Buscar

APS ADM

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU 
CURSO: DIREITO 
CAMPUS LIBERDADE 
 
 
Nome: Natasha Monteiro da Silva R.A.: 8930119 
 
 
 
 
Resenha Crítica: “A Anulação ou Invalidação dos atos 
administrativos” do autor Almir de Oliveira Morgado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2020 
FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU 
CURSO: DIREITO 
CAMPUS LIBERDADE 
 
 
 
 
 
 
Avaliação Prática Supervisionada (APS) apresentada ao Curso de Graduação de Direito 
Administrativo, os princípios que norteiam a Administração Pública e ato Administrativo 
considerando o texto abaixo, do qual deve ser apresentada resenha crítica do “A Anulação 
ou Invalidação dos atos administrativos” do autor Almir de Oliveira Morgado. 
Orientador: Professor Roberto Correia da Silva Gomes Caldas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2020 
O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que engloba, sobretudo, 
a regulação jurídica do poder administrativo ou executivo do Estado. Portanto, é a 
área do Direito que dá forma e função a essa ponta da tripartição dos poderes e tem 
por objeto ad Administração Pública. Conforme o texto supramencionado do autor 
Almir Morgado, a anulação ou invalidação dos atos administrativos é a invalidade dos 
mesmos pelas suas ilegalidades e ilegitimidades feitos pelo Poder Judiciário e a 
própria Administração Pública. 
É importante pontuar, de início, que anulação dos atos administrativos pode 
ser feitas tanto pelo Poder Judiciário quanto pela Administração Pública, com base no 
poder de autotutela sobre os próprios atos, seguindo as Súmulas 3461 e 4732 STF 
(Supremo Tribunal Federal). Para que os atos administrativos sejam anulados pelo 
Poder Judiciário, há a dependência da provocação do interessado, ao contrário, da 
Administração Pública a sua atuação é pautada pelo Princípio da Demanda, da qual 
utiliza-se os remédios constitucionais de controle da administração. 
A Administração Pública é aquela atividade desenvolvida pelo Estado ou seus 
delegados, sob o regime de Direito Público, destinada a atender de modo direto e 
imediato, necessidades concretas da coletividade. É todo o aparelhamento do Estado 
para a prestação dos serviços públicos, para a gestão dos bens públicos e dos 
interesses da comunidade. 
É importante pontuar, ainda, que os conceitos de ilegalidade e ilegitimidade 
não se restringe somente à violação frontal da lei e sim também pelo abuso, excesso, 
ou desvio de poder, ou por negações dos princípios gerais do direito. Os atos 
administrativos viciados serão anulados quando atingidos os requisitos de validade 
dos atos administrativos que são: a competência ou sujeito, a finalidade, a forma, o 
motivo ou causa e o objeto ou conteúdo. Portanto, violando-se um desses requisitos 
serão anulados os atos administrativos. Vale lembrar, ainda, que as partes não serão 
vinculadas ao ato administrativo nulo, sendo possível a produção dos efeitos válidos 
em relação a terceiros de boa-fé, exceto aqueles efeitos que atingem os terceiros terão 
 
1 Súmula 346 do STF: “A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.” 
2 Súmula 473 do STF: “A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá -los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.” 
que ser respeitados pela administração, seguindo e garantido os princípios da ampla 
defesa e do contraditório. 
Vale salientar, ainda, que para identificar que os requisitos de validade dos 
atos administrativos foram violados, deve-se observar o artigo 2ª da Lei da Ação 
Popular (Lei 4.717 de 29/06/65), da qual são enumeradas algumas hipóteses 
conforme expostas abaixo: 
“Art. 2º - São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo 
anterior, nos casos de: 
a) incompetência; 
b) vício de forma; 
c) ilegalidade do objeto; 
d) inexistência dos motivos; 
e) desvio de finalidade. 
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as 
seguintes normas: 
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições 
legais do agente que o praticou; 
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de 
formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; 
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, 
regulamento ou outro ato normativo; 
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em 
que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada 
ao resultado obtido; 
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim 
diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.” 
 
