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Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 03 – Módulo 01 Funções biológicas Objetivos: 1. Entender a insuficiência cardíaca e relacionar com os seus sintomas É um enfraquecimento progressivo do coração, que não consegue satisfazer a demanda de bombeamento do sangue e, assim, não dá conta das necessidades do sangue oxigenado do corpo. Essa condição pode decorrer do enfraquecimento dos ventrículos (danificados, por exemplo, por um ataque cardíaco), da incapacidade dos ventrículos de se encherem completamente durante a diástole (por exemplo, em consequência de estenose da valva AV esquerda) ou do transbordamento dos ventrículos (por exemplo, devido à estenose ou insuficiência da valva da aorta). No entanto, na maioria das vezes a insuficiência cardíaca congestiva é a causa desse enfraquecimento progressivo. Na insuficiência cardíaca congestiva, o coração aumenta muito, enquanto sua eficiência diminui progressivamente. Essa condição afeta 5 milhões de norte-americanos e vem sendo cada vez mais frequente. Sua causa é desconhecida. Uma hipótese é que ela pode envolver um ciclo de realimentação positivo destrutivo: um coração inicialmente enfraquecido faz que a parte simpática do sistema nervoso o estimule a bater mais forte. Essa maior demanda enfraquece ainda mais o coração, o que novamente provoca a estimulação simpática, e assim por diante. Uma condição chamada hipertensão arterial pulmonar é o aumento e, às vezes, a insuficiência definitiva do ventrículo direito resultante da pressão arterial elevada na circulação pulmonar. O bloqueio ou a constrição dos vasos nos pulmões aumentam a resistência ao fluxo sanguíneo, o que eleva a pressão arterial e obriga o ventrículo direito a trabalhar mais intensamente. Embora as causas agudas da hipertensão pulmonar possam se desenvolver subitamente depois de uma embolia nos vasos pulmonares, as causas crônicas em geral estão associadas a doenças pulmonares crônicas, como o enfisema. Anatomia humana – Marieb Com o fluxo sanguíneo coronariano insuficiente, ocorre distribuição inadequada de oxigênio para as células do miocárdio em funcionamento, e os ventrículos são incapazes de desenvolver as pressões normais para a ejeção de sangue durante a sístole. Desenvolve-se estado inotrópico negativo nos ventrículos, que resulta em diminuição da contratilidade e diminuição do volume sistólico(contração) para determinado volume diastólico final (deslocamento para baixo da relação de Frank-Starling; Figura 4-21). Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 03 – Módulo 01 Funções biológicas Cianose (tom de pele azul) e cansaço fácil são sinais de fluxo sanguíneo inadequado para os tecidos e oxigenação inadequada do sangue. A paciente tem edema (acúmulo de líquido intersticial) nos pulmões, como evidenciado pela falta de ar, e nos tecidos periféricos. O líquido de edema acumula-se quando a filtração, para fora dos capilares, ultrapassa a capacidade do sistema linfático. No caso em pauta, ocorre aumento da filtração dos capilares devido ao aumento da pressão venosa (observe as veias do pescoço distendidas). A pressão venosa aumenta, porque o sangue fica “retido” no lado venoso da circulação, pois os ventrículos não são capazes de ejetar, de modo eficiente, o sangue durante a sístole. O reflexo barorreceptor é ativado em resposta à diminuição da Pa (Pa é reduzida porque o sangue desviou do lado arterial para o lado venoso da circulação, já que os ventrículos não o conseguiram bombear adequadamente). A frequência de pulso aumentada da paciente e a pele fria e pegajosa resultam do reflexo barorreceptor: redução da Pa ativa os barorreceptores, causando aumento do fluxo simpático para o coração e vasos sanguíneos (aumenta a frequência cardíaca e produz vasoconstrição cutânea) e diminuição do fluxo parassimpático para o coração (também aumenta a frequência cardíaca). O sistema renina-angiotensina