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Ressonancia_Magnetica_01

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INTRODUÇÃO 
 
O exame de Ressonância Magnética é um método de diagnóstico por imagem 
que não utiliza radiação e permite retratar imagens de alta definição dos órgãos 
do corpo. O equipamento que realiza o exame trabalha com campo magnético, 
e, por isso, algumas precauções devem ser tomadas para realização do 
exame, como não utilizar jóias e maquilagem, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
O conceito de spin surgiu da necessidade de se explicar os resultados até 
então impensados na experiência de Stern-Gerlach na década de 1920. Nessa 
experiência, um feixe colimado de átomos de prata, oriundos de um forno a alta 
temperatura, atravessavam um campo magnético altamente não-homogêneo. 
Tal experimento era destinado a medir a distribuição dos momentos 
magnéticos, devidos principalmente aos elétrons. Como os átomos, na 
temperatura em que estavam emergindo do forno, estavam no seu estado 
fundamental 1S0, deveriam sofrer desvios nulos na presença do campo 
magnético não-homegêneo. A distribuição esperada era da perda da coerência 
espacial do feixe durante o seu tempo de vôo, do forno de origem até o alvo. 
Tal não sucedeu, contudo. 
O resultado obtido foram duas manchas de depósito de prata sobre o alvo, 
indicando que o feixe se dividira em dois durante o percurso. Isso indicou que 
os átomos de prata do feixe ainda tinham um grau de liberdade de momento 
angular, mas que não era o momento angular orbital dos elétrons no átomo, 
mas sim um momento angular intrínseco destas pertículas. A esse "momento 
angular intrínseco" deu-se o nome de spin (significando giro em Português) 
Em 1924, Wolfgang Pauli postulou que os núcleos se comportariam como 
minúsculos ímãs. Mais tarde, experimentos similares, porém mais sofisticados, 
aos do Stern-Gerlach determinaram momentos magnéticos nucleares de várias 
espécies. 
Posteriormente, em 1939, Rabi e colaboradores submeteram um feixe 
molecular de hidrogênio (H2) em alto vácuo a um campo magnético não-
homogêneo em conjunto com uma radiação na faixa das radio-freqüências 
(RF). Para um certo valor de freqüência o feixe absorvia energia e sofria 
pequeno desvio. Isso era constatado como uma queda da intensidade 
observada do feixe na região do detector. Este experimento marca, 
historicamente, a primeira observação do efeito da ressonância magnética 
nuclear. 
 
Nos anos de 1945 e 1946 duas equipes, uma de Bloch e seus colaboradores 
na Universidade de Stanford, e outra de Purcell e colaboradores na 
Universidade de Harvard procurando aprimorar a medida de momentos 
magnéticos nucleares observaram sinais de absorção de radio-freqüência dos 
núcleos de 1H na água e na parafina, respectivamente, pelo que os dois 
grupos foram agraciados com o prêmio Nobel de Física em 1952. 
Quando Packard e outros assistentes de Bloch substituíram a água por etanol, 
em 1950 e 1951, e notaram que havia três sinais (um tripleto) e não somente 
um sinal (um singleto)1 ficaram decepcionados. Entretanto, esse aparente 
fracasso veio a indicar alguns dos aspectos mais poderosos da técnica: a 
múltipla capacidade de identificar a estrutura pela análise de parâmetros 
originados de acoplamentos mútuos de grupos de núcleos interagentes. 
Pouco tempo depois, em 1953, já eram produzidos os primeiros 
espectrômetros de RMN no mercado, já com uma elevada resolução e grande 
sensibilidade. 
Nos equipamentos de ressonância magnética para imageamento biológico, os 
núcleos do átomos de hidrogênio presentes no objeto de análise são alinhados 
por um forte campo magnético e localizados por bobina receptora devidamente 
sintonizada na freqüência de ressonância destes. 
As imagens em medicina podem ser produzidas por diferentes fontes que 
interagem no tecido humano. O tecido biológico em geral é opaco à radiação 
de comprimento de onda intermediário, tais como as da ultravioleta, 
infravermelho e das microondas (freqüências inferiores a 150 Mhz). 
Entretanto, o corpo humano é relativamente transparente as radiações de 
comprimento de onda curto (por ex. raios-X) que interagem com os elétrons e 
as de comprimento de onda longo (ondas de rádio) que interagem com os 
núcleos. As técnicas radiográficas (raios x convencionais e tomografia 
computadorizada) produzem imagens resultantes da atenuação dos fótons dos 
raios-X pelo tecido corporal. As variações de contraste nestes casos se 
baseiam na variação das densidades de cada tecido que está sendo 
 
examinado. Imagens podem também ser produzidas por ultra-som, onde a 
clareza do sinal é o resultado da quantidade relativa de sinais refletidos. 
O ultra-som não utiliza a radiação ionizante contida nos raios-X e na tomografia 
computadorizada (TC), porém oferece resolução espacial bastante inferior. 
Além disso, o ultra-som é limitado pela presença de uma janela acústica entre 
a superfície externa e a região de interesse. 
As imagens por RM, são obtidas de modo não invasivo, tem extraordinária 
resolução espacial, não emprega radiação ionizante e se baseia na resposta 
específica do próton de hidrogênio de absorver e refletir energia contida em 
ondas eletromagnéticas. A RM é o único método de imagem que permite a 
obtenção dos três planos ortogonais (sagitais, coronais e axiais), sem 
reposicionamento do paciente. 
 
A. O paciente é colocado em um grande magneto, que provoca a polarização 
dos seus prótons de hidrogênio que se alinham em um determinado eixo 
(paralelo ou antiparalelo), pois os prótons de hidrogênio funcionam na natureza 
como minúsculos ímãs. 
B. Os prótons de hidrogênio, executam um movimento em torno do seu eixo 
longitudinal e outro circular, simultaneamente, como se imitassem um pião. 
Este fenômeno chama-se precessão e tem uma freqüência própria para cada 
campo magnético específico e depende da intensidade do campo magnético 
(Sendo assim, quanto maior a potência do magneto, melhor a qualidade da 
imagem e mais rápido será o exame). 
C. O alinhamento dos prótons se rompe com a aplicação de pulsos de 
radiofreqüência aplicados ao paciente, fazendo com que os prótons de 
hidrogênio precessem em sincronia, em fase. Isto cria um novo vetor 
magnético. 
D. Quando o pulso de radiofreqüência é subitamente desligado, os prótons de 
hidrogênio voltam à sua posição normal, e se realinham, e nessa circunstância 
eles emitem um sinal que é captado por uma bobina localizada ao redor da 
área a ser examinada (por exemplo, bobina de crânio, de coluna, de joelho, de 
mama, da ATM, etc.). 
 
E. 
 
 
O sinal emitido e captado pela bobina é utilizado pelo computador que, 
através de complexos princípios matemáticos, o transforma em imagens. 
 
 
Aparelho de Ressonância Magnética 
 
BIOSSEGURANÇA 
 
Durante a realização do exame de RM o paciente é exposto a três formas 
diferentes de radiação eletromagnética: 
1) Campo Magnético Estático, 
2) Campos Magnéticos de Gradiente 
3) Campos Eletromagnéticos de Radiofreqüência (RF). 
 
Todos os campos podem causar efeitos significativos se aplicados à níveis de 
exposição suficientemente altos. Inúmeras investigações foram realizadas para 
 
identificar possíveis bioefeitos adversos da RM. Embora nenhum tenha 
identificado a presença de qualquer riscos significativo ou inesperado, os dados 
não são suficientemente amplos para se assegurar a segurança absoluta. 
Portanto, esta discussão dos bioefeitos de campos estáticos, de gradientes e 
eletromagnéticos de RF é suplementada por uma visão geral de outras 
considerações de segurança e aspectos de tratamento do paciente 
relacionados a esta técnica de estudo. 
BIOEFEITOS DOS CAMPOS MAGNÉTICOS ESTÁTICOS 
 
Algumas das investigações originais em seres humanos expostos a campos 
magnéticos estáticos foram realizadas em trabalhadores envolvidos na 
indústria de magnetos permanentes. 
Os Trabalhadores expostos a campos magnéticos estáticos quevariam de 
0,0015 a 0,35 T(Tesla), os trabalhadores relataram sintomas de cefaléia, dor 
torácica, fadiga, vertigem, perda de apetite, insônia, prurido e outros incômodos 
inespecíficos. A exposição ocupacional a outras condições ambientais 
potencialmente perigosas (como temperatura ambiente elevada, poeira 
metálica no ar ou substância química) pode ter sido parcialmente responsável 
pelos sintomas descritos nos indivíduos estudados. 
 
 
Na literatura ocorre algumas declarações de conflito com relação aos efeitos de 
campo magnético estáticos sobre as temperaturas corporais e cutânea dos 
mamíferos. Alguns relatos indicam que os campos magnéticos estáticos 
aumentam e diminui a temperatura tecidual, dependendo da orientação do 
organismo no campo magnético estático. Outros artigos afirmam que os 
campos magnéticos estáticos não têm efeito sobre as temperaturas cutâneas e 
corporais de mamíferos. 
Efeitos Térmicos 
Uma investigação em seres humanos indicou que a exposição a um campo 
magnético de 1,5T não altera a temperatura cutânea e corporal. Este estudo foi 
realizado utilizando um sistema de termômetro flurópico especial que 
 
demonstrou não ser perturbado por campos magnéticos estáticos de alta 
intensidade. 
 
