aquela expressão artística mediatizada por corpos tecnológicos sensíveis. E) as poéticas contemporâneas incluem a criação artística coletiva, o uso de tecnologias, em diálogo com os modos sensíveis de vida e de saberes. 03. (Enem/2011) Re pr od uç ão /E ne m 2 01 1. LEIRNNER, N. Tronco com cadeira (detalhe), 1964. www.itaucultura.org.br. Acesso em: 27 de julho de 2010. 8F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo OSG.: 119201/17 Nessa estranha dignidade e nesse abandono, o objeto foi exaltado de maneira ilimitada e ganhou um significado que se pode considerar mágico. Daí sua “vida inquietante e absurda”. Tornou- se ídolo e, ao mesmo tempo, objeto de zombaria. Sua realidade intrínseca foi anulada. JAFFÉ, A. “O simbolismo nas artes plásticas.” In: JUNG, C.G. (org.). O homem e os seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. A relação observada entre a imagem e o texto apresentados permite o entendimento da intenção de um artista contemporâneo. Neste caso, a obra apresenta características A) funcionais e de sofisticação decorativa. B) futuristas e do abstrato geométrico. C) construtivistas e de estruturas modulares. D) abstracionistas e de releitura do objeto. E) figurativas e de representação do cotidiano. 04. (Enem) Re pr od uç ão /E ne m (Tradução da placa: “Não me esqueçam quando eu for um nome importante.”) NAZARETH, P. Mercado de Artes/Mercado de Bananas. Miami Art Basel. EUA, 2011. Disponível em: www.40forever.com.br. Acesso em: 31 jul, 2012. A contemporaneidade identificada na performance instalação do artista mineiro Paulo Nazareth reside principalmente na forma como ele A) resgata conhecidas referências do modernismo mineiro. B) utiliza técnicas e suportes tradicionais na construção das formas. C) articula questões de identidade, território e códigos de linguagens. D) imita o papel das celebridades no mundo contemporâneo. E) camufla o aspecto plástico e a composição visual de sua montagem. 05. (UEL/2011) Leia o texto e observe a imagem a seguir. Re pr od uç ão /U EL 2 01 1 Louise Borgeois, Aranha, escultura em aço 1996. Em 31 de maior desse ano, morreu a artista franco-americana Louise Bougeois. Em seu vasto trabalho, pontuado por metáforas da condição da mulher, destaca-se a presença ameaçadora de aranhas gigantescas, uma delas parte do acervo do Museu de Arte Moderna (MAM), em São Paulo. Com base no texto e na imagem, é correto afirmar: I. A presença da mulher, trabalhadora servil e silenciosa, tem sua força afirmada no perigo representado pelas aranhas; II. A relação entre o objeto e o espaço indica a crítica que a artista faz à postura da mulher em cargos importantes na sociedade; III. A condição feminina na contemporaneidade é discutida por vários artistas, sendo uma das importantes questões da Arte Contemporânea; IV. A artista propõe uma retomada da escultura figurativa na contemporaneidade, o que reitera a ação das feministas da década de 1960. Assinale a alternativa correta. A) Somente as afirmativas I, II são corretas. B) Somente as afirmativas I, III são corretas. C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. D) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 06. (Enem/2011) Texto I Re pr od uç ão /E ne m 2 01 1. Toca do Salitre – Piauí www.fumdham.org.br Acesso em: 27, jul, 2010. Texto II Re pr od uç ão /E ne m 2 01 1. Arte Urbana. Foto: Diego Singh <www.diadia.pr.gov.br> Acesso em: 27, jul, 2010. O grafite contemporâneo, considerado em alguns momentos como uma arte marginal, tem sido comparado às pinturas murais de várias épocas e às escritas pré-históricas. Observando as imagens apresentadas, é possível reconhecer elementos comuns entre os tipos de pinturas murais, tais como A) a preferência por tintas naturais, em razão de seu efeito estético. B) a inovação na técnica de pintura, rompendo com modelos estabelecidos. C) o registro do pensamento e das crenças das sociedades em várias épocas. D) a repetição dos temas e a restrição de uso pelas classes dominantes. E) o uso exclusivista da arte para atender aos interesses da elite. 