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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEEDF 
 
 
1 Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, 
sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento 
sustentável, ecologia e suas inter‐relações. ............................................................................................. 1 
 
Questões ........................................................................................................................................... 87 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
 
 
1258626 E-book gerado especialmente para ALEXANDRE FREITAS ALVES
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br 
 
SEGURANÇA 
 
Brasil tem 6,5 homicídios por hora, aponta Mapa da Violência1 
O Brasil registrou 57 mil homicídios em 2014, aponta um estudo coordenado pelo professor e sociólogo 
Julio Jacobo Waiselfisz, diretor de pesquisa do Instituto Sangari e coordenador da Área de Estudos sobre 
Violência da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO). O dado corresponde a 6,5 
assassinatos por hora. 
- O Brasil teve 29 homicídios para cada 100 mil habitantes em 2014. 
- São Luís, no Maranhão, foi a cidade mais violenta do país, com 90 homicídios para cada 100 mil 
habitantes. 
- Alagoas foi o estado mais violento para a população negra. A cada 13 vítimas de homicídio, 12 eram 
negras. 
 
Mortes por armas de fogo 
Nesta quinta-feira (25/08/16), Waiselfisz divulgou o Mapa da Violência 2016. Nele, o pesquisador 
detalha os homicídios cometidos por armas de fogo no país, que somaram 42.291 casos em 2014, ou 
21,2 para cada 100 mil habitantes. Em 2004, essa taxa era de 20,7. 
"Ficou evidente, nesse estudo, o progressivo, sistemático e ininterrupto incremento das taxas de 
homicídio por arma de fogo", escreveu o pesquisador. Veja os destaques: 
- Fortaleza (CE) foi a capital com maior taxa de homicídios por armas de fogo em 2014, com 81,5 
vítimas a cada 100 mil habitantes. 
- Recife (PE), que em 2004 liderava a lista, caiu para a 13ª posição. A taxa de homicídios por arma de 
fogo na cidade caiu de 77,8, naquele ano, para 35,8 em 2014. 
- Boa Vista (RR) foi a capital com a menor taxa de homicídios por arma de fogo em 2014, com 9,1 para 
cada 100 mil habitantes. 
- Alagoas foi o estado com maior taxa de homicídios por arma de fogo em 2014, com 56,1 mortes para 
cada 100 mil habitantes. 
- O estado do Rio de Janeiro, que em 2004 liderava a lista, caiu para a 15ª posição. A taxa no estado 
caiu de 47, naquele ano, para 21,5 em 2014. 
- Santa Catarina foi o estado com menor taxa de homicídios por arma de fogo em 2014, com 7,5 mortes 
para cada 100 mil habitantes. 
 
Último suspeito de terrorismo preso deve ser levado a presídio federal2 
O mecânico Leonid El Kadre de Melo, último foragido da "Operação Hashtag" preso neste domingo 
(24/07/2016) em Comodoro, a 656 km de Cuiabá, em Mato Grosso, deve ser levado para o presídio 
federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. No local, já estão as outras 11 pessoas suspeitas de 
planejar ataques terroristas na Olimpíada do Rio de Janeiro. 
Leonid foi preso pela Polícia Militar por volta das 19h30 na rodoviária de Comodoro após ser 
reconhecido por conta das fotos divulgadas pela imprensa. Uma denúncia dizia que um homem estava 
 
1 25/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/08/brasil-tem-65-homicidios-por-hora-aponta-mapa-da-violencia.html 
2 25/07/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/07/ultimo-suspeito-de-terrorismo-preso-deve-ser-levado-presidio-
federal.html 
1 Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, 
transportes, política, economia, sociedade, educação, saúde, cultura, 
tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento 
sustentável, ecologia e suas inter‐relações. 
1258626 E-book gerado especialmente para ALEXANDRE FREITAS ALVES
 
. 2 
tentando comprar uma passagem sem documentos. Os policiais chegaram até o local, o reconheceram 
e deram voz de prisão. Ele foi levado para a delegacia para prestar depoimento. 
Na sexta-feira (22/07/2016), o penúltimo foragido, Valdir Pereira da Rocha, se entregou à Polícia 
Federal na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, a 562 km de Cuiabá. Todos os presos na ação 
estão no presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A unidade é de segurança máxima 
e recebe presos de alta periculosidade. 
 
Operação Hashtag 
A chamada "Operação Hashtag" foi lançada na semana passada pela Polícia Federal, resultando na 
prisão de dez pessoas em sete estados, informou o Ministério da Justiça. 
Foram as primeiras prisões no Brasil com base na recente lei antiterrorismo, sancionada em março 
pela presidente afastada, Dilma Rousseff. 
Também foram as primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, 
que atua no Oriente Médio, mas tem cometido atentados em várias partes do mundo. 
Além das prisões, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em dez estados – São Paulo 
(8); Goiás (2); Amazonas (2); Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Minas Gerais 
e Mato Grosso (um em cada). Houve ainda duas conduções coercitivas, em São Paulo e Minas Gerais. 
 
'Célula amadora' 
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse, em coletiva na semana passada, que os 
investigados na operação não tiveram contato com membros do Estado Islâmico e que se trata de uma 
"célula absolutamente amadora", porque não tinha "nenhum preparo". 
"Mas obviamente que não podemos – nenhuma força de segurança – ignorar isso. [...] Só o fato de 
começarem atos preparatórios, não seria de bom senso aguardar para ver, e o melhor era decretar a 
prisão deles", afirmou o ministro. 
Moraes disse que o grupo mencionava a intenção de comprar um fuzil AK-47 em uma loja clandestina 
no Paraguai. 
Segundo Moraes, os investigados na operação, batizada de Hashtag, nunca tinham se encontrado 
pessoalmente e eram monitorados há meses pela polícia. Eles costumavam se comunicar pela internet, 
por meio dos aplicativos de mensagem instantânea WhatsApp e Telegram. 
Questionado sobre como foi o monitoramento dos suspeitos, já que o WhatsApp foi bloqueado mais 
de uma vez pela Justiça brasileira justamente por não fornecer dados para investigações, o ministro 
inicialmente não quis responder. Depois disse que revelar como se deu o monitoramento atrapalharia a 
investigação. 
 
Ministério da Justiça quer fim de torres de telefonia próximo a presídios3 
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nesta terça-feira (07/06/2016) que vai propor uma 
regulamentação para evitar torres de telefonia instaladas próximas a presídios. Segundo ele, as estruturas 
dificultam o bloqueio de sinal telefônico e de internet nas unidades. As regras ficariam a cargo da AgênciaBrasileira de Telecomunicações (Anatel) e, segundo ele, são "unanimidade" entre os responsáveis pelo 
sistema prisional do país. 
“Nós temos que ter uma legislação federal, uma regulamentação pela Anatel, porque as torres 
próximas dificultam muito o bloqueio e encarecem muito o bloqueio [de sinal]. Se houver uma distância 
mínima para a instalação isso favorece o bloqueio num custo muito menor”, disse. 
O ministro falou à imprensa após se reunir com representantes dos estados e do DF. Ele informou que 
pediu apoio dos secretários para um projeto de lei proposto por ele que altera a regulação do sistema 
prisional. 
Se aprovada, a lei determina que as unidades da federação tenham autonomia para legislar sobre o 
cumprimento da pena em pontos como progressão de regime, monitoramento eletrônico e medidas de 
trabalho alternativas. 
O ministro afirmou que 41% dos detentos atuais ainda aguardam julgamento. “Em alguns estados esse 
número chega a 70% dos presos”, afirmou. Em outros países, a média é de 20% da população carcerária, 
de acordo com o ministro. Uma das medidas que ele sugere são mutirões para desafogar o sistema 
penitenciário, em parceria com o Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça. 
Segundo o ministro, o país deve “priorizar a porta de entrada e de saída”, fazendo com que as cadeias 
sejam ocupadas por quem comete crimes mais graves. Entre os exemplos que ele citou estão tráfico, 
 
3 07/06/2016 
Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/06/ministerio-da-justica-quer-fim-de-torres-de-telefonia-proximo-presidios.html 
1258626 E-book gerado especialmente para ALEXANDRE FREITAS ALVES
 
. 3 
corrupção e crimes de grave ameaça. Assim, ele estimou que será possível “investir mais e investir 
melhor” no sistema penitenciário. 
Questionado, o ministro reconheceu que as medidas propostas dependem de aprovação legislativa ou 
de uma mudança no entendimento do Judiciário. Ele afirmou não ter discutido com os secretários 
questões práticas sobre infraestrutura dos presídios. 
 
Reunião com governadores 
Segundo informou a Secretaria de Imprensa da Presidência, o presidente em exercício, Michel Temer, 
convidou todos os governadores para uma reunião no Palácio do Planalto, na próxima quinta-feira 
(09/06/2016), para discutir a renegociação das dívidas dos estados. 
Na semana passada, os secretários estaduais de Fazenda se reuniram em Brasília para discutir o 
assunto, e o governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), chegou a sugerir a Temer que renegocie 
caso a caso as dívidas dos estados com a União, e não defina um modelo para as 27 unidades da 
federação. 
 