 
Indução Elétrica e Efeitos Cardíacos 
O biopotencial induzido é exibido como ampliação da amplitude da onda T. O 
aumento da amplitude da onda T está diretamente relacionado à intensidade 
do campo magnético. Em baixas intensidades do campo magnético os efeitos 
não são tão predominantes quanto aquele de maiores intensidades do campo. 
Acredita-se que o efeito mais acentuado sobre a onda T seja causado quando 
o sangue flui através do arco aórtico torácico. Esta mudança da amplitude da 
onda T pode ser suficientemente significativa para deflagrar falsamente a 
excitação durante um exame de RM com sincronização cardíaca. Após cessar 
a exposição ao campo, estas anormalidades de voltagem eletrocardiográficas 
voltam ao normal. 
Como não há alterações circulatórias que pareçam coincidir com estas 
alterações eletrocardiográficas, não se acredita que haja riscos biológicos 
associados ao efeito magneto-hidrodinâmico que ocorre em conjunto com 
intensidades do campo magnético estático de até 2,0T. 
 
 
Efeitos Neurológicos 
A condução do impulso no tecido nervoso pode ser afetada pela exposição aos 
campos magnéticos estáticos. Atualmente, a exposição a campos magnéticos 
estáticos de até 2,0T não parece afetar significativamente as propriedades 
bioelétricas dos neurônios em seres humanos. 
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CRIOGÊNIO 
 
Todos os sistemas de RM em uso clínico atualmente empregam hélio líquido. 
O hélio líquido mantém as bobinas do magneto em seu estado supercondutor, 
atingindo o estado gasoso a aproximadamente 268,93°C (4,22º K). Se a 
 
temperatura no interior do criostato aumentar subidamente, o hélio entra no 
estado gasoso. Nesta situação, o aumento acentuado de volume do criogênio 
gasoso versus líquido (com razões de volume gás-líquido de 760:1 para hélio e 
695:1 para nitrogênio) aumentará dramaticamente a pressão no criostato. 
 
O hélio em sua forma gasosa é muito mais leve do que o próprio ar. Havendo a 
liberação inadvertida de gás hélio na sala de exame, as dimensões da sala, 
sua capacidade de ventilação,capacidade de ventilação e a quantidade total de 
gás liberado determinarão se o gás hélio chegará ao paciente ou ao 
profissional, que estão na parte inferior da sala. 
Uma valva "pop-off" de carbono pressuro-sensível cederá, algumas saída de 
hélio gasoso do criostato. Em situações normais, este gás deve ser removido 
da sala de exame para atmosfera externa. Entretanto, é possível que durante 
esta remoção algum gás hélio seja acidentalmente liberado para atmosfera 
ambiente da sala de exame 
O vapor de hélio parece vapor d'água, sendo inodoro e insípido, mas pode ser 
extremamente frio. Em um resfriamento do sistema, uma quantidade 
considerável de gás hélio pode ser liberada para sala de exame. A diferença de 
pressão resultante poderia causar secundariamente dificuldades em abrir a 
porta da sala. Neste caso, a primeira resposta deve ser evacuar a área até que 
o vapor de hélio agressor seja adequadamente removido do ambiente da sala 
de exame e redirecionado para um ambiente externo distante de pacientes, e 
material termossensível. 
Com o melhor design e isolamento do criostato, muitos dos novos magnetos 
supercondutores usam apenas hélio líquido. 
Entretanto, muitos magnetos utilizam também o nitrogênio líquido. O nitrogênio 
líquido no criostato age como um tampão entre o hélio líquido e a atmosfera 
externa, com ebulição a 77,3ºk. O nitrogênio em sua forma gasosa tem 
aproximadamente a mesma densidade que o ar, sendo certamente muito 
menos flutuante que o gás hélio. A concentração total de gás nitrogênio contida 
na sala seria determinada com base na quantidade total de gás liberada para a 
sala, nas dimensões da sala, e na sua capacidade de ventilação (a existência e 
o tamanho de outras vias de saída como portas, janelas, dutos de ventilação e 
 
ventiladores). O armazenamento em "dewar" (recipientes para armazenamento 
de criogênio) deve ser realizado em área bem ventilada porque as taxas de 
ebulição normais aumentam a concentração de gás inerte na sala de 
armazenamento até um nível perigoso ( J.E.Gray, PhD, comunicação oral, 
setembro de 1989). Os criogênios apresentam preocupação potencial na RM 
clínica apesar de seu registro extremamente seguro de uso em seus mais de 
13 anos de utilização clínica. O manuseio e armazenamento apropriados de 
criogênios, assim como o treinamento da resposta apropriada no caso de 
vazamento, devem ser enfatizados em cada local. Um monitor de oxigênio com 
alarme audível, situado em altura apropriada em cada sala de exame, deve ser 
uma medida de segurança mínima obrigatória em todos os locais; a ligação e a 
ativação automáticas de um sistema de ventilação da sala de exame quando o 
monitor de oxigênio registrar abaixo de 18% ou 19% deve ser considerado em 
cada instalação do magneto. 
 
BIOEFEITOS DOS CAMPOS MAGNÉTICOS DE GRADIENTE 
 
Campos magnéticos podem induzir campos elétricos e correntes em meios 
condutores (incluindo tecido biológico) de acordo com a lei de indução de 
Faraday. O potencial de interação entre campos magnéticos de gradiente e 
tecido biológico é inerentemente dependente da freqüência do campo 
fundamental, da densidade de fluxo máxima, da densidade média, da presença 
de freqüências harmônicas, das características da onda do sinal, da polaridade 
do sinal, da distribuição da corrente no corpo e das propriedades elétricas e da 
sensibilidade da membrana celular específica. 
Para os seres humanos, a corrente induzida é proporcional à condutividade do 
tecido biológico e à velocidade de alteração da densidade do fluxo magnético. 
Teoricamente, as maiores densidades de corrente são produzidas nos tecidos 
periféricos (isto é, no maior raio) e diminuem linearmente em direção ao centro 
do corpo. A densidade da corrente será aumentada em freqüências e em 
densidades do fluxo magnético das maiores e será ainda mais acentuada por 
um raio maior do tecido com uma maior condutividade do tecido. 
 
Os bioefeitos das correntes induzidas podem ser devidos à energia 
depositada pelas correntes induzidas (efeitos térmicos) ou a efeitos diretos da 
corrente (efeitos não-térmicos). Os efeitos térmicos devidos a gradientes 
conduzidos usados em RM são negligenciáveis e não se acredita que sejam 
clinicamente significativos. 
Os possíveis efeitos não-térmicos das correntes induzidas são 
estimulação de células nervosas ou musculares, indução de fibrilação 
ventricular, aumento do espaço do manitol encefálico, potencial epileptogênico, 
estimulação de sensações de flash visual e alteração da consolidação óssea. 
As correntes limiares necessárias para estimulação donervo e fibrilação 
ventricular são muito maiores que as densidades de corrente estimadas 
induzidas em condições de RM clínica de rotina. 
A produção de magnetofosfenos é considerada uma das respostas 
fisiológicas mais sensíveis ao campo magnético de gradiente. Acredita-se que 
os magnetofosfenos sejam causados por estimulação elétrica da retina e sejam 
completamente reversíveis, sem efeitos associados sobre a saúde. Foram 
produzidos por densidades de corrente de aproximadamente 17µA/cm². Em 
contraste, as correntes necessárias para indução de potenciais de ação do 
nervo são de aproximadamente 3.000µA/cm², e aquelas necessárias para 
indução de fibrilação ventricular no tecido cardíaco saudável são calculadas em 
100 a 1.000µA/cm². Embora não saibamos de casos descritos de 
magnetofosfenos para campos de 1,95T ou menos, os magnetofosfenos foram 
descritos de 4,0T ou próximos. Além disso, gosto metálico e sintomas de 
vertigem também parecem ser associados aos movimentos rápido dentro do 
campo magnético destes sistemas de 4,0T. 
 
BIOEFEITOS DOS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS DE RF 
 
A radiação é capaz de gerar calor em tecidos em dentrimento das perdas 
resistivas. Os principais bioefeitos associados à exposição à radiação de RF 
estão relacionados às qualidades termogênicas deste campo eletromagnético. 
A exposição à radiação de RF também pode causar alterações não-térmicas, 
campo-específicas em sistemas biológicos sem aumento significativo de 
 
