Prévia do material em texto
Beatriz Klippel Amancio Pereira – turma XXVIII Irrigação sanguínea do Encéfalo o Encéfalo: altamente vascular, possui alta taxa metabólica, recebe 15% do débito cardíaco e 25% do O2. o Suprimento arterial = 2 artérias carótidas internas + 2 artérias vertebrais forma círculo arterial do cérebro por meio de suas interligações na cavidade do crânio Artéria vertebral o São derivadas das artérias subclávias o Provêm sangue região superior da medula espinal; tronco encefálico; cerebelo e parte dos hemisférios cerebrais posteriores o Ascendem pelo pescoço passando pelos forames transversários das 6 vértebras cervicais superiores até entrarem na cavidade do crânio por meio do forame magno passa por 7 forames o Próximo ao forame magno emite 1 ou 2 ramos meníngeos ramificam entre o osso e a dura-máter e suprem o osso, a díploe e a foice do cerebelo o Ao nível da junção entre bulbo e ponte formam a artéria basilar o Derivado das artérias vertebrais originam-se alguns ramos: - Artéria espinal anterior (1º ramo) - Artéria espinal posterior (2º e 3º ramos) - Artérias cerebelares inferior posterior (cada uma emite 1) Artéria basilar o Localizada na cisterna pontina (parte ventral da ponte) o Segue uma direção rostral e termina em uma bifurcação forma 2 Aa. Cerebrais posteriores. o Irriga o tronco encefálico, cerebelo e cérebro. o Emite ramos: Aa. cerebelares inferiores anteriores supre a face inferior do cerebelo e se anastomosa com Aa. cerebelar inferior posterior, Aa. cerebelar superior supre a face superior do cerebelo; ponte, glândula pineal; o véu medular superior e tela corióidea do 3º ventrículo, numerosas e pequenas artérias da ponte suprem a ponte. Artérias carótidas internas o Elas + seus ramos suprem o sangue para a maior parte do cérebro o Origina-se da bifurcação da artéria carótida comum, ascende no pescoço e entra no canal carótico do osso temporal. o Em seu curso ela demostra suas partes: - Parte petrosa: ascende no canal carótico e dá origem a 2 ramos: Aa. Caroticotimpânica e Aa. Do canal pterigóideo - Parte cavernosa: ascende para o processo clinóide posterior e dá origem a pequenos vasos relacionados com gânglio trigemal, seio cavernoso e hipófise - Parte cerebral: após perfurar a dura-máter ascende entre os nervos óptico e oculomotor e termina dividindo-se em artérias cerebrais anterior e média, além disso dá origem a Aa. Oftálmica e Aa. Comunicante posterior Círculo arterial do cérebro o Chamado de círculo de Willis o Grande anastomose arterial sistema de vasos interligados vertebrobasilar + carótidas internas Beatriz Klippel Amancio Pereira – turma XXVIII o Localizado na base do cérebro o Anteriormente: artérias cerebrais anteriores ligadas por artéria comunicante anterior o Posteriormente: artérias cerebrais posteriores ligadas por artérias comunicantes posteriores irriga o trato óptico, pedúnculo cerebral, cápsula interna e tálamo o Existem variações no padrão e calibre dos vasos que podem afetar a hemodinâmica só 50% dos indivíduos apresenta círculo de Willis considerado “normal” Clínica - Aneurismas cerebrais - São dilatações nas artérias devido a defeitos nas paredes dos vasos - Comumente encontradas nos vasos do círculo de Willis - Próximo a terminação da artéria carótida interna: pode comprimir face lateral do quiasma óptico e axônios derivados da parte temporal da retina déficit no campo visual nasal - Próximo ao nervo oculomotor (Aa. comunicante posterior, Aa. Cerebelar superior, extremidade Aa. basilar) paralisia do 3º nervo craniano por compressão - Ruptura de aneurisma hemorragia subaracnóidea queixa de cefaleia intensa e súbita. Clínica-AVC o Interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro ou para o tronco cerebral função neurológica prejudicada e sem sinais de reversão com o tempo o Pode ser um acidente vascular isquêmico (AVCI) quando a causa é a falta do suprimento sanguíneo ou redução para porção do encéfalo. o Pode ser um acidente vascular hemorrágico (AVCH) quando causados pela ruptura de vasos sanguíneos. Irrigação cerebral Artéria cerebral anterior o É o menor ramo das carótidas internas o Irriga hemisférios cerebrais, exceto para os lobos occipitais envolve o polo frontal e medial o Pode ser dupla Artéria cerebral média o Continuação da carótida interna distal à Aa. Cerebral anterior o É o maior ramo das Aa. carótidas internas o Irriga maior parte da face