Rio 2016: Estado e União apresentam protocolos de segurança4 
A Comissão Estadual de Segurança e Defesa Civil do Rio definiu nesta quarta-feira (01/06/2016) 11 
protocolos de segurança para a disputa dos Jogos Olímpicos e paralímpicos do Rio, em apresentação 
junto com o Ministério da Justiça no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro do Rio. 
Entre os protocolos, como mostrou o RJTV, estão o enfrentamento ao terrorismo, vistorias e 
contramedidas de bombas, além da segurança das cerimônias. São eles que determinam como cada 
órgão de segurança vai atuar nos jogos. 
Esses protocolos vêm sendo montados há mais de um ano, com a realização de exercícios, simulados 
e eventos-teste. O governo federal vai investir R$ 350 milhões na segurança da olimpíada. 85 mil homens, 
das polícias militar, civil e federal, além das forças armadas, vão participar do esquema. As delegações 
poderão ser monitoradas em tempo real. 
"Vamos pedir sim ao ministério da Defesa. Vamos entregar um pedido a eles com relação a áreas, por 
exemplo na Avenida Brasil. Ai eles definem com quantos homens eles vêm, que planejamento eles vão 
usar", disse o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. 
"Aqui no Rio de Janeiro, são os maiores Jogos Olímpicos da história. É o maior número de países 
participantes, de atletas, o maior número de competições, e consequente a maior operação, de maneira 
que precisamos ter uma programação intensa", disse Andrei Rodrigues, secretário extraordinário de 
Grandes Eventos do Ministério da Justiça. 
 
WhatsApp começa a identificar conversas com criptografia5 
Uma atualização do comunicador WhatsApp passou a identificar o uso de criptografia nas conversas 
realizadas pelo aplicativo. Nada muda para quem usa o programa, mas as conversas criptografadas 
trafegam de maneira "embaralhada" pela internet, de tal maneira que nem mesmo um grampo policial é 
capaz de enxergar o conteúdo do bate-papo e dos arquivos que são transferidos. 
É possível perceber a mudança com um aviso que agora aparece nas conversas: "as mensagens que 
você enviar para esta conversa e chamadas agora são protegidas com criptografia de ponta-a-ponta". 
Essa segurança é parecida com a utilizada em comunicações militares sigilosas. 
O WhatsApp já vinha criptografando parte das conversas desde 2014, porém a empresa não havia 
deixado explícita a existência do recurso. Segundo uma reportagem publicada no site da revista "Wired", 
o motivo é que o WhatsApp queria anunciar o recurso definitivamente só depois que todos os aparelhos 
com WhatsApp fossem compatíveis com a novidade. Isso significa que até antigos celulares com o 
sistema Symbian, da Nokia, agora têm conversas criptografadas. 
Com um bilhão de usuários, o WhatsApp passa a ser o maior sistema de criptografia de comunicação 
em uso no planeta. Segundo a empresa, o sistema não conta com uma "porta dos fundos", o que significa 
que uma conversa protegida não pode ser desembaralhada nem pelo próprio WhatsApp. 
Na prática, a empresa não pode cumprir ordens judiciais que solicitem a conversa dos usuários, por 
exemplo. Salvo pela existência de alguma falha de segurança no sistema, a única maneira de a polícia 
 
4 01/06/2016 
Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/olimpiadas/rio2016/noticia/2016/06/rio-2016-estado-e-uniao-apresentam-esquema-de-
seguranca.html 
5 05/04/2016 
Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/blog/seguranca-digital/post/whatsapp-comeca-identificar-conversas-com-criptografia.html 
 
1258626 E-book gerado especialmente para ALEXANDRE FREITAS ALVES
 
. 4 
obter uma conversa pelo WhatsApp é por meio da apreensão do celular. Como os celulares também 
usam criptografia, porém, acessar os dados pode ser um desafio. 
"Embora reconheçamos o importante trabalho da Justiça em manter as pessoas seguras, os esforços 
para enfraquecer a criptografia arriscam a exposição de informações dos usuários ao abuso de criminosos 
virtuais, hackers e regimes opressivos", justificou a o CEO da companhia, Jan Koum. 
A atitude do WhatsApp mostra que a empresa não está "mudando de rumo" em relação à segurança, 
apesar de conflitos com autoridades policiais e com a Justiça, inclusive no Brasil. O app chegou a 
ser bloqueado no país em dezembro. 
 
Aplicativo já foi inseguro 
O WhatsApp já foi um dos aplicativos de comunicação mais inseguros do mundo. Quando foi lançado, 
todas as mensagens eram transmitidas em texto simples. Qualquer pessoa na mesma rede que um 
usuário do WhatsApp (por exemplo, na mesma Wi-Fi em uma cafeteria) poderia, com algumas 
ferramentas simples, monitorar todas as conversas. 
O passo seguinte do WhatsApp foi a melhoria dos sistemas de autenticação e a adoção da transmissão 
de dados por SSL. Nesse cenário, o WhatsApp tinha acesso ao conteúdo das mensagens, mas, em 
trânsito, a informação estava embaralhada. Nessa situação, o WhatsApp ainda poderia cumprir ordens 
da Justiça que solicitassem o conteúdo das conversas. 
Agora, com o novo sistema, a transmissão ocorre totalmente embaralhada, de um usuário até o outro. 
Esse sistema é chamado de "criptografia ponta-a-ponta". 
No entanto, caso uma conversa seja iniciada com alguém que ainda não atualizou o programa, e que, 
portanto, não tem compatibilidade com a criptografia,o WhatsApp continuará usando o sistema anterior, 
com criptografia apenas em trânsito. 
Além do WhatsApp, diversos outros comunicadores também são compatíveis com conversas 
criptografadas. Alguns deles são o Telegram, o Wickr, o Sicher e o Signal, cuja tecnologia TextSecure 
serviu de base para a criação do recurso no WhatsApp. 
 
Segurança ideal exige contato para verificação da chave 
Embora o WhatsApp facilite o uso da criptografia ponta-a-ponta em todos os casos, o uso ideal desse 
recurso exige um contato pessoal ou por outro meio absolutamente confiável. Isso porque os participantes 
da conversa precisam verificar se a chave usada está correta. Do contrário, existe a possibilidade de que 
alguém esteja interferindo na comunicação - o chamado ataque de "homem no meio", em que o espião 
consegue intermediar o tráfego entre as duas partes. 
O WhatsApp fornece um meio para a verificação dessa chave de maneira segura, com um código QR 
ou pela verificação de números na tela. A informação fica no perfil do contato. 
 
Segurança na Europa está reforçada após ataques em Bruxelas6 
Em vários países da Europa a segurança está reforçada. Policiais patrulham de forma ostensiva as 
fronteiras e os serviços de transporte. 
Com seus maiores monumentos iluminados com as cores da bandeira da Bélgica, a Europa acerta as 
contas com os atentados de Bruxelas. O que mais preocupa os europeus é que antes dos ataques de 
terça-feira (22/03/2016), a capital belga estava blindada e mesmo assim sofreu duas grandes agressões 
com consequências trágicas. 
Londres, Paris e Frankfurt reforçam o número de policiais em patrulha nos seus aeroportos e em outros 
terminais de transportes. O aeroporto de Bruxelas anunciou que vai continuar fechado nesta quarta-feira 
(23/03/2016). 
 
Número de assassinatos em SP é maior do que o divulgado pela gestão Alckmin7 
O número de assassinatos em São Paulo é maior do que o divulgado pela Secretaria da Segurança 
Pública da gestão Geraldo Alckmin (PSDB). 
Levantamento feito pelo jornal "O Estado de S. Paulo" em boletins de ocorrência registrados pela 
Polícia Civil como "morte suspeita" no primeiro semestre de 2015 na capital paulista achou 21 casos que 
ficaram de fora das estatísticas criminais. 
 
6 23/03/2016 
Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/03/seguranca-na-europa-esta-reforcada-apos-ataques-em-bruxelas.html 
7 03/03/2016 
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/03/03/numero-de-assassinatos-em-sp-e-maior-do-que-o-divulgado-
pelo-governo-do-estado.htm 
 
1258626 E-book gerado especialmente para ALEXANDRE FREITAS ALVES
 
. 5 
Eles foram depois reclassificados, na maioria, como "lesão corporal seguida de morte", apesar de 
terem um histórico de homicídio. Isso aconteceu mesmo sem a polícia saber se a intenção do autor do 
crime era ferir ou matar a vítima. Assim, os casos continuaram sem constar das estatísticas desse crime. 
Se os 21 casos tivessem sido incluídos nas estatísticas, o primeiro semestre de 2015 teria fechado 
com 3,6% mais vítimas de assassinato na cidade, ou 590 pessoas mortas em vez das 569 divulgadas 
pela secretaria. 
O número significaria uma variação positiva de 0,3% no total de vítimas de homicídios em relação ao 
mesmo período de 2014, que teve 588 mortes oficiais. Pela estatística do governo, no entanto, houve 
queda de 3,2% nas vítimas de homicídios em comparação com 2014. Em média, pelo menos 3,5 casos 
de mortes violentas foram registrados como "lesão corporal" ou "morte suspeita" por mês pela polícia. 
Depois de obter os dados sobre os casos por meio de quatro pedidos feitos com base na Lei de Acesso 
à Informação, a reportagem procurou policiais civis, testemunhas e familiares das vítimas, que relataram 
que os crimes foram cometidos por traficantes de drogas, desafetos pessoais e até por assaltantes. Até 
agora, ninguém foi preso. 
A relação de ocorrências traz casos de pessoas mortas a tiros, facadas e pauladas. As vítimas eram, 
na maioria, trabalhadores braçais, moradores de rua, dependentes químicos e estrangeiros. Há uma 
distribuição aleatória dos 21 casos, mas a maioria aconteceu na periferia. 
O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, sustenta que "as estatísticas da secretaria 
são 99,9% confiáveis". Com base no levantamento da reportagem, o secretário informou que os BOs 
foram reclassificados, durante as investigações, para outros delitos. "Seis como homicídios, que logo 
foram colocados na estatística." 
Desde janeiro de 2015, o site da secretaria registrou apenas uma vez, em março daquele ano, uma 
atualização de dados após sua publicação mensal, a fim de incluir um caso de homicídio. Moraes entregou 
ainda uma planilha em que informava que 11 "mortes suspeitas" haviam sido reclassificadas como "lesão 
corporal seguida de morte". 
 