temperatura. Este verso devido às declarações acerca do papel dos campos 
eletromagnéticos na produção de câncer e anormalidades do desenvolvimento 
e nas ramificações destes efeitos. Um relato da United States Environmental 
Protection Agency afirmou que as evidências existentes nesta questão são 
suficientes para demonstrar uma relação entre exposições a campos 
eletromagnéticos de baixo nível e o desenvolvimento de câncer. Até hoje, não 
foram realizados estudos específicos de possíveis bioefeitos não-térmicos das 
imagens de RM. Uma revisão no que se refere à RM foi publicada por Beers. 
Ao estudar as preocupações acerca da deposição de energia de RF, os 
pesquisadores quantificaram a exposição à radiação de RF através da 
determinação da taxa de absorção específica (TAE). A TAE é a taxa 
normalizada para massa em que a energia de RF é acoplada ao tecido 
biológico, sendo expressa em watts por quilograma. A TAE produzida durante 
RM é uma função complexa de inúmeras variáveis incluindo a freqüência (que, 
por sua vez, é determinada pela intensidade do campo magnético estático), o 
tipo de pulso de RF (90° ou 180°), o tempo de repetição a largura do pulso, o 
tipo de bobina de RF usada, o volume de tecido na bobina, a resistividade do 
tecido e a configuração da região anatômica estudada. O aumento real da 
temperatura tecidual causado por exposição à radiação de RF depende do 
sistema termorregulador do indivíduo (envolvendo fluxo sangüíneo cutâneo, 
área de superfície cutânea, taxa de suor, e outros fatores). 
A eficiência e o padrão de absorção da energia de RF são determinados 
pelas dimensões físicas do tecido em relação ao comprimento de onda 
incidente. Portanto, se o tecido for grande em relação ao comprimento de onda, 
a energia é absorvida na superfície; se for pequeno em relação ao 
comprimento de onda, há pequena absorção da energia de RF. Devido à 
relação entre energia de RF e dimensões físicas que acabamos de descrever, 
os estudos projetados para investigar os efeitos da exposição à radiação de RF 
durante RM no ambiente clínico exigem volumes teciduais e formas anatômicas 
comparáveis às de seres humanos. Os animais de laboratório não imitam ou 
simulam precisamente o sistema termorregulador ou as respostas dos seres 
humanos. Por estas razões, os resultados obtidos em experiências com 
 
animais de laboratório não podem ser “calculados
 
” ou extrapolados para seres 
humanos. 
Imagens de RM e Exposição à Radiação de RF 
Os poucos estudos existentes não se aplicavam diretamente à RM porque 
estas investigações examinavam sensações térmicas ou aplicações 
terapêuticas de diatermia, geralmente envolvendo apenas regiões localizadas 
do corpo. 
Foram realizados diversos estudos de absorção de energia de RF durante 
RM, e estes forneceram informações úteis sobre o aquecimento de tecidos em 
seres humanos. Durante a produção de imagens de RM, o aquecimento 
tecidual resulta basicamente de indução magnética com uma contribuição 
negligenciável dos campos elétricos, de forma que o aquecimento ôhmico é 
maior na superfície do corpo e aproxima-se de zero no centro do corpo. 
Cálculos e medidas preditivos obtidos de forma fictícia e em seres humanos 
expostos a estudo por RM apóiam este padrão de distribuição da temperatura. 
Uma investigação utilizando sondas de termometria fluróptica que não 
são perturbadas por campos eletromagnéticos demonstrou que seres humanos 
exposto a RM em níveis de TAE até 4,0 W/Kg (dez vezes maior que o nível 
atualmente recomendado pela United States Food and Drug Administration 
[FDA]) não apresentam aumento estatisticamente significativos da temperatura 
corporal e apresentam elevações das temperaturas cutâneas que não parecem 
ser clinicamente perigosas. Estes resultados implicam que o nível de exposição 
sugerido de 0,4 W/Kg para radiação de RF durante RM é muito conservador 
para pessoas com função termorreguladora normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Órgãos Termossensíveis 
Alguns órgãos humanos possuem capacidades reduzidas de dissipação 
do calor, como os testículos e os olhos, são particularmente sensíveis a 
temperaturas elevadas. São locais primários de possíveis efeitos prejudiciais se 
as exposições à radiação de RF durante RM forem excessivas. 
 
 
Testículos 
Investigações laboratoriais demonstraram efeitos prejudiciais sobre a 
função testicular (incluindo redução ou cessação da espermatogênese, 
comprometimento da motilidade dos espermatozóides e degeneração dos 
túbulos seminíferos) causados por aquecimento induzido por radiação de RF 
decorrente de exposições suficientes para aumentar as temperaturas teciduais 
escrotais ou testiculares até 38°C a 42°C. A maior alteração na temperatura 
cutânea escrotal foi 2,1°C e a maior temperatura cutânea escrotal registrada foi 
34,2°C Estas mudanças de temperatura estava abaixo do limiar que 
compromete a função testicular. 
 
 
Olhos 
A dissipação de calor do olho é um processo lento e ineficiente devido à 
sua relativa ausência de vascularização. Exposições agudas de campo 
próximos à radiação de RF, caso sejam de intensidade e duração suficientes, 
dos olhos ou cabeças de animais de laboratório demonstraram ser 
cataratogênicas em virtude da ruptura térmica dos tecidos oculares. As 
temperaturas das córneas foram medidas em pacientes submetidos a estudo 
por RM do cérebro, utilizando uma bobina de emissão-recepção para cabeça 
TAEs locais de até 3,1 w/Kg. A maior modificação da temperatura da córnea foi 
de 1,8°C e a maior temperatura média foi de 34,4°C. Como limiar da 
temperatura para cataratogênese induzida por radiação de RF em modelos de 
animais foi demonstrado entre 41°C e 55°C para exposições agudas, em 
 
campo próximo, não parece que a RM utilizando uma bobina para cabeça 
tenha o potencial de causar lesão térmica do tecido ocular. 
 
 Os, chamados de “pontos quentes” da radiação de RF causados por 
uma distribuição desigual da energia de RF podem surgir sempre que forem 
produzidas concentrações de corrente associas a padrões condutivos 
restritivos. Alguns sugeriram que os pontos quentes da RF podem gerar pontos 
quentes térmicos em determinadas condições durante imagens de RM. Como a 
radiação de RF é absorvida principalmente pelos tecidos periféricos, foi usada 
termografia para estudar o padrão de aquecimento associado às imagens de 
RM em TAEs de corpo todo altas. O estudo demonstrou evidência depontos 
quentes térmicos na superfície relacionados à RM em seres humanos. O 
sistema termorregulador aparentemente responde ao estímulo do calor 
distribuindo a carga térmica, produzindo um efeito de “espalhamento” das 
temperaturas superficiais. Todavia, há uma possibilidade de que possam surgir 
pontos quentes térmicos internos nas imagens de RM. 
Radiação de RF “Pontos Quentes” 
 
 
ORI ENTAÇÕES DA FDA NORTE-AMERICANA PARA APARELHOS DE RM 
Teoricamente, “pontos quentes” da radiação de RF causados por RM 
foram reclassificados de classe III, na qual é exigida aprovação pré-
comercialização, para classe II, que é regulada por padrões de desempenho 
desde que os aparelhos estejam dentro dos limites definidos. Após esta 
reclassificação, os novos aparelhos só tinham que demonstrar ser 
“substancialmente equivalentes” a qualquer aparelho classe II trazido ao 
mercado utilizando o processo de notificação pré-comercialização (510[K]) ou a 
qualquer dos dispositivos descritos pelos 13 fabricantes de sistemas de RM 
que haviam solicitado reclassificação à FDA. 
Foram então identificadas quatro áreas relativas ao uso de sistemas de 
RM para as quais a FDA divulgou orientações de segurança. Incluindo: 
 
 
1- O Campo Magnético Estático, 
2- Os Campos Magnéticos de Gradiente, 
3- A Potência de RF do Exame 
4- Considerações Acústicas. 
 
As orientações a seguir foram extraídas do “Safety Parameter Action 
Levels” da FDA: 
 
Campo Magnético Estático: A Intensidade do campo magnético estático 
que não ultrapassem 2,0T está abaixo do nível de preocupação para o campo 
magnético estático. 
Campo Magnético de Gradiente: Limitar a exposição do paciente a 
campos magnéticos variáveis no tempo com intensidades menores que 
aquelas necessárias para produzir estimulação do nervo periférico ou outros 
efeitos. Há três alternativas: 
 Demonstrar que a taxa máxima de modificação do campo 
magnético (dB/dt) do sistema de 6T/s ou menos. 
 Demonstrar que para gradientes axiais, dB/dt < 20T/s para µs ≤ 
120 ms, dB/dt < (2.400/p) T/s para 12 ms < µs < 120 ps, ou dB /dt < 200T/s 
para µs ≤ 12 ps, onde µs é igual à largura (em frações de segundo) de um 
pulso retangular ou a metade do período de um pulso dB/dt sinusoidal. Para 
gradientes transversais, dB/dt é considerado abaixo do nível de preocupação 
quando é menor que o triplo dos limites acima gradientes axiais. 
 Demonstrar com evidências científicas válidas que o dB/dt para o 
sistema não é suficiente para causar estimulação nervosa periférica com uma 
margem adequada de segurança (no mínimo um fator de três). 
O parâmetro dB/dt deve ser menor que um dos dois níveis de 
preocupação por apresentação de medida científica válida ou evidência 
quantitativa suficiente para demonstrar que o dB/dt não causa preocupação. 
 
 
 
 
Deposição da Energia de RF: Opções para controlar o risco de 
sobrecarga térmica sistêmica e lesão térmica local causada por absorção da 
energia de RF como a seguir: 
 Se a TAE for de 0,4 W/Kg ou menos para todo o corpo e o pico 
espacial for de 8,0 W/Kg ou menos em qualquer 1g de tecido, e se a TAE for 
de 3,2 W/Kg ou menos em média sobre a cabeça, então está abaixo do nível 
de preocupação. 
 Se a exposição a campos magnéticos de RF for insuficiente para 
produzir um aumento da temperatura central de 1°C e aquecimento localizado 
não superior a 38°C na cabeça, 39°C no tronco e 40°C nos membros, então é 
considerada abaixo do nível de preocupação. 
O parâmetro de aquecimento de RF deve estar abaixo dos dois níveis de 
preocupação por apresentação de medida científica válida ou evidência de 
cálculo suficiente para demonstrar que os efeitos do aquecimento de RF não 
preocupam. 
 
