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https://www.passeidireto.com/arquivo/62186937/todas-provas-gestao-de-projetos-2018 https://www.passeidireto.com/arquivo/62186937/todas-provas-gestao-de-projetos-2018 CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Gestão de Projetos Aula 1 Prof. Cláudio Mund Carreirão CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 2 CONVERSA INICIAL Olá, caro aluno! Com esta aula iniciaremos a disciplina de Gestão de Projetos. O objetivo deste estudo é compreender aspectos básicos do gerenciamento de projetos. Ao longo destas rotas será detalhada as especificidades desta área do conhecimento, abordando temas como gerenciamento de escopo, tempo, custo, qualidade, riscos, entre outros. Com exemplos simples facilitando o seu entendimento sobre o tema. A grande pergunta que irá nortear nossas discussões é: O que é Gerenciamento de Projetos? Uma definição mais formal para gerenciamento de projetos é dada da seguinte forma: “O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos” (PMI, 2013). A videoaula correspondente a esta seção está no material on-line! Sempre que estudamos qualquer área do conhecimento, é interessante obtermos alguns dados históricos sobre ela. Veja o vídeo do link abaixo. https://www.youtube.com/watch?v=le0GTYjlvl4 Sempre é bom também, receber informações de outras pessoas que abordam o mesmo tema de uma forma um pouco diferente. Veja o vídeo do link abaixo com algumas palavras de Ricardo Vargas sobre generalidades em Gerenciamento de Projetos. https://www.youtube.com/watch?v=87bhxh_LeWU https://www.youtube.com/watch?v=le0GTYjlvl4 https://www.youtube.com/watch?v=87bhxh_LeWU CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 3 CONTEXTUALIZANDO Agora assista ao vídeo de contextualização do professor Cláudio no material on-line! Como podemos imaginar que conseguiremos nos comunicar se não conhecemos o significado dos termos envolvidos neste diálogo. A comunicação, por si só, já é complicada, mesmo quando não temos que empregar qualquer termo técnico. Vejam o vídeo abaixo onde a comunicação é distorcida. https://www.youtube.com/watch?v=ZNXGdOFblXA Imaginem agora uma conversa sobre gerenciamento de projetos com termos técnicos se não sabemos o significado correto destes. Quanta confusão poderá acontecer! Definições e generalidades podem ser chatas de estudar, mas elas representam um papel importante na linguagem que será necessária para o entendimento desta disciplina. Será complicado estabelecermos uma comunicação clara e precisa se os termos utilizados não tiverem um significado comum. Outro ponto bastante importante em gerenciamento de projetos é saber o papel do gerente de projetos. O que ele deve fazer, quais as suas responsabilidades, o que se espera dele. Vejam nos vídeos abaixo o desastre que é ser um gerente de projeto sem saber o que é ser um gerente de projetos. https://www.youtube.com/watch?v=BpQtz5K1c0g https://www.youtube.com/watch?v=IGo4hCdc5v4 https://www.youtube.com/watch?v=ZNXGdOFblXA https://www.youtube.com/watch?v=BpQtz5K1c0g https://www.youtube.com/watch?v=IGo4hCdc5v4 CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 4 Planejar é necessário antes de executar. Que tal começar a executar um projeto, tendo um objetivo estabelecido, porém sem ter um planejamento de como chegar lá? Vejam o filme abaixo no que dá. https://www.youtube.com/watch?v=LOyX-vgdQGQ PESQUISE Definições Gerais Neste tema trataremos sobre algumas definições em gerenciamento de projetos, como a própria definição do que é um projeto, e também a diferença entre projetos, programa e portfólio. A primeira definição importante é: O que é um projeto? A definição clássica diz que um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo (PMI, 2013). Vamos analisar esta definição? Primeiramente a palavra “temporário”, indicando que o projeto é algo que tem uma duração determinada, ou seja, tem uma data de início, transcorre por um determinado período de tempo, e tem uma data de enceramento. Precisamos analisar também as palavras “criar um produto, serviço ou resultado”. Bom, isto indica que projeto não é somente a atividade temporária que, no seu fim, gera um produto novo para ser comercializado, como um celular ou uma TV. Estas palavras colocam a definição de projeto de uma forma mais ampla. Um projeto também gera algo intangível, como um serviço ou um resultado. https://www.youtube.com/watch?v=LOyX-vgdQGQ CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 Quando um projeto é finalizado, ou seja, o seu produto, serviço ou resultado é entregue para a pessoa ou entidade que o contratou, inicia-se o modo de operação contínuo. Por exemplo, um projeto pode desenvolver um novo carro e uma nova fábrica para a sua produção. Terminado este projeto, o veículo continua a ser produzido nesta fábrica. Ou seja, o projeto acaba, mas o seu resultado continua dentro do modo de operação contínuo. O resultado de um projeto pode ser alvo de novos projetos, por exemplo, um veículo, ao ser lançado em um ano, já é afetado por um outro projeto que vem no ano seguinte visando a sua remodelação. A tal fábrica que foi construída para a produção deste veículo pode sofrer alterações, por intermédio de novos projetos, que tenham como objetivo a alteração dos processos produtivos ou linhas de montagens a fim de melhorar a sua produtividade. É importante salientar que, eventualmente, um projeto pode vir a falhar ao longo da sua vida, e ser terminado antes de entregar o seu objetivo, mas, ainda assim, ele é classificado como um projeto. Agora, assista este trecho da videoaula no material on-line onde o professor Cláudio falará mais sobre este tema. Não perca! Como já comentamos anteriormente, sempre é bom ampliar as visões sobre um tema obtendo informações de fontes diferentes sobre o mesmo assunto. Neste sentido, o filme disponível no link abaixo materializa o conceito de projeto a partir da construção de um celeiro. Não deixe de conferir! https://www.youtube.com/watch?v=Hfd8ui-kLFA&nohtml5=False Eventualmente, um projeto maior pode conter projetos menores atuando com sincronismo. Por exemplo, na reforma do estádio Castelão, um subprojeto existente foi a implosão de parte da arquibancada, com objetivos específicos, e resultados claros, que foram plenamente atingidos. Confira! https://www.youtube.com/watch?v=JY25aBanWh4 https://www.youtube.com/watch?v=Hfd8ui-kLFA&nohtml5=False https://www.youtube.com/watch?v=JY25aBanWh4 CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 A segunda definição que será abordada neste primeiro tema é sobre a diferenciação entre projeto, programa e portfólio. A figura abaixo irá ajudar no desenvolvimento deste raciocínio para distinguir estes três objetos. O projeto, como já vimos anteriormente, é um empreendimento temporário feito para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Quando vários projetos existem para atingir objetivos correlacionados, então, eles são agrupados em um programa. Agrupando desta forma, fica mais seguro o atingimento dos objetivos de cada projeto para o bem maior do programa. Diferentes programas existentes a fim de garantir o atingimento dos objetivos de negócios estratégicos de uma empresa. Ao agrupamento destes programas damos o nome de portfólio. Ricardo Vargas apresenta no vídeo a seguir, uma comparação entre projeto,programa e portfólio sob vários aspectos, como, por exemplo, escopo, mudanças, sucesso, estilo de liderança, entre outros. http://www.ricardo-vargas.com/pt/slides/83/ http://www.ricardo-vargas.com/pt/slides/83/ CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 Agora que você já sabe os conceitos de projeto, programa e portfólio assista o vídeo do professor Claudio, no material on-line com um exemplo na indústria automobilística Zeta. O papel do gerente de projetos O gerente de projetos é o responsável designado pelo patrocinador do projeto para conduzi-lo de forma a atingir os seus objetivos. Gerenciamento de projetos é iniciar, planejar, executar, monitorar e controlar, e encerrar, atividades dentro das diversas áreas do conhecimento (escopo, tempo, custo, qualidade, recursos humanos, partes interessadas, comunicação, aquisições (ou terceirizações), riscos e integração). Fonte da figura: PMI (2013) A figura mostra, segundo PMI (2013), a correlação entre grupo de processos e áreas do conhecimento no gerenciamento de projetos. Veremos isto em mais detalhes nas rotas que virão. Para o momento gostaria que vocês percebessem o conhecimento que o gerente de projetos precisa adquirir em diversas áreas. Vamos tomar, por exemplo, o grupo de processos de CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 planejamento. Nele, o gerente de projetos precisa realizar (ou assegurar) 4 processos na área de gestão do escopo; 6 processos na área de gestão do tempo; e assim por diante. Somente neste grupo são 24 processos. No total, segundo o PMI (2013), são 47 processos que o gerente de projetos precisa realizar. Acesse o material on-line e assista à videoaula do professor Cláudio sobre o papel do Gerente de Projetos. É necessário também que o gerente de projetos entenda que o seu papel não é somente o de gerenciar processos