Planilha 
A reportagem ouviu os desembargadores Amaro José Thomé Filho e Ivana David, do Tribunal de 
Justiça de São Paulo, a promotora de Justiça Mildred de Assis Gonzales, que trabalha há 20 anos no 
Tribunal do Júri, a professora de Direito Penal da Universidade de São Paulo (USP) Helena Regina Lobo 
da Costa e os delegados Marcos Carneiro Lima e Nelson Silveira Guimarães, ex-diretores da Divisão de 
Homicídios. 
Todos afirmaram que, sem conhecer o autor do crime e saber qual era sua vontade --ferir ou matar a 
vítima--, a polícia não podia registrar os casos como lesão corporal seguida de morte. 
"Se você não identifica o autor, mas ouve uma testemunha que esclarece que ele não tinha motivação 
de matar, pode ser que mude o caso. Mas eu não sei como pode transformar um caso de homicídio em 
lesão corporal sem identificar o autor", disse Silveira Guimarães. 
A Justiça já discordou da classificação de "lesão corporal" ou "morte suspeita" dada pela polícia em 
cinco desses casos e em um de "suicídio" e enviou os inquéritos à Varas do Júri, que cuidam de 
assassinatos. "Há uma resolução de 1998, do Tribunal de Justiça, de que, na dúvida, os casos devem ir 
para a Vara do Júri", disse Mildred. Após ser alertada pela reportagem, a secretaria confirmou ontem a 
informação - reafirmou, no entanto que cinco casos continuavam em varas que analisam lesões. 
Ao classificar os homicídios como lesão, a polícia deixa de encaminhar os casos ao setor 
especializado, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) - ele foi o destino de só 4 dos 
21 casos. 
Além de lesão, a polícia registrou casos como o de um corpo carbonizado como "óbito", as mortes de 
supostos ladrões se tornaram "roubo", um linchamento virou "overdose" e um espancamento, 
"atropelamento". Até a quarta-feira (02/03/2016) nenhum dado havia sido retificado na estatística oficial. 
 
Brasil tem 21 das 50 cidades mais violentas do mundo8 
O Brasil é o país com o maior número de cidades entre as mais violentas do mundo em 2015, de 
acordo com um ranking internacional publicado nesta segunda-feira (25) por uma ONG mexicana. Das 
50 cidades com maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes em 2015, 21 são brasileiras. 
A lista, divulgada anualmente pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal, leva 
em conta o número de homicídios por 100 mil habitantes e inclui apenas cidades com 300 mil habitantes 
ou mais. Foram excluídos países que vivem “conflitos bélicos abertos”, como Síria e Iraque. 
 
8 25/01/2016 
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/01/brasil-tem-21-cidades-em-ranking-das-50-mais-violentas-do-mundo.html 
 
1258626 E-book gerado especialmente para ALEXANDRE FREITAS ALVES
 
. 6 
Apesar de o Brasil ser o país com mais representantes, o maior índice de violência foi detectado nas 
cidades da Venezuela. A taxa média brasileira foi de 45,5 homicídios por 100 mil habitantes e a 
venezuelana, de 74,65. Caracas, capital do país, lidera o ranking geral, com 119,87 homicídios dolosos 
para cada 100 mil habitantes. 
Primeirolugar por 4 anos seguidos, San Pedro Sula, em Honduras, conseguiu reduzir o número de 
homicídios e passou para o segundo lugar. San Salvador, capital de El Salvador, ficou em terceiro. 
 
As mais violentas do Brasil 
Das cidades brasileiras, a primeira a aparecer é Fortaleza, em 12º lugar. 
Das 50, 41 ficam na América Latina: 21 no Brasil, 8 na Venezuela, 5 no México, 3 na Colômbia, 2 em 
Honduras, uma em El Salvador e uma na Guatemala. Outros países com cidades na lista foram África do 
Sul, Estados Unidos e Jamaica. 
O estudo é feito com base em dados oficiais ou de fontes alternativas, como ONGs. 
 
AS CIDADES MAIS VIOLENTAS DO MUNDO, SEGUNDO O RANKING 
1° - Caracas (Venezuela) - 119.87 homicídios/100 mil habitantes 
2° - San Pedro Sula (Honduras) - 111.03 
3° - San Salvador (El Salvador) - 108.54 
4° - Acapulco (México) - 104.73 
5° - Maturín (Venezuela) - 86.45 
6° - Distrito Central (Honduras) - 73.51 
7° - Valencia (Venezuela) - 72.31 
8° - Palmira (Colômbia) - 70.88 
9° - Cidade do Cabo (África do Sul) - 65.53 
10° - Cali (Colômbia) - 64.27 
11° - Ciudad Guayana (Venezuela) - 62.33 
12° - Fortaleza (Brasil) - 60.77 
13° - Natal (Brasil) - 60.66 
14° - Salvador e região metropolitana (Brasil) - 60.63 
15° - ST. Louis (Estados Unidos) - 59.23 
16° - João Pessoa; conurbação (Brasil) - 58.40 
17° - Culiacán (México) - 56.09 
18° - Maceió (Brasil) - 55.63 
19° - Baltimore (Estados Unidos) - 54.98 
20° - Barquisimeto (Venezuela) - 54.96 
21° - São Luís (Brasil) - 53.05 
22° - Cuiabá (Brasil) - 48.52 
23° - Manaus (Brasil) - 47.87 
24° - Cumaná (Venezuela) - 47.77 
25° - Guatemala (Guatemala) - 47.17 
26° - Belém (Brasil) - 45.83 
27° - Feira de Santana (Brasil) - 45.50 
28° - Detroit (Estados Unidos) - 43.89 
29° - Goiânia e Aparecida de Goiânia (Brasil) - 43.38 
30° - Teresina (Brasil) - 42.64 
31° - Vitória (Brasil) - 41.99 
32° - Nova Orleans (Estados Unidos) - 41.44 
33° - Kingston (Jamaica) - 41.14 
34° - Gran Barcelona (Venezuela) - 40.08 
35° - Tijuana (México) - 39.09 
36° - Vitória da Conquista (Brasil) - 38.46 
37° - Recife (Brasil) - 38.12 
38° - Aracaju (Brasil) - 37.70 
39° - Campos dos Goytacazes (Brasil) - 36.16 
40° - Campina Grande (Brasil) - 36.04 
41° - Durban (África do Sul) - 35.93 
42° - Nelson Mandela Bay (África do Sul) - 35.85 
43° - Porto Alegre (Brasil) - 34.73 
44° - Curitiba (Brasil) - 34.71 
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. 7 
45° - Pereira (Colômbia) - 32.58 
46° - Victoria (México) - 30.50 
47° - Johanesburgo (África do Sul) - 30.31 
48° - Macapá (Brasil) - 30.25 
49° - Maracaibo (Venezuela) - 28.85 
50° - Obregón (México) - 28.29 
 
Conselho de Segurança condena teste nuclear de Pyongyang9 
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), em reunião de emergência, condenou o novo 
teste nuclear da Coreia do Norte, que diz ter feito simulações com uma bomba de hidrogênio. 
Segundo o órgão, isso representa uma "clara violação" das suas resoluções. Além disso, o conselho 
afirma que iniciará a trabalhar "imediatamente" em novas medidas restritivas contra Pyongyang. 
 
TRANSPORTES 
 
Produção de veículos no Brasil tem pior 1º semestre em 12 anos10 
A produção brasileira de veículos, incluindo automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), 
caminhões e ônibus, recuou 21,2% no primeiro semestre de 2016, na comparação com o mesmo período 
de 2015, segundo dados divulgados pela associação de fabricantes (Anfavea) nesta quarta-feira 
(06/07/2016). 
No total, foram produzidos 1.016.680 veículos de janeiro a junho deste ano, contra 1.289.871 no 
mesmo período de 2015. 
O resultado para o 1º semestre foi o pior desde 2004, quando 999.716 veículos foram produzidos de 
janeiro a junho daquele ano. 
A queda na produção acompanha também os números de vendas de veículos, divulgados pela 
federação dos concessionários (Fenabrave), que mostra queda de 25% no período, o pior 1º semestre 
em 10 anos para comercializações de veículos. 
"As festas juninas, em algumas regiões como nordeste e centro-oeste, que têm feriados, atrapalham 
um pouco as vendas. Se não houvesse isto, o resultado seria um pouco melhor", afirmou Antonio Megale, 
presidente da Anfavea. 
"Mas estamos vendo uma estabilização, desde o mês passado. Parece que o mercado encontrou seu 
piso. Isto tem um lado positivo. A gente espera que depois do patamar venha algum crescimento", 
completou Megale 
De acordo com o executivo, outro problema é a falta de crédito. As vendas financiadas caíram para 
51,8% do total - a menor porcentagem já registrada pela Anfavea. A série histórica é registrada desde 
2003 e, em média, fica acima de 60%, segundo a entidade. 
"Há uma dificuldade de obtenção de financiamento, ou por parte do agente financeiro, ou uma decisão 
do cliente de não pegar compromissos futuros", afirmou Megale. 
 
Produção em junho 
Apesar da queda no semestre, junho somou um volume de 182.626 unidades, o segundo melhor 
resultado no ano, atrás apenas de março (196,5 mil). O número é 4,2% maior que o registrado em maio, 
e representa pequena queda de 3% ante junho do ano passado. 
De acordo com a Anfavea, este também foi o pior resultado para junho desde 2004, quando 179.685 
veículos foram produzidos. 
 
Caminhões e ônibus 
Mais afetado no primeiro semestre, com queda de 24,8% na produção de caminhões e 33,4% na de 
ônibus, o setor de veículos pesados teve leve avanço no último mês. Em junho, a produção de ônibus 
cresceu 22,3% sobre maio, para 1,8 mil unidades. Já os caminhões apresentaram leve alta de 4,5%, para 
5,5 mil unidades. 
 
