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03_Atualidades_e_Conhecimentos_de_Tocantins

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1 
 
 
 
 
 
 
 
PM-TO 
Aluno-Soldado 
 
 
 
1 Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, 
economia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, 
desenvolvimento sustentável e ecologia................................................................................... 1 
2 História e geografia do estado do Tocantins. 2.1 O movimento separatista. A criação do 
estado. Os governos desde a criação. 2.2 Governo e administração pública estadual. Divisão 
política do estado do Tocantins. 2.3 Clima e vegetação. Hidrografia. 2.4 Economia, política e 
desenvolvimento .................................................................................................................. 313 
 
 
 
 
 
Olá Concurseiro, tudo bem? 
 
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua 
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do 
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando 
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você 
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. 
 
Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail 
professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou 
questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam 
por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior 
aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 
 
01. Apostila (concurso e cargo); 
02. Disciplina (matéria); 
03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 
04. Qual a dúvida. 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, 
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até 
cinco dias úteis para respondê-lo (a). 
 
Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
 
1 
 
 
 
 
 
Governo federal zera alíquota de importação de revólveres e pistolas1 
 
Medida entra em vigor em 1º de janeiro de 2021. Gestão do presidente tem flexibilizado o acesso a 
armas desde o início do mandato. 
O governo federal decidiu zerar a alíquota de importação de revólveres e pistolas, que atualmente é 
de 20% do valor do produto. A mudança passa a valer a partir de janeiro de 2021. 
A medida foi publicada em resolução da Câmara de Comércio Exterior no "Diário Oficial da União" 
(DOU) desta quarta-feira (09/12), um dia após deliberação na 11ª reunião extraordinária do colegiado. 
A resolução não apresenta justificativa para a alteração na alíquota de importação. O texto inclui 
revólveres e pistolas numa lista de exceções à tarifa externa comum do Mercosul com itens que têm a 
alíquota de importação zerada. 
Desde o início de seu mandato, em 2019, o presidente Jair Bolsonaro tomou medidas para flexibilizar 
a posse e o porte de armas pela população, conforme havia prometido em sua campanha à presidência 
da República, em 2018. 
Em agosto, a Polícia Federal formalizou a autorização para que o cidadão possa comprar até quatro 
armas. A autorização para aquisição de até quatro armas estava prevista em decreto do governo 
publicado em 2019, mas faltava a formalização por meio de instrução normativa que definisse as regras. 
Cabe à PF expedir o registro de arma de fogo. 
 
Quadrilha sitia Centro de Criciúma e faz reféns em assalto a banco2 
 
Criminosos fortemente armados provocaram terror na cidade na madrugada desta terça-feira (01/12), 
com tiroteios, explosões e incêndios. Eles bloquearam o caminho para barrar a reação da polícia local. 
Uma quadrilha sitiou o Centro de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, para assaltar um banco no início 
da madrugada desta terça-feira (1º). O grupo fortemente armado invadiu a tesouraria regional de um 
banco, provocou incêndios, bloqueou ruas e acessos à cidade, usou reféns como escudos e atirou várias 
vezes. 
A prefeitura pediu ajuda a batalhões de municípios vizinhos e também para cidades do Rio Grande do 
Sul. Criciúma tem cerca de 217 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), e fica 200 km ao sul da capital catarinense, Florianópolis, e 285 km ao norte da capital do Rio 
Grande do Sul, Porto Alegre. 
Os primeiros relatos do tiroteio foram feitos por volta da meia-noite. Imagens nas redes sociais 
mostraram reféns e pessoas cercadas nas ruas pelos criminosos. O som dos disparos foi ouvido 
principalmente na região central de Criciúma. 
A PM informou que o grupo incendiou um túnel em Tubarão que dá acesso a Criciúma, para tentar 
impedir que reforços chegassem até o local dos assaltos. O bando também atacou o Batalhão da Polícia 
e ateou fogo a um veículo. 
O delegado Victor Bianco Cruz informou que os criminosos usaram veículos de 'alta potência e grande 
valor comercial', de marcas como Audi, Land Rover, BMW, Mitsubishi e Volkswagen. 
"Nós acreditamos, sim, que o valor levado é bastante grande, pelos vídeos que circulam nas redes 
sociais aqui, onde teria uma enorme quantidade de dinheiro na caçamba de uma caminhonete", disse o 
delegado. 
Após o ataque, os criminosos fugiram e abandonaram dinheiro no local. Por volta das 2h30, peritos 
estavam nas ruas para analisar a suspeita de abandono de materiais explosivos. Nas calçadas e nas ruas 
próximas da ação foram encontradas várias cápsulas de munição, inclusive de fuzil. 
 
 
1 Felipe Néri. Governo federal zera alíquota de importação de revólveres e pistolas. G1. https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/12/09/governo-federal-zera-aliquota-
de-importacao-de-revolveres-e-pistolas.ghtml. Acesso em 09 de dezembro de 2020. 
2 Anaísa Catucci e Caroline Borges, G1 SC. Quadrilha sitia Centro de Criciúma e faz reféns em assalto a banco;. G1 Santa Catarina. https://g1.globo.com/sc/santa-
catarina/noticia/2020/12/01/moradores-de-criciuma-registram-intenso-tiroteio.ghtml. Acesso em 01 de dezembro de 2020. 
1 Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, 
transportes, política, economia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, 
energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia 
Segurança 
 
2 
 
Reféns eram funcionários que pintavam faixas 
O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) disse que os reféns foram liberados sem ferimentos. Os homens 
mostrados em imagens divulgadas em rede social sentados em uma rua, usados como uma barreira pela 
quadrilha, eram funcionários do município que pintavam faixas de trânsito. 
Durante a madrugada, Salvaro orientou aos moradores que ficassem em casa. 
"A cidade neste momento tá sitiada. São criminosos aí muito bem preparados. Certamente vieram de 
outros estados da federação. Recomenda-se que você fique em casa", disse à 1h. 
 
Polícia fala em 'novo cangaço' 
A PM informou que buscou reforços. Segundo o tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, do 9ª 
Batalhão da Polícia Militar (9º BPM), agentes de Araranguá, Tubarão e Içara se deslocaram para a 
cidade. 
"Uma quadrilha do crime organizado, que é especializada em assalto a banco. A gente chama de 
modalidade 'novo cangaço'. Eles fazem assaltos simultâneos, atacam quarteis, como atacaram no 
batalhão também", disse o tenente-coronel ainda na madrugada. 
O Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Choque da PM de Florianópolis também foram 
acionados. 
 
Fuga 
Durante a fuga, pelo menos um malote de dinheiro foi abandonado pela quadrilha. Cédulas e cápsulas 
também ficaram espalhadas pelas ruas. 
Segundo o prefeito, os criminosos fugiram em comboio. 
 
PM e vigilante baleados 
Ao menos um policial militar e um vigilante foram baleados. Conforme Andrade, o policial foi atingido 
na região do abdômen e foi levado ao hospital. O estado de saúde dele é considerado estável. 
Aindanão há informações sobre o estado de saúde da outra vítima. 
 
Proporção de negros nas prisões cresce 14% em 15 anos, enquanto a de brancos cai 19%, 
mostra Anuário de Segurança Pública3 
 
Dois em cada três presos são negros. Segundo a publicação, existe forte desigualdade racial no 
sistema prisional, percebida na maior severidade de tratamento e de punições direcionadas aos negros. 
Em 15 anos, a proporção de negros no sistema carcerário cresceu 14%, enquanto a de brancos 
diminuiu 19%. Hoje, de cada três presos, dois são negros. É o que revela o 14º Anuário Brasileiro de 
Segurança Pública, divulgado neste domingo (18/10) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 
Dos 657,8 mil presos em que há a informação da cor/raça disponível, 438,7 mil são negros (ou 66,7%). 
Os dados são referentes a 2019. 
 
 
 
3 Cíntia Acayaba e Thiago Reis. Proporção de negros nas prisões cresce 14% em 15 anos, enquanto a de brancos cai 19%, mostra Anuário de Segurança Pública. 
G1. https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/10/19/em-15-anos-proporcao-de-negros-nas-prisoes-aumenta-14percent-ja-a-de-brancos-diminui-19percent-
mostra-anuario-de-seguranca-publica.ghtml. Acesso em 19 de outubro de 2020. 
 