II-aldosterona também é ativado pela baixa Pa, e o aumento dos níveis de angiotensina II contribuem para a vasoconstrição periférica. O aumento dos níveis de aldosterona aumenta a reabsorção de Na + , a concentração extracelular de Na e o volume de LEC(liquido extra celular), perpetuando o ciclo da formação de edema. Fisiologia – Costanzo DEFINIÇÃO Insuficiência cardíaca, também conhecida como insuficiência cardíaca congestiva, ocorre quando seu coração não está bombeando sangue suficiente para atender às necessidades do seu corpo. Como resultado, fluido pode se acumular nas pernas, pulmões e em outros tecidos por todo o corpo. https://www.medtronic.com/br-pt/your-health/conditions/heart-failure.html 2. Compreender o eletrocardiograma e seus parâmetros O Eletrocardiograma também é chamado de ECG ou eletrocardiografia. É um exame que avalia a atividade elétrica do coração por meio de eletrodos fixados na pele. Através desse exame, é possível detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto. Pré carga e pós A pré-carga para o ventrículo esquerdo é o volume diastólico final do ventrículo esquerdo ou o comprimento diastólico final da fibra, isto é, a pré-carga é o comprimento de repouso, a partir de onde o músculo se contrai. A relação entre pré-carga e a tensão ou a pressão desenvolvida, ilustrada na curva superior (sistólica) na Figura 4-21, baseia-se no grau de sobreposição dos filamentos espessos e finos. A pós-carga para o ventrículo esquerdo é a pressão aórtica. A velocidade de encurtamento do músculo cardíaco é máxima quando a pós-carga é zero, e a velocidade de encurtamento diminui à medida que aumenta a pós-carga. https://www.medtronic.com/br-pt/your-health/conditions/heart-failure.html Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 03 – Módulo 01 Funções biológicas A partir disso, pode-se diagnosticar a existência de vários problemas cardíacos. Como por exemplo: Irregularidades no ritmo cardíaco (arritmia), seja por um coração acelerado (taquicardia), devagar (bradicardia) ou fora do ritmo; Aumento de cavidades cardíacas; Patologias coronarianas; Infarto do miocárdio; Distúrbios na condução elétrica do órgão; Problemas nas válvulas do coração; Pericardite - Inflamação da membrana que envolve o coração; Hipertrofia das câmaras cardíacas - átrios e ventrículos; Doenças que isolam o coração - derrame pericárdico ou pneumotórax; Infarto em situações emergenciais; Doenças genéticas; Doenças transmissíveis (Doença de Chagas). O eletrocardiograma também pode ser usado para verificar a saúde do coração quando outras doenças ou condições estão presentes, tais como: Pressão alta ou hipertensão; Colesterol alto; Tabagismo; Diabetes; Histórico familiar de doença cardíaca precoce. Além disso, o exame também pode monitorar se dispositivos mecânicos implantados no coração estão funcionando, tais como marca-passos, e se o uso de determinados medicamentos está causando efeitos colaterais no coração. Esse exame também é comumente solicitado na avaliação pré-operatória. RESULTADOS DO ELETROCARDIOGRAMA CONVENCIONAL Geralmente os resultados podem ser vistos logo após o exame ser feito. Se os resultados detectarem qualquer problema com os batimentos cardíacos, pode ser necessário repetir o ECG ou fazer outros exames, como um ecocardiograma, holter ou exames mais complexos. Porém, um resultado normal não exclui a presença de doenças cardíacas. Por isso a importância da avaliação geral com um médico. RESULTADOS NORMAIS DO ELETROCARDIOGRAMA O coração bate em um ritmo regular, geralmente entre 60 e 100 batidas por minutos (bpm); ou o traço parece normal. RESULTADOS ANORMAIS O coração bate muito lentamente (abaixo de 60 bpm); O coração bate muito rápido (acima de 100 bpm), o ritmo cardíaco não é regular e o traço não parece normal. https://lavoisier.com.br/saude/blog/eletrocardiograma O eletrocardiogramaé fundamental quando o paciente comparece ao pronto-socorro com suspeita