 
 
 
 
9 06/01/2016 
Fonte: http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2016/01/06/conselho-de-seguranca-condena-teste-nuclear-de-pyongyang/ 
10 06/07/2016 
Fonte: http://g1.globo.com/carros/noticia/producao-de-veiculos-no-brasil-cai-212-no-1-semestre-de-2016.ghtml 
1258626 E-book gerado especialmente para ALEXANDRE FREITAS ALVES
 
. 8 
Emprego 
O número de trabalhadores empregados na indústria recuou 6,7% no último ano, o que representa um 
fechamento de 9,1 mil vagas. O setor empregava no final de junho 127,7 mil pessoas, voltando ao patamar 
de fevereiro de 2010. 
 
Exportações 
Enquanto o mercado interno segue em declínio, as montadoras instaladas no Brasil miram outros 
países. Em junho, houve queda de 7,5% nas exportações, em relação a maio, para 43.392 unidades. 
Mas o volume dos primeiros seis meses do ano (226.645 unidades) ficou 14,2% maior que o verificado 
no mesmo período de 2015 (198.455 unidades). O valor somado pelas exportações caiu 12,5% no 
primeiro semestre. 
Megale comemorou a renovação do acordo automotivo com a Argentina, até 2020, o que deve dar 
mais previsibilidade para as empresas. "O mercado argentino segue crescente ao contrário do Brasil, com 
alta de 6%, e a expectativa é que continue assim", afirmou. "A exportação é uma das variáveis que vai 
nos dar boas notícias até o final do ano." 
 
Setor portuário de Pernambuco receberá R$ 3 bilhões até 204211 
Pernambuco receberá R$ 3 bilhões em investimentos portuários nos próximos anos. Esse número 
corresponde a 6% do montante total previsto para ser destinado aos portos brasileiros até 2042 – R$ 51 
bilhões de acordo com o Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP). Esse e outros assuntos serão 
tema da reunião do ministro Helder Barbalho, da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), 
com os presidentes da Companhias Docas e dos portos delegados de todo o País, que acontece em 
Pernambuco, no Porto de Suape, nesta terça-feira, dia 26/01. 
Dos investimentos previstos, apenas 16% – R$ 480 milhões – são de recursos públicos, destinados a 
dragagem. A primeira fase dessas obras já está em andamento em Suape e todo o trabalho está previsto 
para ser concluído em 2018. Os restantes 84% são de investimentos privados. A maior parte deles – R$ 
2,179 bilhões – será em arrendamentos de áreas para terminais portuários dentro dos portos organizados. 
Há mais R$ 367,2 milhõesreferentes a renovações e reequilíbrios contratuais em análise. 
 
INVESTIMENTOS EM DETALHES 
Há dez áreas para irem a leilões de arrendamento em Pernambuco, sendo oito em Suape e dois em 
Recife, uma das quais referente a terminal de passageiros. 
Das oito áreas em Suape, cinco estão previstas para irem a leilão no Bloco 2: dois para granéis 
minerais, um para veículos, um para trigo e um para contêineres: 
Há ainda cinco outras áreas para serem licitadas: um terminal de passageiros em Recife, três áreas 
para movimentação de cargas em Suape e uma em Recife, totalizando R$ 71,3 milhões. 
Em renovações contratuais, o maior investimento novo é o de R$ 304,055 milhões da Decal Brasil Ltda 
para movimentação de combustíveis em Suape. Há ainda outro investimento em análise na SEP para 
movimentação de combustíveis em Suape: R$ 63,20 milhões da Pandenor Importação e Exportação. 
O Porto de Suape contará também com um Terminal de Açúcar, cujo início de operação está previsto 
para este ano. 
Também está na agenda a dragagem de aprofundamento do canal, bacia e berços para 2018, e um 
segundo sugador de trigo no Cais 4 em 2020. 
 
PRODUTIVIDADE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 
Com essas melhorias, a tendência é haver aumento de produtividade das operações. Com o novo 
Terminal de Açúcar, a produtividade neste embarque deve subir 521%, passando de 47 t/navio/h para 
292 t/navio/h, de acordo com o estudo Plano Mestre do Porto de Suape. Com horizonte para 2030, o 
plano também considera o aumento da ocupação do Cais 5, de 65%, para 72% a partir de 2026. 
O plano prevê ainda a implantação de sistema de monitoramento do tempo de armazenagem e do 
sistema de controle de tráfego e embarcações, que dá eficiência e mais segurança ao sistema. 
Com 15,5 metros de profundidade no porto interno, mais de 20 metros em sua bacia de evolução, o 
Porto de Suape deve continuar em expansão, de acordo com o Plano Mestre. 
Em termos de movimentação de carga, o Porto de Suape deve ampliar suas operações a uma taxa 
média de 8,6% ao ano até 2030, para 61,5 milhões de toneladas, de acordo com o seu Plano Mestre. Em 
2014, foram 15,2 milhões de toneladas de cargas movimentadas em Suape. 
 
11 26/01/2016 
Fonte: http://www.portosdobrasil.gov.br/home-1/noticias/setor-portuario-de-pernambuco-recebera-r-3-bilhoes-ate-2042 
 
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Em 2015 até novembro, o porto movimentou 18 milhões de toneladas. Desse total de 2015 até 
novembro, 13 milhões foram granel líquido, principal tipo de carga, devido à grande movimentação de 
derivados de petróleo. Mais 4,149 milhões de toneladas são o peso bruto referente a movimentação de 
contêineres. 
Para 2030, o perfil do porto será mais orientado para embarques (54% do total) do que para 
desembarques (46%). A projeção de mais embarques é resultado, principalmente, de novas cargas de 
exportação como minério de ferro e grãos (soja e milho) e embarques de cabotagem de óleo diesel e 
coque da nova refinaria da Petrobras (Abreu e Lima). Atualmente, Suape tem mais desembarques. 
Assim, são projetadas participações expressivas de algumas cargas novas, como é o caso do petróleo 
cru (20% do total) e minério de ferro (24% do total), além dos produtos do agronegócio, como a soja (5%), 
milho (2%) e fertilizantes (2%). 
A navegação de cabotagem também predomina. Ela respondeu por 57% do total em 2014, sendo o 
restante referente ao comércio exterior. 
A área de influência do Porto de Suape abrange os Estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte; 
e parte dos estados de Alagoas e Paraíba, mas pode se expandir. Considerando a produção industrial 
eólica, e o potencial das cargas de projeto, essa área se estende do Ceará à Bahia, de acordo com o 
Plano Mestre. 
 
COMÉRCIO EXTERIOR E OS PORTOS PERNAMBUCANOS 
Também é pelo porto de Suape que acontece a maior movimentação de mercadorias no comércio 
exterior a partir de Pernambuco: 5,3 milhões de toneladas de produtos importados em 2015 entraram no 
país por Suape, num total de US$ 4,5 bilhões. E 1 milhão de toneladas, no valor de US$ 724,5 milhões 
foram exportados por lá, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério 
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). 
Já pelo porto de Recife entraram 913 mil toneladas, no valor de US$ 263,5 milhões e foram exportadas 
457 mil toneladas, por US$ 260,4 milhões. 
Combustíveis e óleos minerais, produtos químicos, cereais e plásticos foram os principais itens da 
cesta de importação por Suape. Por Recife, a grande maioria composta por produtos químicos, adubos, 
produtos da indústria de moagem e cereais. 
Os produtos mais exportados por Pernambuco foram combustíveis e óleos minerais; açúcares e 
produtos de confeitaria; além de ferro fundido e aço. Também tiveram saída expressiva pelos portos 
pernambucanos máquinas e materiais elétricos; veículos terrestres; sal, enxofre, pedras, gesso e cimento; 
e bebidas, incluindo as alcoólicas e vinagre. 
 
Transporte público ruim afeta saúde, educação e cultura, dizem analistas12 
Os efeitos negativos de um transporte público caro e de má qualidade não estão restritos à questão 
da mobilidade urbana. Prejudicam também outras áreas vitais para a vida do cidadão, como saúde, 
educação, finanças e cultura. Especialistas e integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) consultados 
pela Agência Brasil avaliam que a mobilidade urbana está diretamente relacionada à qualidade de vida, 
além de ser um dos maiores causadores de estresse da vida das pessoas. 
"É um trauma para todo mundo. Principalmente para quem fica em pé, duas horas, crucificado, com 
alguém tentando pegar bolsa, apalpar. Não é à toa que as pessoas estão preferindo usar motocicletas, 
mesmo que isso represente risco a própria integridade física por causa dos acidentes, e não é à toa que 
essas manifestações conseguiram tantas adesões", disse à Agência Brasil o doutor em Políticas de 
Transporte pela Universidade Dortmund, na Alemanha e professor do Departamento de Engenharia Civil 
e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), Joaquim Aragão. 
As manifestações citadas pelo especialista foram iniciadas pelo MPL em São Paulo. O movimento tem, 
como um de seus interlocutores, o professor de História Lucas Monteiro. "Defendemos Tarifa Zero porque, 
além de ser a única forma de as pessoas terem acesso à cidade, o transporte público beneficia áreas 
vitais como saúde e educação. Por isso já imaginávamos que nossa luta se espalharia pelo país, mas 
não que iria alcançar a dimensão que alcançou", disse à Agência Brasil. 
De acordo com o representante do MPL, o incentivo ao uso de transportes individuais causa também 
problemas como aumento da poluição e do número de atropelamentos, o que resulta em mais gastos e 
problemas para a saúde pública. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2010, 42.844 pessoas 
morreram nas estradas e ruas do país. Deste total, 10.820 acidentes envolveram motos. No mesmo ano, 
 