3 
 
Segundo o Anuário, as prisões no país estão se tornando, ano a ano, espaços destinados a um perfil 
populacional cada vez mais homogêneo. “No Brasil, se prende cada vez mais, mas, sobretudo, cada vez 
mais pessoas negras.” 
“Existe, dessa forma, uma forte desigualdade racial no sistema prisional, que pode ser percebida 
concretamente na maior severidade de tratamento e sanções punitivas direcionadas aos negros”, afirma 
a publicação. 
“Aliado a isso, as chances diferenciais a que negros estão submetidos socialmente e as condições de 
pobreza que enfrentam no cotidiano fazem com que se tornem os alvos preferenciais das políticas de 
encarceramento do país.” 
Amanda Pimentel, pesquisadora associada do Fórum, lembra que, além das condições que levam os 
negros a serem mais presos do que não negros, existe também o tratamento desigual dentro do sistema 
judiciário. 
"As prisões dos negros acontecem em razão das condições sociais, não apenas das condições de 
pobreza, mas das dificuldades de acesso aos direitos e a vivência em territórios de vulnerabilidade, que 
fazem com que essas pessoas sejam mais cooptadas pelas organizações criminosas e o mundo do crime. 
Mas essas pessoas também são tratadas diferencialmente dentro do sistema de justiça. Réus negros 
sempre dependem mais de órgãos como a Defensoria Pública, sempre têm números muito menores de 
testemunhas. Já os brancos não dependem tanto da Defensoria, conseguem apresentar mais advogados, 
têm mais testemunhas. É um tratamento diferencial no sistema de justiça. Os réus negros têm muito 
menos condições que os réus brancos", diz. 
"Para cada não negro preso que adentrou ao sistema prisional, dois negros foram presos. Se você 
comparar a entrada e a permanência no sistema prisional, você vê que é pouco mais do que o dobro das 
pessoas não negras", completa Amanda. 
De acordo com a pesquisadora, da maneira como a prisão é organizada, ela fica "extremamente 
voltada para o encarceramento do negro, que normalmente comete mais crimes patrimoniais". 
Amanda lembra que a política de encarceramento em massa dificulta ainda mais o combate à violência, 
em razão do fortalecimento das organizações criminais. "Muitas pessoas que cometem crimes não 
violentos e adentram ao sistema penal têm contato com diversas organizações e isso acaba fortalecendo 
as facções, como o PCC e o Comando Vermelho." 
O Anuário mostra que, historicamente, a população prisional do país segue um perfil muito semelhante 
ao das vítimas de homicídios. 
“Em geral, são homens jovens, negros e com baixa escolaridade. Apenas em 2019, os homens 
representaram 95% do total da população encarcerada. No que se refere ao gênero, portanto, existe uma 
sobrerrepresentação masculina na população prisional, explicada em grande parte pela intensa 
associação existente entre ‘mundo do crime’ e valores viris, exercidos primordialmente por homens.” 
A tendência de crescimento da população carcerária, porém, também atinge as mulheres. Em 2008, 
havia 21.604 pessoas do sexo feminino no sistema prisional; 11 anos depois, esse número cresceu, 
chegando a 36.926, um crescimento de 71% de prisões de mulheres. 
Em relação aos jovens, chama a atenção que a principal faixa etária nas prisões seja a de 18 a 24 
anos (26% do total). Logo em seguida aparecem os presos de 25 a 29 anos (24%). 
Os dados do Anuário mostram ainda que há menos presos em carceragens de polícia, informação 
revelada em levantamento feito pelo Monitor da Violência no início do ano. 
 
Pandemia nos presídios 
O Anuário também fez a coleta de dados referentes a mortes e casos de Covid-19 em 2020 nos 
presídios do país. Houve 113 óbitos e 27.207 casos entre a população carcerária. 
Segundo a publicação, dentro do sistema prisional brasileiro, a pandemia da Covid-19 e as medidas 
tomadas para contê-la causaram um agravamento das condições de encarceramento da população e 
aprofundaram as violações de direitos fundamentais. 
Enquanto a incidência, fora das prisões, é de 2.245 casos de infecção para cada 100 mil habitantes, 
dentro do sistema prisional a taxa salta para 3.637 casos a cada 100 mil pessoas presas, afirma o Anuário. 
“Os altos índices de incidência da doença no ambiente prisional, infelizmente, contam a história de 
uma tragédia anunciada. Desde os primeiros casos da doença registrados na China e na Europa, as 
informações disseminadas pela comunidade científica mundial, por meio da Organização Mundial da 
Saúde, dão conta de que o distanciamento físico é a medida mais adequada e eficaz para a contenção 
do vírus e, consequentemente, da doença causada por esse agente biológico. Diante desta evidência, 
como garantir distanciamento social entre as pessoas presas em um contexto de superlotação como o 
registrado nos sistemas prisionais de todos os estados brasileiros? Como garantir a distância mínima de 
um metro entre os quatro detentos que ocupam uma única vaga nas unidades prisionais do estado de 
 
4 
 
Roraima? A impossibilidade desta divisão se expressa na disseminação descontrolada da infecção pelo 
coronavírus em grande parte dos estados.” 
 
Chefe do PCC, André do Rap é solto após STF conceder habeas corpus4 
 
André Oliveira Macedo, chefe de uma facção criminosa, cumpria prisão preventiva em Presidente 
Venceslau 
O traficante André Oliveira Macedo, também conhecido como André do Rap, um dos líderes 
do PCC, foi solto no fim da manhã deste sábado em Presidente Venceslau após ter habeas corpus 
concedido pelo ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal (STF). 
Macedo é um dos chefes da facção criminosa paulista que tem presença dentro e fora dos presídios 
em todo o Brasil. Ele cumpria prisão preventiva em uma penitenciária em Presidente Venceslau, interior 
de São Paulo, mas já tinha condenação em primeira instância a 14 anos de prisão. A pena foi reduzida 
na segunda instância a 10 anos de prisão. 
André do Rap foi preso em 15 de setembro do ano passado em condomínio de luxo, em Angra dos 
Reis. Ele é acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico, financiamento de narcotráfico. Na 
ocasião, a operação Oversea apreendeu quatro toneladas de cocaína e chegou aos investigados por 
meio de interceptação telefônica, vídeos, depoimentos e vigilância policial. 
A operação buscava desaerticular a atuação de um grupo criminoso voltado ao tráfico internacional de 
entorpecentes , com atuação no Porto de Santos, o maior do país. 
O Superior Tribunal de Justiça já havia negado um pedido de habeas corpus feito pela defesa de 
Macedo, que recorreu ao STF. 
O ministro Marco Aurélio entendeu, na sexta-feira (09/10), que a prisão preventiva do traficante por 
mais de um ano desrespeita o previsto na lei. 
"O paciente [Macedo] está preso, sem culpa formada, desde 15 de dezembro de2019, tendo sido a 
custódia mantida, em 25 de junho de 2020, no julgamento da apelação. Uma vez não constatado ato 
posterior sobre a indispensabilidade da medida, formalizado nos últimos 90 dias, tem-se desrespeitada a 
previsão legal, surgindo o excesso de prazo", diz o ministro em sua decisão. 
O ministro determinou a soltura de André do Rap e determinou que ele atenda a chamados judiciais e 
informe à Justiça seu endereço, bem como qualquer mudança de casa. 
 
Governo de Minas Gerais adota racionamento de água em presídios a partir deste domingo5 
 
Segundo secretaria, detento gasta em média 88% mais água que cidadão em liberdade. Água nos 
presídios poderá ser utilizada por seis horas diárias. 
O racionamento de água em unidades prisionais do estado como uma medida para gerar economia 
aos cofres públicos é adotada em Minas Gerais a partir deste domingo (01/12). 
Atualmente, o estado tem 72 mil presos em 197 unidades. 
A medida foi anunciada pelo governo do estado nesta sexta-feira (29). 
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a água nos presídios 
poderá ser utilizada por seis horas diárias. A medida foi definida, pois segundo a secretaria, dados do 
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento mostram que um detento gasta em média 88% a 
mais de água do que um cidadão em liberdade. 
“É uma medida de gestão que busca eficiência no setor público, sem desperdício do dinheiro do 
contribuinte e com a garantia da manutenção dos direitos dos presos e da pessoa humana”, afirmou o 
governo. 
A Secretaria de Justiça garante que “a restrição do uso da água não trará prejuízos aos trabalhos de 
humanização e ressocialização realizados dentro das unidades prisionais”. 
Atualmente, o gasto médio mensal com água nas unidades prisionais de todo o estado é de R$ 7,5 
milhões. O governo espera economizar 10% desde valor com o racionamento. 
De acordo com a Sejusp, com outras ações implantadas já houve redução de R$ 500 mensais nos 
gastos com água. 
Em nota, a Defensoria Pública de Minas Gerais disse que discorda da medida e estuda ingressar com 
ação extrajudicial ou judicial ainda no início da semana para evitar o racionamento. 
 
 
4 Agência O Globo. Chefe do PCC, André do Rap é solto após STF conceder habeas corpus. Ig. Crime Organizado. https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2020-10-
10/chefe-do-pcc-andre-do-rap-e-solto-apos-stf-conceder-habeas-corpus.html. Acesso em 13 de outubro de 2020. 
5 G1 Minas. Governo de Minas Gerais adota racionamento de água em presídios a partir deste domingo. G1 Minas Gerais. https://g1.globo.com/mg/minas-
gerais/noticia/2019/12/01/governo-de-minas-gerais-adota-racionamento-de-agua-em-presidios-a-partir-deste-domingo.ghtml. Acesso em 02 de dezembro de 2019. 
 
5 
 
Witzel cita 'genocídio' no RJ e diz que vai à ONU pedir punições a Paraguai, Bolívia e Colômbia6 
 
Governador disse que fronteiras deveriam ser fechadas e que vai pedir sanções aos países vizinhos 
por venderem armas ao Brasil. Ele criticou a atuação da PF e do MPF: "estão neste momento em débito 
com a sociedade". 
O governador do RJ, Wilson Witzel, disse neste domingo (29/09) que vai recorrer à ONU para 
combater a violência no RJ, que chamou de "genocídio". Em fala a jornalistas durante o Rock in Rio, ele 
afirmou que vai pedir sanções aos países vizinhos que vendem armas ao Brasil, 
como Paraguai, Bolívia e Colômbia. 
"Todas essas ações. Trabalhando para tirar as armas...trabalhando agora junto às Nações 
Unidas...levar realmente a causa do genocídio do Rio de Janeiro, que não é o governador", disse Witzel. 
Witzel defendeu o fechamento de fronteiras e que a ONU deveria impor sanções aos países por 
venderem armas ao Brasil. 
"O próprio Conselho de Segurança da ONU pode tomar essa decisão: retaliar Paraguai, Bolívia e a 
Colômbia no que diz respeito às armas em si. Ou seja, países que vendem armas para esses países têm 
que ser proibidos de fazê-lo sob pena de continuar esse massacre essa situação sangrenta que nós 
vivemos hoje nas comunidades do Rio de Janeiro. E fechar a fronteira." 
O governador disse que já está em contato para levar o pleito à ONU. "Eu já pedi para que nós 
entremos em contato agora nessa semana com o Conselho de Segurança da ONU para que eu possa 
expor o que está acontecendo no Rio de Janeiro e pedir providências junto a esses países", afirmou. 
 
