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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PC-BA 
 
 
 
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, 
sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento 
sustentável e ecologia, suas inter-relações e suas vinculações históricas ................................................ 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
1428241 E-book gerado especialmente para MARIA CAROLINA SOARES SANATANA
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br 
 
 
 
No aniversário da crise dos presídios, nove mortos em rebelião em Goiás1 
Confronto entre grupos rivais deixou ainda 14 feridos no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia 
Pelo menos nove pessoas morreram e 14 ficaram feridas durante um motim em uma prisão na região 
metropolitana de Goiânia, informaram fontes oficiais. A rebelião ocorre exatamente um ano após o início 
de uma série de revoltas em presídios no país — a primeira delas, em Manaus, levou à morte de mais de 
50 pessoas. 
Nesta segunda-feira, um grupo de prisioneiros em regime semiaberto invadiu um pavilhão do 
Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia onde estavam os presos de um grupo rival e incendiaram 
algumas instalações, de acordo com a Superintendência Executiva da Administração Penitenciária 
(SEAP). 
Os presos atearam fogo em algumas instalações, por isso foi necessária a presença de bombeiros 
para apagar o incêndio. Um total de 34 presos conseguiu fugir durante o motim que, de acordo com as 
primeiras informações, já foi controlado pelas autoridades penitenciárias. 
Parentes dos presos se juntaram na porta da prisão para tentar obter informações sobre o ocorrido e 
alguns deles chegaram a ser avisados sobre o massacre pelos próprios detentos através de aplicações 
de mensagens instantâneas, de acordo com a imprensa local. 
O Brasil viveu em janeiro do ano passado um dos episódios mais trágicos de sua história carcerária 
com mortes nas prisões nos estados do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte, que causaram mais 
de 130 mortes. 
O pior massacre ocorreu há exatamente um ano, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) 
na cidade amazônica de Manaus, onde 56 presos morreram em um confronto entre facções rivais, o que 
mostrou a grande influência delas dentro das prisões e deixou evidente a insegurança, a superlotação e 
as más condições do sistema penitenciário brasileiro. 
 
Presidente da Associação de Moradores da Rocinha denuncia arrombamentos e roubos2 
Carlos Eduardo Barbosa criticou ação de polícia e Exército na comunidade 
O presidente da Associação de Moradores da Rocinha, Carlos Eduardo Barbosa, denunciou 
arbitrariedades supostamente cometidas por agentes de segurança nas ações desenvolvidas na 
comunidade desde a última sexta-feira, quando começou a ocupação da localidade por tropas federais, 
em apoio às polícias Civil e Militar. Carlos Eduardo falou durante um encontro realizado em uma quadra 
esportiva na entrada da Rocinha, que reuniu moradores, lideranças sociais e policiais militares. “Casas 
estão sendo invadidas, portas quebradas, bens sendo roubados, casas saqueadas. Isto é uma vergonha. 
O governo não mandou para cá nenhuma instituição de assistência social, nem direitos humanos. A gente 
está a mercê”, afirmou. 
Na opinião do presidente da associação, não está havendo uma guerra na Rocinha, como estaria 
sendo veiculado em parte da mídia e por meio das redes sociais. “Verdade seja dita, não existe guerra 
nenhuma aqui na Rocinha. Esses militares aqui dentro não justificam o investimento de R$ 1 milhão a R$ 
2 milhões por dia, que poderiam estar sendo investidos em saúde e educação. As escolas hoje estão 
 
1 EL PAÍS. No aniversário da crise dos presídios, nove mortos em rebelião em Goiás. El País. Disponível em: 
<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/01/02/politica/1514848126_015384.html?id_externo_rsoc=TW_BR_CM> Acesso em 02 de janeiro de 2017. 
2 CORREIO DO POVO. Presidente da Associação de Moradores da Rocinha denuncia arrombamentos e roubos. Correio do Povo. Disponível em: < 
http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/Policia/2017/9/629670/Presidente-da-Associacao-de-Moradores-da-Rocinha-denuncia-arrombamentos-e-roubos> Acesso 
em 27 de setembro de 2017. 
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, 
política, economia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, 
relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia, suas inter-
relações e suas vinculações históricas 
 
Segurança 
saúde 
1428241 E-book gerado especialmente para MARIA CAROLINA SOARES SANATANA
 
. 2 
fechadas, os postos de saúde estão fechados. As crianças não estão indo para a escola, estão passando 
fome”, disse Carlos Eduardo. 
O comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), major Cunha Alves, participou do encontro 
e disse que o cenário não é de guerra, mas é muito complexo. Reconheceu que policiais eventualmente 
erram, mas que quando isso acontece, são tomadas providências. Segundo o militar, as denúncias de 
casas arrombadas devem ser feitas diretamente na delegacia policial. O delegado titular da 11ª DP, 
Antônio Ricardo, disse que apenas um caso de arrombamento de residência em operações policiais foi 
reportado até o momento, mas que não foi possível concluir se o caso envolveu realmente agentes de 
segurança ou traficantes usando fardas militares. 
A reportagem da Agência Brasil procurou a Secretaria de Segurança Pública para comentar a denúncia 
dos moradores, mas não obteve resposta até o momento. Um morador que assistia à reunião disse que 
duvidava de tantos arrombamentos denunciados pela associação. Segundo o jovem, que mora há 26 
anos na comunidade e trabalha de padeiro, o objetivo de alguns é retirar as Forças Armadas da 
comunidade. Ele disse que, na sua opinião, a maior parte dos moradores é a favor das operações de 
segurança, mas não pode falar isso em público, por medo de represálias do tráfico. 
 
Procuram-se inimigos para o Exército brasileiro3 
Forças Armadas estão se tornando uma força policial, e sem agilidade para proteger os recursos 
naturais do País 
Poucos lugares evidenciam tão bem o papel desempenhado atualmente pelo Exército brasileiro como 
Tabatinga, cidade de 62 mil habitantes situada na fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Protegida pela 
Floresta Amazônica, a região nunca foi alvo de disputas militares e permanece em paz desde que, no 
século 18, os colonizadores portugueses ergueram ali um forte, hoje em ruínas. Mas o comandante local, 
Júlio Nagy, tem outros tipos de ameaças com que se preocupar. Em fevereiro e março, suas tropas 
interceptaram 3,7 toneladas de maconha. No ano passado, destruíram uma pista de pouso construída 
por mineradores ilegais de ouro. No interior de umpequeno zoo administrado pelo Exército, vez por outra 
se ouvem os gritos de araras capturadas nas mãos de traficantes. 
A última vez que se teve uma grande cidade brasileira atacada foi em 1711, quando o Rio permaneceu 
alguns dias sob o domínio de um corsário francês. Um documento oficial do Exército afirma que, “no 
momento, o Brasil não tem inimigos”. Na ausência de vizinhos beligerantes ou insurreições armadas, e 
sem cultivar ambições no exterior, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, admite que as Forças Armadas 
do País “não exibem os atributos militares clássicos”. 
Os estrategistas brasileiros dizem que a falta de adversários militares não é justificativa para 
economizar nos gastos de Defesa. Muitas vezes, falta poder de fogo às polícias estaduais para enfrentar 
as quadrilhas criminosas que operam em áreas de fronteira. Além disso, o Brasil quer dispor no futuro de 
poderio militar suficientemente dissuasório para afugentar estrangeiros que cobicem seus recursos 
naturais. Não é barato manter o controle sobre uma vasta área de fronteira, que se estende por diversos 
tipos de terreno. Apesar disso, novas ameaças exigem novas respostas. E a alta hierarquia militar diz 
que, nas condições atuais — com uma tropa de baixa qualificação, mal equipada, executando com 
frequência cada vez maior funções de policiamento de rotina — as Forças Armadas brasileiras não têm 
como cumprir os objetivos que lhes são atribuídos pelas autoridades civis. 
Com 334 mil homens a sua disposição, o governo brasileiro precisou encontrar formas de ocupá-los. 
O Brasil lidera, por exemplo, a missão da ONU no Haiti, para a qual contribui com 1.277 “capacetes azuis”. 
Mas isso é apenas pouco mais do que o número de soldados enviados pelo vizinho Uruguai, cuja 
população é menor que a de nove cidades brasileiras. 
Os militares têm competência legal para atuar preventiva e repressivamente numa faixa de 150 km 
das fronteiras terrestres. Quadrilhas internacionais há muito atuam nessas áreas: estacionado junto ao 
zoo de Tabatinga, há um avião cargueiro que se diz ter pertencido ao traficante Pablo Escobar. 
O Exército também é responsável por operações mais especificamente voltadas para a “Garantia da 
Lei e da Ordem”, e com frequência se faz presente em eventos como eleições ou a Olimpíada de 2016. 
A questão é que os militares estão se envolvendo cada vez mais com atividades policiais de rotina. Ainda 
que menos de 20% dos pedidos de envios de tropas federais sejam atendidos, esse tipo de operação 
representa fatia crescente na carga de trabalho do Exército. No ano passado, os soldados brasileiros 
passaram 100 dias patrulhando as ruas de algumas cidades do País — o dobro do tempo em que haviam 
feito isso ao longo dos nove anos anteriores. 
A maioria dos brasileiros não parece se incomodar com a tendência. Só que os militares desejam para 
si papel muito diverso. Versão preliminar de um documento do Exército fala muito pouco em “ameaças” 
 
3 The Economist. Procuram-se inimigos para o exército brasileiro. Estadão Brasil. Disponível em: < http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,procuram-se-
inimigos,70001880170> Acesso em 10 de julho de 2017. 
1428241 E-book gerado especialmente para MARIA CAROLINA SOARES SANATANA
 