12 Fonte: ttps://noticias.terra.com.br/brasil/transito/transporte-publico-ruim-afeta-saude-educacao-e-cultura-dizem-
analistas,2c8aa6faad0bf310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html 
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. 10 
o gasto total do Sistema Único de Saúde (SUS) com acidentes de trânsito foi R$ 187 milhões. Só com 
internação de motociclistas foram gastos R$ 85,5 milhões. 
Além disso, acrescenta Monteiro, diversos tratamentos de saúde deixam de ser feitos porque os 
pacientes não têm condições de pagar pelo deslocamento. E o problema relacionado à falta de condições 
para custear os transportes também afeta o direto e a qualidade da educação. 
"Frequentei muitas escolas públicas. É comum alunos faltarem aulas por não terem dinheiro para ir à 
escola. Além do mais, direito à educação não está restrito a apenas ir à escola ou ao banco escolar. Os 
estudantes precisamter acesso à cultura, a visitar museus. E, sem circular, não há como ter acesso a 
isso. A grande maioria não vai ao centro da cidade, museus, centros culturais para complementar sua 
formação", disse Monteiro. 
Segundo Aragão, dificuldades para mobilidade urbana afetam diretamente o rendimento escolar de 
jovens e crianças, que ficam cansados e com o sono sacrificado. "É um fator a mais a prejudicar o 
rendimento, além da qualidade de instalações do ensino público. Da mesma forma, afeta também a 
evasão escolar, a formação de profissionais e a produtividade do país", disse o especialista. 
"A mobilidade bloqueia inclusive a vida social do cidadão de baixa renda, que fica sem acesso a 
entretenimento, cultura e lazer. Estes são privilégios das pessoas motorizadas. Uma família de quatro 
pessoas que queira se deslocarem da periferia até um parque no centro da cidade gastará R$24, caso a 
passagem unitária custe R$3. Para quem recebe salário mínimo, isso é impossível", disse. 
Arquiteto, urbanista e especialista em transporte público, Jaime Lerner diz que por trás das 
manifestações iniciadas pelo MPL está o descrédito nas políticas públicas e a falta de respostas à 
sociedade, sobre os diversos serviços públicos prestados a ela. "E tudo fica mais fácil em todas as áreas 
quando se tem um bom transporte público", disse o ex-prefeito de Curitiba (PR). 
Muitas das mobilidades anunciadas sequer estudaram a própria cidade, avalia Lerner. Segundo ele, é 
importante entender a cidade como um sistema de estrutura de vida, trabalho, movimento e mobilidade 
juntos. No fundo, acrescenta, faltam decisão políticas, e, em geral, essas decisões são voltadas para 
soluções mais caras. 
"O Brasil é rápido em fazer coisa errada e demorado em fazer a coisa certa", disse. "Sustentabilidade 
é equação entre o que você poupa e o que você desperdiça. Portanto, se tiver de se deslocar por 
distâncias cada vez maiores, é óbvio que a coisa não vai funcionar". 
 
Após Justiça suspender multas por farol desligado, GDF sinaliza rodovias13 
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) começou a sinalizar nesta sexta-feira (09/09/2016) 
as rodovias do Distrito Federal para alertar sobre o uso do farol baixo durante todo o dia. A primeira pista 
a receber as placas indicando a obrigação é a Epia. 
A medida foi tomada após a Justiça Federal suspender na última sexta-feira (02/09/2016) a cobrança 
de multa para motoristas que andarem nas rodovias de todo o país com farol desligado. A sentença é 
provisória e determina que a punição só pode ser aplicada quando as estradas tiverem sido sinalizadas. 
Ao G1, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que iria recorrer. 
Até dia 2 de setembro, o foram aplicadas 23.522 multas pela infração. Parte da verba arrecadada com 
as infrações já está sendo aplicada em melhorias na sinalização das rodovias do DF. 
 
Entenda o caso 
A sentença não altera as multas que já foram aplicadas até então pela lei federal entrou em vigor em 
8 de julho. 
O descumprimento é considerado infração média, com 4 pontos na carteira de habilitação e multa de 
R$ 85,13. Em novembro, o valor deve subir para R$ 130,16. 
No primeiro mês de validade da regra, entre 8 de julho e 8 de agosto, a Polícia Rodoviária Federal 
registrou 124.180 infrações nas rodovias federais. Nas estradas estaduais de São Paulo, outras 17.165 
multas foram aplicadas. No Distrito Federal, as multas superaram em 35% o número de autuações por 
estacionamento irregular. 
Regra em debate 
O farol baixo é o que as pessoas chamam de farol, até então exigido para todos os veículos somente 
durante a noite e dentro de túneis. O uso das luzes já era obrigatório para as motos durante o dia e a 
noite, em todos os lugares. 
A ação foi proposta pela Associação Nacional de Proteção Mútua aos Proprietários de Veículos 
Automotores (Adpvat), e a decisão favorável é do juiz Renato Borelli, da 20ª Vara Federal do DF. 
 
13
 09/09/2016 Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/09/apos-justica-suspender-multas-por-farol-desligado-gdf-sinaliza-
rodovias.html 
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. 11 
POLÍTICA 
 
Sistema Político Brasileiro 
O sistema político brasileiro tem base nas ideias iluministas do pensador francês Montesquieu. O 
pensador defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário em sua obra “O 
Espírito das Leis”. Para ele o poder concentrado na mão do rei leva à tirania, então o Estado deveria 
dividi-lo em poder executivo (executa as leis, o governo), legislativo (cria as leis, o congresso) e judiciário 
(que julga e fiscaliza os poderes). 
No Brasil o voto é universal, ou seja, todo cidadão com a idade mínima de 16 anos pode participar do 
processo político e eleger seus representantes. O país é uma república federativa presidencialista, onde 
o Chefe de Estado, no caso o presidente, é eleito através do voto direto da população e os estados 
possuem autonomia política, com a possibilidade de criar leis específicas. 
Assim como na obra de Montesquieu o país possui a divisão do poder entre Executivo, representado 
pelo presidente da república, Legislativo, que é representado pelo congresso nacional e Judiciário que é 
representado pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
Poder Executivo 
O poder executivo é compreendido pelo presidente da república e seus ministros de Estado no sistema 
federativo brasileiro, com atribuições e responsabilidades definidos pela constituição federal. Nos estados 
da federação e no distrito federal, o poder executivo é exercido pelos governadores e seus secretários, 
com atribuições e responsabilidades controlados pela constituição estadual. Nos municípios, os 
representantes do poder executivo são os prefeitos e seus secretários, que também possuem atribuições 
e responsabilidades, definidas na lei orgânica de cada município. 
O presidente, governadores e prefeitos são eleitos através de sufrágio (voto) universal. O eleitor tem 
o direito de escolher aquele que melhor se encaixa em sua visão política. Todos os candidatos devem 
ser filiados a um partido político e, quando eleitos, possuem mandato com tempo determinado. No Brasil 
as funções de presidente, governador e prefeito possuem duração de 4 anos cada, com a possibilidade 
de reeleição. Durante suas campanhas os candidatos discutem seus programas de governo e os rumos 
que pretendem dar ao país. 
Existem punições ao presidente da república em caso de crime de responsabilidade, como previsto na 
constituição federal, além de punição para infrações penais comuns. Para ser submetido a julgamento o 
presidente precisa ter acusação admitida por pelo menos dois terços da Câmara dos Deputados. Nos 
casos de infrações penais ele é julgado pelo Supremo Tribunal Federal e em caso de crimes de 
responsabilidade é julgado pelo Senado Federal. 
Entre as principais funções do presidente da república estão a execução de leis e expedição de 
decretos e regulamentos; prover cargos e funções públicas; promover a administração e a segurança 
públicas; emitir moeda; elaborar o orçamento e os planos de desenvolvimento econômico e social nos 
níveis nacional, regional e setoriais; exercer o comando supremo das forças armadas; e manter relações 
com estados estrangeiros. 
Além das funções executivas, o presidente conta ainda, em alguns casos, com poder legislativo. O 
poder pode ser aplicado em veto a leis aprovadas pelo Congresso Nacional e a edição de medidas 
provisórias com força de lei de aplicação e execução imediatas. 
Os ministros de estado e auxiliares diretos do presidente podem ser nomeados ou demitidos livremente 
por ele. Para assumir alguma das funções a pessoa deve ter no mínimo 21 anos de idade, brasileiros 
natos, e estar no exercício dos direitos políticos. Os ministros nomeados pelo presidente são responsáveis 
por diversas políticas de governo, em diversos campos de atuação, como educação, economia, cultura, 
finançase justiça, entre diversos outros. Os ministros podem ser convocados para justificar seus atos 
perante a Câmara dos Deputados, o Senado ou qualquer uma de suas comissões para explicar atos ou 
programas. 
 