Especialista contesta discurso 
O professor de Política Internacional da UERJ Paulo Velasco contestou a fala de Witzel e afirmou que 
a violência no RJ não pode ser classificada como genocídio e que o governo estadual não poderia fazer 
diretamente este pedido à ONU. Segundo ele, essa demanda caberia ao governo federal. 
"É difícil caracterizar como genocídio o que acontece aqui. Ele como juiz federal deveria saber. Até 
para fazer concurso para juiz federal, uma das disciplinas é Direito Internacional", disse Velasco. "Existe 
uma definição dada pelo Direito Internacional para entender o que é genocídio. Uma definição aprovada 
em convenção da ONU em 1948. O genocídio é entendido como a violência com o objetivo de destruir no 
todo ou em parte grupos étnicos, raciais, religiosos. Então, tem que haver uma violência praticada 
deliberadamente contra um grupo com o objetivo de destruí-los." 
"Não tem (condição de pedir diretamente ao Conselho de Segurança da ONU). Quem tem 
representação na ONU é o estado brasileiro. Caso o estado do Rio de Janeiro estivesse em uma situação 
de violência extrema e quisesse algum tipo de interação com a ONU teria que ser feito via governo 
federal", explica Velasco. 
"Muito embora exista a paradiplomacia, as unidades da federação terem atividades internacionais, isso 
é mais para acordos culturais, questões comerciais. Nunca para questões que digam respeito a paz e a 
segurança, muito menos a interação direta com o Conselho de Segurança." 
 
Crítica à atuação federal na segurança 
Witzel falou de forma incisiva contra a atuação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal no 
combate ao tráfico de armas e drogas. 
"Será que eu estou falando em outra língua? Eu fui juiz federal durante 17 anos. Quem investiga o 
tráfico de armas e de drogas é a Polícia Federal. É o Ministério Público Federal. Então eles estão neste 
momento em débito com a sociedade. É preciso explicar, mostrar os números, os promotores federais 
têm que vir a público para dizer o que eles estão fazendo para impedir que essa quantidade de armas 
chegue ao Rio de Janeiro." 
 
Caso Ágatha 
Em seu discurso, Witzel repetiu que o Rio de Janeiro é a segunda capital mais segura do Brasil e 
criticou a imprensa por só mostrar o lado negativo da cidade. Ele rechaçou críticas de que adote uma 
política de confronto, que promova a violência. 
"Eu não quero celebrar a morte de ninguém. Muito pelo contrário, nós queremos celebrar a vida e 
exatamente para que a vida seja celebrada é que nós vamos ter que agir de forma muito rigorosa contra 
o tráfico de armas e drogas no nosso estado no Brasil", disse. 
Questionado sobre o protesto da cantora Lellê, que lembrou a morte da menina Ágatha e da vereadora 
Marielle Franco no primeiro dia de Rock in Rio, Witzel afirmou que estão "fazendo palanque" com a morte 
 
6 G1 Rio. Witzel cita 'genocídio' no RJ e diz que vai à ONU pedir punições a Paraguai, Bolívia e Colômbia. https://g1.globo.com/pop-arte/musica/rock-in-
rio/2019/noticia/2019/09/29/witzel-diz-que-ha-genocidio-no-rj-e-que-vai-a-onu-pedir-punicoes-a-paises-vizinhos.ghtml. Acesso em 30 de setembro de 2019. 
 
6 
 
de uma criança e que "quem embarca na história está falando contra quem está fazendo um bom 
trabalho". 
"Querer fazer palanque de uma criança ou quem quer que seja um palco político, isso para a oposição 
é uma indecência. E quem embarca nessa história...nós temos que respeitar a diversidade, mas quem 
embarca nessa história está dando eco a uma política perversa contra algo que está sendo bem feito." 
 
Presos de Altamira são mortos dentro de caminhãodurante transferência para Belém; Segup e 
MP apuram o caso7 
 
Quatro participantes da briga entre facções foram encontrados mortos com sinais de sufocamento, 
segundo a Susipe. Eles pertenciam à facção que começou a briga e atacou rivais em prisão. 
Quatro envolvidos na briga entre facções que resultou no massacre do presídio de Altamira foram 
mortos durante o transporte para Belém, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). 
Com isso, o número de mortos no confronto chega a 62. 
O governo do Pará apura as circunstâncias em que os crimes ocorreram. As mortes foram entre os 
municípios de Novo Repartimento e Marabá, entre as 19h terça-feira (30/07) e 1h desta quarta (31/07). 
Os presos eram levados algemados dentro de um caminhão, dividido em duas celas. 
Os corpos foram encontrados na manhã desta quarta (31/07) com sinais de sufocamento, conforme 
informou a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe). O órgão não deu detalhes de como 
ocorreu o sufocamento. 
Por volta de 16h de quarta-feira, o governo divulgou o nome dos mortos: 
- Dhenison de Souza Ferreira 
- José Ítalo Meireles Oliveira 
- Valdenildo Moreira Mendes 
- Werik de Sousa Lima 
 
De acordo com a Segup, os mortos são da mesma facção (Comando Classe A) e ocupavam a mesma 
cela no Centro de Recuperação Regional de Altamira. Foi essa facção que atacou integrantes do 
Comando Vermelho, facção rival. Os outros 26 presos que estavam no veículo e que seriam levados para 
a capital foram colocados em isolamento e serão ouvidos pela polícia. 
O caminhão tem quatro celas e a capacidade para até 40 presos –no momento dos crimes, 30 eram 
transportados. O Estado informou que não possui caminhão com celas individuais. 
De acordo com a Segup, 21 presos já estão em Belém. Todos chegaram na terça-feira (30/07). 
Dezesseis são líderes de facções e dez deles irão, posteriormente, para o regime federal, os demais 
serão redistribuídos nas penitenciárias estaduais. 
O governo do Estado confirmou a chegada de 40 agentes da Força-Tarefa de Intervenção 
Penitenciária (FTIP) em Belém na tarde desta quarta, para atuarem em atividades de guarda, vigilância 
e custódia de presos. 
 
MP acompanha o caso 
O Ministério Público do Pará (MPPA) divulgou uma nota informando que está acompanhando as 
investigações sobre a rebelião e que instaurou um inquérito civil para apurar as mortes ocorridas no 
presídio. A nota disse ainda que o MP passou a acompanhar as investigações sobre a morte dos quatro 
detentos durante a transferência. "O MP reforça ainda que acompanha de perto todos os desdobramentos 
e investigações necessários ao esclarecimento dos fatos e responsabilização criminal, cível e 
administrativa conforme apurado", disse. 
 
Massacre no presídio 
Um confronto entre facções criminosas dentro do presídio de Altamira causou a morte de 58 detentos. 
Na segunda-feira (29/07), líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram cela onde estavam internos 
do Comando Vermelho (CV). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará 
(Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado 
carbonizado nos escombros do prédio. 
Após as mortes, o governo do estado determinou a transferência imediata de dez presos para o regime 
federal. Outros 36 seriam redistribuídos pelos presídios paraenses. 
 
7 Thais Rezende. Gabriela Azevedo. Presos de Altamira são mortos dentro de caminhão durante transferência para Belém; Segup e MP apuram o caso. G1 Pará. 
https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2019/07/31/presos-de-altamira-sao-mortos-dentro-de-onibus-durante-transferencia-para-
belem.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 01 de agosto de 2019. 
 
7 
 
Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira 
como superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 311 custodiados, mas a 
capacidade máxima é de 200 internos. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, dos 
311 presos, 145 ainda aguardavam julgamento. 
 
Em cinco meses, Brasil registra 17,9 mil mortes violentas; queda é de 22% em relação ao ano 
passado8 
 
No mesmo período de 2018, houve 23.015 assassinatos. Índice nacional de homicídios criado pelo G1 
acompanha os crimes violentos mês a mês. Queda nos assassinatos foi antecipada pelo Monitor da 
Violência. 
O Brasil registrou uma queda de 22% nas mortes violentas nos primeiros cinco meses deste ano em 
comparação com o mesmo período de 2018. É o que mostra o índice nacional de homicídios criado 
pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. 
Somente em maio, houve 3.521 assassinatos, contra 4.327 no mesmo mês do ano passado. Já no 
período que engloba os cinco meses, foram 17.907 mortes violentas — 5,1 mil a menos que o registrado 
nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril e maio de 2018. 
A tendência de queda nos homicídios do país foi antecipada pelo G1 no balanço dos dois primeiros 
meses do ano, que apresentaram redução de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, e 
no balanço das mortes violentas de 2018, que teve a maior queda dos últimos 11 anos da série histórica 
do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com 13%. 
O número de assassinatos, porém, continua alto. 
O levantamento faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1com o Núcleo de Estudos da 
Violência da Universidade de São Paulo (NEV/USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 
 
 
 
Os dados apontam que: 
- houve 5.108 mortes a menos nos primeiros cinco meses de 2019 
- 23 estados e o DF apresentaram redução de assassinatos no período 
- dois estados tiveram quedas superiores a 30%: Sergipe e Ceará 
- apenas três estados registraram alta de assassinatos: Piauí, Tocantins e Roraima 
 
 
8 G1. Em cinco meses, Brasil registra 17,9 mil mortes violentas; queda é de 22% em relação ao ano passado. G1 Monitor da Violência. https://g1.globo.com/monitor-
da-violencia/noticia/2019/07/13/em-cinco-meses-brasil-registra-179-mil-mortes-violentas-queda-e-de-22percent-em-relacao-ao-ano-
passado.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 15 de julho de 2019. 
 