de infarto do miocárdio. Normalmente, é um dos primeiros exames a ser feitos nesses casos. https://lavoisier.com.br/saude/blog/eletrocardiograma Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 03 – Módulo 01 Funções biológicas O eletrocardiograma em geral também faz parte de avaliações cardíacas completas que muitas vezes são solicitadas para pessoas que têm histórico familiar de doenças do coração, em conjunto com exames como teste ergométrico e ecocardiograma. https://drauziovarella.uol.com.br/ambulatorio/exames/eletrocardiograma/ Um eletrocardiograma normal apresenta as seguintes informações: Frequência cardíaca entre 60 e 100 batimentos por minuto. Onda P presente, indicando ritmo sinusal. A onda P normal costuma ter menos de 0,12 segundos de duração. Intervalo PR tem duração entre entre 0,12 e 0,20 segundos. Complexo QRS tem duração entre 0,06 e 0,10 segundos. Eixo elétrico normal situa-se entre -30º e +90º. https://www.mdsaude.com/cardiologia/exame-eletrocardiograma-ecg/#Resultados_do_eletrocardiograma Porque o átrio tem pouca força e massa, comparada ao ventrículo, que é a onda P. O nó AV atrasa o impulso e, como não há maiores áreas sendo despolarizadas, registra-se apenas uma linha reta que denominamos de intervalo PR. Após isto, o ventrículo iniciará sua despolarização. A despolarização inicial do septo promove a despolarização em diversos sentidos, entretanto a resultante de todas as direções se afasta da filmadora em D2 e este é o motivo da formação de uma onda negativa, chamada onda Q. Por definição: onda Q é uma onda negativa que se inscreve antes da onda R. Se a onda é negativa, então, o vetor se afasta de D2. As mudanças iônicas geradas pelo potencial de ação seguem, então, em direção ao ápice cardíaco pelos ramos direito e esquerdo, se aproximando intensamente da nossa “câmera” D2. O resultado é a grande onda R, por definição a onda positiva. Se é assim, esse vetor, o maior de todos, vai em direção a D2. Posteriormente, a ascensão pelas paredes livres dos ventrículos, se afastando novamente da câmera, forma a onda S, por definição, a onda negativa que vem depois da onda R, afastando-se de D2, acabando assim de despolarizar os ventrículos. https://drauziovarella.uol.com.br/exames/teste-ergometrico-teste-de-esforco/ https://drauziovarella.uol.com.br/ambulatorio/exames/eletrocardiograma/ https://www.mdsaude.com/cardiologia/exame-eletrocardiograma-ecg/#Resultados_do_eletrocardiograma Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 03 – Módulo 01 Funções biológicas A soma dos vetores de Q + R + S é o vetor elétrico cardíaco, e deverá ser posicionado no Círculo de Cabrera para análise. Por fim, após a despolarização, as células retornam ao seu estado original, ou seja, se repolarizam. O resultado, de modo simplista, é o registro da onda T. 3. Explicar a ecocardiografia transtorácica Ultrassonografia do coração que fornece imagens obtidas através do som. Através dessas imagens, o médico especialista pode analisar se o coração está batendo normalmente, e se o fluxo sanguíneo está adequado. Também é possível diagnosticar doenças que afetam a anatomia e a fisiologia do coração, como insuficiências e malformações cardíacas. Esse exame não oferece risco algum para o paciente e é uma ferramenta essencial para a cardiologia moderna. O ecocardiograma é um dos exames que mais completos para o diagnóstico e acompanhamento das mais diversas doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca (coração grande e fraco), sopro, sequelas de infarto, anomalias congênitas, para indicar cirurgia cardíaca, assim como acompanhar a evolução do coração no pós- operatório. Ele é solicitado, ainda, para avaliar sintomas como falta de ar, palpitações, cansaço, inchaço e aumento da pressão arterial. O ecocardiograma é um exame realizado por meio de um aparelho de ultrassom. O dispositivo é capaz de captar ondas sonoras e transformá-las em imagem. Para a realização do ecocardiograma, é