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Resposta contra microrganismos

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Imunologia 
 
• Os eventos chave durante a infecção incluem a 
entrada dos microrganismos, invasão e colonização 
de tecidos do hospedeiro, evasão da imunidade do 
hospedeiro, e lesão tecidual ou comprometimento 
funcional; 
Visão geral das respostas imunes aos 
microrganismos 
• A defesa contra os microrganismos é mediada pelos 
mecanismos efetores da imunidade inata e 
adaptativa; 
 O sistema imune inato fornece a defesa inicial, 
enquanto o sistema imune adaptativo fornece 
resposta mais sustentada; 
 Nos MOs que evoluíram para resistir à imunidade 
inata, há dependência das respostas adaptativas; 
• O sistema imune responde de maneira especializada 
e diferenciada aos diversos tipos de microrganismos, 
para combater mais efetivamente esses agentes 
infecciosos; 
• A sobrevida e a patogenicidade dos microrganismos 
em um hospedeiro são criticamente influenciadas 
pela habilidade desses microrganismos de evadir ou 
resistir aos mecanismos efetores de imunidade; 
• Alguns microrganismos estabelecem infecções 
latentes, ou persistentes, em que a resposta imune 
controla, mas não elimina o microrganismo; 
• Em muitas infecções, a lesão tecidual e a doença 
podem ser causadas pela resposta do hospedeiro 
ao microrganismo, em vez do próprio 
microrganismo em si. 
• Defeitos herdados ou adquiridos na imunidade inata 
e adaptativa são causas importantes de 
suscetibilidade a infecções (HIV e imunossupressão 
intencional); 
 Teste útil: medida de anticorpos séricos 
específicos para microrganismos particulares; 
Imunidade contra bactérias extracelulares 
• Elas são bactérias capazes de se replicar fora das 
células do hospedeiro; 
• Causam doenças pela indução da inflamação no sítio 
da infecção e produção de toxinas com efeitos 
patológicos; 
• Outras interferem nas funções celulares normais 
sem destruir as células ou induzem formação de 
citocinas que causam doença; 
Imunidade Inata contra Bactérias Extracelulares 
Ativação do complemento 
→ Ativado pela peptidoglicana (Gram +) na ausência de 
anticorpo; 
→ Via alternativa: LPS das Gram -; 
→ Via das lectinas: pode ser ativada por bactérias que 
expressam manose em superfície; 
→ As consequências são a opsonização e o aumento 
da fagocitose; 
Ativação de fagócitos e inflamação 
→ Os fagócitos utilizam receptores de superfície 
(scavengers e receptores de manose) para 
reconhecer bactérias extracelulares; 
→ Receptores Fc e receptores do complemento 
reconhece, bactérias opsonizadas com anticorpos e 
proteínas do complemento; 
→ Scavengers e receptores de manoses atuam para 
promover a fagocitose de MOs; 
→ Receptores Fc e do complemento atuam para 
prover tanto a fagocitose quanto ativação dos 
fagócitos; 
→ Células dendríticas e os fagócitos ativados secretam 
citocinas que induzem o infiltrado leucocitário nos 
sítios de infecção (inflamação); 
Imunidade adaptativa contra Bactérias Extracelulares 
→ Funciona para bloquear a infecção, eliminar os 
micro-organismos e neutralizar suas toxinas; 
→ As respostas de anticorpos são dirigidas aqui contra 
polissacarídeos ou proteínas; 
→ Os mecanismos efetores incluem opsonização, 
neutralização e fagocitose, além de ativação do 
complemento pela via clássica.; 
→ A neutralização é mediada por IgG, IgM e IgA de 
alta afinidade, opsonização por algumas classes de 
IgG e a ativação do complemento pela IgM e por 
subclasse de IgG.; 
→ Os antígenos proteicos de bactérias extracelulares 
também ativam células T CD4+, que produzem 
citocinas indutoras da inflamação local, aumentando 
as atividades fagocíticas e microbicidas de 
macrófagos e neutrófilos e estimulando a produção 
de anticorpo; 
→ Respostas Th17 recrutam neutrófilos e monócitos 
produzindo inflamação no sítio de infecção 
bacteriana.; 
Efeitos lesivos das respostas imunes 
 As principais consequências são inflamação e 
choque séptico; 
 Choque séptico é um processo lesivo causado pela 
formação de espécies reativas de oxigênio e 
enzimas lisossômicas; 
 O choque séptico é uma síndrome caracterizada 
por colapso circulatório e coagulação intravascular 
disseminada.; 
 Superantígenos são toxinas bacterianas que 
estimulam todas as células T em um indivíduo, pois 
lembram antígenos que se ligam ao TCR e ao MHC 
de classe 2. – Produção de muitas citocinas 
(inflamação sistêmica); 
 Uma complicação tardia da resposta imunológica 
humoral à infecção bacteriana pode ser a geração 
de anticorpos produtores de doenças. (FR e 
glomerulonefrite); 
Evasão da resposta imunológica por bactérias 
extracelulares 
 Um mecanismo utilizado pelas bactérias para 
escapar da imunidade humoral é a variação genética 
de antígenos de superfície; 
 