De acordo com o doutrinador e autor Hely L. Meirellles, o “ato administrativo 
é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo 
nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, 
extinguir e declarar direitos, ou impor obrigação aos administrados ou a si própria”. 
Porém, há circunstâncias e controvérsias que levam a Administração Pública a 
questionar seus próprios atos, seja por provocação do interessado através do Poder 
Judiciário ou de ofício. Dessa forma, é alvo dessa reavaliação atos que são ilegais, 
inoportunos, imorais, inconvenientes, desviados da finalidade pública. 
A Teoria das Nulidades são muito questionadas pelos juristas e doutrinadores, 
da qual no Direito Civil apresenta-se duas diferenças entre a nulidade e a 
anulabilidade. A primeira diferença é que a nulidade não admite convalidação3, ao 
passo que anulabilidade é possível. A segunda, é que a nulidade pode ser decretada 
pelo juiz (sem a provocação da parte interessada), podendo também ser pelo 
Ministério Público ou pela parte. Já anulabilidade pode ser apreciada mediante a 
provocação das partes interessadas. Houve uma “explosão” na doutrina ao adaptar a 
teoria das nulidades civilistas para o Direito Administrativo, dividindo-as em dois polos 
antagônicos: os monistas e os dualistas. 
Os doutrinadores monistas acreditam que é inaplicável ao Direito 
Administrativo a teoria das nulidades civilistas, por serem definidas como nulas ou 
válidas, pois há uma impossibilidade de preponderar o interesse privado sobre os atos 
ilegais, ainda que assim o desejem as partes, porque a isto se opõe a exigência da 
legalidade administrativa. Já para os doutrinadores dualistas, os atos administrativos 
podem ser nulos e anuláveis, de acordo com a maior ou menor gravidade do vício. 
Nesse caso, a convalidação ocorre través de um segundo ato administrativo, editado 
com o objetivo de corrigir o primeiro ato (praticado com vício). Para ser possível a 
convalidação, é necessário que o vício não ofereça impedimento à reprodução válida 
do ato. Em outras palavras, o ato não é passível de convalidação quando sua 
repetição acarretar a reprodução do vício anterior. Com o advento da lei federal nº 
9.784/99 foi aceita a teoria dualista, da qual é admitido expressamente na lei que os 
atos administrativos tenham a convalidação para que os defeitos sejam de forma 
anuláveis. 
Vale ressaltar, por fim, que o prazo para anulação dos atos administrativos 
sejam em 5 (cinco) anos, conforme exposto no artigo 544, “caput” da lei nº 9784/99, 
não podendo seguir outro prazo por se tratar de um princípio constitucional, o princípio 
 
3 Art. 55 da lei nº 9.784 /1999 - Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público 
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria 
Administração. 
4 Artigo 54, “caput” da lei nº 9784/99: “Odireito da Administração de anular os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé”. 
da segurança jurídica. Alguns doutrinadores vão contra o artigo 54 da lei federal, pois 
caso passe do prazo estipulado (cinco anos), o ato administrativo vicioso não poderá 
mais ser anulado. Eles também ressaltam, que para os atos administrativos que sejam 
nulos expressamente pela lei poderá ser anulado a qualquer tempo. 
Conclui-se, portanto, que a anulação dos atos administrativos é muito 
importante para o Estado Brasileiro, de tal forma que é regido pelo princípio da 
Segurança Jurídica que tem a finalidade de proporcionar estabilidade nas relações 
jurídicas, e, assim reflete fortemente em todo âmbito jurídico onde será possível 
verificar sua influência no campo dos atos administrativos que nada mais são do que 
o meio utilizado pela Administração Pública para realizar as suas atividades visando 
o bem da coletividade, e sua importância nas relações administrador-administrado, 
fazendo com que este não perca a credibilidade no Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia: 
• MORGADO, Almir de Oliveira. A Anulação ou Invalidação dos atos 
administrativos. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, X, n. 41, maio 2007. 
• Artigo 2ª da Lei da Ação Popular (Lei 4.717 de 29/06/65). 
• Supremo Tribunal Federal, Súmulas 346 e 473. 
• MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro/ Délcio Balestero 
Aleixo, José Emanuel Burle Filho. – 41ª. Ed. – São Paulo: Editora Malheiros 
Editores, 2015. 
• Lei federal nº 9.784 de 1999, artigos 54, “caput” e 55.

Continue navegando