. 3 
específicas, mas se estende longamente sobre “capacidades” desejáveis. O Brasil precisa 
fundamentalmente proteger suas riquezas naturais, propõe o texto. 
Reorganizar as Forças Armadas com base nessa prioridade é uma tarefa formidável. Antes de mais 
nada, o País terá de fortalecer sua capacidade de policiamento. Jungmann propõe a criação de uma 
guarda nacional permanente, com um contingente inicial de 7 mil homens. O presidente Michel Temer 
apoia a ideia. 
Mas isso é só um primeiro passo: dois terços das forças terrestres brasileiras têm contratos de trabalho 
limitados a oito anos de duração, restringindo sua profissionalização. Três quartos do orçamento militar 
são consumidos com o pagamento de salários e aposentadorias, deixando uma quantia irrisória para 
equipamentos e manutenção. Nos Estados Unidos, a proporção é inversa. 
Em 2015, os brasileiros abandonaram iniciativa conjunta com a Ucrânia para a construção de um 
veículo de lançamento de satélites. O submarino nuclear que o País começou a construir em 2012, a um 
custo de R$ 32 bilhões, está longe de ser concluído. O único porta-aviões de que a Marinha brasileira 
dispunha, que vivia no estaleiro, foi aposentado de vez em fevereiro. 
Em períodos de austeridade, até operações rotineiras sofrem com a escassez de recursos. Uma 
unidade militar de fronteira, em Roraima, recebe suprimentos apenas uma vez por mês, enviados por um 
avião da FAB. Em razão disso, seu comandante, o general Gustavo Dutra, é obrigado a contar com os 
serviços de uma transportadora aérea privada, cuja hora de voo custa R$ 2 mil. Em janeiro, o Exército foi 
acionado para debelar um motim em uma penitenciária do Estado. Com as finanças estaduais em petição 
de miséria, o general Dutra teme que seus homens tenham de entrar em ação novamente em breve. 
 
Sistema penitenciário: Prender menos ou construir mais prisões?4 
Em janeiro de 2017, o Brasil assistiu a chacinas que aconteceram dentro de presídios. No Rio Grande 
do Norte, 26 presos foram mortos na Penitenciária de Alcaçuz. Segundo o governo, trata-se de uma 
disputa entre as facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do Crime RN. Em Manaus, um 
guerra de facções (Família do Norte e PCC) causou a morte de 60 presos no Complexo Penitenciário 
Anísio Jobim (Compaj). Além desses fatos, foram registrados confrontos, fugas e rebeliões nos estados 
da Bahia, Santa Catarina e Rondônia, no mesmo período. 
Essa crise no sistema penitenciário revelou um fenômeno no Brasil: o fortalecimento das organizações 
e facções criminosas nos presídios brasileiros. Grupos como PCC, CV e FDN comandam a venda de 
drogas no Brasil e disputam entre si as principais rotas do tráfico. Segundo a polícia, 25 organizações 
batalham pelo controle de regiões, formando parcerias com grupos locais. 
Nos presídios, as facções brigam para ter o maior número de membros possível. Depois de entrar para 
um grupo, o preso tem que prestar serviços à fação dentro da cadeia e fora dela. Em troca, ganha 
proteção. O PCC é a principal facção criminosa brasileira e conta com 30 mil membros espalhados pelo 
país. 
Outro problema é a falta de controle interno nos presídios. Em Manaus, por exemplo, erros básicos 
foram cometidos pela gestão do Compaj. Não havia divisão entre celas, revistas e monitoramento dos 
presos. A organização do presídio era controlada internamente pelos próprios detentos, que podiam 
circular livremente. Uma revista realizada lá dentro resultou na apreensão de um rifle, facas, celulares e 
um roteador de internet. 
 
A superlotação dos presídios 
O Brasil possui a quarta maior população carcerária do mundo (perdendo apenas para os EUA, China 
e Rússia). O número de presos no país aumentou de 233 mil em 2000, para 654 mil em 2017. Esses 
dados refletem o aumento da criminalidade, especialmente de delitos relacionados ao tráfico de drogas e 
roubo, que representam juntos, mais da metade dos presos. 
O problema é que o nosso sistema penitenciário comporta aproximadamente 370 mil vagas. Há um 
déficit muito alto para equilibrar o sistema. A superlotação pressiona todas as esferas e dificulta o controle 
das prisões e a prevenção a rebeliões. 
No estado de São Paulo, que concentra a maior parte dos presos no Brasil, dos 22 presídios 
construídos nos últimos sete anos, 19 já estão lotados. Hoje as instalações operam 51% acima da sua 
capacidade. 
A superlotação compromete a saúde física e mental do preso e exacerba os níveis de estresse dos 
detidos, forçando-os a competir por espaço e recursos limitados. Ela também dificulta a separação entre 
presos provisórios e definitivos ou entre réus primários e reincidentes, como estabelece o Código de 
ProcessoPenal. 
 
427/02/2017. Fonte: https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/sistema-penitenciario--prender-menos-ou-construir-mais-prisoes.htm 
1428241 E-book gerado especialmente para MARIA CAROLINA SOARES SANATANA
 
. 4 
Em teoria, um presídio deve oferecer condições dignas para o preso se recuperar e voltar à sociedade 
reabilitado. O ambiente que oferece e infraestrutura precária aumenta a dificuldade de dar assistência ao 
preso e se torna um terreno fértil para rebeliões e a proliferação de facções, que ocupam o vácuo deixado 
pelo Estado na gestão do local. 
O Supremo Tribunal Federal avançou no tema e deve pressionar mudanças na política penitenciária. 
No início do ano, a Corte decidiu que cabe indenização para o preso que foi submetido a condições 
carcerárias degradantes, como celas superlotadas, falta de assistência à saúde dos presos, a falta de 
alimentação e as péssimas condições de higiene. 
No entender do STF, é dever do Estado garantir a integridade física e psicológica dos presos e reparar 
os danos sofridos pela inobservância desse dever. A decisão fixou indenização de R$ 2 mil por danos 
morais a um condenado que cumpriu pena no presídio de Corumbá/MS. Essa decisão vale para todos os 
presos que entrarem na justiça pedindo esse direito. 
 
Novos presídios 
A situação crítica das penitenciárias exige a construção de mais vagas e uma gestão melhor. Projeções 
feitas pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) mostram que seriam necessários R$ 11 bilhões 
para suprir o déficit de 250 mil vagas no sistema prisional e teriam que ser gastos R$ 7 bilhões por ano 
para manter o serviço. O cálculo levou em conta o custo médio de manter um preso no Brasil, de R$ 2,4 
mil por mês. 
Em resposta ao massacre que levou à morte mais de 100 presos no Brasil em janeiro, o presidente 
Temer anunciou a construção de cinco presídios federais para resolver a urgência da superlotação. A 
previsão é que sejam abertas 30 mil vagas. Além disso, anunciou que vai investir na compra de novos 
materiais para reforçar a segurança. Entre os equipamentos a serem comprados estão o uso de 
tornozeleira, scanner de corpo e bloqueador de celular. 
Este ano, o governo federal deve destinar R$ 2,2 bilhões para o sistema penitenciário e para os estados 
construírem presídios. No ano passado, ele liberou R$ 1,2 bilhão para esta finalidade. Se o número de 
presos continuar a crescer no ritmo atual será necessário um investimento ainda maior no futuro. 
 
A lentidão da justiça 
A superlotação das prisões também é estimulada pela lentidão em julgar o réu. O mais recente 
levantamento do Conselho Nacional da Justiça revela que dos 654 mil presos brasileiros, 221 mil são 
provisórios (34%) e foram presos de forma preventiva. Ou seja, um a cada três presos no Brasil ainda 
aguarda julgamento. 
Em Pernambuco, um preso espera em média 974 dias para ser julgado. A justiça mais ágil é a de 
Rondônia, na qual o preso espera 172 dias (média 6 meses) para o julgamento de sua sentença. 
De acordo com o levantamento da CNJ, o crime com base no qual há um maior porcentual de presos 
provisórios é o de tráfico de drogas: 29%. Roubo aparece em seguida, com 26%. 
Após a crise penitenciária do início do ano, o Ministério da Justiça propôs medidas de curto prazo para 
desafogar os presídios superlotados. Entre as principais ações estão a realização de mutirões de 
audiências criminais para analisar e julgar os processos de presos provisórios. A expectativa é que desta 
forma, o governo reduza a superlotação em 15% até 2018. 
Outra tendência é o aumento das penas alternativas em detrimento da prisão. Ou seja, permitir aos 
condenados cumprirem suas penas em regime aberto, sob algumas condições. Entre elas, estão o 
comparecimento uma vez por mês diante do juiz e o uso de tornozeleiras eletrônicas. A ideia é possibilitar 
a ressocialização para aqueles que têm condições. 
Em 2015, nos estados de Minas Gerais, Acre, Amapá, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, 
Paraná, Piauí e Roraima, foram concedidas mais penas alternativas à prisão que penas privativas de 
liberdade. Nesse caso, os juízes avaliam se o réu foi condenado por crime que tenha sido cometido sem 
violência ou grave ameaça à pessoa, com pena menor que quatro anos. A decisão final leva em conta 
ainda “a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado” assim como 
os motivos e as circunstâncias da eventual substituição da pena. 
 
A política de combate às drogas 
Alguns analistas avaliam que a política de combate às drogas no Brasil se relaciona diretamente com 
o aumento expressivo da população carcerária. 
Em 2006, a Lei de Drogas (Lei 11.343) aumentou as penas para o tráfico e define como crime a porte 
de drogas para uso pessoal. Como reflexo, aumentaram as prisões para esse tipo de crime. Em 2006, 
quando a Lei 11.343 começou a valer, eram 31.520 presos por tráfico nos presídios brasileiros. Em 2013, 
1428241 E-book gerado especialmente para MARIA CAROLINA SOARES SANATANA
 
. 5 
esse número passou para 138.366, um aumento de 339%. Presos por tráfico de drogas representam hoje 
a maior parcela dos prisioneiros. 
Segundo a Organização Human Rights Watch, a aplicação da lei é falha e teve efeito perverso sobre 
usuários. Muitas pessoas são presas por portar quantidades pequenas de drogas e acabam sendo 
tratadas como traficantes e encarceradas ao lado de condenados por crimes graves, como latrocínio, 
homicídio, entre outros. 
 