Imunidade contra bactérias intracelulares 
• Essas bactérias possuem capacidade de sobreviver 
e de se replicar dentro dos fagócitos; 
• Sua eliminação requer a presença de mecanismos 
da imunidade inata mediada por células; 
 
Imunidade Inata contra Bactérias INTRACELULARES 
→ É mediada principalmente por fagócitos e células 
assassinas naturais (NK); 
→ Os produtos bacterianos produtos são reconhecidos 
por receptores do tipo NOD, resultando em 
ativação de fagócitos.; 
→ A estimulação de células dendríticas e macrófagos 
produz citocinas que ativam as células NK que 
produzem interferon-gama que ativa macrófagos e 
promove a morte de bactérias fagocitadas; 
Imunidade adaptativa contra Bactérias INTRACELULARES 
→ A principal resposta imunológica protetora contra 
bactérias intracelulares é a imunidade mediada por 
células T; 
→ A ativação de macrófagos que ocorre em resposta 
aos micro-organismos intracelulares é capaz de 
causar lesão tecidual; 
→ Essa lesão pode ser resultado das reações de 
hipersensibilidade tardia aos antígenos proteicos 
microbianos; 
→ A característica histológica marcante da infecção 
por algumas bactérias intracelulares é a inflamação 
granulomatosa.; 
→ A ativação persistente da célula T leva à formação 
dos granulomas, os quais tentam bloquear as 
bactérias e frequentemente estão associados à 
necrose central, chamada necrose caseosa, causada 
por produtos de macrófagos, 
 
Imunidade contra fungos 
• Diferentes fungos infectam o homem e podem 
viver em tecidos extracelulares e dentro dos 
fagócitos; 
• Portanto, as respostas imunológicas a esses micro-
organismos são frequentemente combinações de 
respostas a bactérias extracelulares e intracelulares; 
 