frios, é sim gerenciar processos conduzidos por pessoas. Várias pessoas, o time de projeto, cada qual com uma função, que se complementam e se juntam, formando um todo, o projeto. Portanto, a lógica objetiva nunca pode ser separada da lógica humana. O gerente de projetos precisa conseguir envolver o time de projeto de forma que o time “compre” o projeto, e, com isso, se comprometam com os objetivos do projeto. O gerente de projetos precisa conseguir retirar o máximo do seu time, para tanto, é necessário utilizar técnicas de gerenciamento de pessoas. Habilidades intangíveis, relacionadas ao ser humano, são também muito importantes para um bom gerente de projetos. Gerenciar um projeto também inclui a necessidade de balancear restrições conflitantes, por exemplo, se eu preciso aumentar o escopo de um projeto para atender as demandas de uma das partes interessadas, então, eventualmente, o risco do projeto pode aumentar além da necessidade de aumentar o orçamento deste projeto. Se for imposta ao gerente de projeto uma determinada restrição quanto ao custo do projeto, por exemplo, uma limitação de valor máximo, eventualmente, alguma parte do escopo original precisará ser removida, ou o risco do projeto precisa ser aumentado, removendo-se algumas atividades CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 planejadas a fim de reduzir o custo do projeto para atender a restrição imposta. Vamos conhecer uma descrição bem detalhada e clara sobre o papel do gerente de projetos? Antes, porém, é importante retomar alguns conceitos sobre restrições em projetos. Acesse o material on-line clique no play e confira! Agora sim, o vídeo com uma descrição bem detalhada e clara sobre o papel do gerente de projetos promovida por Ricardo Vargas. Neste vídeo ele aborda, bem fortemente, as habilidades humanas necessárias para o gerente de projetos. Confira! https://www.youtube.com/watch?v=Pa4pFoMadrE&nohtml5=False Nos links abaixo você encontrará algumas entrevistas feitas com gerentes de projetos, mostrando as principais atividades desenvolvidas por eles. https://www.youtube.com/watch?v=NU5EmJIbDLA&nohtml5=False https://www.youtube.com/watch?v=6DR_Dovm6Xw&nohtml5=False Ciclo de vida de um produto e de um projeto Primeiramente vamos falar sobre o ciclo de vida de um produto, que nada mais é do que o tempo transcorrido entre a sua introdução no mercado até a sua retirada. O comportamento típico de um ciclo de vida de um produto segue a forma da curva da figura abaixo. https://www.youtube.com/watch?v=Pa4pFoMadrE&nohtml5=False https://www.youtube.com/watch?v=NU5EmJIbDLA&nohtml5=False https://www.youtube.com/watch?v=6DR_Dovm6Xw&nohtml5=False CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 O primeiro ciclo, normalmente chamada de “Introdução”, engloba o lançamento do produto no mercado até o início de um crescimento das suas vendas. Esta fase é caracterizada por um volume de vendas ainda baixo, uma vez que o produto ainda não é muito conhecido no mercado, e, portanto, a sua concorrência ainda é inexistente ou muito baixa. As vendas são limitadas a um grupo de pessoas ou a uma determinada região onde o lançamento do produto ocorreu. É um ciclo onde a reação do mercado ao produto é um importante retorno para avaliação das próximas etapas de estratégia de incremento de vendas do produto, e também como uma primeira avaliação do sucesso do projeto deste produto. A etapa seguinte é a denominada de “Crescimento”, e, como o nome diz, é o momento em que as vendas decolam, normalmente como um resultado do reconhecido das qualidades do produto pelo mercado, bom como por efeito das estratégias da empresa adotadas para alavancar as vendas. Neste momento, o produto já tem uma visibilidade no mercado, e, portanto, os concorrentes já começaram a se mexer a fim de lançar produtos similares, mas ainda estão atrasados, portanto, a lucratividade do produto ainda está relativamente protegida. É uma corrida contra o tempo. Se o seu produto foi o primeiro, é essencial que ele tenha um crescimento de vendas sólido, e que garanta uma participação de fatia de mercado relevante, afinal, esta fase é que vai CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 11 determinar o topo da curva na fase seguinte. Uma boa fatia no mercado vai garantir um maior retorno do investimento. O terceiro ciclo, denominada de “Amadurecimento”, é caracterizado pela presença de vários produtos concorrentes no mercado, e, portanto, a briga por fatia de mercado é mais acirrada, o que leva, normalmente, a uma briga de preços, forçando a diminuição da margem de lucro do produto a fim de manter uma participação na fatia de mercado num determinado nível, mantendo a imagem da marca como líder de mercado. Este ciclo é o mais longo, e necessita de uma atenção especial na busca de oportunidades de redução de custo, quer no produto, quer no seu processo produtivo ou logístico, pois a guerra de preços acontece, e, sem um cuidado especial, as margens de lucro podem desaparecer. Nesta etapa podem ocorrer algumas atualizações no produto, como novas cores, novas funcionalidades, alguma pequena alteração do seu design, etc. tudo para tentar manter a rentabilidade e a participação de mercado estáveis. O último ciclo, denominado de “Declínio”, marca a decadência do volume de vendas do produto, que, eventualmente, foi superado por um concorrente, ou que, por alguma mudança maior na sociedade, o produto deixou de ser interessante. É importante monitorar esta etapa com muito cuidado. O seu início precisa ser previsto da melhor forma possível, pois ela vai determinar o momento em que é preciso conter os investimentos neste produto, e também iniciar o balanceamento da redução do volume de produção com a demanda descendente do mercado, sob pena de gerar um estoque remanescente grande, com custos associados elevados, gerando prejuízos. Um pouco maissobre ciclo de vida de produto você poderá encontrar nos links abaixo. CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 12 http://ramonkayo.com/conceitos-e-metodos/o-que-e-o-ciclo-de-vida-do- produto-cvp https://www.youtube.com/watch?v=6qJI5AXNsj0 E antes de continuar, preste atenção ao que o professor Cláudio tem a dizer sobre esse assunto! Confira no material on-line! Mudando o assunto agora para ciclo de vida de um projeto. Já conversamos anteriormente sobre a definição de projetos, que é um empreendimento temporário para criar um produto ou resultado. Bom, o próprio caráter temporário já indica que ele tem um ciclo, ou seja, inicia numa determinada data, transcorre por um determinado tempo, e se encerra em uma determinada data. Todo o projeto pode ser mapeado para a seguinte estrutura de ciclo de vida: Início Organização e preparação Execução do trabalho Encerramento Confira, a seguir, cada uma destas etapas: Fonte da figura: Adaptada de PMI (2013) Esta figura ajuda a entender o que acontece ao longo do ciclo de vida do projeto. http://ramonkayo.com/conceitos-e-metodos/o-que-e-o-ciclo-de-vida-do-produto-cvp http://ramonkayo.com/conceitos-e-metodos/o-que-e-o-ciclo-de-vida-do-produto-cvp https://www.youtube.com/watch?v=6qJI5AXNsj0 CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 13 O projeto é iniciado, e, até a emissão do seu termo de abertura, poucos recursos são alocados, pois as atividades executadas até este instante são relativamente pequenas. Após o ciclo inicial, segue o ciclo de organização e preparação, onde mais recursos são alocados ao projeto, até que o plano de gerenciamento do projeto fica pronto, e o ciclo de execução pode ser iniciado. Neste novo ciclo, o de execução, é onde os maiores recursos são dispendidos, e, normalmente, é o ciclo mais longo na linha do tempo. Este ciclo segue até que as entregas contratadas no projeto sejam disponibilizadas e aceitas pelas principais partes interessadas no projeto. O projeto agora inicia o último ciclo, o ciclo de encerramento, onde o principal objetivo é coletar todas as experiências do projeto, e documentá-las da melhor forma para que projetos futuros possam utilizar das experiências vividas neste projeto que se encerra. Veja um exemplo: ciclo de vida do projeto de um churrasco assistindo a videoaula no material on-line! Outra característica interessante no ciclo de vida de um projeto é a sua suscetibilidade quanto a influência das partes interessadas, riscos associados ao projeto, incertezas e custos relativos às mudanças. O gráfico da figura abaixo ilustra como estes fatores se manifestam em intensidade ao longo do ciclo de vida do projeto. CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 14 Podemos observar que, à medida que o projeto progride na linha do tempo, a influência das partes interessadas, riscos e incertezas devem cair, à medida que os custos associados às mudanças no projeto aumentam. Observamos que, no início do projeto, a influência das partes interessadas é maior. Isto é natural e bom para o projeto, pois é neste momento que as partes interessadas estão endereçando ao projeto os requisitos necessários. Estes requisitos podem modificar bastante o projeto, porém, como o projeto está na sua fase inicial, estas alterações podem ser absorvidas sem maiores impactos no