9 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// OSG.: 109201/17 Módulo de estudo 07. (Enem/2013) TRONOS Re pr od uç ão /E ne m 2 01 3 Lucio, Beto e Oscar: a cadeira e as poltronas de Sérgio Rodrigues, de linhas inspiradas na simplicidade brasiliense. Foto: Acervo Sérgio Rodrigues A revolução estética brasiliense empurrou os designers de móveis dos anos 1950 e início dos 60 para o novo. Induzidos a abandonar o gosto rebuscado pelo colonial, a trocar Ouro Preto por Brasília, eles criaram um mobiliário contemporâneo que ainda hoje vemos nas lojas e nas salas de espera de consultórios e escritórios. Colocada no uso de madeiras nobres, como o jacarandá e a peroba, em matérias de revestimento como o couro e a palhinha, desenvolveu-se uma tendência feita de linha retas e curvas suaves, nos moldes da capital no Cerrado. Disponível em: <http://veja. abril.com.br.>. Acesso em: 29 jul. 2010 (adaptado) A reportagem e a fotografia apresentam os móveis elaborados pelo artista Sérgio Rodrigues, com um estilo que norteou o pensamento de uma geração, desafiando a arte a A) evidenciar um novo conceito estético por meio de formas e texturas inovadoras. B) adaptar os móveis de Brasília aos modelos das escolas europeias do início do século XX. C) elaborar a decoração dos palácios da nova capital do Brasil com conceitos de linha e perspectiva. D) projetar para os palácios e edifícios da nova capital do Brasil a beleza do mobiliário típico de Minas Gerais. E) criar o mobiliário para a capital do país com base no luxo e na riqueza dos edifícios públicos brasileiros. 08. (Enade/2011) Em uma aula de artes visuais, um professor apresenta a imagem abaixo para sua turma. Re pr od uç ão /E na de 2 01 1 KOSUTH, Joseph (1945).Uma e três cadeiras, 1965. Museu de Arte Moderna, Nova Iorque. Acerca dessa imagem, avalie as afirmações a seguir. I. Trata-se de uma imagem da arte moderna brasileira;II. A obra refere-se a uma nova linguagem das artes visuais: a fotografia; III. Com essa imagem, é possível estabelecer um debate sobre os suportes e técnicas de criação visual; IV. Com essa imagem, é possível estabelecer um debate com os alunos sobre representação e apresentação visual. É correto o que se afirma em A) I e II, apenas. B) I e IV, apenas. C) II e III, apenas. D) III e IV, apenas. E) I, II, III e IV. 09. (Enem) Observe a obra Objeto Cinético de Abraham Palatnik, 1966. A arte cinética desenvolveu-se a partir de um interesse do artista plástico pela criação de objetos que se moviam por meio de motores ou outros recursos mecânicos. A obra Objeto Cinético, do artista plástico brasileiro Abraham Palatnik, pioneiro da arte cinética, Re pr od uç ão /E ne m . A) é uma arte do espaço e da luz. B) muda com o tempo, pois produz movimento. C) capta e dissemina a luz em suas ondulações. D) é assim denominada, pois explora efeitos retinianos. E) explora o quanto a luz pode ser usada para criar movimento. 10. (Enem) Na busca constante pela sua evolução, o ser humano vem alternando a sua maneira de pensar, de sentir e de criar. Nas últimas décadas do século XVIII e no início do século XIX, os artistas criaram obras em que predominam o equilíbrio e a simetria de formas e cores, imprimindo um estilo caracterizado pela imagem da respeitabilidade, da sobriedade, do concreto e do civismo. Esses artistas misturaram o passado ao presente, retratando os personagens da nobreza e da burguesia, além de cenas míticas e histórias cheias de vigor. RAZOUK, J. J. (Org.). Histórias reais e belas nas telas. Posigraf: 2003. Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos, charges, grafismo e até de ilustrações de livros para compor obras em que se misturam personagens de diferentes épocas, como na seguinte imagem A) B) “Gisele e Tom” por Romero Brito. “Michael Jackson” por Andy Warhol. Re pr od uç ão /E ne m C) D) “Monabean” por Funny Filez. “Marilyn Monroe” por Andy Warhol. E) “Retrato de Jaqueline Roque com as mãos cruzadas” por Pablo Picasso. 10F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo OSG.: 119201/17 11. (Enem/2012) O FUTEBOL NA POP ARTE BRASILEIRA Re pr od uç ão /E ne m 2 01 2 LEIRNER, N. Futebol FONSECA, M. O. Nelson Leimer: 2011-1061 - 50 anos Re pr od uç ão /E ne m 2 01 2 GERCHMAN, R. Superhomens ALENCAR, V. P. Cultura popular e crítica As imagens representam, respectivamente, as obras Futebol, do artista plástico Nelson Leiner; e Superhomens, de Rubens Gerchman. São obras representativas de um movimento denominado Pop Art, que ecoou no Brasil na década de 1960, no qual artistas se apropriaram de imagens da vida diária e da cultura de massa, tornando-as objetos de arte. A partir de uma perspectiva ampliada e crítica sobre o esporte, interpretada como um elemento da cultura corporal de movimento, as imagens A) banalizam o esporte ao misturar o futebol e a pintura em um mesmo campo. B) deixam transparecer a preferência de ambos os artistas pelo futebol enquanto esporte. C) permitem refletir sobre como as artes visuais se apropriaram do futebol como uma tradição nacional. D) fazem uma reflexão crítica sobre o futebol e a violência como temas circulantes na sociedade. E) destacam a importância do esporte como atividade física de lazer para a sociedade. 12. (Enem/2013) Re pr od uç ão /E ne m 2 01 3 KUCZYNSKIEGO, P. Ilustração, 2006. Disponível em: http://capu pl. Acesso em: 3 ago. 2012. O artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em 1976 e recebeu diversos prêmios por suas ilustrações. Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua arte para A) difundir a origem de marcantes diferenças sociais. B) estabelecer uma postura proativa da sociedade. C) provocar a reflexão sobre essa realidade. D) propor alternativas pra solucionar esse problema. E) retratar como a questão é enfrentada em vários países do mundo. 13. Texto I O movimento da Pop Art surgiu na Inglaterra, em 1956, com Richard Hamilton. Os artistas utilizavam imagens da sociedade de consumo e a cultura popular, criticavam o modo de vida dos americanos através das histórias em quadrinhos, as propagandas e os objetos produzidos em massa. Entre os artistas mais importantes destacamos Richard Hamilton e Andy Warhol. Hamilton era conhecido como “popular, transitório, descartável barato, produzido em massa, jovem, espirituoso, sexy, cheio de macetes, glamoroso e Grande Negócio” O Livro da Arte, 1999, p.509 Texto II A Pop Art representa um período de transformação na arte, principalmente na arte brasileira, visto que o país enfrentava o período da ditadura militar, quando vários artistas, intelectuais, jornalistas, músicos, formadores de opinião, entre outros, eram perseguidos, presos, torturados, exilados e/ou mortos. A interpretação do conceito de Pop Art utilizado pelos americanos é diferente do entendimento dos artistas brasileiros. Durante a década de 1960, os artistas brasileiros aderiram apenas à forma e à técnica utilizada na Pop Art. Imprimiam sua personalidade e opinião critica às obras, registrando sua insatisfação com a censura proporcionada pelo regime militar. Como se sabe, a Pop Art americana invadiu outras nações e sofreu, em contato com outras culturas, modificações. No caso de produções em solo brasileiro, o texto II esclarece que A) a art pop deixou de ser sexy, espirituosa, transitória, como era desenvolvida pelo artista britânico Richard Hamilton. B) ela contribuiu para que muitos artistas fossem exilados ou mesmo mortos por criticarem as ações desenvolvidas pelo governo militar. C) a art pop criticava a alienação e a sociedade de massa, discutia o vazio e a repetição provocada pelas máquinas, utilizando-se de um humor negro. D) ela abandona a nova figuração que o movimento pop resgatou tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos da América. E) os artistas brasileiros incorporam forma e técnica, mas imprimem novos registros à composição das obras, como a crítica e a originalidade. 