8 
 
 
 
Três estados tiveram aumento de assassinatos nos primeiros cinco meses de 2019. Veja, abaixo, a 
justificativa de cada um deles: 
 
- Piauí: Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Piauí diz que o aumento no número de crimes 
em maio de 2019 "foi considerado atípico" por conta de casos no interior do estado e que, no mesmo 
período, houve queda nos números na capital. 
- Tocantins: A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins diz que em junho foi registrada uma 
redução de 31,41% nos índices de CVLI, "o que representa uma estabilização nos índices destes tipos 
criminais no primeiro semestre, sendo buscado por estratégias de integração entre as forças de 
segurança locais, conforme preconizado no Plano Estadual de Segurança Pública e Defesa Social 
(PESSE)". Segundo a pasta, trata-se de um enfrentamento sistemático e organizado da criminalidade 
visando a sua efetiva redução. "A SSP-TO tem realizado estudos e mapeamento dos locais e causas 
deste tipo de violência no estado, marcado, em especial, por ações típicas de execução de grupos 
criminosos, instituindo uma Diretoria de Combate ao Crime Organizado (DRACCO) para o fortalecimento 
das ações de prevenção e repressão, além da intensificação das operações integradas, tanto no âmbito 
de investigações qualificadas como no aumento do policiamento ostensivo, nos casos em que isso se 
releve a medida mais adequada." 
- Roraima: A Secretaria de Segurança Pública de Roraima não informa o motivo para o aumento da 
violência e diz ainda que o setor de estatística vai rever os dados de violência do estado. 
 
 
 
 
 
9 
 
Tendência de queda 
Para entender o que pode estar por trás da tendência de queda, o G1 foi a fundo nos cenários de 
segurança pública de três estados que se destacaram por suas reduções desde2018: Acre, Ceará e Rio 
Grande do Norte. 
Especialistas, integrantes e ex-integrantes dos governos e entidades foram consultados para levantar 
as principais medidas tomadas nos estados que podem ter resultado na queda da violência. Saiba mais. 
Entre as medidas adotadas estão: 
 
- ações mais rígidas em prisões, como constantes operações de revistas e implantação do Regime 
Disciplinar Diferenciado (RDD) 
- isolamento ou transferência de chefes de grupos criminosos para presídios de segurança máxima 
- criação de secretaria exclusiva para lidar com a administração penitenciária 
- criação de delegacia voltada à investigação de casos de homicídios 
- integração entre as forças de segurança e justiça 
 
Como o levantamento é feito 
A ferramenta criada pelo G1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos 
mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), 
latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes 
violentos letais e intencionais. 
Jornalistas do G1 espalhados pelo país solicitam os dados, via assessoria de imprensa e via Lei de 
Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de 
Segurança Pública. 
Em março, o governo federal anunciou a criação de um sistema similar. Os dados, no entanto, não 
estão atualizados como os da ferramenta do G1. O último mês disponível é fevereiro de 2019 (e não há 
números de todos os estados). 
Os dados coletados mês a mês pelo G1 não incluem as mortes em decorrência de intervenção policial. 
Isso porque é mais difícil obter números em tempo real e de forma sistemática com os governos 
estaduais. O balanço de 2018 foi publicado pelo Monitor da Violência separadamente, em abril. 
 
 
 
Datafolha: 64% dos brasileiros são contra a posse de armas9 
 
Apenas 27% dos entrevistados ouvidos pela pesquisa disseram já ter cogitado a compra de uma arma. 
Aproximadamente três meses após a assinatura de decreto presidencial que flexibiliza a posse de 
armas, levantamento do Instituto Datafolha concluiu que a maioria da população é contra a medida. Em 
pesquisa divulgada, nesta quinta-feira (11/04), pelo jornal Folha de S. Paulo, 64% dos entrevistados 
concordam com a afirmação que “a posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de 
outras pessoas”. Já 34% concordam que “possuir uma arma legalizada deveria ser um direito do cidadão 
para se defender”. 
O Datafolha ouviu 2.806 entrevistados em 130 municípios do país, nos dias 2 e 3 de abril. A pesquisa 
tem margem de erro máxima de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de 
confiança de 95%. 
 
9 Veja. Datafolha: 64% dos brasileiros são contra a posse de armas. https://veja.abril.com.br/brasil/datafolha-64-dos-brasileiros-sao-contra-a-posse-de-armas/. Acesso 
em 11 de abril de 2019 
 
10 
 
Em relação à frase “a sociedade brasileira seria mais segura se as pessoas andassem armadas para 
se proteger da violência”, 72% das pessoas ouvidas discordaram, enquanto 26% delas concordaram total 
ou parcialmente. 
Apenas 27% dos entrevistados disseram já ter cogitado a compra de uma arma. E 20% afirmaram que 
podem considerar comprar armamentos após o governo ter flexibilizado a legislação. 
O pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, também foi foco da pesquisa, abordando 
pontos como a redução de penas a policiais que venham a matar em serviço, alegando legítima defesa. 
No levantamento do Datafolha, para 81% dos brasileiros, a polícia não deve ter liberdade para atirar em 
suspeitos sob o risco de atingir inocentes. Já 17% admitem esse tipo de ação. 
Dentre os entrevistados, 79% afirmaram que policiais que matam devem ser investigados. Em outro 
questionamento, 51% dos entrevistados dissera que têm “mais medo que confiança” da polícia, enquanto 
47% declararam ter “mais confiança que medo”. 
 
Polícia divulga nome dos assassinos de Suzano10 
 
Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, invadiram escola na 
Grande São Paulo e mataram 8. 
A polícia divulgou os nomes dos assassinos que mataram 8 pessoas, sendo 4 adolescentes, na Escola 
Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo. 
São eles: Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos. Os dois 
cometeram suicídio em seguida. Castro completaria 26 anos no próximo sábado. 
O ataque ocorreu por volta das 9h30 desta quarta-feira (13/03). Quatro dos mortos no local são alunos 
do ensino médio. Outros dois adolescentes foram socorridos, mas morreram no hospital. Duas das vítimas 
são funcionárias da escola. 
 
Resumo 
 
- Os atiradores mataram 8 pessoas e se mataram em seguida 
- As vítimas ainda não foram identificadas 
- Os autores do crime são Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Henrique de Castro, de 25 anos 
- 23 pessoas foram levadas a hospitais. Entre elas, há pessoas que ficaram feridas e outras que 
passaram mal após o ataque 
- Ainda não se sabe o motivo do ataque e o vínculo dos atiradores com a escola 
- Uma testemunha disse que viu um deles com arma de fogo e outro, com uma faca 
- A PM encontrou no local um revólver 38, uma besta (um artefato com arco e flecha), objetos que 
parecem ser coquetéis molotov e uma mala com fios 
- Antes de os criminosos entrarem na escola, eles balearam um homem nas proximidades da escola 
 
Ataque 
 
Os autores do crime chegaram à escola em um carro branco. Eles entraram pela porta da escola, que 
estava aberta. 
"Eles ingressaram na escola, atiraram na coordenadora pedagógica, atiraram numa outra funcionária. 
Estava na hora do lanche, eles se dirigiram ao pátio, atiraram em mais quatro alunos do ensino médio. 
Nesse horário, só havia alunos do ensino médio, e [os autores do ataque] dirigiram-se ao centro de 
línguas. Os alunos do centro de línguas se fecharam na sala com a professora e eles [criminosos] se 
suicidaram no corredor", disse o coronel Marcelo Salles, comandante-geral da PM. 
O coronel Salles afirmou que, antes de entrar na escola, os criminosos balearam um homem em um 
lava-rápido próximo à escola. Ele passa por cirurgia na Santa Casa de Suzano e está em estado 
gravíssimo. 
 
Arsenal 
Dentro da escola, a polícia encontrou um revólver 38, quatro jet luders, que são plástico para 
recarregamento de arma, uma besta (um tipo de arco e flecha que dispara na horizontal), um arco e flecha 
tradicional e garrafas que aparentam ser coquetéis molotov. Guilherme, um dos autores do ataque, tinha 
uma espécie de machado na cintura. 
 
10 G1. Polícia divulga nomes dos assassinos de Suzano. G1 Mogi das Cruzes. https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2019/03/13/policia-divulga-
nome-dos-atiradores-de-suzano.ghtml. Acesso em 13 de março de 2019. 
 
11 
 
Há ainda uma mala com fios. O esquadrão antibombas foi chamado, mas a polícia ainda não informou 
se havia material explosivo no local. 
 
Doria anuncia que vai privatizar novos presídios do estado de SP11 
 
Modelo de PPP será adotado em quatro novas penitenciárias que já estão em fase de obras. 
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (18/01) que vai privatizar 
os novos presídios construídos no estado com o modelo de parcerias público-privadas (PPPs). 
De acordo com a gestão, a administração de quatro das 12 novas penitenciárias que já estão em fase 
de obras será concedida à iniciativa privada em editais que devem ser lançados ainda neste ano. Outros 
três complexos penitenciários que estão previstos também devem entrar no modelo. As unidades que 
serão privatizadas não foram informadas. 
Segundo Doria, o modelo PPP a ser adotado tem como referências o presídio da cidade de Ribeirão 
das Neves, em Minas Gerais, e também o sistema norte-americano. Estão previstas viagens de 
secretários tanto para Minas quanto para os EUA para reuniões de avaliações de formatos. 
"Nós basearemos a gestãoem critérios de qualidade, melhorando as condições do apenado, 
oferecendo parque fabril interno capaz de ressocializar o apenado com trabalho", afirmou o secretário de 
Administração Penitenciária, coronel Nivaldo Restivo. 
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) disse em nota que ainda é estudado "o modelo ou 
modelos de PPP que serão adotados". 
 
Informação corrigida 
Durante o anúncio para a imprensa, Doria chegou a dizer que todos os 171 presídios do estado seriam 
privatizados gradativamente ao longo da gestão, mas a informação foi corrigida posteriormente pelo vice-
governador e secretário de Governo, Rodrigo Garcia. 
"Nós temos hoje 171 presídios em São Paulo funcionando com 230 mil presos. Esse sistema continua 
assim. As melhorias nesse sistema serão de obras complementares. Ele é estatal”, disse Garcia. 
“Temos hoje 12 presídios em obras, dos quais oito já têm funcionários públicos concursados 
contratados. Não tem sentido racional desistimos disso. Os quatro que ainda não têm funcionários e 
qualquer outra decisão de novo presídio é que serão via PPP", acrescentou o secretário. 
 