Questões 
 
01. (UEPB – Auxiliar Administrativo – CPCON) A violência tem atingido os mais diversos municípios, 
dos mais aos menos populosos. O texto abaixo sinaliza esse aspecto. 
 
 
 
O ranking dos municípios mais violentos do Brasil de 2015, divulgado pelo Instituto de Pesquisas 
Econômicas Aplicadas (IPEA) em 2017, aponta o município de Santa Rita como o mais violento da 
Paraíba e o 22º do país. Com uma população de 134.940 habitantes o município registrou 100 homicídios 
no ano de 2015, o que dá uma taxa de 74,1 homicídios por 100 mil habitantes. Na outra ponta do estudo, 
o município de Botucatu foi o segundo menos violento de São Paulo e o 6º do país. Com uma população 
de 139.483 habitantes, o município registrou 6 homicídios no ano de 2015, o que dá uma taxa de 4,3 
homicídios por 100 mil habitantes. 
Como dois municípios com tamanhos populacionais semelhantes podem ter taxas de homicídios tão 
diferentes? Marque a alternativa que apresenta fatores CORRETOS para essa diferença. 
(A) Em São Paulo é permitido o porte de armas pelo cidadão de bem, o que comprovadamente intimida 
a ação dos criminosos. 
(B) Melhor distribuição de renda e maiores investimentos sociais em saúde, educação, lazer e cultura. 
(C) A presença ostensiva da polícia nas ruas de Botucatu garante a paz no município. O município 
possui o maior efetivo de policiais do país. 
(D) A ausência de leis específicas sobre homicídios no Estado da Paraíba contribui para as altas taxas 
de homicídio de Santa Rita. 
(E) A reforma do sistema educacional de Botucatu em 2000, que incluiu técnicas de defesa pessoal e 
artes maciais no currículo básico, preparou melhor a população para enfrentar a violência. 
 
02. (TER-AP – Analista Judiciário – CESPE) A segurança é um item de crescente preocupação da 
população brasileira. Esta preocupação é resultante 
(A) da descoberta, apenas recentemente, da existência de grupos econômicos e sociais envolvidos no 
comércio ilícito das drogas. 
(B) de uma onda episódica de acasos policiais que envolvem personalidades políticas nacionais. 
(C) da percepção da sociedade brasileira da urgência do tema bem como de suas causas profundas 
e imediatas, como a crise no próprio sistema de segurança do Estado. 
(D) de uma visão passional e imediatista da população brasileira em relação a problema global que 
atinge todo o mundo. 
(E) de uma visão limitada do país e manipulada pelos grandes conglomeradosda comunicação 
nacional. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: B 
Questões sociais são normalmente relacionadas a problemas com segurança e violência. Os 
investimentos (ou ausência deles) estão entre algumas das explicações para as diferenças entre regiões 
mais ou menos seguras. 
 
02. Resposta: C 
A percepção da sociedade da ausência do Estado em determinadas regiões já ultrapassa apenas as 
grandes cidades. A percepção do fracasso das instituições oficiais só é aumentada pelas notícias 
recorrentes a respeito dos problemas de segurança enfrentados no país, vide o exemplo: < 
https://oglobo.globo.com/rio/crise-da-seguranca-no-estado-tambem-marcada-por-falhas-na-comunicacao-21849743> 
 
 
1428241 E-book gerado especialmente para MARIA CAROLINA SOARES SANATANA
 
. 6 
 
 
Dados indicam 2017 como o ano mais seguro da história da aviação5 
No ano passado houve 36,8 milhões de voos no mundo todo, o que significa um acidente a cada 7,36 
milhões de voos 
O ano de 2017 foi o mais seguro para a Aviação civil desde que as estatísticas sobre acidentes de 
avião começaram a ser registradas em 1946 - informou o site especializado Aviation Safety Network 
(ASN), na segunda-feira (1º). 
No ano passado, dez aviões com passageiros sofreram acidentes que deixaram 144 mortos no total. 
"É o ano mais seguro de todos os tempos, tanto pelo número de acidentes quanto pela quantidade de 
vítimas", afirmou a ASN. 
Em 2016, foram 16 acidentes e 303 mortos, lembrou a rede. 
Os números publicados se referem apenas aos aparelhos comerciais civis de transporte de 
passageiros e aos voos fretados para levar pelo menos 14 passageiros. A estatística não inclui, portanto, 
o acidente de uma aeronave militar birmanesa em 7 de junho, que causou 122 mortes. 
O pior acidente foi o que deixou 12 mortos no sábado (30), na Costa Rica, último dia considerado nas 
estatísticas. 
Em 2017, houve 36,8 milhões de voos no mundo todo, o que significa um acidente a cada 7,36 milhões 
de voos. 
 
Governo amplia para até 70 anos prazo para concessão de terminais portuários6 
Decreto foi assinado nesta quarta (10/05) pelo presidente Michel Temer. Limite atual é de 50 anos. 
O presidente Michel Temer assinou nesta quarta-feira (10/05) um decreto que amplia de 50 para 70 
anos o prazo de concessão de terminais de movimentação de carga dentro dos portos públicos. 
Segundo o governo, o decreto vai dar às empresas privadas que administram esses terminais mais 
segurança para investir. O Ministério dos Transportes calcula que a medida estimule R$ 25 bilhões de 
investimentos no setor. 
O prazo de até 70 anos de concessão vai valer tanto para as futuras licitações feitas pelo governo 
quanto para contratos de concessão já em vigor, assinados a partir de 1993. 
Esses contratos têm prazo inicial de 25 anos e começam a vencer em 2018. Com a nova regra, a 
renovação pode ser antecipada para este ano e, neste caso, os contratos seriam ampliados em até 46 
anos – o tempo restante para completar o prazo limite de 70 anos. 
Para se manter à frente do terminal, as concessionárias deverão aceitar algumas exigências do 
governo como a realização de investimentos. Um plano deverá ser apresentado num prazo de 70 dias a 
contar da data de publicação do decreto. Os critérios de aprovação desses investimentos ainda serão 
definidos em um novo texto normativo. 
 
Contratos anteriores a 1993 
O decreto, porém, não vai valer para os contratos assinados antes de 1993, que nunca foram licitados 
e já venceram. O entendimento da Casa Civil é de que não há base jurídica para ampliar o prazo desses 
contratos. Nesses casos, haverá relicitação desses terminais. 
Há mudanças também nas regras de autorização de novos Terminais de Uso Privado (TUPs). Antes, 
a tramitação dos pedidos poderia levar um ano. Agora, a proposta do governo é de reduzir esse tempo 
para 3 meses. 
Como antes, TUPs localizadas dentro de portos públicos continuam impedidos de ampliar terminais. 
Na regra anterior, os de fora dessas áreas deviam ser submetidos à consulta pública para ampliações 
que se restringiam a 25% da área original. Agora, essa limitação foi extinta. 
Apesar do anúncio nesta quarta, o teor completo do decreto ainda não foi divulgado pelo governo. A 
previsão é de que o texto, com todas as mudanças, seja publicado só na quinta-feira (11/05) no Diário 
Oficial da União. 
 
Movimentação de cargas nos portos brasileiros cai 1% em 20167 
 
5 AFP. Dados indicam 2017 como o ano mais seguro da história da aviação. O Tempo. Disponível em: <http://www.otempo.com.br/interessa/dados-indicam-2017-
como-o-ano-mais-seguro-da-hist%C3%B3ria-da-avia%C3%A7%C3%A3o-1.1558522> Acesso em 03 de janeiro de 2018. 
6 GUSTAVO AGUIAR. Governo amplia para até 70 anos prazo para concessão de terminais portuários. G1 Economia. Disponível em: 
<https://g1.globo.com/economia/noticia/governo-amplia-para-ate-70-anos-prazo-para-concessao-de-terminais-portuarios.ghtml> Acesso em 11 de maio de 2017. 
7 VALOR ONLINE. Movimentação de cargas nos portos brasileiros cai 1% em 2016. G1 Economia. Disponível em: 
<https://g1.globo.com/economia/noticia/movimentacao-de-cargas-nos-portos-brasileiros-cai-1-em-2016.ghtml> Acesso em 16 de fevereiro de 2017. 
Transporte 
saúde 
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. 7 
A movimentação de cargas nos portos brasileiros em 2016 atingiu 998 milhões de toneladas, número 
que representa queda de 1% ante o desempenho do setor em 2015. 
O dado foi apresentado há pouco por diretores da Agência Nacional de Transportes Aquaviários 
(Antaq) que participam de evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). 
A balança comercial brasileira foi superavitária em US$ 47,7 bilhões no ano passado, valor recorde, 
mas o desempenho das exportações e importações via portos foi marcado por forte retração na 
comparação com 2015. As exportações caíram 3,2%, enquanto as importações recuaram 19,8%. 
Entre as principais mercadorias transportadas no modal aquaviário, foi registrada alta de 3,1% do 
minério de ferro e queda de 3,8% de combustíveis. 
Na abertura do evento, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, destacou que a pasta tem um 
orçamento maior para investimentos em infraestrutura em todos os modais e que o setor portuário deve 
se aproveitar da recuperação econômica, "embora o crescimento do PIB para este ano deve ser muito 
tímido." 
 