custo do projeto. Observamos também que, no início do projeto, os riscos e incertezas deste são maiores. Isto é inerente em projetos. Não quer dizer que o projeto é de alto risco no seu início, mas somente quer dizer que o seu risco e incertezas vão caindo à medida que o projeto progride. O nível absoluto de risco do projeto no seu início depende do projeto. Há projetos com mais riscos, como um projeto de construção de um foguete por exemplo, e outros projetos com menor risco, como a reforma de uma casa, mas, em ambos os casos, os ricos e incertezas são maiores no início e diminuem à medida que o projeto progride. CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 15 No momento em que o projeto é executado, espera-se que a influência das partes interessadas caia, pois, caso contrário, as alterações solicitadas por elas podem gerar custos de modificações elevados, podendo aumentar também os riscos e incertezas do projeto em uma etapa avançada do projeto. Em alguns casos, o projeto pode ter que voltar para a sua fase inicial, se as alterações solicitadas pelas partes interessadas forem consideradas grandes demais, necessitando até de uma nova versão do termo de abertura do projeto. Agora, assista ao vídeo sobre influência das partes interessadas, riscos associados, incertezas e custos relativos as mudanças do churrasco no material on-line. Fases do projeto A divisão de um projeto em fases auxilia um melhor planejamento, execução, monitoramento e controle e fechamento destas fases, pois o todo é dividido em pedaços menores de complexidade inferior. Esta divisão em fases não é uma regra. Depende da cultura da empresa e/ou do tamanho e complexidade do projeto. Para cada uma destas fases, normalmente, são definidas algumas atividades que deverão ser concluídas, resultando em algumas entregas (“deliverables”) que deverão estar concluídas até o final da fase. Portanto, este conceito de fases do projeto pode caracterizar várias entregas de resultados ao longo do ciclo de vida do projeto, para que, somente nos últimos ciclos, tenhamos a entrega propriamente dita do produto final do projeto. CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 16 Com a divisão do projeto em fases, cada uma delas é planejada, é executada, é verificada e controlada, e é finalizada, de forma que um projeto grande pode ser visto como a sequência de pequenos projetos conectados. Para entender e aceitar este raciocínio, é necessário remeter à definição de projeto, onde é dito que, ao final de um projeto podemos ter como saída um resultado, e não necessariamente um produto. Quando as fases são conectadas, para haver o fechamento de uma fase e o início da outra, é necessário que o projeto tenha atingido os critérios estabelecidos para cada fase e executado as entregas acordadas. A figura abaixo mostra, de forma esquemática, o que seria um projeto em fases conectadas. Normalmente, quando o projeto passa de uma fase para outra, recursos financeiros são librados para possibilitar a continuação do projeto. Na aula o professor Cláudio fala um pouco sobre estas fases do projeto. Assista no material on-line. Eventualmente, estas fases podem não estar conectadas, de forma que uma fase pode iniciar antes da anterior terminar. Isto traz benefícios do ponto de vista de redução do tempo total do projeto, mas, em contrapartida, pode aumentar os riscos do projeto. A figura abaixo mostra, de forma esquemática, este tipo de projeto com fases sobrepostas. CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 17 Esta sobreposição pode ser maior ou menor na linha do tempo, dependendo do tipo de projeto, da necessidade do projeto, e do nível de risco associado a este projeto. Quer ver um bom exemplo de sobreposição de fases? O vídeo no link a seguir, mostra a construção de uma casa em duas horas. É evidente a sobreposição das fases do projeto, pois o piso está sendo instalado enquanto as paredes estão sendo pintadas. Incrível! https://www.youtube.com/watch?v=I2HqW-AAb20 Complemente os seus estudos fazendo a leitura do artigo a seguir: http://www.devmedia.com.br/o-ciclo-de-vida-de-um-projeto/24244 Grupos de processos de gerenciamento de projetos Falamos a pouco sobre exemplo do churrasco para comemorar o seu aniversário. Naquele momento foi realçado que você, como gerente deste projeto, praticou os seguintes grupos de processos de gerenciamentode projetos: Iniciar Planejar Executar Monitorar e Controlar Encerrar Precisamos agora colocar em mais detalhes do que trata cada um destes grupos de processos, e como eles se inter-relacionam em um projeto. A figura abaixo irá ajudar no desenvolvimento deste raciocínio. Bom, tudo começa no processo de iniciação, onde, de uma forma geral, os objetivos do projeto são definidos, é executada uma avaliação das figuras financeiras do projeto, é iniciada a identificação das partes interessadas, dentre outras ações. https://www.youtube.com/watch?v=I2HqW-AAb20 http://www.devmedia.com.br/o-ciclo-de-vida-de-um-projeto/24244 CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 18 Neste momento é que, normalmente, o Gerente de Projetos é formalmente apontado, e o termo de abertura do projeto é aprovado, mas, para chegar a esta aprovação, um planejamento das datas principais, avaliação dos riscos maiores e estimativa grosseira do valor do projeto também precisam estar disponíveis, caso contrário, não é possível avaliar a viabilidade do projeto como um todo. É no grupo de processos de iniciação que se toma a decisão de dividir ou não o projeto o projeto em fases. Quando o projeto é dividido em fases, o processo de iniciação é re- acessado regularmente a cada fase, com o objetivo principal de se reavaliar a direção que o projeto está tomando, de forma a garantir o atingimento dos objetivos, bem como de rever as suas figuras financeiras e reavaliar as partes interessadas. Tudo isto para garantir que sempre ocorra uma decisão fundamentada sobre o prosseguimento do projeto, autorizando-se o início da próxima fase, ou, na pior das hipóteses, cancelando-se o projeto, evitando o gasto de mais verbas indevidamente. O professor Cláudio nos explica um pouco mais sobre este assunto tão rico, no material on-line! CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 19 Após o processo de iniciação, segue o processo de planejamento. Neste processo os requisitos do projeto são coletados em mais detalhes; os objetivos do projeto ou da fase do projeto são esclarecidos e mais detalhados; o escopo do projeto é esmiuçado e, usualmente, subdividido em partes menores, denominado de EAP (estrutura analítica de projeto). As atividades necessárias para atingir os objetivos do projeto são definidas e sequenciadas, bem como dimensionadas do ponto de vista relativo aos recursos e prazos necessários para a sua execução. Com isto o cronograma do projeto pode ser criado, e o custo do projeto pode ser quantificado. Dentro do grupo de processos de planejamento também são desenvolvidos os planos que irão auxiliar no monitoramento e controle do projeto, como a definição das métricas de qualidade do projeto e do produto do projeto. Ainda dentro do planejamento são definidos os recursos humanos necessários ao longo da linha do tempo do projeto, de forma que toda a organização saberá quando deverá disponibilizar um recurso ao projeto e por quanto tempo este recurso ficará alocado ao projeto. CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 20 Uma das atividades chave de um projeto é a sua comunicação. É no processo de planejamento que o plano de comunicação é criado. Outra atividade muito importante no gerenciamento de projetos é o gerenciamento de riscos, e é dentro do processo de planejamento que é definido como isto será feito. Os riscos são identificados, e uma análise qualitativa e quantitativa é feita, e, então, ações para a mitigação destes riscos são definidas. Nem sempre todas as atividades do projeto são executadas internamente, ou seja, algumas atividades podem ser adquiridas de fontes externas (terceirizadas). É na fase de planejamento que se define quais atividades serão compradas de fontes externas e quais serão feitas com recursos internos. Um bom plano de gerenciamento do projeto é o resultado de um bom processo de planejamento. Este plano de gerenciamento do projeto nada mais é do que uma coletânea de documentos que indicarão como o projeto será planejado, executado, monitorado e controlado e encerrado. Acompanhe o professor Cláudio no material on-line, explicando um pouco mais sobre planejamento do churrasco. Na sequência, temos o grupo de processos de execução do projeto. Este grupo de processos consiste na coletânea de todos os processos necessários para executar o projeto na forma como ele foi planejado, de forma a atingir as suas entregas bem como os objetivos do projeto. Neste grupo de processos acontece a orientação e a execução do projeto propriamente dita; o gerente de projetos indica a direção do projeto; auditorias de qualidade são executadas, tanto no projeto quanto no produto do projeto; os recursos humanos são adicionados ao projeto à medida que seja necessário, conforme planejamento feito anteriormente; eventualmente, CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 