Níveis de Ruído Acústico: Os níveis de ruído acústico associados ao 
aparelho devem ser mostrados abaixo do nível de preocupação estabelecido 
por regulamentação federal pertinente ou outras organizações reconhecidas de 
estabelecimento de padrões. 
Se o ruído acústico não estiver abaixo do nível de preocupação, o 
fabricante deve recomendar medidas para reduzir ou avaliar o ruído ao qual o 
paciente é exposto. 
 
IMAGENS DE RM E RUÍDO ACÚSTICO 
 
 O ruído acústico produzido durante o exame por RM representa um 
possível risco para os pacientes. O ruído acústico está associado à ativação e 
desativação da corrente elétrica que induz vibrações das bobinas de gradiente. 
Este som repetitivo é realçado por ciclos de funcionamento de maior gradiente 
e transições de pulso mais agudas. Assim, o ruído acústico tende a aumentar 
com diminuições nas espessuras do corte, diminuição dos campos de visão, 
tempos de repetição e tempo de eco. 
 
Os níveis de ruído relacionados ao campo magnético de gradiente 
medidos em vários “scanners” de RM comerciais estão na faixa de 65 a 95 dB, 
que é considerado dentro das orientações de segurança recomendadas pela 
FDA. Entretanto, houve relatos de que o ruído acústico gerado durante 
produção de imagens de RM causou perturbação do paciente, interferência 
com a comunicação verbal e perda auditiva reversível em pacientes que não 
usaram proteção auricular. Um estudo de pacientes submetidos a exame por 
RM sem tampões de ouvido resultou em perda auditiva temporária em 43% dos 
indivíduos. Além disso, é possível que o ruído significativo induzido pela bobina 
de gradiente cause comprometimento auditivo permanente em pacientes 
particularmente susceptíveis aos efeitos prejudiciais de ruídos relativamente 
altos. 
A forma mais segura e menos dispendiosa de evitar problemas 
associados a ruído acústico durante RM clínica é incentivar o uso rotineiro de 
tampões de ouvido descartáveis. Foi demonstrado que o uso de proteção 
auditiva evita com sucesso qualquer perda auditiva temporária que possa estar 
associada a exames de RM clínicos. Fones de ouvido compatíveis com RM 
que abafam significativamente o ruído acústico também estão à venda. 
Outra estratégica aceitável para reduzir os níveis de som durante estudo 
por RM é usar uma técnica de interferência “anti-ruído” ou destrutiva que não 
apenas reduza efetivamente o ruído, mas também permita melhor 
comunicação entre o paciente e a equipe. Esta técnica requer uma análise 
Fourier em tempo real de ruído emitido do sistema de RM. É produzido, então, 
um sinal que possui as mesmas características físicas, mas em fase opostas 
do som gerado pelo sistema de RM. Os dois sinais em fases opostas são então 
combinados, resultando em cancelamento do ruído repetitivo enquanto se 
permite a transmissão de outros sons como música e voz para o paciente. Uma 
investigação recente não demonstrou degradação significativa da qualidade da 
imagem quando as imagens de RM são produzidas com sistemas que usam 
este método anti-ruído. Embora ainda não tenha encontrado aplicação clínica 
difusa, esta técnica tem considerável potencial de minimizar o ruído acústico e 
seus problemas associados. 
 
 
 
 INVESTIGAÇÕES DOS EFEITOS BIOLÓGICOS DAS IMAGENS DE RM 
 
As investigações realizadas especificamente para estudar os possíveis 
bioefeitos das imagens de RM, demonstraram que foi predominante negativo, 
sustentando a visão ampla de que não há riscos significativos à saúde, 
associados ao uso desta modalidade de imagem. As experiências que 
fornecem resultados positivos identificaram possíveis respostas biológicas 
inespecíficas, determinaram alterações prejudiciais ou encontraram bioefeitos 
que exigem comprovação adicional. 
Nestes estudos, os aspectos dosimétricos da exposição a campos 
eletromagnéticos estáticos, de gradiente ou de RF variaram e incluíram alguns 
que ultrapassaram as exposições clínicas, simularam-nas ou envolveram 
exposições crônicas de baixo nível. 
Em alguns casos, foram avaliados os efeitos de apenas um dos campos 
eletromagnéticos usados para RM. Teoricamente, a combinação de campos 
eletromagnéticos estáticos, de gradiente e de RF pode produziralguns 
bioefeitos incomuns ou imprevisíveis peculiares das imagens de RM. 
Freqüentemente há efeitos “janela” em relação às alterações biológicas 
que ocorrem em resposta à radiação eletromagnética. 
Os efeitos janela são alterações biológicas associadas a um espectro 
específico de radiação eletromagnética que não são observadas em níveis 
abaixo ou acima daquela faixa. Foram descritas janelas de intensidade do 
campo e de freqüência. 
Praticamente todas as experiências realizadas até hoje sobre efeitos 
biológicos da RM foram realizadas em janelas específicas e não se pode supor 
que os resultados sejam aplicados a todas as várias intensidades ou 
freqüências de campo utilizadas nas imagens de RM clínica. 
Vários sistemas biológicos também foram usados para esta experiência. 
Como mencionado eletromagnética aos tecidos biológicos é altamente 
dependente do tamanho do organismo ou do indivíduo, de fatores anatômicos, 
da duração da exposição, da sensibilidade dos tecidos envolvidos e de outras 
 
variáveis, estudos realizados em preparações laboratoriais não podem ser 
extrapolados ou diretamente aplicáveis a seres humanos nem ao uso clínico de 
RM. Portanto, é aconselhável uma conduta cuidadosa para interpretação dos 
resultados destes estudos. 
 
 
IMPLANTES E DISPOSITIVOS ATIVADOS ELÉTRICOS, MAGNÉTICA OU 
MECANICAMENTE 
 
A FDA exige colocação de etiquetas em sistemas de RM para indicar que 
o aparelho é contra-indicado em pacientes com implantes ativados elétrica, 
magnética ou mecanicamente porque os campos eletromagnéticos produzidos 
pelo sistema de RM podem interferir com a operação destes dispositivos. 
Portanto, pacientes com marcapassos cardíacos internos, desfibriladores 
cardíacos implantáveis, implantes cocleares, neuroestimuladores, 
estimuladores do crescimento ósseo, bombas de infusão de drogas eletrônicas 
implantáveis e outros aparelhos semelhantes poderiam ser afetados 
adversamente pelos campos eletromagnéticos usados nos exames de RM. 
Entretanto, o teste ex vivo de alguns destes implantes e dispositivos pode 
indicar que estes são, na verdade, compatíveis com a RM. 
Os riscos associados ao exame de pacientes com marcapassos cardíacos 
estão relacionados à possibilidade de movimento, fechamentos ou danos dos 
dispositivos de leitura, modificações do programa, inibição reversão para um 
modo de operação assicrônicos, interferência eletromagnética e corrente 
induzida nas derivações. Houve relatos de um paciente com marcapasso que 
foi examinado por RM sem incidente e de outro, que não era marcapasso-
dependente, submetido a imagens de RM que teve seu marcapasso 
desabilitado durante o procedimento. Embora o procedimento tenha sido 
realizado sem desconforto aparente para o paciente nem danos para o 
marcapasso, não é aconselhável realizar este tipo de manobra em paciente 
com marcapassos rotineiramente devido aos possíveis riscos mencionados 
acima. Houve uma morte relacionada à RM de um paciente com marcapasso. 
De particular preocupação é a possibilidade de que a derivação do 
 
marcapasso ou outra configuração de fio intracardíaca semelhante agisse 
como uma antena na qual os campos eletromagnéticos de gradiente ou de RF 
podem induzir corrente suficiente para causar fibrilização, queimadura ou 
outros eventos perigosos. Devido a este efeito teoricamente prejudicial e 
imprevistos, pacientes com fios de marcapasso externo residuais, fios de 
marcapasso temporário, cateteres de termodiluição de Swan-Ganz (cateter na 
artéria pulmonar com ponta em balão), ou outros tipos de fio condutor interno 
ou externo ou aparelho semelhante não devem ser submetidos a estudo por 
RM. 
Os implantes cocleares possuem um magneto de samáriocobalto com 
intensidade do campo relativamente alta, usados em conjunto com um 
magneto externo, para alinhar e manter uma bobina transmissora de RF sobre 
a cabeça do paciente, ou são ativados eletronicamente. Imagens de RM são 
rigorosamente contra-indicadas em pacientes com estes implantes devido a 
possibilidade de lesar o paciente ou danificar ou alterar a operação do implante 
coclear. 
Implantes que envolvem magnetos (ex., implantes dentários, esfíncteres 
magnéticos, tampões de estoma magnético, implantes oculares magnéticos e 
outros dispositivos semelhantes) podem ser desmagnetizados durante 
produção de imagem de RM, e pode ser necessário cirurgia para substituir o 
implante danificado. Portanto, se possível, tais implantes devem ser removidos 
do paciente antes do estudo por RM. Caso contrário, o estudo por RM não 
deve ser excluído do exame por RM, exceto se foi anteriormente demonstrado 
que o implante ou dispositivo específico não é afetado pelos campos 
magnéticos e eletromagnéticos usados. 
 