Questões 
 
01. (Petrobras – Técnico de logística de transporte júnior – CESGRANRIO) O órgão diretamente 
responsável pela fiscalização e elaboração de normas e padrões técnicos relacionados ao transporte de 
produtos perigosos é o(a) 
(A) Ministério da Justiça 
(B) Ministério dos Transportes Terrestres 
(C) ministério do Trabalho e Emprego 
(D) Agência Nacional de Transportes Terrestres 
(E) Agência Nacional de Planejamento de Transportes 
 
Respostas 
 
01. Resposta: D 
A Lei 10.233, de 5 de junho de 2001, ao promover uma reestruturação no setor federal de transporte, 
estabeleceu, em seu artigo 22, inciso VII, que compete à ANTT (Agência Nacional de Transportes 
Terrestres) regulamentar o transporte de cargas e produtos perigosos em rodovias e ferrovias. 
O transporte rodoviário, por via pública, de produtos que sejam perigosos, por representarem risco 
para a saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente, é submetido às regras e 
aos procedimentos estabelecidos pelo Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos 
Perigosos, Resolução ANTT nº. 3665/11 e alterações, complementado pelas Instruções aprovadas pela 
Resolução ANTT nº. 420/04 e suas alterações8. 
Fonte: http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/4961/Produtos_Perigosos.html 
 
 
 
 
Cármen Lúcia suspende temporariamente posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho9 
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, 
suspendeu temporariamente a posse da deputada CristianeBrasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho, 
prevista para esta segunda-feira, revertendo decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
Em despacho com data de domingo, disponibilizado no sistema do Supremo na madrugada desta 
segunda-feira, a presidente do STF determinou a suspensão do ato de posse até que seja possível a 
análise dos pedidos formulados em reclamação que busca impedir os efeitos da nomeação e posse de 
Cristiane Brasil como ministra do Trabalho. 
Segundo Cármen Lúcia, seria “temerário” dar posse a Cristiane Brasil porque não se conhece a íntegra 
da decisão do STJ que havia autorizado a nomeação da deputada, a fim de verificar se houve usurpação 
de competência do STF no caso. 
 
8 https://www.qconcursos.com/questoes-de-
concursos/questoes/search?utf8=%E2%9C%93&todas=on&q=transportes&instituto=&organizadora=&prova=&ano_publicacao=&cargo=&escolaridade=&modalidad
e=&disciplina=&assunto=&esfera=&area=&nivel_dificuldade=&periodo_de=&periodo_ate=&possui_gabarito_comentado_texto_e_video=&possui_comentarios_gera
is=true&possui_comentarios=&possui_anotacoes=&sem_dos_meus_cadernos=&sem_anuladas=&sem_desatualizadas=&sem_anuladas_impressao=&sem_desatu
alizadas_impressao=&caderno_id=&migalha=&data_comentario_texto=&data=&minissimulado_id=&resolvidas=&resolvidas_certas=&resolvidas_erradas=&nao_res
olvidas= 
9 PARAGUASSU, LISANDRA. BRITO, RICARDO. Cármen Lúcia suspende temporariamente posse de Cristiane Brasil no Ministério do trabalho. Extra. Disponível 
em: < https://extra.globo.com/noticias/brasil/carmen-lucia-suspende-temporariamente-posse-de-cristiane-brasil-no-ministerio-do-trabalho-22313601.html> Acesso 
em 22 de janeiro de 2017. 
Política 
saúde 
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. 8 
Cristiane Brasil foi nomeada para o cargo pelo presidente Michel Temer no dia 3 de janeiro, mas teve 
a posse suspensa por um juiz federal de Niterói, após a revelação de que foi condenada pela Justiça do 
Trabalho a pagar indenizações a dois ex-motoristas a quem nunca tinha assinado as carteiras de trabalho. 
Desde então o governo vem impetrando recursos para tentar garantir sua posse. 
Em sua decisão de suspender a posse, a presidente do Supremo não entrou na discussão do mérito, 
se é legal ou não a posse da Cristiane Brasil diante da circunstância das condenações na Justiça do 
Trabalho. 
A ministra proferiu a decisão em resposta a um recurso impetrado por um grupo de advogados contra 
a decisão do STJ que havia permitido a posse de Cristiane Brasil. 
 
Quase 350 mil cadastros do Bolsa Família foram fraudados, diz auditoria10 
Segundo relatório da Controladoria-geral da União (CGU), foram identificadas no cadastro do benefício 
famílias com casa própria e carro de luxo, além de funcionários públicos. 
De acordo com o ministério do Desenvolvimento Social, o programa beneficiou, em dezembro de 2017, 
mais de 13 milhões de famílias, que receberam benefícios com valor médio de R$ 179. O valor total 
transferido pelo governo federal às famílias foi de R$ 2,4 milhões em dezembro. 
Segundo o relatório da CGU, o governo pagou indevidamente R$ 1,4 bilhão a pessoas que não tinham 
direito ao benefício. A CGU afirma que quem recebeu o dinheiro indevidamente está sendo localizado. 
"Não é aquele indivíduo que aumentou a renda, conseguiu emprego, melhorou que a gente vai atrás. 
O que nos preocupa é aquele caso da pessoa que já entrou errada, tem um padrão de vida excelente, 
que está fraudando o programa de fato", afirma Antônio Carlos Leonel, secretário federal de controle 
interno da CGU. 
Segundo a auditoria da CGU, famílias com casa própria e carro de luxo foram identificadas no cadastro, 
além de funcionários públicos. O levantamento foi feito entre 2016 e 2017. 
O Bolsa Família foi criado em 2003 para atender famílias em condições de extrema pobreza. 
Tem direito ao benefício a família que tem renda de R$ 170 por pessoa. Algumas famílias apontadas 
na fiscalização da CGU tinham renda de mais de R$ 1.900 por pessoa. 
Na cidade de Piancó, no sertão da Paraíba, quase 54% dos moradores tinham cobertura do Bolsa 
Família. Depois do pente-fino, quase metade perdeu o benefício. A cidade tinha servidores da prefeitura 
e da câmara de vereadores cadastrados no programa. 
 
Benefícios cancelados 
O ministério do Desenvolvimento Social disse que recebeu agora as informações da CGU e que vai 
conferir com a checagem que já estava fazendo. O ministério disse, ainda, que está corrigindo falhas e 
que os cadastros passaram a ser revistos todos meses. 
O governo disse que de outubro de 2016 até a semana passada, cancelou 4,7 milhões de pagamentos. 
Disse também que já começou a cobrar os casos mais absurdos identificados pelo próprio ministério - 
são três mil e 200 famílias. 
"Nós já temos cartas enviadas para as famílias. E até este momento, espontaneamente, 23 famílias 
devolveram. Ainda é um universo muito pequeno, mas eu acredito que, no andamento desse processo, 
nós obteremos a devolução dos R$ 12 milhões que foram recebidos indevidamente por essas famílias", 
afirmou Alberto Beltrame, secretário-executivo do MDS. 
 
Entenda o novo fundo público para campanhas eleitorais aprovado na Câmara11 
Correndo contra o relógio para garantir verbas para o financiamento de campanhas eleitorais ainda 
em 2018, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira, projeto originado no Senado que 
cria o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC). Estima-se que, no ano que vem, o fundo 
chegue ao valor de R$ 1,7 bilhão. 
O texto deve ser sancionado pelo presidente Michel Temer, uma vez que foi objeto de articulações 
entre o Congresso e o governo. Mas, nos próximos passos da tramitação, a proposta deve ser mais 
detalhada, ganhando especificações e regulamentações. A aprovação foi por votação simbólica (em que 
não há registro individual de votos) - o que gerou protestos de deputados no plenário. 
Ainda que diversas propostas de reforma política não tenham avançado no Congresso, outras foram 
definidas nesta semana. Na terça-feira, o Senado aprovou a instituição da cláusula de barreira para 2018 
e a proibição das coligações partidárias a partir de 2020. Nesta quarta-feira, antes de aprovar o fundo, a 
 
10 BOM DIA BRASIL. Quase 350 mil cadastros do Bolsa Família foram fraudados, diz auditoria. G1 Política. Disponível em: < 
https://g1.globo.com/politica/noticia/quase-350-mil-cadastros-do-bolsa-familia-foram-fraudados-diz-auditoria.ghtml> Acesso em 05 de janeiro de 2017. 
11 BBC BRASIL. Entenda o novo fundo público para campanhas eleitorais aprovado na Câmara. BBC Brasil. Disponível em: < 
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-41507850?ocid=socialflow_twitter> Acesso em 05 de outubro de 2017. 
1428241 E-book gerado especialmente para MARIA CAROLINA SOARES SANATANA
 
. 9 
Câmara aprovou um projeto, do deputado Vicente Candido, que regulamenta pontos como a propaganda 
na internet e o limite de gastos para campanhas por cargo. 
Em meio a tantas propostas, porém, o fundo ganhou especial atenção da classe política e da opinião 
pública nos últimos meses. Entenda o que esteve em jogo até aqui e o que muda para a democracia 
brasileira. 
 
Como chegamos aqui? 
Nos últimos 20 anos, o país assistiu ao encarecimento contínuo das campanhas eleitorais. 
O maior abastecedor dos partidos e seus candidatos eram empresas privadas brasileiras, donas de 
interesses e negócios dentro do Estado. 
Nos últimos anos, a Operação Lava-Jato acabou demonstrando a promiscuidade da relação entre 
empresas e políticos. Grosso modo, dinheiro público acabava desviado para irrigar campanhas. 
A repercussão das investigações desaguou na proibição de doação de empresas, determinada pelo 
Supremo Tribunal Federal, em setembro de 2015. 
Desde então, só a eleição municipal de 2016 foi realizada sem doação empresarial. 
O impacto foi enorme: a arrecadação caiu pela metade em relaçãoàs eleições municipais de 2012, 
segundo o Tribunal Superior Eleitoral. E os partidos acharam que era necessário voltar a encher o caixa 
eleitoral. 
 