21 treinamentos de desenvolvimento dos membros da equipe do projeto são executados; as informações do projeto são divulgadas; as expectativas das partes interessadas são gerenciadas; as compras de serviços (terceirizações) são realizadas. Ao longo do grupo de processos de execução, eventualmente, coisas inesperadas podem acontecer, gerando a necessidade de solicitar mudanças no projeto. O que caminha junto com o grupo de processos de execução é o grupo de processos de monitoramento e controle. Estes dois grupos estão intimamente conectados e um retroalimenta o outro. No monitoramento e controle o progresso do projeto é comparado com a sua linha de base (planejamento inicial), e, quando divergências são detectadas, ações corretivas são tomadas imediatamente, de forma que o projeto retorne aos trilhos. CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 22 Eventualmente, desvios maiores em relação ao planejamento inicial podem ser detectados, exigindo mudanças maiores. Estas mudanças são compiladas e submetidas à aprovação. Quando aprovadas, eventualmente, um replanejamento é necessário, como, por exemplo, a criação de um novo cronograma. Estas modificações são rejeitadas ou aprovadas e incorporadas ao projeto. Eventualmente, para lidar com estas mudanças que não puderam ser incorporadas ao projeto, um novo projeto tem que ser iniciado para poder implementá-las. De posse de um novo planejamento, o projeto ou uma fase deste, retorna para o grupo de processos de execução e de monitoramento e controle. Quando um desvio bem maior é detectado, necessitando de um nível de modificações muito grande que um replanejamento não consiga lidar, o projeto pode ser levado novamente para a sua fase de iniciação. Temos, portanto, ao longo dos grupos de processos de monitoramento e controle, a verificação e controle do escopo do projeto; o controle do cronograma do projeto; o acompanhamento dos custos despendidos no CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 23 projeto; a realização do controle da qualidade; a distribuição de relatórios mostrando o desempenho do projeto; a condução do monitoramento e controle dos riscos do projeto; e a administração das terceirizações do projeto. Quando o processo de monitoramento e controle detecta que o projeto, ou uma de suas fases, entregou o que deveria entregar, os grupos de processos de encerramento são ativados. No vídeo no material on-line, o professor Cláudio faz uma reflexão sobre a execução, monitoramento e controle do churrasco. Neste último grupo de processos, o de encerramento, são executadas atividades visando o fechamento do projeto ou de uma de suas fases. Normalmente, é exigida uma formalização da aceitação das entregas feitas até o momento. Esta aprovação formal pode ser feita pelos membros de um fórum de decisões (alta diretoria), oupor pessoas apontadas. Além desta aceitação formal, é muito importante fazer uma revisão geral do que aconteceu ao longo do projeto ou da fase, de forma que os problemas detectados não ocorram novamente, e os pontos positivos sejam transferidos para projetos ou fases futuras. CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 24 Vamos assistir à explicação deste tema com o professor Cláudio, acessando o material on-line. Durante as explicações anteriores, falamos, algumas vezes, que os grupos de processos “iniciação / planejamento / execução / monitoramento e controle / encerramento” são aplicados ao projeto ou às suas fases. Isto significa que tais grupos de processos podem ser aplicados de uma única vez a um projeto inteiro, ou uma vez para cada uma das diferentes fases de um projeto. As figuras abaixo ilustram estas duas possibilidades. Eventualmente, a explicação anterior bem como as figuras utilizadas, podem ter dado uma ideia de que os grupos de processos de iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle e encerramento são totalmente estanques e sequenciados, o que não é correto. Na verdade, estes grupos de processos se sobrepõem na linha do tempo com intensidades CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 25 diferentes. O PMI (2013) apresenta a curva abaixo onde tenta ilustrar esta sobreposição de grupos de processos. Por exemplo, vejamos o grupo de processos de iniciação. Este grupo assegura que, por exemplo, os requisitos do produto do projeto sejam definidos, mas, para finalizar a sua definição, eventualmente, é necessário acessar o grupo de processo de execução, pois, em alguns casos, para definir os requisitos pode ser necessário executar alguma atividade, como um teste preliminar ou uma pesquisa de campo mais aplicada e detalhada. Isto é exemplificado no gráfico onde a linha tracejada fina (iniciar) prolonga-se na linha do tempo, e, no mesmo período de tempo, a linha tracejada grossa (executar) indica que algum esforço foi empreendido neste grupo de processos ao mesmo tempo em que o grupo de processos de iniciação estava ocorrendo. Este mesmo raciocínio segue para todos os processos, como, por exemplo, para o processo de encerramento, onde já se vê algum esforço neste processo a partir da metade da linha do tempo. Para entender melhor isto se deve compreender que o grupo de processos de encerramento não é simplesmente o ato de encerramento. O ato em sí de fechar o projeto é último suspiro, mas o processo de encerramento é uma coletânea de ações visando o fechamento do projeto ou da fase, como, por exemplo, a preparação da documentação de fechamento, incluindo o registro das experiências positivas e negativas registradas na fase ou no projeto. CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 26 É possível, também, observar que o planejamento não é algo que nasce no início do projeto de forma total e soberana. Certamente, o esforço para gerar um planejamento é maior no início do projeto ou da fase do projeto, mas, à medida que as atividades são executadas, eventuais surpresas são encontradas, ou dúvidas são esclarecidas, o que leva a um constante ajuste do planejamento. No vídeo do link abaixo você encontrará uma descrição bem completa sobre os fluxos de processos do gerenciamento de projeto segundo o PMBOX 5ª Edição. É interessante ver como o PMI aborda o gerenciamento de projetos. http://www.ricardo-vargas.com/pt/pmbok5-processes-flow/ TROCANDO IDEIAS Chegou a hora de participar do fórum! A discussão é sobre a necessidade ou não de estudar definições antes de mergulhar no tema. Será que isto é perda de tempo? Ou será que é um investimento que facilitará o entendimento posterior da matéria? Em gerenciamento de projetos é importante entender o que é ciclo de vida do produto ou do projeto, grupos de processos, papel do gerente de projetos, ou será que poderíamos iniciar diretamente falando sobre escopo, tempo, custo sem esclarecer as definições acima? Será que o nosso diálogo seria produtivo, ou será que ele ficaria comprometido devido à falta do entendimento destes itens fundamentais? SÍNTESE Caros alunos, esta foi a nossa primeira rota de aprendizagem para o conteúdo relativo a Gerenciamento de Projetos. http://www.ricardo-vargas.com/pt/pmbok5-processes-flow/ CCDD - Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 27 Acredito que vocês tenham aprendido muitas coisas novas, mas também puderam observar que muitas delas já fazem parte do seu dia a dia. No vídeo vocês encontrarão uma breve síntese do que foi discutido nesta rota. A videoaula correspondente a esta seção está no material on-line! REFERÊNCIAS CLELAND, D.; IRELAND, L. Gerenciamento de Projetos. 2ª Edição. LTC, 2007. CRUZ, F. C. Práticas de Gerenciamento de Projetos: Aplicando ao dia a dia para elevar o Sucesso nos Projetos. 2ª Edição. ProjectKeeper, 2015. FIELD, M.; KELLER, L. S.; KELLER L. Project Management. Boston – USA: Cengage Learning Emea, 1997. HEERKENS, G. R. Project Management. 2ª Edição. USA: McGraw-Hill, 2013. KERZNER, Harold. Gerenciamento de Projetos: Uma Abordagem Sistêmica para Planejamento, Programação e Controle. 2ª Edição. Edgard Blucher, 2015. LOCKS, D. Project Management. 10ª Edição. United Kingdom: Gower, 2013. PMI. A Guide to the Project Management Body of Knowledge - PMBOK. 5ª Edição. Pennsylvania - USA: Project Management Institute, 2013. VARGAS, R. Análise de Valor Agregado: Revolucionando o gerenciamento de prazos e custos. 6ª Edição. Ricardo Viana Vargas, 2013. VARGAS, R. Analytical Hierarchy Process, Earned Value and other Project Management Themes. 2ª Edição. USA: Createspace, 2014. VARGAS, R. Gerenciamento de Projetos. Estabelecendo Diferenciais Competitivos. 