Poder Legislativo 
O Poder Legislativo é representado por pessoas que devem elaborar as leis que regulamentam o 
Estado, conhecidos por legisladores. Na maioria das repúblicas e monarquias o poder legislativo é 
formado por um congresso, parlamento, assembleia ou câmara. 
Seu objetivo é elaborar normas de abrangência geral ou em raros casos individual, que são 
estabelecidas aos cidadãos ou às instituições públicas nas suas relações recíprocas. 
Entre as principais funções do poder legislativo estão a de fiscalizar o Poder Executivo, votar 
leis orçamentárias e, em situações específicas, julgar determinadas pessoas, como o Presidente da 
república ou os próprios membros do legislativo. 
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. 12 
No Brasil, o Poder legislativo é exercido em âmbito federal, estadual e municipal. O Congresso 
Nacional é formados pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal e é responsável pelo Poder 
Legislativo federal. Possui a função de elaborar e aprovar as leis do país, e também controlar os atos do 
executivo e impedir abusos pela fiscalização permanente. Nos estados é exercido pelas assembleias 
legislativas e nos municípios pelas câmaras municipais, ou de vereadores 
 
Poder Judiciário 
O Poder Judiciário é exercido pelos juízes e possui a capacidade e a prerrogativa de julgar, de acordo 
com as regras constitucionais e leis criadas pelo poder legislativo em determinado país. 
No Brasil, o judiciário não depende dos demais poderes nem possui controles externos de fiscalização. 
Sua função é a de aplicar a lei a fatos particulares e, por atribuição e competência, declarar o direito e 
administrar justiça. Além disso, pode resolver os conflitos que podem surgir na sociedade e tomar 
decisões com base na constituição, nas leis, nas normas e nos costumes, que adapta a situações 
específicas. 
O poder judiciário possui a divisão entre a União(Federal) e os estados, com a denominação de justiça 
federal e justiça estadual, respectivamente. 
Entre os órgãos que formam o poder Judiciário estão o Supremo Tribunal Federal (STF), Superior 
Tribunal de Justiça (STJ), além dos Tribunais Regionais Federais (TRF), Tribunais e Juízes do Trabalho, 
Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes Militares e os Tribunais e Juízes dos estados e do Distrito 
Federal e Territórios. 
O STF é o órgão máximo do Judiciário brasileiro. Sua principal função é zelar pelo cumprimento da 
Constituição e dar a palavra final nas questões que envolvam normas constitucionais. É composto por 11 
ministros indicados pelo Presidente da República e nomeados por ele após aprovação pelo Senado 
Federal. 
Os juízes que atuam em tribunais superiores são nomeados pelo presidente da república, porem 
precisam de aprovação do Senado. Outros cargos são preenchidos através de concurso público. Os 
juízes têm cargo vitalício, não podem ser removidos e seus vencimentos não podem ser reduzidos. 
 
Operação Lava Jato14 
O nome do caso, “Lava Jato”, decorre do uso de uma rede de postos de combustíveis e lava a jato de 
automóveis para movimentar recursos ilícitos pertencentes a uma das organizações criminosas 
inicialmente investigadas. Embora a investigação tenha avançado para outras organizações criminosas, 
o nome inicial se consagrou. 
A operação Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve. 
Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres da Petrobras, maior estatal do país, esteja na 
casa de bilhões de reais. Soma-se a isso a expressão econômica e política dos suspeitos de participar 
do esquema de corrupção que envolve a companhia. 
No primeiro momento da investigação, desenvolvido a partir de março de 2014, perante a Justiça 
Federal em Curitiba, foram investigadas e processadas quatro organizações criminosas lideradas por 
doleiros, que são operadores do mercado paralelo de câmbio. Depois, o Ministério Público Federal 
recolheu provas de um imenso esquema criminoso de corrupção envolvendo a Petrobras. 
Nesse esquema, que dura pelo menos dez anos, grandes empreiteiras organizadas em cartel pagavam 
propina para altos executivos da estatal e outros agentes públicos. O valor da propina variava de 1% a 
5% do montante total de contratos bilionários superfaturados. Esse suborno era distribuído por meio de 
operadores financeiros do esquema, incluindo doleiros investigados na primeira etapa. 
As empreiteiras - Em um cenário normal, empreiteiras concorreriam entre si, em licitações, para 
conseguir os contratos da Petrobras, e a estatal contrataria a empresa que aceitasse fazer a obra pelo 
menor preço. Neste caso, as empreiteiras se cartelizaram em um “clube” para substituir uma concorrência 
real por uma concorrência aparente. Os preços oferecidos à Petrobras eram calculados e ajustados em 
reuniões secretas nas quais se definia quem ganharia o contrato e qual seria o preço, inflado em benefício 
privado e em prejuízo dos cofres da estatal. O cartel tinha até um regulamento, que simulava regras de 
um campeonato de futebol, para definir como as obras seriam distribuídas. Para disfarçar o crime, o 
registro escrito da distribuição de obras era feito, por vezes, como se fosse a distribuição de prêmios de 
um bingo. 
Funcionários da Petrobras - As empresas precisavam garantir que apenas aquelas do cartel fossem 
convidadas para as licitações. Por isso, era conveniente cooptar agentes públicos. Os funcionários não 
só se omitiam em relação ao cartel, do qual tinham conhecimento, mas o favoreciam, restringindo 
 
14 http://lavajato.mpf.mp.br/entenda-o-caso 
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. 13 
convidados e incluindo a ganhadora dentre as participantes, em um jogo de cartas marcadas. Segundo 
levantamentos da Petrobras, eram feitas negociações diretas injustificadas, celebravam-se aditivos 
desnecessários e com preços excessivos, aceleravam-se contratações com supressão de etapas 
relevantes e vazavam informações sigilosas, dentre outras irregularidades. 
Operadores financeiros - Os operadores financeiros ou intermediários eram responsáveis não só por 
intermediar o pagamento da propina, mas especialmente por entregar a propina disfarçada de dinheiro 
limpo aos beneficiários. Em um primeiro momento, o dinheiro ia das empreiteiras até o operador 
financeiro. Isso acontecia em espécie, por movimentação no exterior e por meio de contratos simulados 
com empresas de fachada. Num segundo momento, o dinheiro ia do operador financeiro até o beneficiário 
em espécie, por transferência no exterior ou mediante pagamento de bens. 
Agentes políticos - Outra linha da investigação – correspondente à sua verticalização – começou em 
março de 2015, quando o Procurador-Geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal 28 
petições para a abertura de inquéritos criminais destinados a apurar fatos atribuídos a 55 pessoas, das 
quais 49 são titulares de foro por prerrogativa de função (“foro privilegiado”). São pessoas que integram 
ou estão relacionadas a partidos políticos responsáveis por indicar e manter os diretores da Petrobras. 
Elas foram citadas em colaborações premiadas feitas na 1ª instância mediante delegação do Procurador-
Geral. A primeira instância investigará os agentes políticos por improbidade, na área cível, e na área 
criminal aqueles sem prerrogativa de foro. 
Essa repartição política revelou-se mais evidente em relação às seguintes diretorias: de 
Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa entre 2004 e 2012, de indicação do PP, com posterior 
apoio do PMDB; de Serviços, ocupada por Renato Duque entre 2003 e 2012, de indicação do PT; e 
Internacional, ocupada por Nestor Cerveró entre 2003 e 2008, de indicação doPMDB. Para o PGR, esses 
grupos políticos agiam em associação criminosa, de forma estável, com comunhão de esforços e unidade 
de desígnios para praticar diversos crimes, dentre os quais corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 
Fernando Baiano e João Vacari Neto atuavam no esquema criminoso como operadores financeiros, em 
nome de integrantes do PMDB e do PT. 
 
Por onde começou 
 
Primeira etapa 
A Lava Jato começou em 2009 com a investigação de crimes de lavagem de recursos relacionados ao 
ex-deputado federal José Janene, em Londrina, no Paraná. Além do ex-deputado, estavam envolvidos 
nos crimes os doleiros Alberto Youssef e Carlos Habib Chater. Alberto Youssef era um antigo conhecido 
dos procuradores da República e policiais federais. Ele já havia sido investigado e processado por crimes 
contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro no caso Banestado. 
 
Interceptações telefônicas 
Em julho de 2013, a investigação começa a monitorar as conversas do doleiro Carlos Habib Chater. 
Pelas interceptações, foram identificadas quatro organizações criminosas que se relacionavam entre si, 
todas lideradas por doleiros. A primeira era chefiada por Chater (cuja investigação ficou conhecida como 
“Operação Lava Jato”, nome que acabou sendo usado, mais tarde, para se referir também a todos os 
casos); a segunda, por Nelma Kodama (cuja investigação foi chamada “Operação Dolce Vita”); a terceira, 
por Alberto Youssef (cuja apuração foi nomeada “Operação Bidone”); e a quarta, por Raul Srour (cuja 
investigação foi denominada “Operação Casa Blanca”). 
O monitoramento das comunicações dos doleiros revelou que Alberto Youssef, mediante pagamentos 
feitos por terceiros, “doou” um Land Rover Evoque para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo 
Roberto Costa. 
Primeiras medidas 
Em 17 de março de 2014, foi deflagrada a primeira fase ostensiva da operação sobre as organizações 
criminosas dos doleiros e Paulo Roberto Costa. Foram cumpridos 81 mandados de busca e apreensão, 
18 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária e 19 mandados de condução 
coercitiva, em 17 cidades de 6 estados e no Distrito Federal. 
Ao comparecerem a um dos endereços das buscas, um prédio onde funcionava a empresa Costa 
Global, vinculada a Paulo Roberto Costa, policiais federais decidiram ir até a residência do investigado 
para pegar as chaves da empresa, em vez de arrombá-la. Enquanto os policiais se deslocavam, parentes 
do ex-diretor foram flagrados, por câmeras de monitoramento do edifício, retirando do local sacolas e 
mochilas contendo provas de crimes. 
Em 20 de março de 2014, aconteceu a segunda fase ostensiva da operação. O ex-diretor da Petrobras 
Paulo Roberto Costa foi preso e foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. 
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. 14 
Em seguida, os procuradores da República do caso viriam a acusar o ex-diretor e seus familiares pelo 
crime de obstrução à investigação de organização criminosa. 
Nessas medidas iniciais, mais de 80 mil documentos foram apreendidos pela Polícia Federal, além de 
diversos equipamentos de informática e celulares. A análise desse material somou-se aos 
monitoramentos de conversas e aos dados bancários dos investigados que foram coletados e analisados 
eletronicamente no sistema Simba (Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias), do Ministério 
Público Federal. 
Para analisar todo o material apreendido nas primeiras etapas da investigação e propor acusações, o 
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, designou, em abril, um grupo de procuradores da 
República. No mês que se seguiu, os integrantes dessa força-tarefa chegaram às conclusões que 
culminaram no oferecimento das primeiras denúncias. 
Foram oferecidas 12 ações penais em face dos grupos criminosos, envolvendo 74 denunciados 
(número a ser ajustado para 55 caso se considere a parcial sobreposição de réus nas diferentes 
acusações), pela prática de crimes contra o sistema financeiro nacional, formação de organização 
criminosa e lavagem de recursos provenientes desses crimes, de corrupção e de peculato. 
Paralelamente, os procuradores da República fizeram pedidos à Justiça (15 medidas cautelares), 
obtendo o bloqueio de praticamente todo o patrimônio dos acusados no Brasil, o que somou mais de R$ 
50 milhões, valor esse que, se espera, seja revertido aos cofres públicos. 
 