necessário remover todas as jóias e roupas acima da cintura. Poderá ser oferecido ao paciente uma roupa cirúrgica para o seu melhor conforto. O paciente será posicionado de barriga para cima e em seguida o médico cardiologista especializado deslizará um transdutor com gel sobre o peito do paciente para visualizar todas as partes do coração. O gel facilita a visualização, é fabricado à base de água e não causa alergia em contato com a pele. Em alguns momentos poderão ser feitas pequenas pressões para facilitar a visualização do órgão e as funcionalidades que devem ser testadas, sem causar dor ou desconforto ao paciente. O procedimento dura em média 20 minutos. No entanto, o passo a passo pode variar de acordo com o tipo de ecocardiograma. Por exemplo, o transesofágico, apesar de ser bem menos comum, é mais complexo e exige a aplicação de medicamentos e sedativos para a introdução do tubo 4. Conhecer os exames laboratoriais complementares para o diagnóstico de insuficiência cardíaca Seu médico revisará seu histórico médico, incluindo doenças passadas e atuais, histórico familiar e estilo de vida. Como parte de seu exame físico, seu médico irá verificar o seu coração, pulmões, abdômen e pernas para ver se os sinais de insuficiência cardíaca estão presentes. Para descartar ou confirmar o diagnóstico de insuficiência cardíaca, seu médico poderá prescrever um ou vários destes testes de diagnóstico: Ecocardiograma Imagem de ultrassom do coração; utilizada não só para a geração de imagens, mas também para medir o fluxo sanguíneo através do coração MARIEB Eletrocardiograma (ECG) É um exame que avalia a atividade elétrica do coração por meio de eletrodos fixados na pele. Através desse exame, é possível detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto. Radiografia de tórax Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 03 – Módulo 01 Funções biológicas A imagem que o aparelho de raio X produz tem por base um princípio primário da relação entre os raios que são irradiados (produzidos por um feixe de energia) e os raios recebidos (num detetor ou película), após penetrarem determinado material. Mediante a densidade das estruturas, assim é formada a imagem. A interpretação do exame é realizada tendo por base a imagem formada, entre aquilo que é considerado normal e o que é patológico. Na radiografia do tórax, os ossos (costelas, vértebras da coluna, …) surgem a branco (os ossos são mais densos), por sua vez os pulmões, como estão preenchidos essencialmente por ar, aparecem mais escuros. O exame possui indicação quando existem os seguintes sinais e sintomas respiratórios: tosse, dificuldade respiratória (dificuldade a respirar), dor torácica (dor no peito), mas também no caso de trauma, estudos pré-operatórios - avaliação prévia à cirurgia (operação), assim com suspeita de doença cardíaca. https://www.saudebemestar.pt/pt/exame/imagiologia/radiografia-de-torax/ Teste de esforço (teste de estresse): Teste ergométrico, feito em esteira para avaliar possíveis alterações. Cateterização cardíaca Procedimento de diagnóstico no qual um cateter fino (sonda) é passado por um vaso sanguíneo na superfície do corpo até chegar ao coração. O teor de oxigênio no sangue, a pressão arterial e o fluxo sanguíneo são medidos e as estruturas do coração podem ser visualizadas. Os achados ajudam a detectar problemas com as valvas cardíacas, deformidades e outras avarias do coração. MARIEB Se você tem insuficiência cardíaca, seu médico também pode rastrear sua fração de ejeção ao longo do tempo. Fração de ejeção é a porcentagem de sangue que é bombeada para fora do coração durante cada batimento. É um indicador-chave da saúde do seu coração, e os médicos frequentemente usam para determinar quão bem o seu coração está funcionando como uma bomba. https://www.medtronic.com/br-pt/your-health/conditions/heart-failure.html5. Discutir sobre as alterações das valvulopatias e suas correlações anatômicas