Cartão de crédito 
O governador também anunciou que, a partir de agora, todos os pagamentos de impostos do estado 
poderão ser feitos por meio de cartão de crédito. 
 
Questões 
 
01. (CISAS/SC – Auxiliar Administrativo – PS Concursos/2019) O presidente Jair Bolsonaro 
assinou, no dia 08 de maio de 2019, o decreto que altera as normas sobre o direito ao porte de armas e 
munições, autorização para transportar arma fora de casa. As novas regras se somam às normas sobre 
posse de armas, que tratam do direito de ter armas em casa e também foram flexibilizadas por meio de 
decreto assinado no 15º dia do governo de Bolsonaro. 
Com relação as mudanças nas regras, e de acordo com matéria publicada pelo portal G1 em 8 de 
maio de 2019, assinale a alternativa INCORRETA: 
(A) Entre as mudanças, está a inclusão, na lista de armas permitidas, daquelas que antes eram de uso 
privativo de forças de segurança, como a pistola 9 mm e o revólver calibre .40, comumente utilizado por 
policiais civis e militares. 
(B) Com a mudança do novo decreto, o proprietário rural com posse de arma de fogo fica autorizado 
a utilizar a arma, sem especificação de qual modelo, em todo o perímetro da propriedade. 
(C) Antes deste novo decreto assinado dia 08/05/2019, o Certificado de Registro de Arma de Fogo só 
autorizava, para os proprietários rurais, uso da arma no interior de casa ou nas dependências dela ou no 
local de trabalho. 
(D) O novo decreto também definiu que poderão ser adquiridas o valor máximo de 100 unidades de 
munição por ano, tanto para munição convencional quanto para a de uso restrito. Antes, o valor máximo 
era de apenas 50 unidades. 
(E) Com as mudanças no decreto, o prazo de validade do Certificado de Registro de Arma de Fogo 
passa para 10 anos. Assim, os documentos relativos à posse e ao porte terão o mesmo prazo de validade. 
 
11 Marina Pinhoni. Doria anuncia que vai privatizar novos presídios do estado de SP. G1. https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/01/18/doria-anuncia-que-vai-
privatizar-novos-presidios-do-estado-de-sp.ghtml. Acesso em 21 de janeiro de 2019. 
 
12 
 
02. (TER-AP – Analista Judiciário – CESPE) A segurança é um item de crescente preocupação da 
população brasileira. Esta preocupação é resultante 
(A) da descoberta, apenas recentemente, da existência de grupos econômicos e sociais envolvidos no 
comércio ilícito das drogas. 
(B) de uma onda episódica de acasos policiais que envolvem personalidades políticas nacionais. 
(C) da percepção da sociedade brasileira da urgência do tema bem como de suas causas profundas 
e imediatas, como a crise no próprio sistema de segurança do Estado. 
(D) de uma visão passional e imediatista da população brasileira em relação a problema global que 
atinge todo o mundo. 
(E) de uma visão limitada do país e manipulada pelos grandes conglomerados da comunicação 
nacional. 
 
Gabarito 
 
01.D / 02.C 
 
Comentários 
 
01. Resposta: D 
No caso das armas para defesa pessoal liberadas pelas regras anteriores, o decreto nº 9.797/19 
aumentou de 50 para 5.000 o limite de projéteis que podem ser adquiridos por ano. 
Já no caso de armas de caçadores, atiradores e colecionadores, que têm um registro especial, o teto 
cresceu de 500 para 1.000 balas por arma - dependendo do calibre, o limite também pode chegar a 
5.00012. 
 
02. Resposta: C 
A percepção da sociedade da ausência do Estado em determinadas regiões já ultrapassa apenas as 
grandes cidades. A percepção do fracasso das instituições oficiais só é aumentada pelas notícias 
recorrentes a respeito dos problemas de segurança enfrentados no país, vide o exemplo: 
< https://oglobo.globo.com/rio/crise-da-seguranca-no-estado-tambem-marcada-por-falhas-na-comunicacao-21849743> 
 
 
Bolsonaro sanciona lei que altera regras do Código de Trânsito13 
 
Texto prevê CNH com até 40 pontos para alguns motoristas e estende validade do documento. 
Bolsonaro vetou restrições à circulação de motos. 
O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta terça-feira (13/10), com vetos, a lei que faz alterações no 
Código de Trânsito Brasileiro, informou a Secretaria-Geral da Presidência. Entre outras mudanças, 
o projeto amplia a validade e o número de pontos da carteira de habilitação 
O texto foi publicado no "Diário Oficial da União" na madrugada desta quarta-feira (14/10). As novas 
regras entrarão em vigor 180 dias após a publicação da lei. 
Os trechos retirados por Bolsonaro serão reanalisados pelo Congresso Nacional, que pode restaurar 
as medidas ou derrubá-las em definitivo. A Câmara aprovou a versão final do projeto no último dia 22, e 
Bolsonaro tinha até esta quarta para concluir a análise. 
Uma das principais mudanças feitas no Congresso prevê que em casos de lesão corporal e homicídio 
causados por motorista embriagado, mesmo que sem intenção, a pena de reclusão não pode ser 
substituída por outra mais branda, que restringe direitos. 
Atualmente, a legislação diz que a prisão pode ser substituída por penas restritivas de direitos se o 
crime for culposo (sem intenção). Dessa forma, se um motorista embriagado ou sob efeito de drogas 
pratica lesão corporal e até homicídio, a condenação pode ser convertida em uma pena alternativa. 
Pontos da proposta original enviada pelo governo, como a retirada da multa para quem transportar 
criança sem a cadeirinha, nem chegaram a ser aprovados por deputados e senadores. 
O projeto foi tratado como prioridade pelo governo. Em junho do ano passado, o próprio presidente 
Jair Bolsonaro foi pessoalmente à Câmara para entregar o texto. 
 
 
12 https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48391614 
13 Pedro Henrique Gomes e Roniara Castilhos, G1 e TV Globo. Bolsonaro sanciona lei que altera regras do Código de Trânsito. G1. 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/10/13/bolsonaro-sanciona-texto-que-altera-regras-do-codigo-de-transito.ghtml. Acesso em 14 de outubro de 2020. 
Transporte 
saúde 
 
13 
 
Validade da CNH 
O texto sancionado amplia o prazo para a renovação da renovação da CNH e dos exames de aptidão 
física e mental, de acordo com as seguintes situações: 
- 10 anos para condutores com menos de 50 anos; 
- 5 anos para condutores com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 anos; 
- 3 anos para condutores com 70 anos ou mais. 
 
O texto prevê, ainda, que, em caso de indícios de deficiência física ou mental ou de progressividade 
de doença que diminua a capacidade de condução, o perito examinador pode diminuir os prazos para a 
renovação da carteira. 
Atualmente, o Código de Trânsito prevê a renovação a cada cinco anos para a maioria dos motoristas 
e a cada três anos para condutores com mais de 65 anos. O texto enviado pelo governo previa a 
renovação dos exames a cada 10 anos e, para pessoas acima de 65 anos, a cada cinco anos. 
 
Pontos na CNH 
O projeto também prevê limites diferentes de pontuação na carteira demotorista, antes da suspensão, 
no prazo de 12 meses: 
- 40 pontos para quem não tiver infração gravíssima; 
- 30 pontos para quem possuir uma gravíssima; 
- 20 pontos para quem tiver duas ou mais infrações do tipo. 
 
Os motoristas profissionais terão 40 pontos de teto, independentemente das infrações cometidas. 
Esses condutores podem participar de curso preventivo de reciclagem quando atingirem 30 pontos. A 
legislação atual prevê a suspensão da carteira sempre que o infrator atingir 20 pontos. 
O projeto original do governo previa uma ampliação geral, de 40 pontos para todos os motoristas, 
independentemente da vinculação por infração criada pelo relator. 
 
Restrições para motos foram vetadas 
Em uma transmissão em rede social, Bolsonaro comentou a versão da lei que foi aprovada no 
Congresso e antecipou veto às regras que restringiam a circulação de motociclistas. 
"Está no projeto, nós vetamos, que o motociclista apenas pudesse ultrapassar com filas, carros 
parados e baixa velocidade. Nós vetamos isso. Continua valendo uma velocidade maior para o 
motociclista poder seguir destino", declarou. 
"Algumas coisas foram alteradas [no Congresso]. Não era aquilo que nós queríamos, mas houve algum 
avanço. Com toda a certeza, ano que vem a gente pode apresentar um novo projeto buscando corrigir 
mais alguma coisa. A intenção nossa é facilitar a vida do motorista", disse. 
 
Avaliação psicológica de condutores 
Segundo material divulgado pelo governo, Bolsonaro também vetou a exigência de avaliação 
psicológica de parte dos condutores. Esse exame passaria a ser requerido quando o motorista: 
- se envolvesse em acidente grave para o qual tivesse contribuído; 
- fosse condenado judicialmente por delito de trânsito; 
- estivesse colocando em risco a segurança do trânsito, por decisão da autoridade de trânsito. 
 
Outras mudanças 
Cadeirinha 
O projeto aprovado determina também a obrigatoriedade do uso da cadeirinha para crianças de até 10 
anos que ainda não atingiram 1,45 m de altura. A cadeirinha deve se adequar à idade, peso e altura da 
criança. 
Pelo texto, o descumprimento desta regra ocasionará uma multa correspondente a uma infração 
gravíssima. 
A proposta original do governo previa que a punição para o descumprimento fosse apenas uma 
advertência por escrito, sem a multa. Pela proposta do Executivo, endurecida pelo relator, a cadeirinha 
seria necessária para crianças de até 7 anos e meio. 
 
Exames toxicológicos 
Sobre a renovação da carteira de habilitação, o texto também mantém a obrigatoriedade de exames 
toxicológicos para motoristas das categorias C, D e E. 
 