Segunda etapa 
As provas colhidas apontavam para a existência de um grande esquema de corrupção e lavagem de 
dinheiro na Petrobras. O aprofundamento das investigações para apurar os crimes marcou o início da 
segunda fase do caso. 
Foram expedidos pela Justiça mandados de intimação, cumpridos em 11 de abril de 2014, quando a 
estatal voluntariamente colaborou e entregou os documentos procurados, evitando buscas e apreensões. 
Nesse mesmo dia, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, 2 de prisão temporária, 6 de 
condução coercitiva e 15 de busca e apreensão, em cinco cidades. O objetivo era o aprofundamento da 
investigação sobre os doleiros. 
Em maio de 2014, uma reclamação da defesa para o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu as 
investigações por algumas semanas. Levando informações parciais ao STF, a defesa alegou que haviam 
sido investigadas pessoas que somente o Supremo poderia investigar, em especial deputados federais. 
Após receber informações adicionais sobre o caso, o ministro Teori Zavascki concluiu que não houve 
usurpação por parte do juiz, porque a identificação de parlamentares era recente e o STF já havia sido 
informado sobre o fato. O julgamento determinou a cisão do caso, para que apenas a parte relativa aos 
parlamentares indicados permanecesse no STF. 
Nessa mesma época, o Ministério Público da Suíça entrou em contato com o MPF e informou que 
Paulo Roberto Costa tinha mais de US$ 23 milhões em bancos suíços, dinheiro incompatível com seus 
rendimentos lícitos. Os valores foram bloqueados. 
Em trabalho integrado com a força-tarefa do Ministério Público Federal, os auditores fiscais da Receita 
Federal forneceram um dossiê contendo provas de que Paulo Roberto Costa e familiares estavam 
envolvidos na lavagem de milhões de reais oriundos da Petrobras. Os procuradores da República 
obtiveram então, perante a Justiça, 11 mandados de busca e apreensão e um mandado de condução 
coercitiva, que foram cumpridos pela Polícia Federal em 22 de agosto de 2014. 
Já se sabia que algumas diretorias da estatal, como a que foi chefiada por Costa, têm orçamentos que 
podem ser superiores aos de alguns dos 39 Ministérios vinculados à Presidência da República. Também 
era do conhecimento dos procuradores da República a corrupção em que o ex-diretor estava envolvido, 
bem como se suspeitava que a abrangência do esquema era maior. Aconteceu, então, outro evento que 
representou um avanço da investigação: a colaboração de Paulo Roberto Costa por meio de um acordo 
de delação premiada. 
 
Colaborações 
Em 27 de agosto de 2014, Paulo Roberto Costa assinou acordo de colaboração com o Ministério 
Público Federal. A iniciativa foi do próprio ex-diretor, que prestou importante auxílio para a apuração dos 
fatos em troca de benefícios. 
No acordo, negociado com procuradores da República da força-tarefa, Costa se compromete a 
devolver a propina que recebeu (incluindo os milhões bloqueados no exterior), a contar todos os crimes 
cometidos, bem como a indicar quem foram os outros criminosos. Caso ficasse provado que, em algum 
momento, ele mentiu ou ocultou fatos, todos os benefícios seriam perdidos. 
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. 15 
Como houve a sinalização de que políticos do Congresso Nacional, sujeitos à atuação do Supremo 
Tribunal Federal, estariam envolvidos, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que tem atribuição 
originária para atuar em tais casos, autorizou o processo de negociação, ratificando o acordo de 
colaboração e determinandoque os procuradores da República da força-tarefa, por delegação, e os 
policiais federais do caso colhessem os depoimentos de Paulo Roberto Costa, o que foi feito ao longo do 
mês que se seguiu. O acordo de colaboração foi então homologado pelo STF, que decide sobre o 
encaminhamento das investigações em relação a parlamentares. 
Depois de Paulo Roberto Costa, foi a vez de Alberto Youssef recorrer aos procuradores da República 
para colaborar em troca de benefícios. 
Alguns outros acordos de colaboração, não menos importantes, foram negociados pela força-tarefa do 
caso Lava Jato e submetidos, por não envolverem situações especiais como a de parlamentares, ao juiz 
federal da 13ª Vara Federal, em primeiro grau de jurisdição. As informações e provas decorrentes desses 
acordos feitos em primeiro grau alavancaram as investigações, permitindo sua expansão e maior 
eficiência. 
 
Primeiras denúncias da segunda etapa 
Os depoimentos e provas colhidas em decorrência das colaborações, bem como a análise de materiais 
apreendidos, documentos, dados bancários e interceptações telefônicas, permitiram o avanço das 
apurações em direção às grandes empresas que corromperam os agentes públicos. 
Em 14 de novembro de 2014, foram executados, pela Polícia Federal em conjunto com a Receita 
Federal, 85 mandados, sendo 4 de prisão preventiva, 13 de prisão temporária, 49 de busca e apreensão 
e 9 de condução coercitiva, em diversas cidades do país, especialmente em grandes e renomadas 
empresas de construção como Engevix, Mendes Júnior Trading Engenharia, Grupo OAS, Camargo 
Correa, Galvão Engenharia, UTC Engenharia, IESA Engenharia, Construtora Queiroz Galvão e 
Odebrecht Plantas Industriais e Participações. 
No dia 11 de dezembro de 2014, na semana de combate à corrupção, os procuradores da República 
da força-tarefa ofereceram cinco denúncias criminais contra 36 pessoas pela prática de 154 crimes de 
corrupção, 215 de lavagem de dinheiro e de organização criminosa. Dentre os acusados, 23 pertencem 
aos quadros das construtoras OAS, Camargo Correa, UTC, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e 
Engevix. O valor da propina apontado nas acusações é da ordem de R$ 300 milhões. O Ministério Público 
pediu o ressarcimento de aproximadamente R$ 1,2 bilhão. As penas individuais podem somar mais de 
cem anos de prisão. 
Em 14 de dezembro de 2014, os procuradores da República protocolaram denúncia criminal contra 
quatro pessoas, incluindo o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, pela prática de 
corrupção envolvendo US$ 53 milhões, crimes financeiros, e de lavagem de dinheiro. Foram dois atos de 
corrupção, 64 de lavagem e sete crimes financeiros. O ressarcimento pedido é da ordem de R$ 140 
milhões, que se soma ao pedido de perdimento de R$ 156 milhões. 
 
Prisão de Nestor Cerveró 
Em 14 de janeiro de 2015, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cuñat Cerveró foi 
preso preventivamente ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro, quando chegava de 
viagem de Londres. No dia 13 de janeiro, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência 
de Cerveró e de seus familiares, em função de seu envolvimento em crimes de corrupção passiva e 
lavagem de dinheiro que foram denunciados pelo MPF em dezembro de 2014 (Ação Penal nº 5083838-
59.2014.404.7000). 
A prisão e as buscas foram obtidas pelo MPF durante o recesso judiciário. A prisão preventiva foi 
requerida por haver fortes indícios de que Cerveró continuava a praticar crimes, como a ocultação do 
produto e proveito do crime no exterior, e pela transferência de bens (valores e imóveis) para familiares. 
Também havia evidências de que ele buscaria frustrar o cumprimento de penalidades futuras. 
Em 22 de janeiro de 2015, foi decretada nova prisão preventiva de Nestor Cuñat Cerveró, atendendo 
a pedido de aditamento da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que atua no caso Lava Jato. 
Segundo o juiz Sérgio Moro, responsável pela ação penal que investiga esquema de corrupção na 
Petrobras, a nova prisão foi decretada para assegurar a aplicação da lei penal, tendo em vista a 
possibilidade de Cerveró dissipar seu patrimônio, dificultado futura punição. A isso se somou a existência 
de cidadania e passaporte espanhóis, o que ex-diretor omitiu das autoridades. 
O juiz também assentou sua decisão em novas evidências, trazidas pelo MPF, de que a empresa 
Jolmey, proprietária de imóvel em que o investigado residiu por vários anos, pertence de fato ao ex-diretor. 
Os documentos oferecidos pela Força Tarefa indicaram que a empresa foi usada para que Cerveró 
internalizasse e usufruísse no Brasil a propina que ganhou no exterior, conferindo-lhe aparência de 
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. 16 
dinheiro legítimo. Reforçou a prisão, também, a existência de operações imobiliárias subvaloradas, o que 
pode caracterizar outro tipo de subterfúgio para lavar dinheiro. Esses tipos de prática tornam mais difícil 
a identificação e a recuperação dos valores desviados. 
 
Aprofundamento das investigações 
Em 5 de fevereiro, a pedido da Força-tarefa do MPF, a Polícia Federal desencadeou mais uma fase 
da Operação Lava Jato. Com o deferimento dos pedidos pela 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, 
foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, três de prisão temporária, 18 de condução coercitiva 
e 40 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. 
O objetivo foi produzir provas sobre pagamentos de propinas para agentes públicos relacionados à 
diretoria de serviço da Petrobras e à BR Distribuidora, subsidiária da empresa. Os trabalhos realizados 
foram desdobramentos das fases anteriores da operação, dentro do compromisso do MPF de 
aprofundamento das investigações e, assim como aconteceu nas outras fases, contaram com apoio da 
Receita Federal. 
Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão cumpridos no estado de Santa Catarina, 
por sua vez, tiveram seus pedidos baseados em depoimentos prestados por uma testemunha ao MPF e 
à PF e em indícios de prática de lavagem de dinheiro, corrupção e fraudes em licitações relacionadas a 
contratos firmados entre a empresa que foi alvo dos mandados e a BR Distribuidora. O que mais chamou 
a atenção foi que o esquema de corrupção, envolvendo a BR distribuidora, ainda era um esquema atual, 
que não foi estancado apesar de todas as investigações e ações até então feitas. 
 
