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Beatriz Klippel Amancio Pereira – Turma XXVIII Nervos cranianos São feixes de fibras sensitivas ou motoras que inervam músculos ou glândulas, conduzem impulsos de receptores sensitivos ou têm uma associação de fibras motoras e sensitivas. Existem 12 pares cranianos, que fazem partes do SNP e passam por forames e fissuras na cavidade do crânio Componentes sensitivos: associados a audição, visão, equilíbrio e gosto Componentes motores: inervação de músculos esqueléticos derivado de arcos faríngeos Nervo olfatório (I) Olfato Seus neurônios sensitivos têm receptores periféricos na mucosa nasal (teto e parte superior da cavidade nasal) e processos centrais que unem –se em pequenos feixes, entram na cavidade do crânio através da lâmina cribriforme do osso etmoide e terminam fazendo sinapse com neurônios secundários nos bulbos olfatórios Fratura nessa lâmina: anosmia Nervo óptico (II) Visão Os fotorreceptores na retina captam informações que são levadas por fibras aferentes especiais (AE) até componentes visuais presentes no cérebro Entram na cavidade do crânio pelos canais ópticos Tumor na hipófise compressão do quiasma óptico (região onde essas fibras se cruzam) pode acometer fibras que promovem a perda da visão lateral (temporal) paciente só com visão nasal Nervo oculomotor (III) Sai da parte anterior do tronco encefálico (entre o mesencéfalo e ponte), penetra o tentório cerebelar, continua no seio cavernoso e sai do crânio pela fissura orbital superior Fibras eferentes somáticas gerais (ESG): inervação de músculos extrínsecos (reto superior, reto inferior, reto medial e oblíquo inferior, levantador da pálpebra superior) Fibras eferentes viscerais gerais (EVG): são parassimpáticas pré- ganglionares que fazem sinapse no gânglio ciliar e inervam músculo esfíncter da pupila (constrição pupilar) e músculos ciliares (neuromodulação da lente para a visão para perto) Consequência da lesão: pupila dilatada; ptose; olho gira para baixo e para fora; arreflexia pupilar no lado da lesão Beatriz Klippel Amancio Pereira – Turma XXVIII Nervo troclear (IV) Sai da parte posterior do tronco encefálico, penetra o tentório cerebelar, continua no seio cavernoso e sai do crânio pela fissura orbital superior Conduz fibras ESG que inervam o musculo extrínseco oblíquo superior Estiramento do nervo durante passagem ao redor do trono encefálico; fratura da órbita alterações Consequência da lesão: perde a capacidade de olhar para baixo quando o olho é aduzido Nervo trigêmeo (V) Sai pela superfície anterolateral da ponte, com uma grande raiz sensitiva e uma pequena motora, seguem para frente e fora da fossa posterior e chegam na fossa média do crânio onde a raiz sensitiva se expande ao gânglio trigeminal, localizado na cavidade trigeminal da parte petrosa do osso temporal, e a raiz motora fica abaixo da sensitiva. Da borda anterior do gânglio trigeminal, o nervo se divide: Nervo oftálmico (V1): Segue para frente pela dura-máter lateral do seio cavernoso, sai da cavidade do crânio e entra na órbita pela fissura orbital superior Leva ramos sensitivos dos olhos, conjuntiva e conteúdo orbital e recebe ramos sensitivos da cavidade nasal, seio frontal, células etmoidais, foice do cérebro, da dura na fossa craniana anterior, parte superior do tentório do cerebelo, parte superior da pálpebra, dorso do nariz, parte anterior do couro cabeludo Nervo maxilar (V2): Segue para frente pela dura-máter da parede lateral do seio cavernoso, sai da cavidade craniana pelo forame redondo e entra na fossa pterigopalatina Recebe ramos sensitivos: da dura na fossa craniana média, nasofaringe, palato, cavidade nasal, dentes superiores, seio maxilar, pele da lateral do nariz, pálpebra inferior, bochecha e lábio superior Nervo mandibular (V3): Único do nervo trigêmeo com componente motor Sai da margem inferior do gânglio trigeminal deixa o crânio pelo forame oval. Componente motor inerva: músculos da mastigação (temporal, masseter e pterígóideos medial e lateral), músculo tensor do tímpano, tensor do véu palatino, ventre anterior do digástrico e milo-hióide. Componente sensitivo recebe ramos: da pele do inferior da face, bochecha, lábio inferior, anterior do ouvido externo, parte do meato acústico externo, fossa temporal, 2/3 anteriores da língua, dentes anteriores, células aéreas mastoideas, membranas mucosas da bochecha, mandíbula dura na fossa craniana média. Nervo abducente (VI) Se origina no tronco encefálico entre ponte e bulbo, segue para frente perfurando a dura-máter que recobre o clivo, cruza a margem superior da parte petrosa do osso temporal, penetra o seio cavernoso e entra na órbita através pela fissura orbital superior Leva fibras ESG para inervar o músculo reto