lateral dos hemisférios cerebrais envolve boa parte da porção temporal irriga o giro pré- central, frontal superior e o frontal médio Artéria cerebral posterior o Ramo terminal da Aa. Basilar o Irriga face inferior do hemisfério cerebral + lobo occipital + polo temporal na porção medial Relação função e irrigação o A depender do grau de lesão de um ramo das artérias pode resultar em alterações funcionais. Beatriz Klippel Amancio Pereira – turma XXVIII Clínico – Doppler carotídeo o Exame complementar que utiliza ultrassons para estudar o estado da parede arterial e avaliar o fluxo de sangue das artérias carótidas e vertebrais o Auxilia no diagnóstico de doença aterosclerótica, aneurismas, angulações, dissecções, arterites. o Ex: caso um aneurisma na artéria cerebral média se rompa, a pessoa desenvolverá problemas relacionados a marcha, motricidade em geral, articulação da fala. Artérias centrais ou perfurantes o Numerosas artérias originadas a partir do círculo arterial do cérebro ou de vasos próximos a ele o Entram no encéfalo através de substâncias perfuradas anterior e posterior. Vascularização das meninges o As meninges cranianas podem ser divididas em dois grupos: leptomeninge (aracnoide-máter + pia-máter) e paquimeninge (dura- máter) o A aracnoide-máter é separada da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, que contém líquido cefalorraquidiano (LCR). o O LCR tem a função de proteger e nutrir o encéfalo é produzido pelos plexos coroides dos 4 ventrículos e drenado pelas vilosidades da aracnoide/ granulações aracnóideas para o sistema venoso. Dura-máter o Possui duas camadas: periosteal externa (periósteo cobre face interna do crânio; não reveste a medula espinal) e meníngea interna (membrana fibrosa forte e continua no forame magno presente na medula espinal) o Suas invaginações permitem a formação dos seios durais, sendo elas: - Foice do cérebro: maior invaginação localizada na fissura longitudinal do cérebro - Tentório do cerebelo: segunda maior invaginação divide em compartimento supratentorial e infratentorial - Foice do cerebelo: invaginação vertical - Diafragma da sela: menor invaginação Seios venosos durais o São espaços revestidos de endotélio que desembocam na veia jugular interna e situam-se entre periósteo externo e meníngea interna o As veias superficiais, cerebrais superiores, cerebrais inferiores e a cerebral magna desembocam nos seios durais, que drenam sangue venoso do encéfalo e dos ossos do crânio Seio sagital superior o Segue na margem superior da foice do cérebro (da crista etmoide até a protuberância occipital interna) o Recebe veias cerebrais superior, veia diplóica e veias emissárias Seio sagital inferior o Segue na margem inferior da foice do cérebro o Algumas veias cerebrais e veias da foice do cérebro drenam para esse seio Seio reto o Formado pela união do seio sagital inferior +veia cerebral magna o Localizado na junção da foice do cérebro + cerebelo o Recebe seio sagital inferior, veia cerebral magna, veias cerebrais posteriores, veias cerebelares superiores, veias da foice do cérebro Seio occipital o Situa-se na margem fixa da foice do cerebelo e termina superiormente na confluência dos seios o Comunica-se inferiormente com o plexo vertebralvenoso interno Confluência dos seios o Espaço dilatado na protuberância occipital interna o Seios sagital superior, reto, occipital drenam para essa região Beatriz Klippel Amancio Pereira – turma XXVIII Seio transverso direito e esquerdo o Extensões horizontais da confluência dos seios ao longo das fixações posterior e lateral do tentório do cerebelo o Tornam-se seios sigmóideos ao deixar a superfície do osso occipital o Recebem da confluência dos seios (direito- seio sagital superior partes mais superficiais do cérebro; esquerdo- seio reto partes mais internas do cérebro) o Recebe, também, do seio petroso superior, veia cerebral inferior, veia cerebelar inferior, veia diploica e veias emissárias Seio sigmoide direito e esquerdo o É a continuação dos seios transversos até a veia jugular interna e sulco dos ossos parietal, temporal e occipital o Recebem os seios transversos, veias cerebrais, cerebelares, diploicas e emissárias Seio cavernoso o Localizado na região lateral do corpo esfenoide o Recebem os seios esfenoparietais e as veias cerebrais, oftálmicas e emissárias do plexo pterigoideo o Suas conexões proporcionam vias para a passagem de