7ª Edição. Brasport, 2016. Prof. Cláudio CarreirãoProf. Cláudio Carreirão AulaAula11 Gestão de Projetos 1 10 Conversa Inicial “O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos”. Você já foi um GP de sucesso! Aula 1: Generalidades Aula 2: Escopo Aula 3: Tempo e Custo Aula 4: Qualidade e RH Aula 5: Comunicação e Partes Interessadas Aula 6: Riscos, Aquisições e Integração Sensibilização Contrução de uma ponte www.norteandovoce.com.br Sim Não Ante-projeto de um veículo Sim Não www.ulbra.br Montagem de placa de circuito Sim Não everesteletronica.com.br Re-estruturação de uma empresa Sim Não Achar o Titanic no fundo do mar Sim Não viajeaqui.abril.com.br Implementar de um sistema de saúde Sim Não Portfólio da indústria automobilística Zeta Luxo Popular Sedan Hatch Portfólio, Programas e Projetos na Indústria Automobilística Zeta Portfólio Programa Projeto Ruído Interior Porta malas Som Exterior Consumo Pickup Motor + Connect O papel do gerente de projetos Balanceamento de restrições Reduzir prazo de 3 anos para 2 anos Introdução Crescimento Amadurecimento Declínio TEMPO V E N D A S Criar o produto Aumentar produção Nova planta Atualização Retirada Exemplos de projetos ao longo do ciclo de vida do produto Exemplos de ciclo de vida do projeto C u st o e p e ss o a l Termo de abertura Plano de gerenciamento Entregas aceitas Arquivamento dos documentosTempo Influência, riscos, incertezas e custos - Exemplo Influência das partes interessadas, riscos e incertezas Organização e preparação Início do projeto Custo de mudanças Execução Ciclo de vida Plano de gerenciamento Termo de abertura A lt o B a ix o 2 3 4 5 6 Exemplo de fases do projeto 1 Objetivos maiores Principais partes interessadas Orçamento preliminar Data aproximada Riscos preliminares Aprovação do termode abertura Exemplo – grupo de processo de iniciação Detalha objetivos Detalha requisitos Desdobra escopo - EAP Cria cronograma Detalha o orçamento Cria as métricas Define a comunicação Detalha riscos Define compras Exemplo – grupo de processo de planejamento Executa o cronograma Verifica o cronograma Orienta, dá a direção Assegura as métricas Verifica as métricas Gerencia as partes interessadas Realiza contratações Aceita ou rejeita alterações e replaneja Exemplo – grupos de processo de execução e M&C Obtém aprovação das entregas e do atingimento dos objetivos Encerra contratações Atualiza a documentação Exemplo – grupo de processo de encerramento Síntese Definições O papel do gerente de projetos Ciclo de vida do produto e do projeto Fases do projeto Grupo de processos de gerencimento de projetos CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Gestão de Projetos Gerenciamento de Escopo Aula 2 Prof. Cláudio Mund Carreirão CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 2 Conversa inicial Prezados alunos e alunas, esta é a nossa segunda aula, de uma série de seis, que tratarão do grande tema denominado “Gerenciamento de Projetos”. Ao longo dessas aulas, vamos detalhar as especificidades da área do conhecimento de gerenciamento de projetos, abordando temas como gerenciamento de escopo, tempo, custo, qualidade, riscos, entre outros. Nesta aula específica, detalharemos uma das áreas do conhecimento mais importantes do gerenciamento de projetos, que é o gerenciamento do escopo. Se pretendemos gerenciar um projeto, precisamos saber com certeza se o projeto cobrirá todas as ações necessárias para entregar tudo o que precisa ser entregue a fim de atingir seu objetivo. Na aula anterior, falamos em “todas as ações necessárias”. Bom, é muito importante entender que esta frase não quer dizer que o projeto vai fazer tudo, mas, sim, que o projeto deve fazer tudo o que tem relação com o seu escopo para atingir o seu objetivo, ou seja, precisamos deixar bem claro o que está dentro do projeto e o que não está dentro do projeto. Esta conversa parece bastante óbvia, mas uma das causas mais frequentes de falhas em projeto remonta exatamente a isso: a falta de controle do escopo do projeto. Um problema comum em projetos é quando nem todas as ações necessárias estariam sendo executadas, ou seja, um escopo incompleto. Neste caso, certamente, este projeto não irá atingir os seus objetivos. Outro problema comum é quando o projeto age no sentido de entregar mais do que foi acordado. Isto não é um mérito, mas, sim, um erro. O escopo do projeto é um contrato e, como tal, deve ser respeitado. Quando assinamos um contrato, fazemos o que está contido nele, nada a mais e nada a menos. É claro que é muito importante criar um contrato sólido e consistente para que o projeto tenha chances maiores de atingir o seu objetivo. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 3 É isto que veremos nesta aula: o gerenciamento do escopo do projeto. Bons estudos! Para saber mais sobre o que será estudado na aula de hoje, assista ao vídeo que está disponível no material on-line! Contextualizando No podcast disponível a seguir, Ricardo Vargas reforça a necessidade de definição adequada do gerenciamento do escopo. http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/scopemistakes/ Os requisitos do projeto e do produto do projeto são a base para a definição do seu escopo. O vídeo indicado a seguir mostra uma falha lamentável na coleta dos requisitos do projeto, que não incluiu a necessidade da pista da ciclovia em suportar esforços de ondas vindas por baixo. https://www.youtube.com/watch?v=HOFIuEt_3AU Para mais comentários do professor Cláudio sobre estes assuntos, assista ao vídeo que está disponível no material on-line! Coletar requisitos A coleta de requisitos é uma atividade que acontece dentro do grupo de processos de planejamento. Coletar requisitos é entender o que as partes interessadas desejam do projeto e do produto do projeto. Uma vez que entendemos o que essas pessoas desejam, fica muito mais fácil gerenciar as suas expectativas. Por exemplo, podemos avaliar logo no princípio se algum dos pedidos das partes interessadas, eventualmente, não poderá ser atendido e, então, podemos retornar imediatamente para esta pessoa explicando as razões para tal. Ela pode ficar chateada naquele momento, mas é muito melhor assim do que ela descobrir que, depois de dois anos, quando o projeto acabar, o que ela havia solicitado como escopo do projeto não foi entregue porque não era possível. Este gerenciamento http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/scopemistakes/ https://www.youtube.com/watch?v=HOFIuEt_3AU CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 4 das partes interessadas é muito importante para o sucesso do projeto (veremos isso em mais detalhes em uma aula específica). A coleta dos requisitos é uma das primeiras atividades que ocorrem dentro do processo de planejamento. Os requisitos precisam ser quantificados e documentados, pois eles servirão de guia para desdobramentos de aspectos técnicos e de gerenciamento de projeto e serão utilizados para medir a qualidade da entrega do projeto ao longo da sua execução, comparando-se o que está sendo entregue com o que as partes interessadas solicitaram. Os requisitos podem conter desejos das partes interessadas relativos a diversas áreas, por exemplo: ■ Qualidade do produto: a durabilidade do equipamento deve ser de, no mínimo, 5.000 horas. ■ Rentabilidade do produto: o valor máximo de custo de produção do produto deve ser de R$500,00. ■ Conformidade com a lei: o nível de ruído do produto tem que atender aos limites máximos da norma 1234/2001. ■ Aspectos técnicos: o produto deve suportar um peso máximo de 180kg. ■ Forma de gerenciar o projeto: o gerente de projetos deve reportar o progresso do projeto a cada mês; decisões de projeto são tomadas no Fórum Global de Projetos. ■ Segurança operacional do produto: o produto tem que desligar automaticamente quando o operador o colocar sobre a bancada. ■ Manufatura: o tempo máximo necessário para a montagem do produto não pode ser maior do que 10 minutos. ■ Aspecto visual: a identidade da marca deve ser respeitada. ■ Prazos: o produto deve estar disponível para lançamento dentro de, no máximo, 2 anos. A coleta dos requisitos do produto e do projeto é uma atividade muito importante, pois a não observância de qualquer requisito pode levar ao fracasso CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 do projeto. Ou, então, pode gerar custos elevados para corrigir o produto a fim de atender tais requisitos que não foram identificados ou documentados corretamente no processo de planejamento. O projeto nasce com o seu termo de abertura, que é gerado no grupo de processo de iniciação. Neste termo de abertura alguns requisitos já estão descritos. O que o devemos fazer agora é entender esses requisitos e coletar outros que provavelmente ainda não foram identificados. Para fazer tal atividade precisamos identificar, com precisão, quais são as partes interessadas neste projeto, pois são delas que virão as necessidades para alimentar os requisitos. Entretanto, é muito importante ter em mente que coletar requisitos não significa ouvir e aceitar tudo o que as partes interessadas pedem. É importantíssimo cruzar esses pedidos contra os objetivos gerais do projeto, que constam em seu termo de abertura. Requisitos das partes interessadas que não vão ao encontro dos objetivos do projeto não devem ser aceitos, sob pena de perder o controle do escopo do projeto e acabar incluindo coisas desnecessárias, trazendo custos e riscos adicionais ao projeto. Bom, acabamos de falar sobre objetivos do projeto,portanto, para coletar os requisitos do projeto, precisamos ter objetivos bem claros e definidos. Caso os objetivos descritos no termo de abertura do projeto não sejam claros, não devemos iniciar a coleta de requisitos sem antes esclarecer esta questão. O PMI (2013) sugere ferramentas para coletar os