PACIENTE COM IMPLANTES E CORPOS ESTRANHOS METÁLICOS 
 
Devido à possibilidade de movimento ou deslocamento, imagens de RM 
são contra-indicadas em pacientes que possuem implantes, materiais ou 
corpos estranhos ferromagnéticos. Outros problemas que podem ser 
encontrados ao se examinar estes pacientes incluem indução de corrente 
elétrica no objeto, aquecimento excessivo do objeto e interpretação errada de 
 
um artefato produzido pela presença do objeto. Entretanto, estes últimos riscos 
possíveis são ou raramente encontrados ou insignificantes em comparação 
com a possibilidade de movimento ou deslocamento de um implante ou corpo 
estranho ferromagnético causado pelos campos magnéticos do sistema de RM. 
Inúmeras investigações avaliaram as qualidades ferromagnéticas de 
vários implantes, materiais ou corpos estranhos metálicos medindo-se as 
forças de deflexão ou movimentos associados aos campos magnéticos 
estáticos usados por "scanners" de RM. Estes estudos foram realizados para 
determinar o risco relativo de produzir imagens de RM em um paciente com 
objeto metálico em relação a se a atração magnética foi ou não suficientemente 
forte para produzir movimento ou deslocamento. 
Vários fatores devem ser considerados quando se avalia o risco relativo 
de realizar um procedimento de RM em pacientes com implante, material, 
dispositivos ou corpo estranho ferromagnético. Incluem a intensidade dos 
campos magnéticos estáticos e de gradiente, o grau relativo de 
ferromagnetismo do objeto, a massa e a geometria do objeto, a localização e a 
orientação do objeto in situ e o tempo em que o objeto permaneceu no local. 
Todos devem ser considerados antes de permitir que pacientes com 
objetos ferromagnéticos entrem no ambiente eletromagnético do sistema RM. 
 
Clipes de Aneurisma e Hemostáticos 
 
Dos diferentes clipes de aneurisma e vasculares estudados e relatados na 
literatura, muitos dos clipes de aneurisma e nenhum dos clipes vasculares 
foram considerados ferromagnéticos. Portanto, apenas pacientes que 
definitivamente possuem clipes de aneurisma não-ferromagnéticos devem ser 
expostos aos campos magnéticos usados para imagens de RM. Qualquer 
paciente com um dos clipes hemostáticos testados previamente pode ser 
submetidos com segurança a exame por RM. 
 
 
 
 
Clampes Vasculares da Artéria Carótida 
 
Todos os clampes vasculares da artéria carótida avaliados quanto à 
ferromagnetismo apresentaram forças de deflexão. Entretanto, apenas o 
clampes de Poppen-Bloalock (Codman, Randolph, MA) foi considerado contra-
indicado em pacientes submetidos à RM devido ao significativo 
ferromagnetismo exibido por este objeto. Outros clampes vasculares da artéria 
carótida são considerados seguros para imagens de RM devido às forças de 
deflexão mínimas relativas ao seu uso em uma aplicação in vivo (isto é, as 
forças de deflexão são insignificantes e, portanto, há pequena possibilidade de 
movimento ou deslocamento significativo do implante). 
 
Dispositivos e Materiais Dentários 
 
Vários dispositivos e materiais dentários foram testados quanto ao 
ferromagnetismo. Embora muitos tenham demonstrado forças de deflexão, 
apenasalguns representam um possível risco para pacientes submetidos à RM, 
porque são dispositivos ativados magneticamente. 
 
Valvas Cardíacas 
 
Muitas próteses valvares cardíacas disponíveis comercialmente foram 
testadas quanto ao ferromagnetismo. A maioria apresentou forças de deflexão 
mensuráveis, entretanto, as forças de deflexão foram relativamente 
insignificantes em comparação com a força exercida pelo coração que bate. 
Portanto, os pacientes com próteses valvares cardíacas podem ser submetidos 
com segurança às imagens de RM. 
 
 
 
 
 
 
Implantes Oculares 
 
Vários implantes oculares foram avaliados quanto ao ferromagnetismo. 
Destes, a mola palpebral de Fatio e tacha retiniana feitos de aço inoxidável 
martensítico apresentam forças de deflexão associadas causariam movimento 
ou deslocamento de um implante, é possível que um paciente com um destes 
implantes sentisse desconforto ou sofresse uma pequena lesão durante o 
estudo por RM. 
 
 
Implantes, Materiais, e Dispositivos Ortopédicos 
 
A maioria dos implantes, materiais e dispositivos ortopédicos testados 
para ferromagnetismo demonstrou ser de materiais não-ferromagnéticos. 
Portanto, pacientes com estes implantes, materiais e dispositivos podem ser 
submetidos a exame de RM seguro. O parafuso de interferência Perfix 
(instrument Makar, Okemos, MI) usado para reconstrução do ligamento do 
cruzado anterior é composto de material ferromagnético, mas não representa 
um risco para o paciente submetido a imagens de RM devido à força 
significativa que o matem in vivo. Entretanto, o artefato de imagem resultante 
impede a avaliação do joelho utilizando imagens de RM. 
 
 
Implantes Otológicos 
 
Imagens de RM são contra-indicadas em pacientes com os implantes 
cocleares avaliados até hoje para ferromagnetismo. Além de serem atraídos 
por campos magnéticos estáticos, estes implantes também são ativados 
eletrônica ou magneticamente. Apenas um dos implantes otológicos testados 
apresentava forças de deflexão associadas. Este implante, a prótese do estribo 
em pistão McGee composta de platina e aço inoxidável cromo 17-níquel 4 
 
(Richards Medical, Memphis, TN), foi produzido de forma limitada em meados 
de 1987 e foi recolhido pelo fabricante. Os pacientes com este implantes 
otológico receberam cartões de advertência que os instruíram a não 
submeterem a imagem de RM. 
 
 
Chumbo Projéteis de Arma de Fogo e Estilhaços 
 
A maioria dos chumbos e projéteis de arma de fogo testados para 
ferromagnetismo é composta de material não-ferromangnético. Tipicamente, a 
munição ferromagnética provinha de outros países ou era usada por militares. 
Os estilhaços geralmente contêm quantidade variáveis de aço e, portanto, 
representam um possível risco para imagens de RM. Além disso, como os 
chumbos, projéteis de arma de fogo e estilhaços podem ser contaminados por 
materiais ferromagnéticos, estes objetos representam contra-indicações 
relativas para exame por RM. Os pacientes com estes corpos estranhos devem 
ser avaliados individualmente, determinando se o objeto está posicionado 
próximo de uma estrutura neural, vascular ou de tecidos moles vital. Isso pode 
ser avaliado colhendo-se uma história cuidadosa e utilizando radiografia 
simples para determinar a localização do corpo estranho. 
 
 
Implantes Penianos e Esfíncteres Artificiais 
 
Um dos implantes penianos testados para ferromagnetismo apresentou 
forças de deflexão significativas. Embora seja improvável que este implante, o 
Omniphase (Dacomed, Minneapolis, MN), causasse lesão grave de um 
paciente submetido a imagens de RM, seria indubitavelmente desconfortável 
para o paciente. 
Portanto, este implante é considerado uma contra-indicação relativa a 
imagens de RM. A maioria dos esfíncteres artificiais que já foram testados é 
feitos de materiais não-ferromagnéticos. Entretanto, ao menos um esfíncter 
 
artificial atualmente submetido a provas clínicas tem um componente 
magnético e, portanto, os pacientes com este dispositivo não devem ser 
submetidos a imagens de RM. 
 
Abertura de Acesso Vascular (Ports) 
 
Das várias aberturas de acesso vascular testadas para ferromagnetismo, 
duas mostraram forças de deflexão mensuráveis, mas as forças foram 
consideradas insignificantes em relação à aplicação in vivo destes implantes. 
Portanto, é considerado seguro produzir imagens de RM em um paciente que 
pode ter uma destas aberturas de acesso vascular testadas previamente. A 
exceção a isto é qualquer abertura de acesso vascular que seja programável 
ou ativada eletronicamente. Os pacientes com este tipo de abertura de acesso 
vascular não devem ser submetidos a imagens de RM. 
 
 
Outros Implantes Metálicos 
 
Vários tipos de outros implantes, materiais e corpos estranhos metálicos 
também foram testados para ferromagnetismo. Destes, o conector do tubo da 
derivação ventricular cerebral (tipo desconhecido) e o expansor tecidual ativado 
magneticamente exibiram forças de deflexão que podem representar risco para 
pacientes durante um exame por RM. Uma arruela em “O” usada como 
marcador vascular também mostrou ferromagnetismo, mas foi determinado que 
a força de deflexão fosse mínima em relação ao uso deste dispositivo in vivo. 
Todos os diafragmas contraceptivos testados para ferromagnetismo 
exibiram forças de deflexão significativas. Entretanto, nós realizamos estudos 
por RM em pacientes com estes dispositivos que não queixaram de qualquer 
sensação relacionada ao movimento destes objetos. Portanto, não se acredita 
que o exame de pacientes com diafragmas seja considerado fisicamente 
perigoso para as pacientes. 
 