De onde virá e para onde vai esse dinheiro? 
Na prática, a proposta aprovada no Congresso faz com que o Estado brasileiro cubra boa parte do 
vácuo deixado pela proibição de doações de empresas nas campanhas. Nas eleições de 2014, por 
exemplo, elas doaram R$ 3 bilhões (considerando a inflação, o correspondente a R$ 3,6 bilhões em 
valores atuais aproximados). 
A proposta recém-aprovada no Congresso prevê a transferência para o fundo de 30% das emendas 
de bancadas de deputados e senadores (propostas de investimentos que os parlamentares fazem no 
orçamento público) - no ano eleitoral. Contribuirá para o fundo também a compensação fiscal que antes 
era paga às emissoras de rádio e TV pela propaganda partidária (fora do período eleitoral) - que será 
extinta. 
Segundo o projeto aprovado pelos deputados, o fundo será distribuído da seguinte forma: 2% divididos 
igualitariamente entre todos os partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE); 49% divididos 
entre os partidos de acordo com a proporção de votos obtidos na última eleição para a Câmara; 34% 
divididos entre os partidos na proporção de representantes na Câmara; e 15% divididos entre os partidos 
na proporção de representantes no Senado. 
 
Como funciona o financiamento em outros países? 
Em alguns países europeus, o financiamento público é responsável por mais de 70% do custeio dos 
partidos. É o caso da Finlândia, Itália, Portugal, Espanha, de acordo com o relatório "Financing 
Democracy", da OCDE, de 2016. 
Já no Reino Unido e na Holanda, dinheiro público financia 35% dos gastos políticos. 
O volume de recursos, porém, é mais baixo do que os do novo fundo brasileiro. 
Na França, por exemplo, o financiamento eleitoral foi de cerca de R$ 314 milhões na disputa de 2012 
- bem menor do que o montante previsto para o Brasil. 
O financiamento francês também é concedido de forma diferente. Os candidatos não recebem o 
dinheiro de antemão. Podem solicitar reembolso apenas de parte dos gastos de campanha - até 47% - 
se obtiverem pelo menos 5% dos votos. 
 
Ex-ministro Geddel Vieira Lima é preso após apreensão de R$ 51 milhões12 
Ex-ministro já cumpria prisão domiciliar em Salvador. PF e MPF pediram nova preventiva para evitar 
destruição de provas. 
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, do PMDB, foi preso preventivamente (sem prazo determinado) na 
manhã desta sexta-feira (08/09), em Salvador, três dias após a Polícia Federal (PF) apreender R$ 51 
milhões em um imóvel supostamente utilizado pelo peemedebista. 
A prisão foi determinada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, em 
uma nova fase da Operação Cui Bono, que investiga fraudes na Caixa Econômica Federal. Além de 
Geddel, a PF cumpre mandado de prisão preventiva contra Gustavo Ferraz – que, segundo as 
 
12 BOMFIM, CAMILA. Ex-ministro Geddel Vieira Lima é preso após apreensão de R$ 51 milhões. G1 Bahia. Disponível em: < http://g1.globo.com/bahia/noticia/mpf-
pede-prisao-preventiva-de-geddel-vieira-lima.ghtml> Acesso em 08 de setembro de 2017. 
1428241 E-book gerado especialmente para MARIA CAROLINA SOARES SANATANA
 
. 10 
investigações, é ligado ao ex-ministro – e outros três mandados de busca e apreensão, todos na capital 
baiana. 
Geddel deixou o prédio pouco depois das 7h, no banco de trás de uma viatura da PF, e chegou ao 
aeroporto Luiz Eduardo Magalhães cerca de meia hora depois. Ele será levado para Brasília). 
O ex-ministro já tinha sido preso preventivamente na operação, em julho, mas recebeu autorização do 
desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, para cumprir prisão domiciliar. 
Embora a decisão judicial determine que ele seja monitorado por tornozeleira eletrônica, isso não vinha 
acontecendo pois o governo da Bahia não tem o equipamento. 
Sete agentes e dois carros da PF entraram no condomínio de Geddel às 6h. Segundo a TV Bahia 
(afiliada da Rede Globo), um vendedor ambulante, que estava na região, foi levado para dentro do 
condomínio, possivelmente para servir de testemunha. 
Segundo o MPF, a nova fase da operação busca apreender provas de crimes como corrupção passiva, 
lavagem de dinheiro e organização criminosa, e que as medidas são necessárias para evitar a destruição 
de provas. 
O G1 tentou contato com a defesa de Geddel, mas não obteve resposta até a última atualização desta 
reportagem. 
 
Fortuna em outro imóvel 
Na terça-feira (05/09), a PF apreendeu R$ 51 milhões em um apartamento que seria utilizado por 
Geddel em Salvador. O dono do imóvel afirmou à PF que havia emprestado o imóvel ao ex-ministro para 
que ele guardasse pertences do pai, que morreu no ano passado. 
Segundo o jornal "O Globo", a PF reuniu 4 provas que reforçam a ligação Geddel com o dinheiro. As 
impressões digitais do ex-ministro foram encontradas no próprio dinheiro, uma outra testemunha 
confirmou que o espaço tinha sido cedido a ele, e uma segunda pessoa é suspeita de ajudar Geddel na 
destinação das caixas e das malas de dinheiro. Além disso, a PF identificou risco de fuga, depois da 
divulgação da apreensão do dinheiro. 
A apreensão do dinheiro é um desdobramento da Operação Cui Bono, que investiga fraudes na 
liberação de créditos da Caixa Econômica Federal. De acordo com o MPF, entre 2011 e 2013, Geddel 
agia para beneficiar empresas com liberações de créditos e fornecia informações privilegiadas para os 
outros membros da quadrilha que integrava. 
O ex-ministro virou réu em agosto em uma ação na Justiça Federal em Brasília por obstrução de 
justiça. Ele é acusado de tentar atrapalhar as investigações. Em nota divulgada após a decisão da Justiça, 
a defesa de Geddel rechaçou as acusações, a a que chamou de "fruto de verdadeiro devaneio e excesso 
acusatório". 
A defesa do ex-ministro não se manifestou sobre os R$ 51 milhões. 
 
Comissão da Câmara aprova texto-base da reforma política; saiba o que está previsto13 
A comissão da Câmara destinada à análise de uma das propostas que estabelecem a reforma política 
aprovou nesta quarta-feira (09/08), por 25 votos a 8, o texto-base do relatório apresentado pelo deputado 
Vicente Cândido (PT-SP) – saiba mais abaixo o que está previsto. 
O parecer de Vicente Cândido sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovado após 
9 horas de sessão. Os deputados, contudo, não haviam concluído a análise do projeto até a última 
atualização desta reportagem, isso porque, após o texto-base, eles passaram a analisar os destaques, 
ou seja, sugestões que podem mudar a redação. 
Após passar na comissão, a PEC seguirá para o plenário da Câmara, onde deverá ser aprovada em 
dois turnos antes de seguir para o Senado. A proposta precisa do apoio mínimo de 308 deputados. 
Como a sessão se estendia sem previsão de encerramento, a deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ) 
distribuiu sanduíches a alguns parlamentares. 
Entre outros pontos, o projeto cria um fundo para financiar campanhas eleitorais com recursos públicos 
e faz mudanças no sistema eleitoral. 
Durante a sessão desta quarta, o relator esclareceu que o parecer dele não prevê o chamado 
"distritão", modelo que ganhou força entre parlamentares e lideranças partidárias nos últimos dias, 
embora o modelo possa ser incluído por meio de uma emenda apresentada por outro parlamentar. 
No "distritão", acaba o quociente eleitoral e os mais votados são eleitos, ou seja, seria uma eleição 
majoritária, como para presidente. Cada estado vira um distrito eleitoral. No caso de vereador, seria o 
município. O eleitor vota em um nome no distrito. Os mais votados são eleitos. 
 
 
13 CARAM, B. CALGARO, F. Comissão da Câmara aprova texto-base da reforma política; saiba o que está previsto. G1 Política. Disponível em: 
<http://g1.globo.com/politica/noticia/comissao-da-camara-aprova-texto-base-da-reforma-politica-saiba-o-que-esta-previsto.ghtml>Acesso em 11 de agosto de 2017. 
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. 11 
Sistema eleitoral 
A proposta aprovada pela comissão estabelece o sistema distrital misto a partir de 2022 nas eleições 
para deputado federal, deputado estadual e vereador nos municípios com mais de 200 mil eleitores. O 
modelo é uma mistura dos sistemas proporcional e majoritário. 
Pelo texto, para escolher deputados federais, por exemplo, o eleitor votará duas vezes. Uma nos 
candidatos do distrito e outra nas listas fechadas pelos partidos. A metade das vagas, portanto, iria para 
os candidatos eleitos por maioria simples. A outra metade, preenchida conforme o quociente eleitoral 
pelos candidatos da lista partidária. 
No caso de municípios de até 200 mil eleitores, será adotado o sistema eleitoral de lista preordenada 
nas eleições para vereador. 
 
Eleições de 2018 e de 2020 
Pela proposta elaborada pelo deputado Vicente Cândido, o sistema eleitoral será mantido como é hoje 
em 2018 e em 2020, no modelo proporcional com lista aberta. 
Nele, é possível votar tanto no candidato quanto na legenda, e um quociente eleitoral é formado, 
definindo quais partidos ou coligações têm direito de ocupar as vagas em disputa. A partir desse cálculo, 
são preenchidas as cadeiras disponíveis, proporcionalmente. 
O sistema sofre críticas por permitir que candidatos com pouquíssimos votos sejam eleitos, "puxados" 
por aqueles com mais votos do mesmo partido. 
Na proposta de Cândido, a mudança está na limitação no número de candidatos. A depender do 
número de vagas a serem preenchidas, cada partido terá um limite específico de candidatos que poderá 
lançar. 
 