14 
 
O fim da obrigatoriedade do exame era um dos pontos polêmicos do texto e foi alvo de críticas de 
parlamentares e entidades ligadas ao setor. 
Segundo a proposta, quem tem idade inferior a 70 anos também terá que se submeter ao exame a 
cada dois anos e meio, independentemente da validade da CNH. Objetivo é impedir que eventual 
mudança do prazo da carteira implique em alteração na periodicidade do exame. 
 
Recall 
O projeto torna o recall das concessionárias – convocação de proprietários para reparar defeitos 
constatados nos veículos – uma condição para o licenciamento anual do veículo a partir do segundo ano 
após o chamamento. 
Segundo o relator, são frequentes os casos de descumprimento do procedimento, colocando em risco 
a segurança dos condutores desses veículos e de outras pessoas. 
 
Cadastro positivo 
A proposta cria o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), em que serão cadastrados os 
condutores que não tenham cometido infração de trânsito sujeita a pontuação nos últimos 12 meses. 
O cadastro positivo vai possibilitar que estados e municípios concedam benefícios fiscais e tarifários 
aos condutores cadastrados. 
Inicialmente, o relatório previa que, na Semana Nacional de Trânsito, comemorada em setembro, 
haveria um sorteio no valor de 1% do montante arrecadado com as multas para premiar os motoristas do 
cadastro. Contudo, o deputado Juscelino Filho retirou essa parte ao acolher uma emenda de plenário. 
 
Escolas de trânsito 
O projeto prevê a criação de “escolas públicas de trânsito” para crianças e adolescentes com aulas 
teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e comportamento no trânsito. 
 
Consulta pública 
As propostas de normas regulamentares a serem editadas pelo Contran deverão ser submetidas a 
consulta pública antes da entrada em vigor. O objetivo é dar mais transparência às decisões do conselho. 
 
Multas administrativas 
O parecer propõe a isenção de pontos na carteira de motorista em algumas situações de infrações de 
natureza administrativa, por exemplo: 
- conduzir veículo com a cor ou característica alterada; 
- conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório; 
- portar no veículo placas em desacordo com as especificações e modelos estabelecidos pelo Contran; 
- deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de habilitação do condutor. 
 
Penalidade de advertência 
O texto define, ainda, que para infrações leves ou médias deve ser imposta a penalidade de 
advertência por escrito, em vez de multa, se infrator não tiver cometido nenhuma outra infração nos 
últimos 12 meses. 
Atualmente, a legislação já permite essa possibilidade se a autoridade de trânsito "entender esta 
providência como mais educativa" e desde que o motorista não tenha cometido a mesma infração nos 
últimos 12 meses. 
 
Faróis 
O texto determina a obrigatoriedade de manter os faróis acesos durante o dia, em túneis e sob chuva, 
neblina ou cerração, e à noite. 
O Senado fez uma alteração, mantida na Câmara, para restringir a obrigatoriedade do uso de faróis 
baixos durante o dia em rodovias de pista simples apenas àquelas situadas fora dos perímetros urbanos. 
Ao acolher essa mudança, Juscelino Filho diz que o uso de faróis nas cidades "poderia ter efeito 
contrário, ao equiparar todos os demais veículos aos ônibus e às motos, que hoje já são obrigados a 
transitar com farol acesso, para serem diferenciados e melhor percebidos no trânsito urbano." 
 
Veja outros pontos do projeto: 
Reprovação de exame: o projeto revoga dispositivo que determinava que o exame escrito sobre 
legislação de trânsito ou de direção veicular só poderia ser refeito 15 dias depois da divulgação do 
resultado, em caso de reprovação; 
 
15 
 
Capacete sem viseira: a proposta altera trecho do Código de Trânsito que trata da obrigatoriedade do 
uso do capacete, retirando a menção sobre a viseira - o que, atualmente, é considerado infração 
gravíssima. O não uso de viseira no capacete ou dos óculos de proteção ganhou um artigo separado na 
lei, tornando-se infração média; 
Aulas à noite: o projeto também retira a obrigatoriedade de que parte das aulas de direção sejam feitas 
à noite; 
Policiais legislativos: texto prevê que os policiais legislativos da Câmara dos Deputados e do Senado, 
mediante convênio com o órgão ou entidade de trânsito local, poderão autuar os motoristas em caso de 
infração cometida nas adjacências do Congresso Nacional quando estiverem comprometendo os serviços 
ou colocando em risco a segurança das pessoas ou o patrimônio do Legislativo. Os autos de infração 
serão encaminhados ao órgão competente. 
 
Demanda de voos domésticos cai 50% e de internacionais, 85%, diz Abear14 
 
A queda é associada ao rápido avanço da pandemia de covid-19. Aéreas comunicaram nos últimos 
dias reduções de capacidade e suspensão de vários voos. 
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa as empresas Gol, Latam, MAP, 
VoePass e Two Flex, informou hoje que as suas associadas já registram, em média, uma queda de 50% 
na demanda por voos domésticos e redução de 85% nas viagens internacionais, em relação ao mesmo 
período do ano passado. A queda é associada ao rápido avanço da pandemia de Covid-19. 
As companhias Gol e Latam comunicaram nos últimos dias reduções de capacidade e suspensão de 
vários voos para enfrentar o que a associação classificoucomo "a maior crise da história da aviação 
comercial". 
A Gol anunciou a suspensão dos voos internacionais entre 23 de março e 30 de junho e redução da 
malha doméstica entre 50% e 60%. A Latam Airlines, por sua vez, anunciou redução de 90% dos voos 
internacionais e de 40% nos voos domésticos. 
A Azul, que não é associada da Abear, anunciou redução de 20% a 25% na capacidade total em março 
e entre 35% e 50% em abril e meses seguintes. 
 
Cuidado com a multa: novas placas do Mercosul vão passar a ser obrigatórias a partir do dia 3115 
 
Depois de vários adiamentos, a partir do dia 31 de janeiro, será obrigatório o uso das placas do 
Mercosul em todos os estados brasileiros. O prazo, portanto, atende ao estipulado na Resolução n° 
780/2019 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de julho do ano passado. A determinação é de 
que as unidades federativas do país devam utilizar o novo padrão de placas de identificação Veicular 
(PIV). 
Embora a adoção do sistema de placas do Mercosul tenha sido anunciada em 2014, e deveria ter 
entrado em vigor em janeiro de 2016, a implantação do registro foi adiada seis vezes. Devido a disputas 
judiciais, a implantação ficou para 2017. Depois foi adiada mais uma vez para que os órgãos estaduais 
de trânsito pudessem se adaptar ao novo modelo e credenciar as fabricantes das placas. 
Dos 26 estados do Brasil, já aderiram à nova PIV: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Paraíba, Piauí, 
Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rondônia. 
 
Obrigatoriedade da nova placa 
A nova placa é obrigatória em caso de primeiro emplacamento ou para o dono do veículo com a placa 
antiga que vier a mudar de município ou unidade federativa. Além disso, também é obrigatória em casos 
de roubo, furto, dano ou extravio da placa, e nos casos em que haja necessidade de instalação da 
segunda placa traseira. 
 
Padrão da nova placa 
A nova placa apresenta o padrão com quatro letras e três número, que o inverso do modelo atual 
adotado com três e quatro números. A cor de fundo também muda, que passará a ser totalmente branca. 
A mudança também ocorre na fonte para diferenciar o tipo de veículo: preta para veículos de passeio, 
vermelha para veículos em teste, dourado para automóveis diplomáticos e prateado para os veículos de 
colecionadores. 
 
14 Valor Online. Demanda de voos domésticos cai 50% e de internacionais, 85%, diz Abear. G1 Economia. 
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/03/18/demanda-de-voos-domesticos-cai-50percent-e-de-internacionais-85percent-diz-abear.ghtml. Acesso em 20 de 
março de 2020. 
15 Luiz Felipe Kessler. Cuidado com a multa: novas placas do Mercosul vão passar a ser obrigatórias a partir do dia 31. https://seucreditodigital.com.br/novas-placas-
do-mercosul-vao-ser-obrigatorias/. Acesso em 22 de janeiro de 2020. 
 
16 
 
Código QR 
Todas as placas contarão com um código de barras dinâmico do tipo Quick Response Code (QR 
Code), com números de série e acesso às informações do banco de dados dos fabricantes e estampador 
da placa. O objetivo disso é controlar a produção, logística, estampagem e instalação das placas nos 
respectivos veículos, além de verificar a autenticidade. 
 
Motorista de aplicativo poderá aderir a programa de microempreendedor individual16 
 
Com autorização, publicada no 'Diário Oficial da União' desta quinta, motoristas poderão recolher 
tributos e ter direito a contar tempo para aposentadoria, entre outros benefícios. 
Os motoristas de aplicativo independentes, profissão que vem ganhando adeptos nos últimos anos, 
receberam autorização do governo, por meio de resolução publicada no "Diário Oficial da União" desta 
quinta-feira (08/08), para serem considerados microempreendedores individuais. 
Esse programa foi criado há dez anos atrás para incentivar a formalização de pequenos negócios e de 
trabalhadores autônomos como vendedores, doceiros, manicures, cabeleireiros, eletricistas, entre outros, 
a um baixo custo. 
Podem aderir ao programa os negócios que faturam até R$ 81 mil por ano (ou R$ 6,7 mil por mês) e 
que têm no máximo um funcionário. 
Atualmente, o custo mensal do registro é de R$ 49,90, que pode ser acrescido de R$ 1 se o ramo 
exercido for comércio ou indústria (ICMS), ou de R$ 5, em ISS, se for do ramo de serviços - totalizando 
R$ 54,90. Se o negócio envolver essas três atividades (comércio, indústria e serviços), o valor mensal é 
de R$ 55,90. 
Além de contribuir mensalmente, o microempreendedor também deve entregar anualmente a 
Declaração Anual do Simples Nacional – Microempreendedor Individual (DASN SIMEI), manter o controle 
mensal do faturamento, emitir notas fiscais para pessoas jurídicas, guardar as notas fiscais de compra e 
venda e realizar os recolhimentos obrigatórios (se tiver um funcionário). 
Quando estão adimplentes, os pequenos empresários têm direito aos benefícios da chamada rede de 
proteção social: salário-maternidade (a partir de 10 meses de contribuição); aposentadoria por invalidez 
e auxílio-doença (após 12 meses de contribuição); de auxílio-reclusão e pensão por morte para seus 
dependentes. Além disso, também não podem contar esse tempo para a aposentadoria por idade. 
O registro de MEIs permite ao microempreendedor ter CNPJ, a emissão de notas fiscais, o aluguel de 
máquinas de cartão e o acesso a empréstimos (com juros mais baratos). Além disso, também poderá 
vender seus produtos, ou serviços, para o governo, além de ter acesso ao apoio técnico do Serviço 
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). 
No Portal do Empreendedor, há quase 500 atividades listadas que podem ser exercidas por 
microempreendedores individuais. Entre elas, carreiras mais tradicionais, como cabeleireiros e 
açougueiros, algumas mais recentes, como "bikeboys", e outras exóticas, como comerciante de artigos 
eróticos, de perucas e humorista e contador de histórias. 
Nos últimos 5 anos, desde o período pré-recessão, o número de MEIs no país já cresceu mais de 
120%. Segundo avaliação do Sebrae DF, o forte crescimento no número de microempreendedores nos 
últimos anos tem relação com o fraco nível de atividade da economia, que registrou recessão em 2015 e 
2016. 
 