requisitos. Algumas delas são: ■ Entrevistas: neste caso, o gerente de projeto ou o seu time conversam com as partes interessadas e anotam as suas expectativas e desejos quanto ao projeto e ao produto do projeto. ■ Dinâmicas de grupo: as partes interessadas são reunidas em um grupo e um moderador fomenta a discussão de uma forma organizada e controlada. Com isso, as partes interessadas CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 interagem obtendo-se, em geral, resultados mais profundos do que o obtido em entrevistas individuais. ■ Questionários e pesquisas: com esta técnica um grupo grande de pessoas, por exemplo, os usuários finais do produto, podem ser atingidos rapidamente. É necessário um cuidado muito grande, pois questionários e pesquisas erradas podem trazer requisitos distorcidos para o projeto. ■ Observações: como o nome diz, nesta técnica observa-se como o usuário lida com o produto atual ou com um protótipo do produto novo, e, então, coletamos informações a partir dessas observações, que são trabalhadas e transformadas em requisitos ao produto. ■ Protótipos: é uma técnica muito útil, principalmente quando fatores subjetivos precisam ser julgados, como aspecto visual, textura, interface homem-máquina, cores etc. Um protótipo é construído em tamanho real ou em escala, e ele é avaliado por um grupo de pessoas. O retorno desta avaliação é transformado em requisitos. Outra fonte bastante interessante para coletar requisitos são as documentações de projetos anteriores. Quando um projeto acaba, ele deve ser documentado e arquivado para que projetos futuros possam fazer uso das suas experiências. Ler estes documentos pode ser muito útil para coletar requisitos tanto para o projeto quanto para o produto do projeto. Requisitos contraditórios, ambíguos ou não claros precisam ser trabalhados de forma que essas inconsistências sejam resolvidas. É necessário que todos os requisitos sejam passíveis de uma avaliação, quer por medição ou por testes, pois, caso contrário, fica difícil definir se o produto disponibilizado no final do projeto cumpriu ou não os requisitos do projeto. Por exemplo, um requisito como “ser leve” não pode ser aceito, pois é difícil definir o que é “ser leve”. Este requisito é totalmente relativo. No final do CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 projeto eu posso pesar o produto, mas será que ele será considerado leve? Para que este requisito possa ser aceito ele precisa ser reescrito como “peso máximo de 350g”, o que não deixa mais dúvidas, pois é claro e absoluto. Outro exemplo de requisito que não pode ser aceito é “o produto deve resistir ao fogo”. O que seria resistir ao fogo? Seria suportar 30 minutos sob uma chama de 1000 graus? Ou seria suportar a chama de um fósforo aceso? Para que este requisito possa ser aceito ele precisa ser escrito como, por exemplo, “o produto deve ser resistente ao fogo conforme norma 54321/2010”. Agora sim, com este requisito conseguimos definir os materiais adequados para a sua construção, conseguimos testá-lo ao longo do seu desenvolvimento e ver se ele atende ou não à norma especificada. Os requisitos que não estão relacionados com os objetivos do projeto precisam ser removidos. Esta não é uma tarefa fácil, pois eventualmente irá desagradar alguma das partes interessadas, mas precisa ser feito. Eventualmente, esse assunto precisará ser decidido em uma instância superior, como na “alta diretoria”, pois o poder do Gerente de Projetos costuma ser limitado. Além da coleta em si dos requisitos e a sua documentação, é necessário criar o Plano de Gerenciamento dos Requisitos, que estabelece como os requisitos serão documentados, analisados e gerenciados ao longo da vida do projeto. Outro documento importante e necessário é o que pode ser chamado de Matriz de Rastreabilidade de Requisitos. Vejamos o seguinte exemplo. Um engenheiro está definindo a matéria-prima que a peça terá e seleciona Aço Inox. Mas por que ele selecionou essa matéria-prima, sendo que ela é notadamente mais cara do que o aço carbono comum? Bom, tendo a Matriz de Rastreabilidade fica fácil de ter essa resposta e, então, sustentar a decisão da escolha da matéria-prima. Imaginemos que alguns requisitos do projeto solicitavam que o produto: “Requisito 1.4: não deve pesar mais de 350 gramas” // “Requisito 3.6: deve ser CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 resistente à corrosão” // “Requisito: 5.8: deve ser isento de pinturas”. Como a matéria-prima aço carbono comum não atende a todos esses requisitos, então a escolha do engenheiro pelo aço inox foi acertada e está suportada pelo “Requisito 1.4”, “Requisito 3.6”, e “Requisito 5.8”. Mas por que existia o requisito “não pesar mais de 350 gramas”? Pela matriz de rastreabilidade é possível de ver que este requisito estava conectado ao objetivo comercial de vender o produto para crianças, que gerou vários desdobramentos de requisitos documentados na matriz pelo índice “1”, ou seja, “Requisito 1.y”. Mas por que existia o requisito “ser resistente à corrosão”? Pela matriz de rastreabilidade é possível ver que este requisito estava conectado ao objetivo comercial de aplicar o produto em diferentes ambientes (dentro de casa e na praia). Este objetivo resultou em outra série de requisitos que foram documentados na matriz pelo índice “3”, ou seja, “Requisito 3.x”. Mas por que existia o requisito “isento de pinturas”? Pela matriz de rastreabilidade é possível ver que este requisito estava conectado ao objetivo de atendimento à legislação, lei número 7531/2009. Esse objetivo resultou em outra série de requisitos que foram documentados na matriz pelo índice “5”, ou seja, “Requisito 5.z”. Para mais informações sobre a coleta de requisitos, assista ao vídeo que está disponível no material on-line! Como já comentamos anteriormente, sempre é bom ampliar a visão sobre um tema obtendo informações de fontes diferentes sobre o mesmo assunto. Neste sentido, o filme disponível a seguir mostra um aplicativo utilizado para a consolidação dos requisitos de um projeto. Observe os campos que aparecem na tela. https://www.youtube.com/watch?v=3ZmLxfxLPh4 https://www.youtube.com/watch?v=3ZmLxfxLPh4 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 No video a seguir, Silmar de Freitas apresenta a sua visão sobre a importância na definição dos requisitos no sucesso do projeto. https://www.youtube.com/watch?v=Q2eBLNk4SkY Definir o escopo A definição de escopo é uma atividade que acontece dentro do grupo de processos de planejamento. De posse do termo de abertura e dos requisitos do projeto, o gerente de projeto conduz, com a ajuda do time, a elaboração da declaração do escopo e do produto do projeto, que nada mais é do que uma descrição detalhada do que será feito para atender aos requisitos, e, por consequência, atingir os objetivos do projeto. Além do termo de abertura e dos requisitos, utilizamos também o que chamamos de “Ativos de Processos Organizacionais”, que são: ■ Políticas, procedimentos e modelos utilizados para escrever a declaração de escopo; ■ Arquivos de projetos anteriores, como outras declarações de escopo ou lições aprendidas em projetos anteriores. ■ Lições aprendidas dentro do mesmo projeto, mas que foram vivenciadas em fases anteriores. Nota: vale lembrar aqui que um projeto pode ser dividido em fases e que os grupos de processos de Iniciação / Planejamento / Execução / Monitoramento e Controle / Encerramento podemser empregados em cada uma das fases, como vimos na aula 1. Neste caso, em cada fase existe um processo de planejamento, o que implica em uma nova coletânea de requisitos e uma nova declaração de escopo, e assim por diante. A elaboração da declaração de escopo acontece bem no início do processo de planejamento, mas é evidente que ela pode ser atualizada da mesma forma que os requisitos, pois, à medida que o projeto prossegue pelo processo de planejamento, riscos são identificados e podem modificar alguns https://www.youtube.com/watch?v=Q2eBLNk4SkY CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 requisitos que, por sua vez, podem modificar a declaração do escopo do projeto. Em gerenciamento de projetos tudo é muito vivo e com várias retroalimentações e interações. Para criar a declaração de escopo do projeto, normalmente, utilizamos a opinião de pessoas especializadas, que, na maioria das vezes, fazem parte do capital intelectual da empresa onde o projeto está acontecendo. Mas, eventualmente, pode ser necessário envolver pessoas externas, como consultores ou entidades de classe (CREA, SENGE etc.), ou até mesmo o cliente final que utilizará o produto do projeto. A declaração do escopo deve conter também o que não será feito. Isso parece um pouco negativo, mas é muito importante para não alimentar expectativas falsas e também para evitar que algum escopo não aprovado seja adicionado ao projeto futuramente. Em geral, a declaração de escopo de um projeto contém: ■ Uma descrição detalhada do escopo e do produto do projeto. ■ As entregas do projeto, tanto aquelas que irão compor o produto como as que irão fazer parte do projeto, como relatórios de acompanhamento, indicadores de qualidade etc. ■ Critérios de aceitação do