 
Imunidade Inata e adaptativa contra fungos 
→ Os principais mediadores são neutrófilos e 
macrófagos.; 
→ Os receptores envolvidos sãos os TLR; 
→ Os neutrófilos combatem os fungos pela liberação 
de ROS e enzimas lisossômicas, e fagocitam os 
fungos para a morte intracelular. 
Imunidade contra vírus 
• Os vírus são MOs intracelulares obrigatórios e sua 
replicação no interior da célula, interfere na síntese 
e na função proteica causando lesão e morte; 
• A reposta inata e adaptativa contra vírus têm como 
objetivo bloquear infecção e eliminar células 
infectadas; a prevenção: por interferon tipo I (inata) 
e anticorpos (adaptativa); eliminada por células NK 
(inata) e CTL (adaptativa); 
Imunidade Inata contra vírus 
→ Os principais mediadores mecanismos são inibição 
da infecção por interferon tipo I (por células 
dendríticas; 
→ Reconhecem DNA e RNA virais por TLR e desdobra 
a sinalização para produção de interferon-I) e morte 
viral mediada por células NK (reconhecem células 
infectadas bloqueadas para MHC classe I); 
Imunidade adaptativa contra vírus 
→ É mediada por anticorpos que bloqueiam a ligação 
e entrada do vírus na célula, ligam-se ao envoltório 
do vírus ou aos antígenos do capsídeo, e os 
neutralizam; 
→ Também podem opsonizar partículas e promover 
eliminação por fagocitose; além das células CTL 
(CD8+) que destroem células infectadas. 
✓ Células CTL (CD8+) → sofrem proliferação durante 
infecção viral → reconhecem e apresentam a 
moléculas de MHC classe I; 
✓ Se for uma célula tecidual infectada (e não uma 
APC), ela pode ser fagocitada pela céluladendrítica 
que processa e apresenta a células CTL CD8+ 
virgens; 
✓ IgA – bloqueia ação viral no intestino e trato 
respiratório (vacina oral contra poliomielite → 
imunidade de mucosas); 
Evasão da resposta imunológica por bactérias 
extracelulares 
 Os vírus têm a capacidade de alterar seus antígenos 
para livrarem-se da resposta imunológica (mutações 
e rearranjo de genomas). Ex.: Influenza, HIV; 
 Podem inibir a apresentação de antígenos proteicos 
associados ao MHC classe I → livram-se das CTL 
CD8+; 
 Alguns vírus podem inibir a resposta imunológica → 
codificam moléculas que são secretadas por células 
infectadas e se ligam a citocinas IFN-gama, TNF, IL-
1, IL-9, quimiocinas, atuando como antagonistas 
competitivos de citocinas; 
 Algumas infecções virais crônicas estão associadas 
a falhas na resposta dos CTL (falta de 
responsividade de células T mediada por PD-1); 
 Os vírus podem infectar e destruir ou inativar as 
células imunocompetentes, a exemplo do HIV que 
sobrevive ao infectar e eliminar as células T CD4+. 
Imunidade contra parasitas 
• A maioria das infecções causadas por parasitas são 
crônicas e ocorrem em áreas endêmicas; 
Imunidade Inata contra parasitas 
→ Os parasitas são adaptados e resistem às defesas 
do hospedeiro; 
→ A principal resposta da imunidade inata, nesse caso, 
é a fagocitose. Mas muitos microrganismos podem 
replicar dentro de macrófagos; 
→ Parasitas helmínticos são muito grandes para serem 
fagocitados, então fagócitos liberam substâncias 
para matá-los, porém muitos possuem tegumento 
espesso e resistem; 
→ Alguns helmintos podem ativar via alternativa do 
complemento. 
Imunidade adaptativa contra parasitas 
→ Principal mecanismo de defesa contra protozoários 
que sobrevivem dentro de macrófagos → resposta 
imunológica mediada por células, principalmente a 
ativação de macrófagos por citocinas derivadas de 
células TH1.; 
Infecção por Leishmania major 
 Ocorre ativação de células T CD4+ TH1 específicas 
→ produzem IFN-γ → ativam macrófagos; 
 Ativação de células TH2 → ação supressora de 
citocinas TH2 (IL-4) sobre macrófagos → aumenta 
a sobrevivência dos parasitas; 
 Protozoários que replicam no interior das células e 
causam lise (Ex.: Plasmodium) → estimulam 
produção de anticorpos específicos e respostas dos 
CTL.; 
 INF-γ → citocina protetora contra protozoários 
(malária, toxoplasmose, criptosporidiose); 
 Defesa contra helmintos → mediada por células 
TH2 → produção de IgE + ativação de eosinófilos; 
 Helmintos → estimulam diferenciação de células 
CD4+ auxiliares virgens para subgrupos TH2 que 
secretam IL-4 (estimula produção de IgE que se liga 
ao receptor Fcε de eosinófilos e mastócitos) e IL-5 
(estimula desenvolvimento e a ativação de 
eosinófilos); 
 Ações de eosinófilos e mastócitos → imunidade de 
barreiras → são expulsos do intestino; 
 Respostas adaptativas contra parasitas podem 
causam lesão tecidual (formam-se granulomas e 
fibrose; esta última associada à resposta imunológica 
crônica pode levar à cirrose, interrupção do fluxo 
venoso e hipertensão porta). 
 Ex.: ovos de Schistosoma mansoni no fígado → 
TCD4+ → ativação de macrófagos e indução de 
reações de DHT → granulomas ao redor dos ovos 
induzidos por TH2 (geralmente são induzidos por 
TH1). Na filariose → reações celulares crônicas → 
fibrose → obstrução linfática → linfedema grave. 
 Doença do complexo imunológico → formação de 
complexos de antígenos parasitários e anticorpos 
específicos → depositam-se nos vasos (vasculite) e 
glomérulos renais (nefrite) → complicação de 
esquistossomose e malária (infecções parasitárias 
crônicas); 
Evasão da resposta imunológica 
 Mudam antígenos de superfície (variação 
antigênica) durante o ciclo de vida (antígenos 
maduros- merozoítos da malária- são diferentes 
daqueles da forma infectante- esporozoítos da 
malária) e quanto aos tripanossomos que variam a 
expressão de antígenos de superfície a cada 
flutuação no sangue → isso dificulta muito a 
elaboração de vacinas; 
 As variadas formas de vida do parasita no 
hospedeiro desenvolvem mecanismos de burlar as 
defesas imunológicas (larva de esquistossomo é 
resistente ao complemento e aos CTL); 
 Podem formar cistos resistentes aos efetores 
imunológicos ou expelir seus antígenos de 
superfície espontaneamente, como ocorre com a 
Entamoeba histolytica 
 A exemplo da Leishmania alguns parasitas podem 
estimular o desenvolvimento de células T reg que 
suprimem a resposta imunóloga;

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