 
16 Alexandro Martello. Motorista de aplicativo poderá aderir a programa de microempreendedor individual. G1. 
https://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2019/08/08/motorista-de-aplicativo-ganha-autorizacao-para-ser-microempreendedor-individual.ghtml. Acesso em 08 de 
agosto de 2019. 
 
17 
 
Governo anuncia crédito de R$ 30 mil para caminhoneiros autônomos e investimento de R$ 2 bi 
em rodovias17 
 
Anúncio foi feito pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em entrevista coletiva no Palácio do 
Planalto. Dinheiro deverá ser usado para compra de pneus e manutenção dos veículos. 
O governo federal anunciou nesta terça-feira (16/04) uma linha de crédito de até R$ 30 mil, via Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para caminhoneiros autônomos. Também 
anunciou o investimento de R$ 2 bilhões em rodoviais. 
O anúncio foi feito no Palácio do Planalto pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. 
"O governo anuncia neste momento uma linha de crédito específica para caminhoneiros autônomos 
de até R$ 30 mil para compra de pneus e manutenção dos veículos", afirmou Onyx. 
De acordo com o ministro, serão liberados R$ 500 milhões na linha de crédito, que poderá ser 
acessada pelos caminhoneiros primeiro nos bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa, e depois nos 
“demais bancos e cooperativas de crédito de todo o Brasil.” 
Além disso, segundo Onyx, poderão tomar o empréstimo apenas caminhoneiros autônomos que 
tenham até dois caminhões por CPF. 
 
Rodovias 
Onyx afirmou que, dos R$ 2 bilhões para as rodovias, cerca de R$ 900 milhões serão usados para 
manutenção. Ele afirmou que as chuvas intensas do verão, aliadas ao transporte rodoviário, 
prejudicaram estradas em todo o país. 
"Historicamente, há muitos anos nós não tínhamos chuvas tão intensas e tão difusasno Brasil. Nós 
já não tínhamos uma manutenção das rodovias brasileiras", afirmou Onyx. 
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, também presente à entrevista coletiva no Palácio do 
Planalto, informou que, entre as obras previstas, está a pavimentação da BR-163, que liga o Centro-
Oeste ao Norte do país. 
A via é muito usada para transporte de carga até o porto de Miritituba, no Pará, mas enfrenta 
problemas como atoleiros, que geram filas de caminhões. 
De acordo com o Ministério da Infraestrutura, os investimentos vão para: 
- BR-381/MG: conclusão de 66 km 
- BR-116/RS: conclusão de 69 km de duplicação 
- Entrega da Ponte do Guaíba, no Rio Grande do Sul 
- BR-163/PA: pavimentação até o porto de Miritituba 
- BR-101/BA: duplicação de 84 km 
- BR-242/MT: licenciamento ambiental e construção de 8 pontes de concreto que substituirão pontes 
de madeira 
- BR-135/MA: complementação do trecho de Estiva a Bacabeira 
De acordo com Onyx, o dinheiro a ser usado para as obras nas rodovias deverá ser compensado no 
orçamento dos ministérios com cortes de despesas. 
 
Preço do diesel 
Onyx foi questionado sobre a política do governo para o preço do diesel. Ele afirmou que o tema é 
uma das reivindicações dos caminhoneiros e será tratado em reunião na tarde desta terça entre o 
presidente Jair Bolsonaro, a equipe econômica e representantes da Petrobras. 
Na semana passada, Bolsonaro determinou que a estatal suspendesse um reajuste previsto para o 
diesel. A ação do presidente foi vista pelo mercado como interferência política na Petrobras. 
"Vai haver uma reunião agora à tarde, que já está anunciada, entre o presidente, o Ministério da 
Economia, outros ministérios e a Petrobras, que vão discutir esse tema. Agora, o governo sempre disse 
que a Petrobras tem a autonomia e a liberdade para exercitar aquilo que é necessário do ponto de vista 
de política de combustível", disse Onyx. 
 
14 capitais contam com serviços de compartilhamento de bicicletas; patinetes chegam a 918 
 
São Paulo já oferece também scooter e bicicletas elétricas nesse sistema. Aumento da circulação 
desses veículos alternativos cria desafios de convivência: veja o que diz a lei. 
 
17 Luiz Felipe Barbiéri. Elisa Clavery. Governo anuncia crédito de R$ 30 mil para caminhoneiros autônomos e investimento de R$ 2 bi em rodovias. G1 Política. 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/04/16/governo-anuncia-linha-de-credito-via-bndes-de-ate-r-30-mil-para-caminhoneiros-
autonomos.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 17 de abril de 2019 
18 Rafael Miotto. 14 capitais contam com serviços de compartilhamento de bicicletas; patinetes chegam a 9. G1. https://g1.globo.com/carros/noticia/2019/03/24/14-
capitais-contam-com-servicos-de-compartilhamento-de-bicicletas-patinetes-chegam-a-9.ghtml. Acesso em 25 de março de 2019. 
 
18 
 
O serviço de compartilhamento de bicicletas e patinetes está se espalhando por todo o Brasil. Um 
levantamento do G1 aponta que 13 capitais, além de Brasília, já contam o serviço para bicicletas. Os 
patinetes elétricos, mais recentes, já estão em ao menos 9 dessas cidades. 
Maior centro de startups de mobilidade do país, São Paulo foi pioneira e agora oferece até scooters 
e bicicletas elétricas nesse sistema, o que também deverá se expandir para outras localidades. 
Mais concentrado em regiões planas das cidades e onde existem ciclovias, o aumento desses serviços 
também tem gerado questões de convivência entre os que recorrem a esses veículos alternativos e os 
motoristas, motociclistas e pedestres. 
Não é incomum ver patinetes na rua, onde circulam carros e motos, e na calçada. Esses pequenos 
veículos também dividem espaço com as bicicletas nas ciclovias. E, como parecem ser simples de usar, 
atraem mesmo quem não tem experiência. 
 
'Parece brinquedo', mas não é 
"Estava na ciclofaixa, o acelerador do patinete travou, perdi o controle e fui arremessada para a pista", 
conta a designer Carolina Araújo Torres, de 22 anos. O acidente foi na Avenida Paulista, um dos pontos 
de São Paulo onde existe grande fluxo de bicicletas e patinetes na ciclovia. 
A queda provocou escoriações, um dente quebrado e outro deslocado. Não era a primeira vez que 
Carolina usava patinetes na cidade e ela nunca tinha tido nenhum problema. 
"Acredito que nunca mais eu suba em um patinete. Acho que a manutenção deles precisa ser mais 
assertiva", afirma Carolina. Para ela, o acidente foi causado por uma falha mecânica. 
A designer guiava um veículo da Scoo, uma das pioneiras em patinetes compartilhados no país e que 
tem os veículos de cor branca com detalhes amarelos. 
"Nossa equipe técnica vistoriou o patinete e ele não apresentou nenhum defeito. Em 7 meses de 
operação tivemos somente este acidente", explica Marcos Bigongiari, diretor de operações da empresa. 
"A Scoo é a única a fornecer junto com o patinete um capacete para o usuário." 
Ainda não existem números oficiais sobre acidentes com patinetes ou bicicletas compartilhadas no 
Brasil. Como acontece com a Scoo, as empresas que oferecem patinetes possuem seguros para danos 
físicos causados nos usuários. A HDI Seguros, que trabalha com a Grin, relatou casos de seguros 
acionados em acidentes com patinetes, mas afirmou que "não foram graves". 
Apesar de a velocidade nesses veículos ser inferior à de carros e motos, ela é suficiente para causar 
estragos, alerta Marcos Leonhardt, do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo. 
"Um trauma a 20 km/h, com uma desaceleração brusca, é equivalente a uma queda de 3 metros", 
aponta o médico. 
Para o especialista, a aparência inofensiva desses veículos acaba dando uma falsa impressão para o 
condutor. "Você anda descontraído, não leva tão a sério como uma moto, parece um brinquedo, algo 
divertido, e baixa a guarda", acrescenta Leonhardt. 
 
O que diz a lei de trânsito 
O Código de Trânsito não tem um capítulo sobre os patinetes, por exemplo. Mas eles se encaixam em 
uma categoria que tem suas restrições. 
Veja mais sobre o que diz a lei sobre os principais veículos compartilhados no país. 
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) diz que eles devem atender às regras para 
"equipamentos de mobilidade autopropelidos" (com algum tipo de motorização e com as dimensões de 
largura e comprimento iguais ou inferiores às de uma cadeira de rodas). 
Esses veículos não podem rodar na rua, em meio aos carros e motos, mas estão liberados nas 
calçadas e ciclovias desde que observem certos limites de velocidade. 
Em áreas de circulação de pedestres, ciclovias e ciclofaixas, não podem passar de: 
- 6 km/h em áreas de circulação de pedestres (calçadas, calçadões); 
- 20 km/h em ciclovias e ciclofaixas. 
 