14. A arte conceptual, também denominada “arte da ideia”, saída de um ensaio de Henry Flynt, justamente intitulado “Concept Art” (1961), culmina todo um percurso de transformações na arte contemporânea que começou no Dadaísmo. Prosseguindo a ruptura com os suportes tradicionais que se vinha fazendo em todos os movimentos artísticos depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), artistas conceptuais recusam a própria realização material da obra de arte, colocando em seu lugar ideias e projetos ainda em esboço. Procuram, desta forma, estimular a imaginação dos espectadores, juntando muitas vezes indicações precisas para a reflexão ou ação. Esta arte situa-se frequentemente ao nível de problemáticas filosóficas, nomeadamente no âmbito da teoria do conhecimento. 11 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// OSG.: 109201/17 Módulo de estudo A leitura do texto sobre arte conceptual nos permite inferir que a arte defendida por Henry Flynt ampara-se na ideia de que A) o onírico é o elemento motivador da criação artística. B) a valorização do elemento geométrico é fundamental para esse tipo de arte. C) a cultura popular deve ser a base da construção desse tipo de arte. D) a realização material da obra de arte é elemento ultrapassado. E) o estímulo da imaginação do espectador inexiste para o artista. 15. Minimalismo é um movimento artístico e cultural que surgiu nos Estados Unidos no começo da década de 1960. São características principais do Minimalismo: elaboração de obras (pinturas, esculturas, músicas, peças de teatro) com a utilização do mínimo de recursos; utilização de poucas cores nas pinturas; nas artes plásticas, destaque para o uso de formas geométricas com repetições simétricas; criação de músicas com poucas notas musicais, valorizando a repetição sonora. Considerando a informação acima sobre o Minimalismo,pode- se dizer que sofreu influência desse padrão estético a seguinte ambientação: A) B) D zm itr y K lia pi ts ki /1 23 RF / Ea sy pi x A na st as ia S ho lk ov a /1 23 RF /E as yp ix C) D) 12 3R F/ Ea sp ix B ra si l Je ss e K ra ft /1 23 RF /E as yp ix ; E) Pa ol o D e Sa nt is /1 23 RF / Ea sy pi x Resoluções 01. A Arte Conceitual baseia-se na ideia, na reconstrução do mundo a partir de uma releitura de objetos. Sendo assim, os ready-mades, de Marcel Duchamp, foram importantes precedentes para a Arte Conceitual. É comum nesse tipo de arte a utilização de suportes transitórios e reprodutíveis, assim como é comum a participação e a interação do público na realização das obras. Não é correta a afirmação de que a Arte Conceitual tivera, a princípio, grandes museus e galerias do seu lado. Resposta: D 02. De acordo com o texto, o conhecimento sensível é parte essencial do processo artístico, mas não é o único. Essas “poéticas contemporâneas” incluem também as vias tecnológicas de comunicação e a interação de sujeitos, ou seja, a criação coletiva. Além disso, segundo o texto, “os saberes sensíveis atuam nesse meio ampliando a inteligência corporal”. Resposta: E 03. Embora haja, na obra de Leirner, a figura de uma cadeira, objeto típico do cotidiano, tal figura perde seu sentido prático e ganha contornos abstratos quando associada ao tronco bruto, a outra figura representada na fotografia da obra. Percebe-se que o objeto cadeira ganhou uma releitura, condizendo com afirmações retiradas do texto de Jaffé: “o objeto foi exaltado de maneira ilimitada” e “sua realidade intrínseca foi anulada”. Resposta: D 04. Paulo Nazareth é um artista contemporâneo que vive e trabalha mundo afora. Ele incorpora a ideia de que o artista é uma espécie de conector, de decodificador performático ou de porta para outras compreensões do existir. Seus trabalhos estão relacionados à raça, à ideologia, às diferenças sociais, ao desenvolvimento, e são sempre sustentados por uma visão categórica da vida. Sua instalação Notícias da América – uma perua Kombi verde abarrotada de bananas – foi a obra mais comentada da feira de arte “Art Basel Miami” pela imprensa americana. Essa obra- performance teve como fundamentos: 1) relacionar a produção artística contemporânea dos países latino-americanos; 2) mostrar o valor simbólico que o fruto tem na realidade do “mundo da arte”, 3) questionar o próprio mercado de obras de arte. A obra de Nazareth potencializa e explora o considerado exótico em sua produção artística, como forma de questionar a própria arte contemporânea. Nesse sentido, a obra proposta para análise provoca o debate sobre as questões de identidade, território e códigos de linguagens, através de uma atitude estética peculiar e original. Resposta: C 05. Louise Bourgeois tem sido considerada uma importante escultora contemporânea, dada à sofisticação e ousadia de suas peças artísticas. Em Aranha, por exemplo, uma analogia entre a mulher e a aranha, que, dimensionada, representa força e poder; há, então, metaforicamente, uma discussão sobre a condição feminina na Arte Contemporânea. A imagem figurativa conviveu com outros estados da arte, mas não havia desaparecido. Resposta: B 06. O texto cita que o grafite contemporâneo já foi considerado como uma arte marginal, logo, não se pode relacionar tal modalidade com a elite e com as classes dominantes. Do mesmo modo, no grafite não se usam tintas naturais, ainda que essas fossem usadas nas pinturas rupestres, e não havia nenhum padrão estabelecido antes, o qual a pintura rupestre rompeu. De fato, o grafite contemporâneo registra o pensamento do mundo urbano atual e de nossas crenças, assim como as pinturas murais de tempos remotos registravam cenas cotidianas e pensamentos de nossos ancestrais. Para chegar à resposta, é necessário o conhecimento de que a arte reflete valores de um grupo ou de uma sociedade. Resposta: C 07. Assim como outros objetos, o mobiliário sofre influência de padrões estéticos, uma vez que a arte é parte da vida das pessoas, não algo distante, intocável. Na cadeira e nas poltronas de Sérgio Rodrigues, por exemplo, nota-se a influência do Minimalismo dos anos 1960. Nesse padrão, o mínimo é mais, pois o ideal é cortar os excessos, valorar as linhas, as curvas... Isso muda a postura dos artistas, pois contrasta com o colonial e com o barroco estético, gerando, assim, um novo conceito estético por meio de formas e texturas inovadoras. Resposta: A 12F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo OSG.: 119201/17 08. A imagem em questão se trata da obra Uma e três cadeiras, de Joseph Kosuth, integrante da arte conceitual. Essa modalidade artística desafia a definição de arte de forma muito radical, ao insistir que somente o voo da imaginação, não a execução, constitui a arte. Dessa forma, já que os produtos da arte são produtos secundários, acidentais, podemos dispensá- los totalmente. Na obra de Kosuth, o quadro “descreve” uma cadeira, combinando, numa única instalação, uma cadeira de verdade, uma foto em tamanho completo da mesma cadeira e a definição retirada de um dicionário. Logo, percebe-se o vasto campo de possibilidades de se debater a respeito das técnicas de criação, representação e apresentação visual. Resposta: D 09. Para chegar à alternativa correta, é preciso visualizar a obra Objeto cinético em sua tridimensionalidade