Fundo de campanha 
Ao apresentar o parecer, o relator Vicente Cândido (PT-SP) dobrou o valor previsto de recursos 
públicos que serão usados para financiar campanhas eleitorais. 
O projeto institui o Fundo Especial de Financiamento da Democracia, que será mantido com recursos 
públicos, previstos no orçamento. Na versão anterior do relatório, Cândido havia estabelecido que 0,25% 
da receita corrente líquida do governo em 12 meses seria destinada a financiar campanhas. 
Havia uma exceção somente para as eleições de 2018, com o valor do fundo em 0,5% da Receita 
Corrente Líquida, o que corresponderá a cerca de R$ 3,6 bilhões. 
No novo parecer, Vicente Cândido tornou a exceção uma regra. Pelo texto reformulado, o valor do 
fundo será de 0,5% da receita corrente líquida em 12 meses, de maneira permanente. 
 
Extinção do cargo de vice 
O relatório aprovado nesta quarta extingue da política brasileira as figuras de vice-presidente da 
República, vice-governador e vice-prefeito. 
 
Vacância da presidência 
No caso de vacância do cargo de presidente da República, será feita eleição 90 dias após a vaga 
aberta. Se a vacância ocorrer no último ano do mandato presidencial, será feita eleição indireta, pelo 
Congresso, até 30 dias após a abertura da vaga. 
A regra também valerá para governadores e prefeitos. 
 
Mandato nos tribunais 
O texto define que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal de Contas da União 
(TCU) e de tribunais superiores serão nomeados para mandatos de dez anos. 
A mesma regra valerá para os membros de tribunais de contas dos estados e dos municípios, tribunais 
regionais federais e dos estados. Os juízes dos tribunais eleitorais terão mandato de quatro anos. 
 
Posse 
As datas das posses dos eleitos passarão a ser as seguintes: 
6 de janeiro: governadores e prefeitos; 
7 de janeiro: presidente da República; 
1º de fevereiro: deputados e vereadores. 
 
Suplente de senador 
1428241 E-book gerado especialmente para MARIA CAROLINA SOARES SANATANA
 
. 12 
A proposta reduz o número de suplentes de senadores, de dois suplentes para um. Em caso de morte 
ou renúncia do titular, será feita nova eleição para o cargo, na eleição subsequente. Esse substituto terá 
mandato somente até o término do mandato do antecessor. 
O texto define, ainda, que o suplente de senador será o candidato a deputado federal que ocupar o 
primeiro lugar na lista preordenada do partido do titular do mandato. 
 
Imunidade do presidente da República 
Inicialmente, Vicente Cândido chegou a propor estender aos presidentes da Câmara, do Senado e do 
Supremo Tribunal Federal (STF) a imunidade garantida ao presidente da República. 
Pela Constituição, o presidente não pode ser investigado por crime cometido fora do mandato. Diante 
da reação negativa de diversos integrantes da comissão, o relator informou que retiraria a proposta do 
parecer. 
 
Tentativa de adiamento 
O PSOL tentou adiar a votação do parecer, sob a justificativa de que seria preciso ouvir antes a 
sociedade sobre o texto final, mas não conseguiu. 
"Não querer ouvir a sociedade é novamente virar de costas para a opinião popular. Há uma sofreguidão 
de preservação de mandatos para o sistema continuar o mesmo", afirmou o deputado Chico Alencar 
(PSOL-RJ). 
 
Emendas, promessas de cargos e pacote de bondades: veja as estratégias de Temer para 
barrar denúncia na Câmara14 
Denúncia por corrupção passiva contra presidente foi rejeitada nesta quarta-feira (02/08) em votação 
no plenário e não será analisada pelo STF enquanto Temer estiver no cargo. 
Bilhões liberados em emendas parlamentares, promessa de cargos a partidos, pacote de bondade 
para a bancada ruralista e ministros em ação no plenário foram algumas das estratégias usadas pelo 
governo Michel Temer para conseguir barrar na Câmara denúncia contra ele apresentada pela 
Procuradoria Geral da República (PGR). 
Era necessário o aval da Câmara para que a denúncia por corrupção passiva continuasse o trâmite no 
Supremo Tribunal Federal (STF), e foi rejeitada nesta quarta-feira (02/08) por 263 votos, contra 227 pela 
continuidade do processo. 
No pronunciamento que fez após o resultado, Temer afirmou que a rejeição não foi uma vitória pessoal. 
"A decisão soberana do parlamento não é uma vitória pessoal de quem quer que seja, mas é uma 
conquista do estado democrático, da força das instituições e da própria Constituição", disse. 
 
Emendas parlamentares 
Nas três primeiras semanas de julho, mês que antecedeu à votação da denúncia contra Temer no 
plenário da Câmara, o governo liberou R$ 2,11 bilhões em emendas parlamentares – valor equivalente 
ao total de todo o primeiro semestre. 
De janeiro a junho deste ano, o Planalto destinou R$ 2,12 bilhões para emendas, sendo R$ 2,02 bilhões 
só no mês de junho, quando foi apresentada a denúncia contra Temer pela PGR e começou o processo 
de análise na Câmara. Para efeito de comparação, nos cinco primeiros meses do ano, o governo liberou 
R$ 102 milhões ao todo, mostra levantamento da ONG Contas Abertas. 
O Planalto afirma que a liberação de emendas são uma imposição legal e que só está cumprindo a lei. 
 
 
14 G1. Emendas, promessas de cargo e pacote de bondades: veja as estratégias de Temer para barrar a denúncia na Câmara. G1 Política. Disponível em: 
<http://g1.globo.com/politica/noticia/emendas-promessas-de-cargos-e-pacote-de-bondades-veja-as-estrategias-de-temer-para-barrar-denuncia-na-camara.ghtml> 
Acesso em 03 de agosto de 2017. 
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Liberação de emendas parlamentares segundo a ONG Contas Abertas (Foto: Arte/G1) 
 
Emendas são recursos previstos no Orçamento com aplicação indicada pelo parlamentar. Esse 
dinheiro tem de ser obrigatoriamente empregado em projetos e obras nos estados e municípios. A 
liberação dos recursos é obrigatória, e o governo tem todo o ano para fazer os repasses. 
A primeira etapa da análise da denúncia na Câmara foi a votação de parecer na Comissão de 
Constituição e Justiça (CCJ). Dos 40 deputados que votaram a favor de Temer, 36 receberam R$ 134 
milhões em emendas em junho. A votação na comissão ocorreu em 13 de julho e rejeitou o parecer pela 
continuidade da denúncia. Os deputadosque votaram contra Temer receberam, no mesmo período, 
metade do valor em emendas: R$ 66 milhões. 
A CCJ aprovou por 41 a 24 o relatório alternativo do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) pela 
rejeição da denúncia. Entre os parlamentares favoráveis a Temer, Abi-Ackel foi o que recebeu o maior 
valor em emendas: R$ 5,1 milhões. 
A oposição acusa Temer de comprar votos. A Rede e o PSOL pediram à PGR que investigue a 
liberação de emendas pelo governo durante a tramitação da denúncia na Câmara. 
 
Promessas de cargos 
Na véspera da votação no plenário, Temer autorizou interlocutores a sinalizar a deputados com cargos 
de 2º e 3º escalões para que eles votassem contra a denúncia da PGR, informou a colunista 
do G1 Andréia Sadi. 
Com a vitória na Câmara, Temer se prepara para enfrentar a demanda dos deputados do centrão por 
mais espaço ministerial. Eles cobram do Planalto os cargos ocupados pelo PSDB no governo, informa 
Sadi. O partido liberou a bancada, mas o líder tucano, Ricardo Trípoli, orientou voto contra Temer. 
Segundo a colunista Cristiana Lôbo, partidos que fecharam questão a favor de Temer, em particular o 
PP, PR e o próprio PMDB, cobraram do presidente mais espaço no governo em troca de apoio. 
O Podemos e uma ala mais insatisfeita do PMDB pediram vagas no Incra, Funasa e Caixa Econômica 
Federal. 
 
Pacote de bondade para ruralistas 
Para conquistar votos da bancada ruralista, que tem 231 deputados, Temer decidiu atender 
importantes demandas do grupo. 
Na véspera da votação no plenário, o governo publicou no "Diário Oficial da União" uma medida 
provisória (MP) que permite aos produtores e empresários do agronegócio pagar dívidas previdenciárias 
com desconto e mais prazo. O texto também reduz a alíquota paga pelos produtores ao Fundo de 
Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). 
As condições de pagamento das dívidas com contribuições previdenciárias permitem redução de 25% 
no valor das multas, pagamento sem juros e em até 176 prestações. No mesmo dia em que publicou a 
medida, Temer almoçou com membros da bancada ruralista. 
Os agrados aos ruralistas, porém, começaram ainda na fase de análise da denúncia na CCJ. Na época, 
Temer anunciou R$ 103 bilhões do Banco do Brasil para a próxima safra e sancionou a lei criada a partir 
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da MP 759, chamada pelos ambientalistas de "MP da grilagem", informou "O Globo". Segundo o jornal, a 
MP muda regras da reforma agrária e regula a compra de terras em áreas de proteção ambiental para 
produção agrícola. 
 
Ministros em ação 
Além da atuação dos aliados na Câmara, Temer mobilizou sua tropa de choque no primeiro escalão 
para garantir votos que barrassem a denúncia. Nos dias que antecederam à votação em plenário, os 
ministros foram convocados a ficar em Brasília de "plantão" para atender às demandas dos deputados, 
informou o colunista do G1 Gerson Camarotti. 
Os ministros também atuaram diretamente no plenário – dez deles reassumiram os mandatos de 
deputado para votar a favor de Temer e também articular apoios durante a votação. 
 
Trocas na CCJ 
Para derrotar na CCJ o parecer de Jorge Zveiter que recomendava a continuidade da denúncia, o 
governo promoveu uma dança das cadeiras entre os membros da comissão. Os partidos aliados 
fizeram 26 remanejamentos entre os integrantes do colegiado, substituindo deputados que haviam 
indicado voto contra Temer. 
O troca-troca causou protestos e críticas por parte da oposição e de parlamentares dissidentes da 
base, que chegaram a recorrer ao STF na tentativa de anular as mudanças de membros da CCJ. 
 