Também é obrigatório o patinete ter indicador de velocidade, campainha e sinalização noturna, 
dianteira, traseira e lateral, no equipamento. 
Diferente da bicicleta elétrica, os usuários de patinetes elétricos não são obrigados a utilizar capacetes, 
mas o Denatran recomenda o uso. 
De acordo com o órgão, fica a cargo de cada município e do Departamento de Trânsito (Detran) do 
Distrito Federal regulamentar demais regras sobre a circulação e estacionamento dos patinetes. 
 
 
 
 
19 
 
Bicicletas 
Quando não houver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento ou não for possível a utilização destes, as 
bicicletas devem rodar "nos bordos da pista de rolamento", no mesmo sentido dos outros veículos em 
vias urbanas e rurais. 
Ou seja: pode andar na rua, junto à calçada, mas nada de bicicleta na contramão. 
E na calçada, pode? O Código de Trânsito informa que a circulação de bicicletas será permitida "nos 
passeios" com a autorização dos órgãos responsáveis. Então, depende de cada cidade. 
Diferente do que acontece com bicicletas elétricas, a lei não obriga o uso de capacete nas comuns. 
Mas eles são recomendáveis. 
Punições para ciclistas estão previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas ainda não 
entraram em vigor. A aplicação de multas para usuáriosde bicicletas e pedestres deveria começar em 
2019, mas o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) revogou a resolução que regulamentava as 
penalidades. 
 
Bicicletas elétricas 
Desde 2012, quando um ciclista foi multado no Rio, existem regras específicas para as bicicletas 
elétricas. Até então, elas eram equiparadas aos ciclomotores (por exemplo, as motos "cinquentinhas"). 
Depois, acabaram se enquadrando na nova categoria, desde que tenham: 
- potência nominal máxima de até 350 Watts; 
- velocidade máxima de 25 km/h; 
- sistema que garanta o funcionamento do motor somente quando o condutor pedalar; 
- ausência de acelerador ou de qualquer outro dispositivo de variação manual de potência. 
 
Toda bicicleta elétrica que se enquadre nas características acima pode circular no mesmo ambiente 
das bicicletas comuns. Mas ela tem regras extras: 
- é obrigatório usar capacete de ciclista; 
- é obrigatório que a bicicleta elétrica tenha indicador de velocidade, campainha, sinalização noturna 
(dianteira, traseira e lateral), espelhos retrovisores em ambos os lados e pneus em condições mínimas 
de segurança. 
 
Bicicletas elétricas com acelerador continuam sendo consideradas ciclomotores e precisam seguir 
todas a exigências para veículos motorizados, como emplacamento e ter habilitação. 
 
Scooters 
Os scooters elétricos devem seguir exatamente as mesmas regras de trânsito das motocicletas, ou 
seja, podem rodar apenas nas vias de trânsito de veículos motorizados e estão proibidos de estar nas 
ciclovias. 
Eles devem estar emplacados e o usuário precisa ter carteira de habilitação na categoria A (para 
motos) ou ACC (para ciclomotor ou 'cinquentinhas'), caso o scooter tenha potência máxima de 4kw. Sem 
ela, não é possível se cadastrar no aplicativo. 
 
Largados em qualquer lugar 
Outra característica do crescimento dos serviços de compartilhamento é ver bicicletas e patinetes 
"abandonados" pelas calçadas e canteiros. É que o compartilhamento acontece num sistema chamado 
"dockless", no qual não é preciso levar o veículo em uma estação. 
A bicicleta ou o patinete fica travado em qualquer lugar e é liberado pelo aplicativo. Normalmente, são 
recolhidos à noite pelas empresas, para manutenção. 
Mas pode deixar em qualquer lugar mesmo? As regras de onde se pode estacionar esses veículos 
devem ser regulamentadas por cada prefeitura. 
Em São Paulo, por exemplo, a administração já regularizou a situação das bicicletas e está discutindo 
o caso dos patinetes. A prefeitura pede que os veículos sejam retirados e deixados em pontos em locais 
privados indicados pela empresa. Caso isso não ocorra, podem ser apreendidas. 
A polêmica sobre o uso de bicicletas e patinetes compartilhadas não acontece somente no Brasil. 
Cidades americanas e europeias discutem como regular este tipo de veículo. Na China, milhares de 
bicicletas compartilhadas acabaram fora de uso por estarem danificadas. 
Apesar do uso recente, os veículos do tipo "dockless" também já foram alvo de vandalismo no país. 
Em Ilhabela (SP), os veículos foram jogados ao mar logo após o início da sua operação. 
 
 
20 
 
Países de mesmo porte utilizam muito mais as ferrovias que o Brasil; compare19 
 
O Brasil é, entre os países de dimensões semelhantes, o que menos utiliza o sistema ferroviário para 
o transporte de cargas. 
Dados da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários) apontam que, de cada 100 
quilos de carga transportados no país, só 15 trafegam em linhas de trem. Outros 65 quilos são levados 
por rodovias e 20, por outros modais de transporte. 
Os dados diferem de estudo apresentado em 2018 pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), 
que mostraram que as ferrovias transportam 20,7% das cargas no país, ante 61,1% do volume 
transportado por meio de rodovias. A diferença, segundo a ANTF, é explicada pela metodologia. 
Mas, independentemente do dado a ser utilizado, o índice é muito inferior aos percentuais registrados 
em países como Rússia, Canadá, Austrália, EUA e China. 
Na Rússia, 81% das cargas são transportadas em linhas férreas, muito à frente do índice canadense, 
de 46%. Na sequência aparecem Austrália e EUA (ambos com 43%) e China (37%). 
As rodovias só representam o principal meio de transporte no Brasil e na China – lá, com 50% do total. 
 
EM ALTA 
Apesar disso, de acordo com a ANTF, dados de 2017 mostram que a produção ferroviária atingiu 375 
bilhões de toneladas por quilômetro no Brasil, alta de 170% em relação ao índice de 20 anos antes, 
quando as ferrovias foram concedidas. 
Embora o índice brasileiro de transporte de cargas por ferrovia seja baixo, mais de 40% das 
commodities agrícolas chegam aos portos em trens. No caso de minérios, o índice chega a 95%. 
Entre os obstáculos para que o percentual cresça está a tímida malha ferroviária, que hoje equivale à 
existente na década de 1920 –cerca de 29 mil quilômetros. E nem toda a extensão é utilizada. 
Um estudo da CNT feito há cinco anos indica que, em valores atualizados, são necessários R$ 1,25 
trilhão para as obras de transporte com o presente e o futuro do setor no país. No total, são 2.045 projetos 
de infraestrutura em aeroportos, ferrovias, rodovias e portos, cenário difícil de se imaginar quando 
constatados os baixos investimentos em infraestrutura. 
 
Questões 
 
01. (Petrobras – Técnico de logística de transporte júnior – CESGRANRIO) O órgão diretamente 
responsável pela fiscalização e elaboração de normas e padrões técnicos relacionados ao transporte de 
produtos perigosos é o(a) 
(A) Ministério da Justiça 
(B) Ministério dos Transportes Terrestres 
(C) ministério do Trabalho e Emprego 
(D) Agência Nacional de Transportes Terrestres 
(E) Agência Nacional de Planejamento de Transportes 
 
Gabarito 
 
01.D 
 
Comentários 
 
01. Resposta: D 
A Lei 10.233, de 5 de junho de 2001, ao promover uma reestruturação no setor federal de transporte, 
estabeleceu, em seu artigo 22, inciso VII, que compete à ANTT (Agência Nacional de Transportes 
Terrestres) regulamentar o transporte de cargas e produtos perigosos em rodovias e ferrovias. 
 
 
 
 
 
 
19 Marcelo Toledo. Países de mesmo porte utilizam muito mais as ferrovias que o Brasil. Folha de São Paulo. 
https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2019/03/11/paises-de-mesmo-porte-utilizam-muito-mais-as-ferrovias-que-o-brasil-compare/. Acesso em 11 de março de 
2019. 
 
21 
 
O transporte rodoviário, por via pública, de produtos que sejam perigosos, por representarem risco 
para a saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente, é submetido às regras e 
aos procedimentos estabelecidos pelo Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos 
Perigosos, Resolução ANTT nº. 3665/11 e alterações, complementado pelas Instruções aprovadas pela 
Resolução ANTT nº. 420/04 e suas alterações20. 
Fonte: http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/4961/Produtos_Perigosos.html 
 
 
 
Senador Chico Rodrigues tinha R$ 33 mil na cueca; delegado desconfiou ao 'ver volume 
retangular na parte traseira'21 
 
Detalhes da apreensão ocorrida constam de decisão do ministro Luís Roberto Barroso (STF), que 
nesta quinta determinou o afastamento do parlamentar por 90 dias. Barroso ordenou que um dos vídeos 
deve ser mantido em cofre da PF 'em absoluto sigilo' porque 'exibe demasiadamente a intimidade do 
investigado'. 
O dinheiro escondido na cueca do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) foi encontrado nesta quarta-
feira (14/10) pela Polícia Federal após ele pedir para ir ao banheiro e o delegado perceber um "volume 
estranho na parte traseira da roupa" do político. 
A operação foi deflagrada para combater um suposto esquema criminoso de desvio de recursos 
públicos para o combate ao coronavírus em Roraima. Em nota divulgada nesta quarta, Chico Rodrigues 
– que até então era vice-líder do governo no Senado – afirmou que não tem envolvimento com qualquer 
ato ilícito. 
Detalhes da apreensão dos R$ 33.150 nas partes íntimas do parlamentar constam da decisão do

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