Os defeitos das valvas cardíacas são comuns e têm uma série de causas, variando de anomalias congênitas e genéticas até um suprimento sanguíneo inadequado para as valvas (devido a um ataque cardíaco) e uma infecção bacteriana do endocárdio. Os defeitos valvares levam a transtornos valvares, sendo a maioria classificada em dois tipos. As valvas que vazam por não fecharem adequadamente são consideradas incompetentes (também se diz que exibem insuficiência). Uma valva incompetente produz um sopro distinto após seu fechamento. Por outro lado, as valvas com aberturas estreitadas, como ocorre quando as válvulas se fundiram ou se tornaram enrijecidas por depósitos de cálcio, são chamadas estenosadas. As valvas enrijecidas não conseguem abrir adequadamente. A estenose da valva da aorta produz um som de clique durante a sístole ventricular quando o sangue que passa pela abertura constrita se torna turbulento e vibra. As valvas incompetentes e estenosadas reduzem a eficiência do coração e, assim, aumentam sua carga de trabalho; com isso, o coração pode ficar seriamente enfraquecido. A valva AV esquerda e a valva da aorta em menor grau estão envolvidas com mais frequência nos transtornos valvares porque estão sujeitas a forças maiores que resultam da contração vigorosa do ventrículo esquerdo O tratamento dos transtornos valvares costuma incluir o reparo cirúrgico das valvas danificadas. Quando essa abordagem não obtém êxito, as valvas são substituídas por substitutas mecânicas ou biológicas. O tecido para as valvas biológicas é proveniente de cadáveres, suínos ou bovinos. As técnicas de substituição não são permanentes nem isentas de problemas. https://www.saudebemestar.pt/pt/exame/imagiologia/radiografia-de-torax/ https://www.medtronic.com/br-pt/your-health/conditions/heart-failure.html Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 03 – Módulo 01 Funções biológicas MARIEB Disfunções da valva cardíaca incluem: Regurgitação aórtica: insuficiência da valva aórtica que causa fluxo reverso do sangue da aorta para o ventrículo esquerdo durante a diástole Estenose aórtica: estreitamento da valva aórtica, obstruindo o fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo para a aorta ascendente durante a sístole Regurgitação mitral: insuficiência da valva mitral que provoca o fluxo do sangue do ventrículo esquerdo para o AE durante a sístole ventricular. Estenose mitral: estreitamento do orifício mitral que obstrui o fluxo sanguíneo do AE para o ventrículo esquerdo. Prolapso da valva mitral: abaulamento das cúspides da valva mitral para o AE durante a sístole Regurgitação pulmonar: insuficiência da valva pulmonar que provoca fluxo sanguíneo da artéria pulmonar para o ventrículo direito durante a diástole. Estenose pulmonar: estreitamento da via de saída pulmonar provocando obstrução do fluxo sanguíneo do ventrículo direito para a artéria pulmonar durante a sístole Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 03 – Módulo 01 Funções biológicas Regurgitação tricúspide: insuficiência da valva tricúspide, que provoca fluxo sanguíneo do ventrículo direito para AD durante a sístole Estenose tricúspide: estreitamento do orifício tricúspide que obstrui o fluxo sanguíneo do AD para o ventrículo direito https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/valvopatias/vis%C3%A3o-geral- das-valvopatias-card%C3%ADacas 6. Correlacionar a sífilis com a insuficiência cardíaca Tem potencial para desencadear condições como aneurismas, inflamações e danos às válvulas e artérias do coração, incluindo a aorta. Leia mais em: https://saude.abril.com.br/blog/guenta-coracao/os-riscos-da-sifilis-cardiovascular/ https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/valvopatias/vis%C3%A3o-geral-das-valvopatias-card%C3%ADacas https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/valvopatias/vis%C3%A3o-geral-das-valvopatias-card%C3%ADacas