Municípios e estados 
Na véspera da votação do parecer sobre a denúncia na CCJ, Temer anunciou um programa de apoio 
a concessões nos municípios e estados, que prevê a destinação de R$ 5,7 bilhões para investimentos de 
mobilidade urbana e saneamento, e um crédito de R$ 2 bilhões via Banco do Brasil para financiamento 
de projetos de saúde, educação, eficiência energética, modernização da gestão e infraestrutura viária 
 
Temer sanciona texto da reforma trabalhista em cerimônia no Planalto15 
Modificações na CLT foram aprovadas pelo Senado na última terça (11/07) em uma sessão 
tumultuada. Governo prometeu alterar pontos da reforma por meio de medida provisória. 
O presidente Michel Temer sancionou nesta quinta-feira (13/07) o projeto de reforma trabalhista 
aprovado pelo Congresso Nacional. 
A nova legislação altera regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e prevê pontos que 
poderão ser negociados entre empregadores e empregados e, em caso de acordo coletivo, passarão a 
ter força de lei. As novas regras entrarão em vigor daqui a quatro meses, conforme previsto na nova 
legislação. 
Ao discursar na solenidade de sanção da reforma trabalhista, o peemedebista também criticou o que 
chama de “passionalização” na Justiça que, na opinião dele, gera instabilidade ao país. 
Temer argumentou que se "passionalizou" praticamente todas as questões que vão ao Judiciário. 
Segundo ele, em vez de aplicar "rigidamente" a lei "sem qualquer emoção", há pessoas que usam 
"ideologia" e "sentimentos psicológicos e sociológicos". 
Temer também enalteceu a atuação do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e do relator da 
proposta na Câmara, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), na articulação política do projeto. Na 
avaliação do presidente, foi "árduo o percurso" para aprovar a reforma das leis trabalhistas. 
Aprovado pela Câmara em abril, o projeto da reforma trabalhista foi aprovado pelo Senado na última 
terça-feira (11/07) em uma sessão tumultuada. 
Com a reforma trabalhista, a negociação entre empresas e trabalhadores prevalecerá sobre a lei em 
pontos como parcelamento das férias, flexibilização da jornada, participação nos lucros e resultados, 
intervalo de almoço, plano de cargos e salários e banco de horas. 
Outros pontos, como FGTS, salário mínimo, 13º salário, seguro-desemprego, benefícios 
previdenciários, licença-maternidade, porém, não poderão ser negociados. 
 
'Suposta crise' 
Em meio ao discurso sobre a reforma trabalhista, Temer afirmou que o país vive uma ‘suposta crise’, 
mas que há um “entusiasmo extraordinário” em relação às políticas públicas. 
“Eu faço um registro curioso: nessas últimas semanas, certa e precisamente, em função de uma 
suposta crise, o que tem acontecido é um entusiasmo extraordinário”, enfatizou. 
 
15 LIS, LAÍS. Temer sanciona texto da reforma trabalhista em cerimônia no Planalto. G1 Política. Disponível em: < http://g1.globo.com/politica/noticia/temer-
sanciona-texto-da-reforma-trabalhista-em-solenidade-no-planalto.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1> Acesso em 14 de julho de 
2017. 
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O presidente também fez um balanço das medidas aprovadas, citando, além da reforma trabalhista, 
as mudanças no ensino médio e a PEC do teto de gastos. 
“Poderia elencar tudo que nós fizemos ao longo desses 14 meses e olhe: não são 4 anos, não são oito 
anos, são 14 meses. E, toda a modéstia de lado, estamos revolucionando o país. Fizemos a reforma 
trabalhista, a do ensino médio”, destacou. 
 
Medida provisória 
Diante da polêmica gerada em torno das modificações prometidas pelo Palácio do Planalto na 
legislação aprovada nesta semana, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), voltou a 
afirmar nesta quinta que o Executivo federal vai editar uma medida provisória para alterar os pontos 
negociados com os congressistas. 
O peemedebista afiançou durante a tramitação do projeto no Senado as mudanças exigidas, inclusive 
por integrantes da base aliada, como o dispositivo que permite que gestantes trabalhem em ambientes 
insalubres. 
O acordo foi costurado com os senadores governistas para que o texto que chegou da Câmara não 
fosse alterado no Senado. Se o texto retornasse para nova análise dos deputados,iria atrasar a sanção 
das novas regras. 
Segundo Jucá, o governo tem 119 dias para editar a MP que modificará a recém-aprovada reforma 
trabalhista. 
Antes da solenidade de sanção da reforma, o líder do governo no Senado divulgou o texto-prévio da 
medida provisória que Michel Temer deve enviar ao Congresso com mudanças em nove pontos da 
proposta. 
 
Justiça do Trabalho 
Convidado a participar da cerimônia de sanção da reforma trabalhista, o presidente do Tribunal 
Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra Filho, cumprimentou Michel Temer, em meio ao seu 
discurso, pelo que classificou de “coragem, perseverança e visão de futuro" do chefe do Executivo federal 
ao "abraçar" as mudanças na legislação trabalhista, o ajuste fiscal e a reforma previdenciária. 
Gandra Filho afirmou ainda que a negociação coletiva, que é a espinha dorsal da reforma, é importante 
porque, na avaliação dele, quem trabalha em cada segmento é que sabe as reais necessidades daqueles 
trabalhadores. 
“Aquilo que é próprio de cada categoria você estabelece por negociação coletiva, quem melhor 
conhece as necessidades de cada ramo é quem trabalha naquele ramo”, disse. 
Veja abaixo alguns pontos que a MP deve modificar: 
 
Gestantes e lactantes 
Um dos pontos que a proposta de MP deve alterar é a possibilidade de que gestantes trabalhem em 
locais insalubres. O texto original previa que gestantes deveriam apresentar atestado para que fossem 
afastadas de atividades insalubres de grau médio ou mínimo. 
A proposta de MP divulgada por Jucá determina que “o exercício de atividades insalubres em grau 
médio ou mínimo, pela gestante, somente será permitido quando ela, voluntariamente, apresentar 
atestado de saúde”. 
 
Jornada 12x36 
Outra ponto que o texto-prévio da MP pretende alterar é o que permitia que acordo individual entre 
patrão e empregado pudesse estabelecer jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas ininterruptas de 
descanso. A minuta divulgada por Jucá quer viabilizar essa jornada após acordo coletivo, ou convenção 
coletiva. 
 
Trabalhador autônomo 
O texto aprovado prevê que as empresas poderão contratar autônomos e, ainda que haja relação de 
exclusividade e continuidade, o projeto prevê que isso não será considerado vínculo empregatício. 
A proposta de medida provisória quer alterar esse trecho para vedar a celebração de cláusula de 
exclusividade no contrato com trabalhadores autônomos. Além disso, prevê que não será admitida a 
restrição da prestação de serviço pelo autônomo a uma única empresa, sob pena de caracterização de 
vínculo empregatício. 
 
Prorrogação de jornada e insalubridade 
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O texto-prévio da MP também tem a intenção de modificar a lei sancionada no trecho que sobre a 
negociação coletiva para estabelecimento de enquadramento do grau de insalubridade e prorrogação de 
jornada em ambientes insalubres. 
Pela minuta, isso será permitido por negociação coletiva, mas desde que sejam respeitadas normas 
de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério 
do Trabalho. 
 
Outros pontos 
A minuta também promete alterar outros pontos da proposta relativos à contribuição previdenciária e 
ao pagamento de indenizações por danos morais no ambiente do trabalho. 
Além disso, o texto-prévio da MP que deverá ser enviada ao Congresso prevê mudanças para 
salvaguardar a participação de sindicatos em negociações de trabalho. 
Pela proposta, comissão de representantes dos empregados não substituirá a função do sindicato de 
defender os direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou 
administrativas, sendo obrigatória a participação dos sindicatos em negociações coletivas. 
 
Contribuição sindical 
Durante a tramitação da proposta no Senado, chegou-se a postular, por senadores governistas, uma 
sugestão de que a Casa Civil elaborasse uma proposta de eliminação gradual da obrigatoriedade da 
contribuição sindical. 
O objetivo era conquistar apoio de parlamentares ligados a sindicatos de trabalhadores. 
A proposta aprovada pelo Congresso retira a obrigatoriedade dessa contribuição, o que foi alvo de 
críticas de movimentos sindicais. 
A proposta de medida provisória apresentada nesta quinta, no entanto, não trata do assunto. 
 
Lula é condenado na Lava Jato a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do triplex16 
Na sentença, juiz Sergio Moro cita documentos e depoimentos que comprovam que apartamento no 
litoral de SP era destinado ao ex-presidente, diz que há 'provas documentais' e que Lula 'faltou com a 
verdade'. 
O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, 
condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de 
corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. 
A acusação é pela ocultação da propriedade de uma cobertura triplex em Guarujá, no litoral paulista, 
recebida como propina da empreiteira OAS, em troca de favores na Petrobras. 
Outros dois réus no mesmo processo também foram condenados, e quatro, absolvidos. 
 É a primeira vez, na história, que um ocupante da Presidência é condenado por um crime comum no 
Brasil. A sentença foi publicada nesta quarta-feira (12/07) e permite que o petista recorra em liberdade. 
Na sentença, de 218 páginas, o juiz Moro resume as acusações que pesam contra Lula, relata os 
argumentos da defesa e analisa as provas documentais, periciais e testemunhais. O magistrado afirma 
que houve condutas inapropriadas por parte da defesa de Lula que revelam tentativa de intimidação da 
Justiça e, por isso, até caberia decretar a prisão preventiva do ex-presidente. Porém, decidiu não mandar 
prendê-lo por "prudência". 
"[...] Considerando que a prisão cautelar de um ex-Presidente da República não deixa de envolver 
certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de 
se extrair as consequências próprias da condenação. Assim, poderá o ex-Presidente apresentar a sua 
apelação em liberdade", diz a decisão. 
Por "falta de prova suficiente da materialidade", o juiz absolveu Lula das acusações de corrupção e 
lavagem de dinheiro envolvendo o armazenamento do acervo presidencial numa transportadora, que teria 
sido pago pela empresa OAS. 
Moro determinou ainda que Lula não pode exercer cargo ou função pública pelo dobro do tempo da 
pena, ou seja, a 19 anos. A decisão, no entanto, só passa a valer após ser referendada por colegiado --
no caso, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região. 
A defesa de Lula diz que o ex-presidente é "inocente". Os advogados declararam que a condenação 
foi "politicamente motivada", que o julgamento "ataca o Estado de Direito no Brasil" e que Moro deveria 
"se afastar de todas as suas funções". Durante o decorrer do processo, os advogados negaram que Lula 
fosse dono do triplex. 
 