 
 
Orientações Gerais 
 
De acordo com as informações de Polices, Guidelines, and 
Recommendations for MR Imaging Safety and Pacient Management publicado 
pela Society for Magnetic Resonance Imaging Safety Committee, os pacientes 
com dispositivos elétrica, magnética ou mecanicamente ativados ou 
eletricamente condutores devem ser excluídos do estudo por RM, exceto se foi 
previamente demonstrado que o dispositivo específico (geralmente por 
procedimentos de teste ex vivo) não é afetado pelos campos eletromagnéticos 
usados para imagens de RM clínica e não houver possibilidade de lesar o 
paciente. Durante o processo de triagem para RM, os pacientes com tais 
dispositivos devem ser identificados antes do exame e antes da exposição a 
campos eletromagnéticos. Se o dispositivo ainda não fio testado quanto à 
compatibilidade com RM, não deve permitir que o paciente seja submetido a 
imagens de RM. 
 
 
Triagem de Pacientes com Corpos Estranhos Metálicos 
 
Pacientes que tiveram corpos estranhos metálicos como lascas, projéteis 
e arma de fogo, estilhaços ou outros tipos de fragmentos metálicos devem ser 
submetidos a triagem antes do exame por RM. O risco relativo de examinar 
estes pacientes depende das propriedades ferromagnéticas do objeto, de seu 
formato e dimensões e da intensidade dos campos magnéticos estáticos e 
gradientes do sistema de RM. Também é importante a intensidade com que o 
objeto está fixado no tecido e se está ou não posicionado em, ou adjacente a, 
uma estrutura neural, vascular ou de tecidos vital. 
Um paciente com um corpo estranho metálico intra-ocular está sob risco 
especifico de lesão ocular significativa pelo campo magnético estático de um 
sistema de RM. Em um caso descrito, um paciente apresentava um fragmento 
metálico intra-ocular oculto (2,0 x 3,5 mm) que se deslocou durante estudo por 
 
RM em um “scanner” de 0,35T, resultando em hemorragia do vítreo que 
causou cegueira. Este incidente enfatiza a importância de triagem adequada de 
pacientes com suspeita de corpos estranhos metálicos intra-oculares antes das 
imagens de RM. 
A pesquisa demonstrou que pequenos fragmentos metálicos intra-
oculares (de apenas 0,1 x 0,1 x 0,1mm) podem ser detectados utilizando-se 
radiografias simplespadronizadas. Embora tenha sido demonstrado que a 
tomografia computadorizada em cortes finos (≤ 3mm) detecte corpos estranhos 
metálicos de apenas 0,15mm, é improvável que um fragmento metálico deste 
tamanho seja deslocado durante estudo por RM, mesmo com um campo 
magnético estático de até 2,0T. Fragmentos metálicos de vários tamanhos e 
dimensões, variando de 0,1 x 0,1 x 0,mm a 3,0 x 1,0 x 1,0 mm, foram 
examinados para determinar se foram movimentados ou deslocados dos olhos 
de animais de laboratório durante exposição a um sistema de RM de 2,0T. 
Apenas o fragmento maior (3,0 x 1,0 x 1,0 mm) rodou, mas mesmo isso não 
causou qualquer lesão discernível do tecido ocular. Portanto, o uso de 
radiografia simples pode ser uma técnica aceitável para identificar ou excluir 
um corpo estranho metálico intra-ocular que representa um possível risco para 
o paciente submetido a imagens de RM. Os pacientes altamente suspeitos de 
terem um corpo estranho metálico intra-ocular (por exemplo, um trabalhador 
com metal exposto a lascas metálicas com uma história de lesão ocular) devem 
ser submetidos a radiografias simples das órbitas para excluir a presença de 
fragmentos metálicos antes da exposição ao campo magnético estático. Se um 
paciente com suspeita de corpo estranho intra-ocular ferromagnético não 
apresenta sintomas e uma série de radiografias simples das órbitas não 
demonstra um corpo estranho radiopaco, o risco de realizar exame por RM é 
mínimo. O uso de radiografia simples para pesquisar corpos estranhos 
metálicos é uma forma sensível e de custo relativamente baixo de identificar 
pacientes não adequados para RM e também pode ser usada para triagem de 
pacientes que podem ter fragmentos metálicos em outros locais potencialmente 
do corpo. 
Cada local de imagens de RM deve estabelecer uma política padronizada 
para triagem de pacientes com suspeita de corpos estranhos. A política deve 
 
incluir orientações sobre que pacientes necessitam de estudo por 
procedimentos radiológicos, o procedimento específico a ser realizado 
(incluindo o número e tipos de incidências e a posição do paciente) e cada 
caso deve ser considerado individualmente. Estas precauções devem ser 
tomadas para todos os pacientes encaminhados para RM em qualquer tipo de 
sistema de RM, independentemente da intensidade do campo, tipo de magneto, 
presença ou ausência de proteção magnética. 
 
IMAGENS DE RM DURANTE A GRAVIDEZ 
 
Embora imagens de RM não sejam consideradas perigosas para o feto, 
apenas alguns pesquisadores examinaram o potencial teratogênico desta 
modalidade de produção de imagem. Por comparação, foram realizados 
literalmente milhares de estudos para examinar os possíveis riscos da ultra-
sonografia durante a gravidez e ainda há controvérsia acerca do uso seguro 
desta técnica de imagens com radiação não-ionizante. 
A maioria dos estudos iniciais realizados para determinar possíveis 
bioefeitos indesejáveis durante a gravidez mostrou resultados negativos. Mais 
recentemente, um estudo examinou os efeitos das imagens de RM em 
camundongos expostos no meio da gestação. Embora não fossem observados 
efeitos embriotóxicos, houve redução do comprimento cabeça-nádega. Em 
outro estudo realizado por Tyndall e Sulik, a exposição aos campos 
eletromagnéticos usados para um exame de RM clínico simulado causaram 
malformações oculares em uma cepa de camundongos com predisposição 
genética. Portanto, parece que os campos eletromagnéticos usados para RM 
possuem a capacidade de produzir anormalidades do desenvolvimento. 
Existem vários mecanismos que podem produzir bioefeitos prejudiciais em 
relação ao feto em desenvolvimento e o uso de campos eletromagnéticos 
durante produção de imagens de RM. Além disso, sabe-se que as células que 
sofrem divisão, como no caso do feto em desenvolvimento durante o primeiro 
trimestre, são altamente susceptíveis a lesão por diferentes tipos de agentes 
físicos. Portanto devido aos dados limitados disponíveis no momento, é 
 
recomendada uma conduta cautelosa para o uso de imagens de RM em 
gestantes. 
As orientações atuais da FDA exigem identificação de aparelhos de RM 
para indicar que não foi estabelecida a segurança da RM quando usada para 
estudar o feto e o lactente. Na Grã-Bretanha, os limites aceitáveis de exposição 
para estudo por RM clínico recomendados pelo National Radiological 
Protection Board em 1983 especificam que poderia ser prudente excluir 
gestantes durante os 3 primeiros meses de gravidez. 
De acordo com o Safety Commitee of the Society for Magnetic 
Resonance Imaging (informações também adotadas recentemente pelo 
American College of Radiology), o exame por RM é indicado para uso em 
gestantes se outras formas de estudo diagnóstico não-ionizantes forem 
inadequadas ou se o exame fornecer informações importantes que exigiriam 
exposição à radiação ionizante (como exposição a raios-X ou tomografia 
computadorizada). Recomenda-se que as pacientes grávidas sejam 
informadas de que, até hoje, não houve indicação de que o uso de RM clínica 
durante a gravidez tenha produzido efeitos prejudiciais. Entretanto, como 
observado pela FDA, a segurança da RM durante a gravidez não foi 
comprovada. As pacientes grávidas, ou que suspeitam estar grávidas, devem 
ser identificadas antes de serem submetidas à produção de imagens de RM 
para avaliar os riscos versus os benefícios do exame. 
Outra preocupação relacionada às imagens de RM na gestante é que 
durante o primeiro trimestre de gravidez a taxa de abortos espontâneos é muito 
alta (maior que 30%) na população em geral. Possíveis implicações médico-
legais relativas a abortos espontâneos exigem que haja cuidado especifico no 
uso de imagens de RM durante este período. 
 
 
 
 
 
 
 
CLAUSTROFOBIA, ANSIEDADE E DISTÚRBIOS DE PÂNICO 
 
 
Claustrofobia e várias outras reações psicológicas incluindo ansiedade e 
distúrbios de pânico podem ser encontradas em até 5% a 10% das pacientes 
submetidas a produção de imagens de RM. Estas sensações originam-se de 
vários fatores, incluindo as dimensões restritivas do interior do “scanner”, a 
duração do exame, os ruídos induzidos pelo gradiente e as condições 
ambientes dentro do orifício do “scanner”. 
Felizmente, as respostas psicológicas adversas à produção de imagens 
de RM geralmente são transitórias. Entretanto, houve um relato de dois 
pacientes sem história de claustrofobia que toleraram a RM com grande 
dificuldade e tiveram claustrofobia persistente que exigiu tratamento 
psiquiátrico prolongado. Como as respostas psicológicas adversas ao estudo 
por RM tipicamente retardam ou exigem cancelamento do exame, foram 
desenvolvidas as técnicas a seguir, que podem ser usadas para evitar estes 
problemas. 
• Informar ao paciente sobre os aspectos específicos do exame por RM 
incluindo o nível de ruído induzido por gradiente a esperar, as dimensões 
internas do “scanner” e a duração do exame. 
• Permitir que um parente ou amigo apropriadamente escolhido 
permanecesse com o paciente durante o procedimento. 
• Usar fones de ouvido com música calma para diminuir o ruído repetitivo 
criado pelas bobinas de gradiente. 
• Manter contato físico ou verbal com o paciente durante todo o exame. 
• Colocar o paciente em decúbito ventral com o queixo apoiado por um 
travesseiro. Nesta posição, o paciente é capaz de visualizar a abertura do 
orifício, o que ajuda a aliviar o sentimento de “estar trancado”. Outra forma de 
reduzir a claustrofobia é colocar primeiro os pés do individuo em vez de colocar 
primeiro a cabeça no “scanner”. 
• Espelhos montados no “scanner” ou vidros espelhados ou prismáticos 
no “scanner” permitem que o paciente veja do lado de fora. 
 