https://saude.abril.com.br/blog/guenta-coracao/os-riscos-da-sifilis-cardiovascular/ Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 03 – Módulo 01 Funções biológicas Ser infectado por essa bactéria também abre as portas para possíveis condições como inflamações e danos às válvulas e artérias do coração, bem como o surgimento de aneurismas caso não seja descoberta a tempo ou tratada de forma correta, dando origem a sífilis cardiovascular. O primeiro sintoma após o contágio da sífilis é o aparecimento de uma ferida localizada principalmente na região genital (Sífilis Primária). Assim que notada, o médico deve ser procurado para definir um diagnóstico preciso e evitar a evolução da indecção. A sífilis cardiovascular (terciária) costuma se manifestar de 20 a 30 anos após a infecção inicial. Quando não tratada adequadamente, o vírus continua a circular pelo organismo atingindo o sistema cardiovascular do paciente. Cerca de 80% dos casos de óbito registrados associados a sífilis cardiovascular, decorrem da ruptura de uma aneurisma sacular que não foi descoberto a tempo ou tratado corretamente por meio da intervenção cirúrgica. Os principais sintomas citados são uma sensação de incômodo e dor nas regiões torácicas e das costas, provocadas por um possível aneurisma da artéria aorta ascendente ou descendente, que apresenta risco de ruptura. Cansaço e sensação de falta de ar, também podem ser outros sintomas quando a sífilis acomete a válvula aórtica. Neste caso, ocorre um refluxo sanguíneo, que volta para dentro do coração e causa uma sobrecarga, provocando a sensação citadas acima. https://www.drakeillafreitas.com.br/sifilis- cardiovascular/#:~:text=Ser%20infectado%20por%20essa%20bact%C3%A9ria,dando%20origem%20a%20s%C3%ADfi lis%20cardiovascular. 7. Relacionar o sistema renal com a insuficiência cardíaca O sistema renina-angiotensina II-aldosterona também é ativado pela baixa Pa, e o aumento dos níveis de angiotensina II contribuem para a vasoconstrição periférica. O aumento dos níveis de aldosterona aumenta a reabsorção de Na + , a concentração extracelular de Na e o volume de LEC(liquido extra celular), perpetuando o ciclo da formação de edema. Fisiologia – Costanzo Estes dois órgãos, vitais para o organismo, estão relacionados entre si, trabalhando em conjunto. Por isso, quando um deles falha, o outro acaba por sofrer as consequências. A missão do coração é bombear sangue, rico em oxigénio, para todo o corpo. É assim que este poderoso músculo mantém todas as células e órgãos do nosso corpo, vivos. Aos rins cabe a função de limpar o sangue, remover-lhe os resíduos, manter a pressão sanguínea e assegurar que este tenha as quantidades necessárias de determinados nutrientes e minerais, para a manutenção de um bom estado de saúde. Coração e rins estão permanentemente ligados. Quando o coração deixa de bombear sangue de forma eficaz, fica congestionado, fazendo com que a pressão se acumule. Desta forma, os rins acabam por ficar também congestionados, como se explica no site British Heart Foundation (BHF). Outra consequência para os rins tem a ver com o facto de receberem um reduzido fluxo de sangue oxigenado, um fator importante para que possam desempenhar de forma eficaz as suas tarefas. https://www.drakeillafreitas.com.br/sifilis-cardiovascular/#:~:text=Ser%20infectado%20por%20essa%20bact%C3%A9ria,dando%20origem%20a%20s%C3%ADfilis%20cardiovascular https://www.drakeillafreitas.com.br/sifilis-cardiovascular/#:~:text=Ser%20infectado%20por%20essa%20bact%C3%A9ria,dando%20origem%20a%20s%C3%ADfilis%20cardiovascular https://www.drakeillafreitas.com.br/sifilis-cardiovascular/#:~:text=Ser%20infectado%20por%20essa%20bact%C3%A9ria,dando%20origem%20a%20s%C3%ADfilis%20cardiovascular Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 03 – Módulo 01 Funções biológicas COMO OS RINS INFLUENCIAM OCORAÇÃO? Quando os rins ficam debilitados, o coração também acaba por ser afetado. Estando os rins enfraquecidos, o sistema hormonal, “que regula a pressão