lateral na órbita Ação de virar o olho lateralmente Causa mais comum de lesão: base do encéfalo ou fratura com acometimento do seio cavernoso ou da órbita Consequência da lesão: olho não se move lateralmente; diplopia ao olhar lateralmente. Nervo facial (VII) Deixa a cavidade craniana pelo meato acústico interno e origina ramos (corda do tímpano, gânglio pterigopalatino, nervo petroso maior) no canal facial do osso temporal antes de sair pelo forame estilomastóideo; esses ramos deixam o crânio por outras fissuras e canais Se fixa na superfície lateral do tronco encefálico entre a ponte e o bulbo Possuem uma grande raiz motora e uma sensitiva menor Fibras ASG: levam estímulos sensitivos de parte do meato acústico externo e partes profundas da orelha Fibras AE: para o paladar dos 2/3 anteriores da língua Fibras EVG: inerva glândula lacrimal, glândulas salivares submadinbular e sublingual, membranas mucosas da cavidade nasal, palatos duro e mole Fibras EB (eferentes braquiais): inerva músculos da face (expressão facial), do couro cabeludo derivado do 2º arco faríngeo, músculos dos estapédio, ventre posterior do digástrico e milo-hióide. Beatriz Klippel Amancio Pereira – Turma XXVIII Nervo vestibulococlear (VIII) Se fixa na superfície lateral do tronco encefálico, entre ponte e bulbo, depois de emergir do meato acústico externo e atravessar a fossa posterior do crânio Deixa a cavidade craniana pelo meato acústico interno Utiliza fibras AE Possui um componente vestibular para o equilíbrio e um componente coclear para a audição Nervo glossofaríngeo (IX) Radículas, presentes na parte anterolateral do bulbo superior, atravessam a fossa posterior do crânio, entram no forame jugular e nele se fundem e formam o nervo glossofaríngeo. Dentro do forame jugular ou imediatamente fora o nervo timpânico se ramifica do nervo glossofaríngeo, depois entra no osso temporal, penetra cavidade da orelha média e participa da formação do plexo timpânicoinervação sensitiva à mucosa da cavidade, tuba auditiva e células aéreas mastoideas e contribuem para as fibras EVG Fibras AVG: levam estímulos sensitivos do corpo e seio carótico Fibras ASG: levam estímulos sensitivos terço posterior da língua, tonsilas palatinas, orofaringe e das inervações do nervo timpânico. Fibras AE: para o paladar do 1/3 posterior da língua Fibras EVG: estimula a atividade secretora da glândula salivar parótida Fibras EB (eferentes braquiais): inerva músculo estilofaríngeo (derivado do 3º af) Possui intima relação com o canal jugular Nervo vago (X) Radículas (inferior as que formam o nervo IX), presentes na parte anterolateral do bulbo superior, atravessam a fossa posterior do crânio, entram no forame jugular e nele se fundem e formam o nervo vago. Fibras AVG: levam estímulos sensitivos dos quimiorreceptores do glomo paraaórtico e dosbarorreceptores do arco da aorta e do esôfago, dos brônquios, dos pulmões, do coração e das vísceras abdominais no sistema digestório anterior e médio. Fibras ASG: levam estímulos sensitivos da laringe, parte laríngea da faringe, partes profundas da orelha, parte do meato acústico externo e dura da fossa posterior do crânio Fibras AE: paladar, em torno da epiglote e da faringe Fibras EVG: inerva músculo liso e as glândulas na faringe, na laringe, nas vísceras torácicas e nas vísceras abdominais do sistema digestório anterior e médio. Fibras EB: inerva músculo da língua (palatoglosso), os músculos do palato mole (exceto o tensor do véu palatino), a faringe (exceto o estilofaríngeo) e a laringe. Causas da lesão: lesão do tronco encefálico ou laceração profunda do pescoço Consequência da lesão: flacidez do palato mole, desvio da úlvula para lado normal, rouquidão devido à paralisia da prega vocal Beatriz Klippel Amancio Pereira – Turma XXVIII Nervo acessório (XI) Suas raízes se originam de neurônios motores nos 5 segmentos cervicais da medula Saem da superfície lateral da medula espinal, entram no crânio pelo forame magno, continuam na fossa posterior e saem pelo forame jugular Descem pelo pescoço para inervar músculos esterocleidomastóideo e trapézio Causa de lesão: laceração do pescoço Consequência de lesão: paralisia do m. esternocleidomastóideo e das fibras superiores do m. trapézioqueda do ombro Nervo hipoglosso (XII) Radículas, presentes na parte anterior do bulbo, atravessam a fossa posterior do crânio, entram no canal do nervo hipoglosso e formam o nervo XII Inervam os músculos hioglosso, estiloglosso e genioglosso e todos os músculos intrínsecos da língua Causa de lesão: laceração do pescoço Consequência de lesão: a língua, ao ser protraída, desvia-se para o lado afetado, podendo ocorrer uma disartia moderada (distúrbio da articulação da fala)
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