• Um grande foco de luz em uma das extremidades do “scanner” diminui a 
ansiedade por estar em um local escuro e longo. 
• Uma venda ajuda a mascarar o ambiente próximo do paciente.• Técnicas de relaxamento, como respiração controlada e imaginação, 
também são úteis. Também, vários relatos de casos mostraram que a 
hipnoterapia é eficaz na redução de claustrofobia e ansiedade relacionada à 
RM. 
• Usar técnicas de dessensibilização psicológica antes do exame por RM. 
 
Vários pesquisadores recentemente tentaram comparar a eficácia destas 
técnicas na redução de ansiedade ou claustrofobia induzida pela RM. Um 
destes estudos demonstrou que o fornecimento de informações detalhadas 
sobre o procedimento de RM, além de exercícios de relaxamento, reduziu com 
sucesso o nível de ansiedade de um grupo de pacientes antes e durante a RM. 
A redução semelhante da ansiedade não poderia ser demonstrada em 
pacientes que receberam apenas informações ou aconselhamento para 
redução do estresse. Métodos de relaxamento também mostraram diminuir 
significativamente a ansiedade durante outros procedimentos médicos. Alguns 
sistemas de RM que utilizam campo magnético vertical oferecem desenho mais 
aberto que poderia reduzir a freqüência de problemas psicológicos associados 
a procedimentos de RM. 
 
 
MONITORIZAÇÃO DE PARÂMETROS FISIOLÓGICOS DURANTE IMAGENS 
DE RM 
 
Como o sistema de RM típico é construído de tal forma que o paciente é 
colocado dentro de uma estrutura cilíndrica, observações e monitorização 
convencional dos sinais vitais não são tarefas triviais. O equipamento de 
monitorização convencional não foi projetado para operar no ambiente de RM 
onde campos eletromagnéticos estáticos, de gradiente e de RF podem afetar 
adversamente sua operação. Felizmente, foram desenvolvidos monitores 
 
compatíveis com RM que são comumente usados em centros de RM que 
atendem a pacientes internados e ambulatoriais. 
É necessária monitorização fisiológica para o uso seguro do exame por 
RM em pacientes sedados, anestesiados, comatosos, gravemente enfermos ou 
incapazes de se comunicar com o operador do sistema de RM. Devem ser 
rotineiramente monitorizados durante o exame de RM e, considerando-se a 
disponibilidade de atual de monitores compatíveis com RM, não há razão para 
se excluir estes tipos de pacientes das imagens por RM. Todo parâmetro 
fisiológico que pode ser obtido em circunstâncias normais na unidade de 
terapia intensiva ou sala de cirurgia pode ser monitorizado durante produção de 
imagens de RM, incluindo freqüência cardíaca, pressão arterial sistêmica, 
pressão intracardíaca, concentração de dióxido de carbono corrente final, 
saturação de oxigênio, freqüência respiratória, fluxo sangüíneo cutâneo e 
temperatura. 
 Os monitores que contêm componentes ferromagnéticos (como 
transformadores ou revestimentos externos) podem ser fortemente atraídos por 
sistemas de RM de campo médio e alto, representando sério risco para o 
paciente e possível dano do sistema de RM. Como a intensidade do campo 
magnético estático padrão cai em razão da terceira potência da distância do 
magneto, a simples colocação do monitor a uma distância adequada do 
sistema de RM é suficiente para proteger a operação do dispositivo para ajudar 
e evitar que se transforme em um projétil em potencial. Se o equipamento de 
monitorização não estiver permanentemente fixado na posição, devem ser 
dadas instruções para toda a equipe apropriada acerca dos riscos de se 
aproximar muito este equipamento do sistema de RM. 
Além de serem influenciados pelo campo magnético estático, os 
monitores podem ser afetados adversamente por interferência eletromagnética 
dos pulsos de gradiente e RF do sistema de RM. Nestes casos, o aumento da 
extensão da interface paciente-monitor e o posicionamento do paciente fora da 
sala protegida para RF (na sala de controle, por exemplo) possibilitarão que o 
monitor funcione apropriadamente. Geralmente é necessário posicionar todos 
os monitores com os tubos de raios catódicos em um local no campo da orla 
magnética de forma que a exibição não seja curva ou distorcida. 
 
Alguns monitores emitem ruído eletromagnético espúrio que pode resultar 
em artefatos de imagem moderados a intensos. 
Podem, entretanto, ser modificados para funcionar durante exame por RM 
através da adição de cabos protegidos de RF, uso de transmissão dos sinais 
por fibra óptica (que está se tornando, cada vez mais, o método de escolha no 
ambiente de RM), ou uso de um revestimento externo especial. Também, 
podem ser acrescentados filtros especiais ao monitor para inibir o ruído 
eletromagnético. 
Também causa preocupação o fato de que algum equipamento de 
monitorização pode ser potencialmente prejudicial para pacientes se não forem 
seguidas precauções especiais. Uma causa primária de interações adversas 
entre sistema de RM e monitor fisiológico foi a interface usada entre o paciente 
e o equipamento, porque esta geralmente requer um cabo condutor ou outro 
dispositivo. A presença de material condutor na área imediata do sistema de 
RM é uma preocupação de segurança devido à possibilidade de queimaduras 
relacionadas ao monitor. Houve um relato de acidente envolvendo paciente 
anestesiado que sofreu queimadura de terceiro grau do dedo associada ao uso 
de um oxímetro de pulso durante imagens de RM. A investigação deste 
incidente revelou que o cabo que seguia do oxímetro de pulso até a sonda no 
dedo pode ter feito uma alça durante a produção de imagens de RM, e os 
campos magnéticos de gradiente ou RF induziram corrente suficiente para 
aquecer excessivamente a sonda do dedo, resultando na queimadura. Este 
problema também pode ocorrer com o uso de fios de derivação 
eletrocardiográfica ou qualquer outro cabo que possa fazer ou formar uma alça 
condutora que toque o paciente. 
As recomendações a seguir ajudam a evitar acidentes relacionados ao 
monitor: 
• O equipamento de monitorização só deve ser usado por pessoal 
treinado. 
• Todos os cabos e as derivações de dispositivos de monitorização que 
entram em contato com o paciente (a interface monitor-paciente) devem ser 
posicionados de modo a não se formarem alças condutoras. 
 
• Os dispositivos de monitorização que não parecem funcionar 
apropriadamente durante produção de imagens de RM devem ser 
imediatamente removidos do paciente e do ambiente magnético. 
 
TÉCNICAS PARA MONITORIZAÇÃO DE PARÂMETROS FISIOLÓGICOS 
 
Pressão Arterial 
 
Os monitores de pressão arterial não-invasivos utilizam a técnica 
oscilométrica para medir a pressão arterial, utilizando um transdutor de pressão 
conectado a um manguito de pressão arterial por um tubo de enchimento 
pneumático. Alguns monitores (como o Omega 1 400, In Vivo Research, 
Orlando, FL) possuem alarmes audíveis e visuais e também registradores em 
fita de papel. 
Ocasionalmente, a insuflação do manguito perturba pacientes levemente 
sedados, principalmente crianças, e assim pode causar o seu movimento e a 
distorção da imagem de RM. Por esta razão, o monitor de pressão arterial não-
invasivo pode não representar o instrumento ideal para obtenção de sinais 
vitais em todos os grupos de pacientes. Se necessária, a monitorização direta 
das pressões sistêmicas ou intracardíacas pode ser realizada utilizando-se um 
transdutor de pressão de fibra óptica feito totalmente de plástico. 
 
Freqüência Respiratória, Oxigenação e Troca Gasosa 
 
A monitorização de parâmetros respiratórios durante produção de 
imagens de RM de pacientes sedados ou anestesiados é particularmente 
importante porque as medicações usadas para estes procedimentos podem 
produzir complicações de depressão respiratória. Portanto, como padrão de 
assistência, deve-se usar sempre um oxímetro de pulso, capnómetro ou 
capnôgrafo para monitorizar pacientes sedados ou anestesiados durante 
produção de imagens de RM. 
 