sanguínea, aumenta drasticamente, ao tentar aumentar o suprimento de sangue para os rins”, explica o BHF. Como consequência, o coração acaba por ter de bombear contra pressões mais altas, sofrendo, eventualmente, com este aumento da carga de trabalho, podendo originar uma insuficiência cardíaca. https://www.medis.pt/mais-medis/saude-e-medicina/coracao-e-rins-dois-orgaos- indissociaveis/#:~:text=Quem%20sofre%20de%20doen%C3%A7a%20renal,risco%20para%20a%20doen%C3%A7a%2 0renal. Síndrome cardiorrenal: compreendendo a conexão coração-rim Mecanicamente, o entendimento convencional de como a insuficiência cardíaca aguda pode levar à lesão renal aguda (SCR tipo 1) foi anteriormente atribuído ao baixo débito cardíaco, causando diminuição do fluxo sanguíneo para os rins. No entanto, outras causas estão em jogo; isto inclui vasoconstrição pré-glomerular no contexto de regulação positiva do sistema renal-angiotensina-aldosterona. Além disso, a pressão venosa central elevada impõe aumento da hipertensão venosa renal, diminuindo o fluxo sanguíneo através do circuito da artéria renal. Adicionado isso, além da hemodinâmica, as vias, incluindo a inflamação, o óxido nítrico e a isquemia, provavelmente estão envolvidas na interação entre o coração e a falência renal. https://pebmed.com.br/sindrome-cardiorrenal-compreendendo-a-conexao-coracao-rim/ A explicação clássica para o agravamento da função renal na insuficiência cardíaca está assente na hipoperfusão renal devida a baixo débito cardíaco ou hipotensão. A diminuição do débito cardíaco juntamente com a redistribuição sanguínea principalmente para o cérebro e coração agrava a perfusão renal e causa uma nefropatia vasomotora. Estas alterações irão desenvolver respostas compensatórias sistémicas e intrarenais de forma a reter fluidos e restaurar o débito cardíaco. Entretanto, com a progressão da disfunção cardíaca, estas respostas tornam-se deletérias, uma vez que não são suficientes para restaurar o débito cardíaco e acabam por condicionar disfunção renal. Na insuficiência cardíaca terminal, a síndrome cardio-renal está associada com a diurese agressiva utilizada para tentar resolver a sintomatologia clínica. Esta teoria parece consistente, no entanto só explica alguns aspectos desta síndrome. Verifica-se, por exemplo, que em doentes assintomáticos com disfunção cardíaca esquerda a incapacidade de excretar líquidos precede qualquer alteração do débito cardíaco http://rihuc.huc.min-saude.pt/bitstream/10400.4/1098/1/Cardio-renal%20syndrome.pdf A explicação clássica para o agravamento da função renal na insuficiência cardíaca está assente na hipoperfusão renal devida a baixo débito cardíaco ou hipotensão. A diminuição do débito cardíaco juntamente com a redistribuição sanguínea principalmente para o cérebro e coração agrava a perfusão renal e causa uma nefropatia vasomotora. Estas alterações irão desenvolver respostas compensatórias sistémicas e intrarenais de forma a reter fluidos e restaurar o débito cardíaco. Entretanto, com a progressão da disfunção cardíaca, estas respostas tornam-se deletérias, uma vez que não são suficientes para restaurar o débito cardíaco e acabam por condicionar disfunção renal. Na insuficiência cardíaca terminal, a síndrome cardio-renal está associada com a diurese agressiva utilizada para tentar resolver a sintomatologia clínica. Esta teoria parece consistente, no entanto só explica alguns aspectos desta síndrome. Verifica-se, por exemplo, que em doentes assintomáticos com disfunção cardíaca esquerda a incapacidade de excretar líquidos precede qualquer alteração do débito cardíaco11. Na verdade, a proporção de https://www.medis.pt/mais-medis/saude-e-medicina/coracao-e-rins-dois-orgaos-indissociaveis/#:~:text=Quem%20sofre%20de%20doen%C3%A7a%20renal,risco%20para%20a%20doen%C3%A7a%20renal https://www.medis.pt/mais-medis/saude-e-medicina/coracao-e-rins-dois-orgaos-indissociaveis/#:~:text=Quem%20sofre%20de%20doen%C3%A7a%20renal,risco%20para%20a%20doen%C3%A7a%20renal