original. O enunciado auxilia essa visualização, ao informar que a arte cinética se compõe de “objetos que se moviam por meio de motores e outros recursos mecânicos”. O conceito de movimento serve de auxiliar para se chegar à conclusão de que, de fato, a obra de arte cinética se modifica, na medida em que seus componentes materiais estão em constante movimento. Resposta: B 10. Na obra Monabeen, de Funny Filez, percebe-se o recurso da intertextualidade, ou mesmo da paródia visual, tão comum à produção da arte contemporânea. As obras de Andy Worhol e Romero Brito são pops, e a obra de Picasso é cubista. Resposta: C 11. A Pop Art, movimento artístico surgido na Inglaterra, mas supervalorizado nos Estados Unidos, também tem seus adeptos no Brasil, como Nelson Leirner e Rubens Gerchman. Ao trazer para a arte a cultura futebolística, os artistas deixam entrever como as artes visuais se apropriaram de outro tema caro à sociedade brasileira, o futebol. Não há, porém, como afirmar que os artistas preferem futebol a outras modalidades desportivas, pois o esporte em questão é representativo da cultura nacional, sendo, inclusive, muito popular, o que justifica a escolha dos artistas por esse esporte ao compor suas obras. Resposta: C 12. Formado na Academia de Belas Artes de Poznan, o cartunista polaco Pawla Kuczynskiego vem produzindo grande impacto no mundo da cultura contemporânea. Suas obras, como a apresentada na questão, provocam reflexões acerca de temas graves que inquietam a sociedade, em especial, o do trabalho infantil. Observe o choque que a ilustração provoca ao propor uma imagem de duas crianças em situações distintas: a que trabalha e a que brinca. Essa imagem contrastante produz no observador uma reflexão sobre a realidade do trabalho infantil. Nesse sentido, a resposta coerente está indicada na alternativa C. Resposta: C 13. A Pop Art dos americanos criticava a alienação e a sociedade de massa, discutia o vazio e a repetição provocada pelas máquinas, utilizando-se de um humor negro. A Nova Figuração foi um movimento da década de 1960, que de forma indireta tratava a Pop Art, utilizando-se da iconografia urbana e do abuso de cores, uma inovação em relação ao construtivismo. No Brasil, os artistas tentaram resgatar alguns conceitos da Pop Art americana, porém, esbarraram na ditadura militar e na precariedade do sistema de artes no Brasil, que não oferecia condições de pesquisa para os artistas. Sendo assim, eles serestringiam às questões sociais de política e à violência sexual e urbana. As novas técnicas contribuíram para esse avanço dos artistas brasileiros, apresentando um trabalho de qualidade e imprimindo crítica à ditadura militar vigente. Resposta: E 14. Pela leitura do texto da questão, é possível afirmar que a arte defendida por Henry Flynt consolida-se na ideia de que a realização material da obra é um aspecto não mais relevante para as formas de arte contemporâneas, como a arte conceptual. Tal afirmação se confirma pela seguinte passagem do texto: “Prosseguindo a ruptura com os suportes tradicionais que se vinha fazendo em todos os movimentos artísticos depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), artistas conceptuais recusam a própria realização da obra de arte, colocando em seu lugar ideias e projetos ainda em esboço.” Resposta: D 15. Observa-se claramente a influência do Minimalismo na ambientação da imagem do item E, uma vez que diversas características dessa modalidade artística estão presentes: utilização do mínimo de recursos; utilização de poucas cores; o uso de formas geométricas com repetições simétricas; simples objetos materiais, e não veículos portadores de ideias ou emoções. Percebe-se o despojamento, a simplicidade e a neutralidade. Resposta: E SUPERVISOR/DIRETOR: MARCELO PENA – AUTOR: TOM DANTAS DIG.: CINTHIA – REV.: ___