16 FONSECA, A. GIMENES, E. KANIAK, T. DIONÍSIO, B. Lula é condenado na Lava Jato a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do tríplex. G1, Paraná. Disponível 
em: <http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/lula-e-condenado-na-lava-jato-no-caso-do-triplex.ghtml> Acesso em 13 de julho de 2017. 
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. 17 
Moro diz "que a presente condenação não traz a este julgador qualquer satisfação pessoal, pelo 
contrário". "É de todo lamentável que um ex-Presidente da República seja condenado criminalmente, mas 
a causa disso são os crimes por ele praticados e a culpa não é da regular aplicação da lei. Prevalece, 
enfim, o ditado 'não importa o quão alto você esteja, a lei ainda está acima de você' (uma adaptação livre 
de 'be you never so high the law is above you')", escreveu Moro na sentença. 
 
TSE absolve a chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico e político nas Eleições 
201417 
Coube ao presidente da Corte, ministro GilmarMendes, desempatar o placar do julgamento 
Por 4 votos a 3, os ministros que compõem o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) absolveram nesta sexta-
feira (09/06) a chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico e político nas Eleições 2014. Votaram 
pela absolvição os ministros Gilmar Mendes, que foi o voto de desempate, Napoleão Maia Nunes e os 
recém indicados por Temer Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira. Votaram pela condenação os ministros 
Rosa Weber, Luiz Fux e o relator Herman Benjamin. 
Coube ao presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, desempatar o placar do julgamento. Por recair 
sobre ele o peso da absolvição, o ministro fez um voto extenso. Justificou o motivo de ter votado pelo 
prosseguimento da ação contra a chapa que agora absolve em 2015. Voto que foi citado pelo relator 
Herman Benjamin várias vezes ao longo do julgamento. 
— Havia sinais de que havia abusos, como na questão das gráficas. Mas aqui é como se fosse, no 
máximo, o recebimento de uma denúncia. Quantas vezes recebemos denúncia que são depois excluídas. 
Primeiro é preciso julgar para depois condenar. E é assim que se faz. O objeto dessa questão é sensível 
e não se compara a qualquer outro porque trata da soberania popular. 
O relator, ainda na quinta (08/06), ao finalizar o seu voto, já com a sinalização de que seria derrotado 
pelo plenário, defendeu o uso das provas coletadas e das delações da Odebrecht, alvo de grande 
discussão ao longo de todo o julgamento. 
 
— Recuso papel de coveiro de prova viva. Posso participar do velório, mas não carrego caixão. 
Dilma e Temer eram acusados de usar recursos de propina de contratos superfaturados da Petrobras 
na campanha eleitoral que saiu vitoriosa por uma margem pequena da chapa de Aécio Neves, autor da 
ação. O PSDB e o Ministério Público Eleitoral podem recorrer ao próprio TSE por meio de embargos de 
declaração, assim como aconteceu no julgamento do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), mas 
ainda não declararam se irão recorrer da decisão. Os embargos só podem ser apresentados após a 
publicação do acórdão do julgamento, que deve demorar cerca de dez dias. 
As sessões começaram na noite de terça-feira (06/06) e se estenderam até esta sexta (09/06). 
Somado, o julgamento durou cerca de 30 horas, descontados os intervalos. A maior parte do tempo foi 
gasta na discussão das preliminares (questões colocadas pela defesa sobre o processo, e não sobre o 
mérito) e no voto do relator. 
A única das sete preliminares apresentadas pela defesa aceita pela maioria dos ministros foi a de 
descartar as delações da Odebrecht da ação de cassação, por terem sido reveladas depois do início da 
ação (inicial). 
Apesar da maioria dos ministros entenderem que as delações da Odebrecht deveriam ser descartadas, 
o relator Herman Benjamin centrou o seu voto pela condenação nas informações prestadas pelos 
marqueteiros João Santana e Mônica Moura. 
Para o relator, as investigações da Lava Jato revelaram o esquema de distribuição de propina e os 
políticos tinham conhecimento de que recebiam dinheiro ilícito nas campanhas. Benjamin usou os 
depoimentos dos marqueteiros para comprovar o uso de caixa 2. 
Ele chegou a dividir a propina em caixa 2, propina-gordura, ou propina-poupança (dinheiro reservado 
para ser usado depois) e caixa 3 (operações de empresas que serviram como "barriga de aluguel" para 
que outras doassem mais dinheiro e seus nomes não aparecessem nas contabilidades das campanhas). 
— A Odebrecht está na petição inicial, queria dizer que temos Petrobras, temos uma contratante da 
Petrobras, temos pagamento tirado de um crédito rotativo de uma conta poupança para o partido do 
governo e esses recursos foram utilizados para os marqueteiros dessa campanha de 2014. E que sejam 
relacionados a débitos de 2010, 2012 é irrelevante, pois sem esses pagamentos, eles disseram em 
depoimentos, não fariam a campanha. Por isso reconheço o abuso de poder político com altos impactos 
nas eleições. 
 
17 LONDRES, MARIANA. TSE absolve a chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2014. R7, Brasil. Disponível em: < 
http://noticias.r7.com/brasil/tse-absolve-a-chapa-dilma-temer-por-abuso-de-poder-economico-e-politico-nas-eleicoes-2014-10062017> Acesso em 12 de junho de 
2017. 
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Em abril, quando o julgamento começou, o tribunal aceitou pedido da defesa de incluir novas 
testemunhas no processo, o ex-ministro Guido Mantega e os delatores João Santana, Mônica Moura e 
André Santana, estes três últimos presos na Operação Acarajé após a descoberta do departamento de 
operações estruturadas (propina) da Odebrecht. 
— A Odebrecht até merecia uma fase própria. Não é um capítulo, é um título inteiro. Uma empresa 
que liderou o ataque à Petrobras e que está desde o início. A Odebrecht era a matriarca da manada de 
elefantes que transformou a Petrobras numa savana africana para a reprodução da rapinagem. 
O julgamento foi marcado pelo embate entre os ministros Herman Benjamin, relator, e Gilmar Mendes, 
presidente da Corte, que tinham visões divergentes. Apesar das discussões dentro do plenário, Benjamin 
e Mendes são amigos há mais de trinta anos. 
Para tentar convencer os seus colegas tanto na preliminar quanto no mérito, Benjamin chegou a usar 
um voto anterior de Gilmar Mendes no próprio processo, quando ele defendeu dar seguimento a ação. 
Mendes acusou Benjamin de distorcer a sua visão e chegou a chamar o relator de 'falacioso' em um de 
seus argumentos. 
O relator focou o seu voto quanto ao mérito no uso de caixa 2 nas eleições. Também foi discutida a 
importância da reforma eleitoral para acabar com arrecadações ilegais em eleições no Brasil, como disse 
o relator. 
 
Último dia de julgamento 
O último dia do julgamento, esta sexta (09/06), foi marcado pela finalização do voto do relator, que ao 
todo levou nove horas em dois dias, e pelos votos dos demais ministros. Por um acordo entre os ministros, 
cada um, tirando o relator, tinha vinte minutos para falar. 
Além das leituras dos votos, o vice-procurador eleitoral Nicolao Dino pediu o impedimento do ministro 
Admar Gonzaga, por ele ter sido, nas Eleições 2010, advogado da ex-presidente Dilma Rousseff. O 
pedido foi negado pela corte e o presidente Gilmar Mendes chegou a suspender a sessão por cinco 
minutos em função do pedido, seguido por uma manifestação acalorada do ministro Napoleão Maia 
Nunes. 
 
Polícia Federal deflagra a 2ª fase da Operação Carne Fraca18 
Ex-superintendente do Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) de Goiás foi preso 
preventivamente. 
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (31/05) a 2ª fase da Operação Carne Fraca, que 
investiga irregularidades na fiscalização de frigoríficos. 
De acordo com a PF, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão 
preventiva, que é por tempo indeterminado, em Goiás. 
O principal alvo desta fase é Francisco Carlos de Assis, ex-superintendente regional Mapa no Estado 
de Goiás. Ele será levado para a superintendência da PF em Curitiba, onde ficará à disposição da Justiça. 
Francisco Carlos de Assis foi flagrado, conforme a PF, "em interceptações telefônicas destruindo 
provas relevantes" para a apuração da Operação Carne Fraca. A PF ainda não explicou como ocorreu a 
destruição das provas. 
Esta nova etapa foi batizada de "Antídoto" em referência à uma ação policial com o objetivo de cessar 
os atos criminosos do investigado e de preservar eventuais novas provas. 
O ex-superintendente já é réu na Justiça, em ação penal relacionada à 1ª fase da operação. Segundo 
a PF, ele participou de um esquema de corrupção entre uma grande empresa do ramo alimentício e o ex-
chefe do Serviço de Inspeção em Produtos de Origem Animal (Sipoa) de Goiás. 
A partir desta nova etapa, os investigados podem responder, ainda segundo a PF, por obstrução de 
investigação

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