infecções extracranianos para intracranianos Seio intracavernoso o Cruza a sela turca o Conecta os seios cavernosos Seio esfenoparietal o Superfície inferior das asas menores do esfenoide o Recebem veias diploicas e meníngeas Seio petroso superior o Seguem na margem superior da parte petrosa do osso temporal e se unem ao seio transverso o Recebem o seio cavernoso, veias cerebelares, cerebrais inferiores e timpânica o Ligam-se ao seio petroso inferior e ao plexo basilar Seio petroso inferior o Seguem no sulco entre a parte petrosa do osso temporal e occipital, terminando direto nas veias jugulares internas o Recebem o seio cavernoso, veias cerebelares, veias da orelha interna e do tronco encefálico. Seio ou plexo basilar o Clivo, posteriormente à sela turca do esfenoide o São canais de interligação entre as camadas da dura-máter sobre o clivo o Conecta os seios petrosos inferiores bilaterias e se liga com o plexo venoso vertebral OBS: veias emissárias: são veias que unem os seios venosos durais às veias fora do crânio, não possuem válvula conduto através do qual infecções podem entrar na cavidade do crânio Veias diplóicas: se apresentam na díploe desemboca nos seios venosos durais. Vasculatura da dura-máter o A artéria meníngea média é a maior das artérias meníngeas e supre a maior parte da dura o Aa. Meníngea média, ramo da artéria maxilar, penetra a fossa média do crânio pelo forame espinhoso e se divide em ramo anterior e posterior o Veias da dura-máter acompanham as artérias meníngeas veias meníngeas medias acompanham Aa. Meníngea média deixando a cavidade do crânio pelo forame espinhoso ou oval e drenando para o plexo venoso pterigoideo Clínica- hematoma extradural o Decorre da ruptura de ramos da artéria meníngea média o Sangue se acumula entre a camada periosteal da dura-máter e a calvária e se expande lentamente sob pressão arterial. Drenagem venosa o Veias cerebrais internas e externas drenam as superfícies e o interior do hemisfério cerebral o As veias cerebrais superficiais se dividem em superior, média e inferior Beatriz Klippel Amancio Pereira – turma XXVIII Veia cerebral superior o Drenam para o seio sagital superior Veia cerebral superficial média o Principal veia superficial o Drena a maior parte da face lateral para o seio cavernoso o Entre essa veia e o seio sagital superior tem-se uma veia anastomótica superior (de Trolard) permite conexão entre o seio cavernoso e o sagital superior o Se conecta com o seio transverso por meio de uma veia anastomótica inferior (de Labbé) Veia cerebral inferior o As que estão na face orbital do lobo frontal se juntam as veias cerebrais superiores e drenam para o seio sagital superior o As que estão sobre o lobo temporal se anastomosam com a veia basilar e com a cerebral média e drenam para os seios cavernosos, petroso superior e transverso. Veia basilar o Passa posteriormente ao redor do pedúnculo cerebral e segue para a veia cerebral magna recebendo tributárias da fossa interpendicular, corno inferior do ventrículo lateral, giro para-hipocampal e mesencéfalo Veia cerebral interna o Formada pela união das veias talamoestriadas e corióideas o Drena as partes profundas do hemisfério e o plexo corióideo do 3º e 4º ventrículo Veia cerebral magna (veia de Galeno) o Principal veia profunda o A união das duas veias cerebrais internas forma a cerebral magna o Se curva para cima ao redor do esplênio do corpo caloso o Se abre na extremidade anterior do seio reto após receber as veias basilares direita e esquerda Veias cerebelares o Seguem na superfície cerebelar o Se dividem em grupos superiores (da região superior do verme cerebelar até o seio reto/ veia cerebral magna/ seio transverso e petroso superior) e inferiores (região inferior do verme cerebelar até seio reto ou sigmóideo) o Drenam principalmente para os seios adjacentes a elas ou a partir da face superior para o interior da veia cerebral magna Clínica – Trombose venosinusal intracraniana o Fatores de risco: trauma envolvendo os seios venoso durais ou infecções próximas a eles, condições que aumentam a coagulabilidade do sangue (uso de anticoncepcional, gravidez, desidratação, anormalidades inatas das vias de coagulação) o Coágulo obstrução da drenagem hipertensão venosa pressão venosa se aproxima da arterial diminui a perfusão do sangue nas áreas afetadas pode gerar isquemia o Usualmente afeta a veia cerebral magna e o seio reto