Os monitores respiratórios usados com sucesso em pacientes pediátricos 
ou adultos sedados (como o Respiration Monitor modelo 515 e Capnometer 
modelo 8800, Biochem International, Wauskesha, WI )têm custo relativamente 
baixo e podem ser modificados para uso durante produção de imagens de RM 
pelo simples alongamento do tubo plástico que faz a interface com o paciente, 
de forma que os monitores possam ser colocados a no mínimo 2,5m do 
aparelho de RM não protegido. 
São usados oxímetros de pulso para registrar a saturação de oxigênio e a 
freqüência cardíaca. Foram usados oxímetros de pulso modificados, 
disponíveis no comércio, que utilizam cabos de fio rígido para monitorizar 
pacientes sedados e anestesiados durante a produção de imagens de RM e o 
período de recuperação com sucesso moderado. Estes oxímetros de pulso 
tendem a funcionar intermitentemente durante a produção de imagem de RM 
devido à interferência dos campos eletromagnéticos de gradiente ou RF. Em 
determinados casos, os pacientes foram queimados, provavelmente em virtude 
da indução de corrente excessiva em cabos condutores que formam alças 
impróprias fixados às sondas dos oxímetros de pulso do paciente. 
Atualmente existem oxímetros de pulso de fibra ópticas portáteis 
desenvolvidas para uso durante procedimentos de RM. Quando se utiliza 
tecnologia de fibra óptica para obter e transmitir sinais fisiológicos de pacientes 
submetidos a imagens de RM, não há interferência eletromagnética 
relacionada à RM associada. É fisicamente impossível que um paciente seja 
queimado utilizando um monitor de fibra óptica durante imagens de RM porque 
não há vias condutoras formadas por quaisquer materiais metálicos. 
 
Fluxo Sanguíneo Cutâneo 
 
O fluxo sanguíneo cutâneo pode ser monitorizado durante imagens de 
RM através da técnica de velocimetria Doppler com laser. Esta técnica de 
medida não-invasiva utiliza luz laser que é administrada à região de interesse, 
e nela detectada, por fios leves de fibra óptica de índice graduada e flexível. A 
ampliação Doppler da luz do laser dispersa por hemácias em movimento no 
tecido é analisada em tempo real por um processador análogo que indica a 
 
velocidade sanguínea instantânea e o volume e fluxo sanguíneos efetivos. A 
pequena sonda circular pode ser fixada a qualquer superfície cutânea 
disponível. Áreas com um fluxo sanguíneo cutâneo relativamente alto (como a 
mão, dedo, pé, artelho ou orelha proporcionam os melhores resultados. 
Traçados impressos obtidos por velocimetria Doppler com laser podem 
ser usados para determinar a freqüência cardíaca, freqüência respiratória e 
fluxo sanguíneo cutâneo do paciente. Um sinal audível pode ser ativado para 
permitir ao operador ouvir as alterações do fluxo sanguíneo durante a 
monitorização. Esta técnica de monitorização fisiológica continua é 
particularmente útil quando há preocupação em perturbar um paciente sedado 
porque é facilmente tolerada. 
 
Freqüência Cardíaca 
 
A monitorização do eletrocardiograma durante imagens de RM é 
necessária para estudo cardíaco, para controle para reduzir artefatos de 
imagem decorrentes do movimento fisiológico do líquido cerebrospinal no 
encéfalo e na coluna vertebral, e para determinar a freqüência cardíaca do 
paciente. Os artefatos causados pelos campos eletromagnéticos estáticos, de 
gradiente e RF podem distorcer intensamente a morfologia do 
eletrocardiograma, tornando a determinação do ritmo cardíaco, durante 
imagens de RM, extremamente difícil e não fidedigna. Embora possam ser 
usadas técnicas de filtragem sofisticadas para atenuar os artefatos dos campos 
de gradiente e RF, o campo magnético estático causa aumento da onda T, 
como mencionado anteriormente, e outras alterações inespecíficas da onda 
que são diretamente proporcionais à intensidade do campo e que não podem 
ser neutralizadas. 
Em alguns casos, as ondas T aumentadas induzidas por campo 
magnético estático podem ter maior amplitude que as ondas R, resultando em 
falsa deflagração e em determinação imprecisa do número de batimentos por 
minuto. Os artefatos do eletrocardiograma podem ser minimizados durante as 
imagens de RM através do uso de filtros especiais, de eletrodos de 
eletrocardiograma com quantidade mínima de metal, de seleção de fios de 
 
derivação com quantidade mínima de metal, de torção ou trancamento dos fios 
das derivações e de uso de posicionamentos especiais do chumbo. 
Os oxímetros de pulso descritos acima também podem ser usados para 
registrar com precisão a freqüência cardíaca durante exames por RM. Estes 
dispositivos possuem sondas que podem ser fixadas ao dedo, artelho ou lobo 
da orelha do paciente. 
 
PREPARAÇÃO DO PACIENTE 
 
a) Questionário prévio obrigatório para checar contra-indicações do paciente ao 
exame de Ressonância Magnética. 
 
Exemplo de questionário: 
 
Responda SIM ou NÃO para as perguntas abaixo. 
- Possui Marca Passo Cardíaco 
- Clipe de Aneurisma (Aneurisma Intra Craniano) 
- Foi submetido à cirurgia craniana 
- Apresenta Válvula cardíaca 
- Bomba de infusão 
- Filtros de Vasos Sanguíneos 
- Eletrodos 
- Utiliza Aparelho de Audição 
- Possui Implantes Cirúrgicos 
- Possui Implantes Metálicos em Ossos, Articulações 
- Placas, parafusos, Hastes Metálicas 
- Apresenta Tatuagem pelo corpo 
- Maquiagem Permanente 
- DIU 
- Próteses Dentárias Fixas 
- Foi atingido por projétil de arma de fogo 
 
Se trabalha com atividade que envolva manipulação de metais e teve 
problemas de fagulha nos olhos, avise-nos. 
 
b) Explicação do Exame 
 
Tempo: A duração do exame é variável. Depende do local a ser examinado, da 
colaboração do paciente, da necessidade de usar contraste, entre outros 
fatores. Os exames duram entre 30 a 60 minutos. 
 
 
Barulho: O exame de Ressonância Magnética emite ondas de radiofreqüência 
(semelhante às ondas de rádio), ocasionando o barulho. 
 
Tubo estreito: É importante informar ao paciente que o local do exame é um 
túnel, aberto, com uma contínua corrente de ar e luz. 
 
Comunicação com o paciente durante o exame: A comunicação pode ser feita 
através de um sistema de circuito interno de TV, microfone e fones de ouvido. 
 
Campainha de Alarme: Sempre deixar na mão do paciente quando possível, 
para haver comunicação em qualquer circunstância de emergência. 
Tranqüilizar o paciente. 
 
 
 
Esta figura mostra à dimensão do tubo, o fone de proteção de ouvido, a 
campainha para o paciente chamar o operador, e o painel de controle da mesa 
do aparelho de RM. 
 
 
 
 
 
Figura 2 
 
Figura 1: Rádio comunicador operador Vs paciente; este aparelho fica sobre a 
mesa do operador. 
 
Figura 2: Visão do operador em relação ao paciente, da mesa de operação, 
através de um vidro fosco; nota-se que o paciente fica fechado em uma sala, 
chamada de “Gaiola”, que é feita de alumínio. 
 
 
 
 
Sinalização de segurança que contém na porta da sala de Ressonância 
Magnética. 
 
 
 
 
 
Sinalização de segurança na porta da sala de máquina, onde contém o módulo 
de gradiente, bomba de refrigeração, ductos de refrigeração etc. 
 
 
 
 
CONTRA-INDICAÇÕES PARA O EXAME DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
 
 
 
Implantes Otológicos: Os implantes cocleares contra-indicam o exame de 
Ressonância Magnética, pois são deslocados quando expostos ao campo 
magnético e podem ser desativados eletronicamente. 
 
Colete de Swan-Ganz: A sua porção externa (entrada) contém agente 
ferromagnético que pode "derreter” quando exposto ao campo magnético. 
 
 Clips de Aneurisma Ferromagnético: contra- indicam o exame. 
 
Marca-Passo: Contra-indica o exame. 
 
Stents Intravasculares: Tais materiais aderem à parede do vaso 4 a 6 semanas 
após sua introdução, portanto após este período pode-se submeter o paciente 
ao exame. 
 
Claustrofobia e reações psicológicas: Claustrofobia e outras reações 
psicológicas, incluindo ansiedade e doenças do pânico podem ser encontradas 
 
em até 5 a 10% dos pacientes. Essas sensações originam-se devido a vários 
fatores: dimensão do aparelho, duração do exame, barulho, condições 
ambientais no interior do tubo, etc. 
 
O que fazer nessas situações: 
 
- Informe ao paciente a respeitodos aspectos específicos do exame, incluindo 
nível do ruído, as dimensões internas do aparelho, duração do exame, etc. 
 
- Deixe um familiar ficar com o paciente durante o procedimento. 
 
- Use fones de ouvido com músicas tranqüilas para reduzir os ruídos. 
 
- Mantenha contato físico ou verbal com o paciente. 
 
- Coloque o paciente em decúbito ventral (quando possível). Nesta posição ele 
verá a abertura do túnel, aliviando assim a sensação de "encarceramento". 
 
- Outro método é introduzir o indivíduo no aparelho com os pés entrando 
primeiro e não com a cabeça. 
 
OBS: é contra- indicado quando tiver dúvida sobre o posicionamento desses 
materiais ou se não estiverem firmemente aderidos. 
 
 
Próteses Vasculares Cardíacas: Não contra-indicam. 
 
Próteses, balas, fragmentos de projéteis e outros: É contra-indicado se o 
material estiver alojado próximo a uma estrutura neural, vascular ou tecido 
mole vital. 
 
Implantes, materiais e dispositivos ortopédicos: Não contra-indicam o exame. 
 
Implantes dentários fixos: Não contra-indicam o exame. 
 
Dispositivos de Acesso vascular (porto-cath, Intracath): Não contra-indicam o 
exame. 
 
 
 
FIM DO MÓDULO I

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