Colaboração Premiada 
 
Acordos de colaboração com investigados e réus 
Para incentivar os criminosos a colaborar com a Justiça, várias leis trouxeram a possibilidade de se 
conceder benefícios àqueles acusados que cooperam com a investigação. Esses benefícios podem ser 
a diminuição da pena, a alteração do regime de seu cumprimento ou mesmo, em casos excepcionais, 
isenção penal. Essa colaboração é extremamente relevante na investigação de alguns tipos de crime, 
como por exemplo: no de organização criminosa, em que é comum a destruição de provas e ameaças a 
testemunhas; no de lavagem de dinheiro, o qual objetiva justamente ocultar crimes; e no de corrupção, 
feito às escuras e com pacto de silêncio. 
Há duas formas de colaboração premiada. Na primeira, o criminoso revela informações na expectativa 
de, no futuro, tal cooperação ser tomada em consideração pelo juiz quando da aplicação da pena. Na 
segunda, o criminoso entra em acordo com o Ministério Público, celebrando, após negociação, um 
contrato escrito. No contrato são estipulados os benefícios que serão concedidos e as condições para 
que a cooperação seja premiada. 
A lei brasileira que detalhou como funciona a colaboração premiada é chamada Lei de Combate às 
Organizações Criminosas (Lei 12.850/2013). Embora não houvesse previsão expressa de acordos de 
colaboração entre o criminoso e o Ministério Público antes da lei, eles já vinham sendo feitos desde a 
força-tarefa do caso Banestado (entre 2003 e 2007). 
Em cada acordo, muitas variáveis são consideradas,tais como informações novas sobre crimes e 
quem são os seus autores, provas que serão disponibilizadas, importância dos fatos e das provas 
prometidas no contexto da investigação, recuperação do proveito econômico auferido com os crimes, 
perspectiva de resultado positivo dos processos e das punições sem a colaboração, entre outras. Há uma 
criteriosa análise de custos e benefícios sociais que decorrerão do acordo de colaboração sempre por 
um conjunto de procuradores da República, ponderando-se diferentes pontos de vista. O acordo é feito 
apenas quando há concordância de que os benefícios superarão significativamente os custos para a 
sociedade. 
 
Acordos de colaboração no caso Lava Jato 
Cinco procuradores da República que trabalham hoje no caso Lava Jato atuaram na força-tarefa do 
Banestado. Na ocasião, foi redigido o primeiro acordo de colaboração escrito e clausulado na história 
brasileira, entre Ministério Público e acusado, exatamente com Alberto Youssef. Foi nesse período 
também que se desenvolveu mais intensamente a experiência de colaboração, tendo sido feitos 18 
acordos escritos de colaboração, os quais foram aperfeiçoados ao longo do tempo. 
Se não fossem os acordos de colaboração pactuados entre procuradores da República e os 
investigados, o caso Lava Jato não teria alcançado evidências de corrupção para além daquela 
envolvendo Paulo Roberto Costa. Existia prova de propinas inferiores a R$ 100 milhões. Hoje são 
investigados dezenas de agentes públicos, além de grandes empresas, havendo evidências de crimes de 
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. 17 
corrupção envolvendo valores muito superiores a R$ 1 bilhão. Apenas em decorrência de acordos de 
colaboração, já se alcançou a recuperação de cerca de meio bilhão de reais. 
Todos os acordos feitos pela força-tarefa de procuradores da República do caso Lava Jato foram 
homologados pela Justiça, parte pela 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba e parte pelo Supremo Tribunal 
Federal. O termo do acordo deve ser juntado às ações penais em que a colaboração será utilizada, após 
a sua homologação, por força de lei. 
Dos 15 acordos de colaboração feitos pelo Ministério Público Federal no caso Lava Jato, 11 foram 
feitos com investigados ou réus soltos, e em todos os casos foram estes que procuraram o Ministério 
Público para as negociações, acompanhados e sob orientação de seus advogados. Quatro foram feitos 
com pessoas presas, e em três deles, após o acordo, houve mudança do regime de prisão. 
 
PROCESSO DE IMPEACHMENT DE DILMA15 
Às 13h34 desta quarta-feira (31/08/16), Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment e encerrou seu 
mandato frente à Presidência da República. Em discurso após a votação no Senado, Dilma disse que 
sofreu um segundo golpe e prometeu uma oposição “firme e incansável”. Às 16h49, Michel Temer (PMDB) 
deixou a vice-presidência oficialmente e foi empossado presidente. Mais tarde, na primeira reunião 
ministerial, respondeu aos opositores, prometendo não levar “desaforo para casa”: “golpista é você”. 
Após 73 horas, o julgamento do impeachment no Senado terminou com o veredicto de condenação de 
Dilma por crime de responsabilidade, pelas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e por ter editado decretos 
de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional. Foram 61 a favor e 20 contrários ao 
impeachment, sem abstenções. Saiba como votou cada senador. Em uma segunda votação, os 
senadores decidiram manter a possibilidade de Dilma disputar novas eleições e assumir cargos na 
administração pública. 
Governistas surpresos com a segunda votação prometeram recorrer. Segundo o colunista Gerson 
Camarotti, a divisão foi costurada entre PT e PMDB para aliviar Dilma. O senador Aloysio Nunes (PSDB-
SP) decidiu entregar o cargo, mas Temer não aceitou. O senador Fernando Collor, que sofreu 
impeachment em 1992, criticou: "dois pesos, duas medidas”. 
 
DISCURSO DE DILMA 
Em seu primeiro pronunciamento, a agora ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que a decisão é o 
segundo golpe de estado que enfrenta na vida e que os senadores que votaram pelo seu afastamento 
definitivo rasgaram a Constituição. Ao lado de aliados, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi 
enfática: "Ouçam bem: eles pensam que nos venceram, mas estão enganados. Sei que todos vamos 
lutar. Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode 
sofrer. 
 
POSSE DE TEMER 
Três horas após o afastamento de Dilma Rousseff, Michel Temer foi empossado o novo presidente da 
República. A cerimônia durou apenas 11 minutos. Ao apertar a mão de Temer, o presidente do Senado, 
Renan Calheiros (PMDB-AL), disse a ele: "Estamos juntos". 
Na primeira reunião ministerial do governo, Temer afirmou que agora a cobrança sobre o governo será 
"muito maior" e rejeitou a acusação de que o impeachment foi um golpe. "Golpista é você, que está contra 
a Constituição", afirmou dirigindo-se a Dilma. 
 
O novo presidente embarca para a China, onde participa, nos dias 4 e 5, em Hangzhou, da Cúpula de 
Líderes do G20, grupo das 20 principais economias do mundo. Temer afirmou que vai "revelar aos olhos 
do mundo que temos estabilidade política e segurança jurídica." Durante a ausência, assume 
provisoriamente a Presidência o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara. 
 
REPERCUSSÃO E MANIFESTAÇÕES 
Após a votação final do impeachment, houve protestos a favor e contra Temer pelo país. Na Avenida 
Paulista, um grupo protestava contra o impeachment, enquanto outro comemorava com bolo e 
champagne. 
 
REPERCUSSÃO INTERNACIONAL 
A rede norte-americana CNN deu grande destaque à notícia em seu site e afirmou que a decisão é 
“um grande revés” para Dilma, mas "pode não ser o fim de sua carreira política". O argentino “Clarín” 
 
15 31/08/2016 – Fonte: http://especiais.g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/2016/impeachment-de-dilma/ 
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. 18 
afirma que o afastamento de Dilma marca “o fim de uma era no Brasil”. O “El País”, da Espanha, chamou 
a atenção para a resistência da ex-presidente, que decidiu enfrentar o processo até o final, apesar das 
previsões de que seu afastamento seria concretizado. 
 
E como fica agora?16 
O rito da destituição de Dilma foi consumado e o Partido dos Trabalhadores (PT), que a sustentava, 
passa à oposição, depois de 13 anos no poder. Mas o Senado manteve os direitos políticos dela, o que 
lhe permitirá se candidatar a cargos eletivos e exercer funções na administração pública. 
A saída da presidenta era desejada, segundo as pesquisas, por 61% dos brasileiros, o que não impede 
que tenha sido uma comoção nacional. 
 
Senadores aprovam parecer, Dilma vira ré e vai a julgamento em plenário17 
O Senado aprovou por 59 votos a 21 na madrugada desta quarta-feira (10/08/2016), após quase 15 
horas de sessão, o relatório da Comissão Especial do Impeachment que recomenda que a presidente 
afastada Dilma Rousseff seja levada a julgamento pela Casa. 
Com isso, ela passa à condição de ré no processo, segundo informou a assessoria do Supremo 
Tribunal Federal (STF). O julgamento final da presidente afastada está previsto para o fim do mês no 
plenário do Senado. 
Antes da votação do texto principal, os senadores já tinham rejeitado, também por 59 votos a 21, as 
chamadas "preliminares" que questionavam o mérito da denúncia contra Dilma. Depois do texto principal, 
houve a votação de três destaques (propostas de alteração do texto principal), apresentados por 
senadores defensores de Dilma com o objetivo de restringir os delitos atribuídos a ela. Todos os 
destaques foram rejeitados. 
Embora estivesse presente ao plenário, o único dos 81 senadores que não votou foi o presidente da 
Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele afirmou que tomou essa decisão para se manter isento. "Procurei 
conduzir com isenção. Desconstruir

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