https://www.medis.pt/mais-medis/saude-e-medicina/coracao-e-rins-dois-orgaos-indissociaveis/#:~:text=Quem%20sofre%20de%20doen%C3%A7a%20renal,risco%20para%20a%20doen%C3%A7a%20renal https://pebmed.com.br/sindrome-cardiorrenal-compreendendo-a-conexao-coracao-rim/ http://rihuc.huc.min-saude.pt/bitstream/10400.4/1098/1/Cardio-renal%20syndrome.pdf Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 03 – Módulo 01 Funções biológicas doentes que se apresentam com insuficiência renal causada primariamente por hipoperfusão renal é bastante baixa. Na maioria das situações, a redução da perfusão renal origina prontamente um aumento na fracção de filtração, o que contribui, não só para preservar a TFG como compensa a redução do débito renal. Apenas na insuficiência cardíaca severa acompanhada de uma resistência vascular renal marcadíssima e diminuído débito renal é que a TFG diminui acentuadamente sem aumento compensatório da fracção de filtração8. No estudo ADHERE4 demonstrou-se que a incidência de deterioração da função renal dos doentes com descompensação da insuficiência cardíaca é similar entre os doentes com função cardíaca preservada (impedância ventricular aumentada) e função normal. Verificouse, ainda, que grande parte destes doentes se apresentava com pressão sistémica elevada. Todas estas observações sugerem que a fisiopatologia da doença renal no contexto de falência cardíaca é muito mais complexa que a simples diminuição no débito cardíaco. Segundo o modelo de Guyton12, o rim é a peça central na regulação do volume extracelular através do SRA e suas extensões (aldosterona, endotelina, …) e antagonistas [BNP e Óxido Nítrico (NO)]. Contudo, não consegue explicar a progressão rápida da aterosclerose, remodelação e hipertrofia cardíaca e ainda o agravamento da doença renal observadas na síndrome cardio-renal severa. Recentemente L. Bongartz et al propuseram uma extensão ao modelo de Guyton. Foi, então, proposto que o SRA, a relação entre NO e Espécies Reativas de Oxigénio (ERO), a inflamação e o sistema nervoso simpático (SNS) seriam os principais responsáveis pela interacção cardiorenal. Todo e qualquer distúrbio num destes sistemas iria criar um ciclo vicioso e afetar todos os outros sinergicamente, resultando na disfunção e alteração estrutural renal13. A ativação exagerada do SRA causa inapropriada regulação do volume extracelular e vasoconstrição além de despoletar a formação de ERO através da NADPHoxidase o que, por sua vez, produz inflamação vascular através da via do fator Kappa-B nuclear (NF-kB induz a produção de moléculas de adesão e quimiotáxicas)14 e aumento da atividade simpática15. A inibição da enzima de conversão da angiotensina tem demonstrado aumentar a biodisponibilidade do NO em doentes com doença arterial coronária, provavelmente devido à redução stress do oxidativo vascular e aumento da atividade da superóxido dismutase extracelular.16 Por outro lado, o desequilíbrio entre o NO e as ERO, devido ao aumento das últimas provoca um estado de baixo poder antioxidativo. A diminuição da disponibilidade do NO pode aumentar a atividade simpática pré-ganglionar e estimular o SRA diretamente através da lesão dos túbulos e interstício renal ou através da vasoconstrição aferente (devida à inibição crónica da síntese de NO)17. O estado de inflamação crónica que se encontra presente na insuficiência cardíaca e renal estimula a ativação leucocitária de aumentando a libertação dos seus conteúdos oxidantes18. Finalmente, a atividade nervosa simpática exagerada pode induzir inflamação através da produção de citoquinas medidas pela noradrenalina e neuropeptídeo Y, este último alterando, também, a função imunitária celular. http://rihuc.huc.min-saude.pt/bitstream/10400.4/1098/1/Cardio-renal%20syndrome.pdfhttp://rihuc.huc.min-saude.pt/bitstream/10400.4/1098/1/Cardio-renal%20syndrome.pdf
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