produto que serão aplicados para validar o resultado do projeto. ■ Restrições às quais o projeto está sujeito, como prazos máximos para algumas entregas; valor máximo que o projeto dispõe de verba para a sua realização; entre outras. ■ Premissas que foram utilizadas para a elaboração da declaração do escopo, bem como as possíveis consequências ao projeto caso essas premissas se mostrarem falsas. Por exemplo, vejamos a seguinte premissa: “Devido à falta de uma informação de previsão de desvalorização cambial nos próximos 5 anos, assumimos que o real sofrerá uma desvalorização de 5% ao ano”. Cuja consequência, caso ela se prove falsa, é: “caso a desvalorização CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 11 do real seja superior a 5% ao ano, o custo do produto calculado será maior e não atingirá os objetivos do projeto”. Isso precisa estar descrito bem claro na declaração de escopo. ■ O que está excluído do escopo do projeto também precisa estar bem detalhado, por exemplo: “Está fora do escopo o estabelecimento de um fluxo logístico do Brasil para a Europa”. A declaração do escopo também tem um papel fundamental na comunicação do projeto, pois, a partir da sua leitura, todas as partes interessadas saberão, exatamente, o que será entregue e o que não será entregue ao final do projeto. Reforçando o aspecto de interações e retroalimentação inerente do processo de gerenciamento de projetos, eventualmente, à medida que a declaração de escopo está sendo criada, pode-se detectar que um requisito de projeto não ficou claramente definido, ou, ainda, que um requisito importante para o atingimento dos objetivos gerais do projeto não foi definido. Isso pode requerer uma nova edição do documento de requisitos, retroalimentando o processo. Acesse o material on-line e assista ao vídeo no qual o professor Cláudio traz mais explicações sobre como definir o escopo. No vídeo a seguir, Renato Branco fornece uma explicação mostrando a diferença entre escopo do produto do projeto e escopo do projeto. https://www.youtube.com/watch?v=1ULmw_VhQKY Criar a Estrutura Analítica de Projeto (EAP) A criação da EAP é uma atividade que acontece dentro do grupo de processos de planejamento. Os requisitos resultaram na declaração de escopo do projeto e do produto do projeto. Esses documentos são densos e pesados, com muitos detalhes, não https://www.youtube.com/watch?v=1ULmw_VhQKY CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 12 tendo uma forma adequada para o planejamento do projeto, bem como para o monitoramento e controle do seu progresso. É necessário dividirmos o todo em pedaços menores, que facilitarão o planejamento e controle do projeto, ou seja, criar a Estrutura Analítica de Projeto, EAP (sempre é bom também saber o termo em inglês, pois muitas vezes é utilizado, que é Work Breakdown Structure, ou WBS). Normalmente, esta quebra hierárquica acontece em vários níveis. Na medida em que descemos de nível, escrevemos em mais detalhes o que está dentro de cada uma das EAPs. Como regra, a quebra em níveis menores acaba quando o pacote de atividades contidos nesta EAP fica pequeno o suficiente para ser considerado possível de ser planejado, monitorado e controlado, bem como verificado (aprovado) de forma eficiente e efetiva. Este nível de EAP é denominado de pacote de trabalho. O número de níveis de quebra, ou número de níveis hierárquicos, é, de certa forma, uma maneira indireta de medir o tamanho e a complexidade do projeto. Projetos menores possuem uma EAP com poucos níveis e projetos maiores e mais complexos possuem uma EAP com mais níveis. Antes de iniciar a decomposição, é necessário definir a sua lógica, ou seja, como ela será ramificada. Uma possibilidade é criar uma EAP do projeto, ramificando ela a partir das fases do projeto. Outra forma é ramificar a partir das entregas principais do projeto. A forma geométrica como a EAP é apresentada também pode variar. A forma mais comum é mostrá-la como um organograma, mas também é possível mostrar a EAP em forma de mapas mentais, conforme mostrado a seguir (figura meramente ilustrativa), sendo esta a minha forma de preferência. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 13 Fonte: Elaborado pelo autor (2016). Neste exemplo, o projeto Alfa foi quebrado em quatro ramos: 1. Projeto do produto; 2. Pós-vendas; 3. Vendas; 4. Compras. Dentro de cada um desses ramos as decomposições ocorreram em diferentes níveis. Por exemplo, no ramo do “1 Projeto do produto” houve uma decomposição até o nível 4, resultando nos pacotes de trabalho “1.3.2.1 Modelo 3D” e “1.3.2.2 Desenho 2D”. O ramo de “Compras” por sua vez teve uma decomposição menor, sendo que somente uma entrega, o “4.4 Desenvolvimento de Ferramentas”, é que foi decomposta até o nível 3. A decisão de parar a decomposição é muito importante. Se a decomposição não for profunda o suficiente o projeto terá dificuldades de ser CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 14 gerenciado. Em contrapartida, uma decomposição exagerada também tem o mesmo efeito ruim para o projeto. Vejamos um exemplo. O pacote de trabalho “4.3 Cotações” do ramo de “4 Compras” poderia ser ainda decomposto em “4.3.1 Enviar cotações”; “4.3.2 Receber cotações”; “4.3.3 Analisar cotações”. Repare que esta decomposição já está entrando no nível de ação. Decompor até o nível de ação não é bom e deve ser evitado. As ações de um pacote de trabalho são listadas, e veremos isto na nossa próxima aula. A decomposição do projeto auxilia a sua comunicação, pois fica claro tudo o que será feito e o que será entregue, pois cada pacote de trabalho da EAP possui uma descrição do que está incluído naquele pacote de trabalho, estando relacionado a uma entrega necessária para o atingimento dos objetivos do projeto. Além de melhorar a comunicação do projeto, como temos pacotes de trabalhos menores, fica muito mais fácil e preciso definir o custo e esforço (quantidade de pessoas e prazo) necessário para o desenvolvimento de cada umdesses pacotes de trabalho. Veremos isso na próxima aula. Para iniciar a criação de uma EAP para um projeto, utilizamos os requisitos de projeto coletados, bem como a declaração de escopo criada anteriormente. Além destes dois documentos, podemos utilizar como referência EAPs de projetos anteriores, bem como algumas normativas internas que regulamentem a criação de EAPs de projetos. Outra importante fonte de consulta são os documentos de projetos anteriores, que identificaram os pontos positivos e negativos. Desta forma, evitamos a repetição de erros e asseguramos os acertos anteriores. Outro benefício da decomposição é o de possibilitar uma fácil correlação entre o pacote de atividades da EAP com os responsáveis em executá-las por intermédio, por exemplo, de uma matriz RACI. Cada pacote de trabalho tem uma numeração, e essas numerações podem ser cruzadas com o nome de pessoas com níveis de responsabilidades associados. Abaixo está exposto um exemplo CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 15 para uma matriz RACI para os pacotes de atividade do ramo “1 Projeto do Produto”. Fonte: Elaborado pelo autor (2016). Para cada pacote de trabalho é gerado o Dicionário da EAP, que nada mais é do que uma descrição mais detalhada sobre o que está incluído neste pacote de trabalho. Abaixo está uma relação de informações que podem estar contidas no dicionário da EAP. ■ Descrição detalhada do trabalho incluído naquele pacote de trabalho; ■ Número da conta contábil para as pessoas lançarem as horas ou custos associados ao desenvolvimento deste pacote de trabalho; ■ Personagens da matriz RACI deste pacote de trabalho; ■ Datas importantes do cronograma do projeto; Jo ão M at h eu I R o b er to M au rí ci o Jo n aI Jo ão - D ir et o r P ed ro P au lo M ar ce lo Fr an ci Ic o A n d re 1.1.1 R A C C I I 1.1.2 R A I I C 1.2.1 R A C I 1.2.2 R A C C I 1.2.3 R A C I 1.3.1 R A C I 1.3.2.1 R A I C C 1.3.2.2 R A I C I C 1.4 R A C I A = Autoridade - Quem tem autoridade de decisão I = Informado - Quem precisa ser informado P ac o te I d e tr ab al h o Pessoal R = Responsável - Quem vai fazer o trabalho C = Consultado - Parte interessada principal CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 16 ■ Estimativa de horas necessárias por pessoa que executará as atividades; ■ Duração estimada das atividades; ■ Outros recursos que são necessários, como equipamentos de medição ou máquinas e ferramentas; ■ Correlação de dependência desta atividade com as outras, ou seja, para este pacote de atividades iniciar é necessário que o pacote 1.1.2.4 tenha terminado; ■ Critérios que serão utilizados para validar as entregas deste pacote de trabalho; ■ Riscos e premissas. A junção da EAP, do dicionário da EAP e da declaração de escopo formam um documento muito importante, denominado de “Linha de Base do Escopo”. Para mais detalhes sobre EAP, assista ao vídeo que está disponível no material on-line! Você poderá encontrar mais sobre EAP nos links a seguir, nos quais Ricardo Vargas trata do tema, sendo alguns em forma de podcast e outro em vídeo. http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/wbs/ http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/the-wbs-dictionary/ http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/wbs_costmgmt/ http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/work_package_tasks_dictionary/ http://www.ricardo-vargas.com/pt/videos/6/ Controlar o escopo Controlar escopo é uma atividade que acontece dentro do grupo de processos de monitoramento e controle. É contínua e proativa, atuando sempre http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/wbs/ http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/the-wbs-dictionary/ http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/wbs_costmgmt/ http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/work_package_tasks_dictionary/ http://www.ricardo-vargas.com/pt/videos/6/ CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 17 no sentido de ter certeza de que o que deveria ser feito está realmente sendo executado. Além disso, a atividade de controlar o escopo também engloba o gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo, assegurando que todas as mudanças solicitadas, bem como ações corretivas ou preventivas para lidar com os desvios das atividades sejam tratadas pelo processo de controle integrado de mudanças (estudaremos o processo controle integrado de mudanças em outra aula). Por exemplo, se durante o controle do escopo detectarmos que a atividade foi executada de forma errada e precisa ser refeita, podemos emitir uma solicitação de alteração requisitando a adição de recursos (pessoas ou verbas) adicionais para executar novamente a tarefas do pacote de trabalho. O controle de escopo também gerencia as mudanças feitas na linha de base do escopo depois que elas foram aprovadas, podendo então ser introduzidas. É dentro do controle do escopo que um problema comum em projetos deve ser evitado. É o chamado “Scope Creep”, que pode ser traduzido como “Deformação de Escopo”. Este fenômeno ocorre quando as pessoas vão adicionando, aos poucos, entregas que não pertencem ao escopo original do projeto. Para entender o que vem a ser este fenômeno vamos usar um exemplo. Supondo que estamos fazendo uma reforma de uma casa. No período de planejamento definimos um escopo para a reforma, como a troca do piso e a pintura das paredes, somente isso e nada mais. Este escopo definido gera um prazo e um custo associado. Mas, à medida que a reforma caminha, observamos que poderíamos ter incluído na reforma a troca das luminárias porque, agora, com o piso novo e a pintura nova, as luminárias ficaram com uma aparência muito velha. Também verificamos que os problemas das portas, que antes eram imperceptíveis frente aos problemas de pintura das paredes, agora são CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 18 gigantescos, pois a parede está lisa e perfeita, e a porta agora aparece arranhada e machucada. Então, pensamos: por que também não incluir a troca da porta e das luminárias no escopo da reforma? E assim vai. No final você reformou a casa toda, trocou todo o mobiliário, extrapolou o orçamento e a reforma ainda não acabou. Isto é “Scope Creep”, ou “Deformação de Escopo”, e precisa ser evitado em gerenciamento de projetos. Para controlar o escopo do projeto devemos utilizar: ■ A linha de base do escopo do projeto: conjunto formado pela declaração do escopo + EAP + Dicionário da EAP; ■ O plano de gerenciamento do escopo: indica como o escopo será gerenciado; ■ O plano de gerenciamento de mudanças: indica como as mudanças serão gerenciadas; ■ Informação de desempenho do trabalho: indica o progresso do projeto, como quais pacotes de trabalhos que já foram iniciados, o progresso (percentual de conclusão) destes, e quais já foram concluídos; ■ Requisitos do projeto e do produto do projeto; ■ Matriz RACI. Com as informações provenientes das fontes citadas acima, bem como de informações vindas dos processos de execução da qualidade e do controle da qualidade (estudaremos esses dois processos em aula futura), avaliamos o desvio do progresso do escopo entre o realizado e o planejado. Quando desvios maiores são encontrados, ações corretivas são necessárias. As ações corretivas são ações do tipo reativas, ou seja, elas são definidas e colocadas em prática somente depois que o desvio ocorreu. Isso é normal, mas também precisamos sempre agir de forma preventiva. Devemos descobrir quais são as causas desses desvios e realizar ações para eliminá-las, de forma que os desvios não se repitam mais. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 19 A informação atualizada do progresso do projeto, com os seus desvios, ações corretivas e ações preventivas, servirá de fonte para a emissão de relatórios de desempenhodo projeto. Após o controle do escopo, podemos emitir, quando necessário, solicitações de alteração, mas essas solicitações só podem ser implementadas no escopo original depois de serem aprovadas. Quer saber mais sobre o controle do escopo? Então acompanhe o vídeo que o professor Cláudio preparou para você no material on-line! Verificar escopo A verificação do escopo acontece dentro dos grupos processos de monitoramento e controle. E é o momento no qual as partes interessadas, bem como os patrocinadores do projeto, aprovam, formalmente, as entregas do pacote de trabalho definidas quando da criação da EAP e contidas no dicionário da EAP, com o objetivo de encaminhar o projeto ou a sua fase para o encerramento. É claro que a aprovação de escopo acontece para cada um dos pacotes de trabalhos da EAP e somente após a verificação do escopo de cada um destes pacotes de trabalho é que o projeto ou a fase pode ser encerrado. Estas aprovações acontecem espalhadas ao longo da linha do tempo do projeto, dependendo de como os pacotes de trabalho foram planejados no cronograma do projeto, assunto este que veremos na próxima aula. A verificação do escopo normalmente acontece depois da aplicação dos processos de controle da qualidade e de controle do escopo, de forma que, quando o escopo de um pacote de trabalho for submetido à verificação, eventuais problemas de qualidade e desvios da linha de base já estejam resolvidos. É importante não confundir verificação do escopo com a verificação da qualidade (ou controle de qualidade). O controle da qualidade, assunto que veremos em mais detalhes em outra aula, é um processo que ocorre durante o CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 20 monitoramento e controle do projeto, e trabalha com os resultados do processo de execução da qualidade, que ocorre durante o processo de execução do projeto. Vocês estão lembrados? Os processos de execução e de monitoramento e controle acontecem simultaneamente, e um retroalimenta o outro. Fonte: Elaborado pelo autor (2016). A verificação do escopo seria a comparação do que foi entregue por aquele pacote de trabalho em relação ao que foi acordado no dicionário da EAP para aquele pacote de trabalho. Vamos usar um exemplo para ajudar a desenvolver o raciocínio. Se no dicionário da EAP estiver dito que o pacote de trabalho iria testar várias amostras, com diferentes composições químicas, e avaliá-las contra as métricas de qualidade de resistência à corrosão, emitindo um relatório conclusivo sobre aprovação ou reprovação das diferentes amostras, então poderíamos entender que aquele pacote de trabalho entregou o que deveria entregar. O controle de qualidade e o controle do escopo atestaram isso. Neste caso, a verificação do escopo deveria ser aceita e aprovada pelas principais partes interessadas e pelos patrocinadores. Mas, em contrapartida, se o dicionário da EAP daquele pacote de trabalho estivesse dizendo que, além dos testes, os engenheiros teriam que propor alterações de processo ou de matéria-prima para cada uma das amostras, e se essas propostas não estivessem contidas no relatório final, então as entregas deste pacote de trabalho não poderiam ser aceitas. O controle de qualidade e o CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 21 controle de escopo já deveriam ter observado esse desvio, e já deveriam ter realizado ações para corrigi-lo, de forma que o problema estivesse resolvido antes da submissão da validação do escopo. Vocês conseguiram ver a diferença? As entregas do pacote de trabalho são comparadas com o que estava escrito no dicionário da EAP, e esta comparação é feita, primeiramente, durante o processo de verificação da qualidade (ou controle da qualidade) e no processo de controle do escopo. Num segundo momento, objetivando a aprovação formal do pacote de trabalho, esta comparação é feita novamente para obter a aprovação formal dentro do processo de verificação do escopo. Se o que foi entregue está de acordo com o que está no dicionário, então a entrega do pacote de trabalho é aceita, caso contrário, ela é rejeitada, e um novo loop de atividades, eventualmente não planejado, precisa ser realizado para adequar as entregas do pacote de trabalho ao que está descrito no dicionário da EAP. Neste último caso, o de rejeição das entregas, muito provavelmente, haverá uma solicitação de mudança, que trará um gasto adicional não planejado no orçamento do projeto e também, caso a atividade esteja no caminho crítico (veremos isso na próxima aula), acarretará um atraso no cronograma do projeto. Vocês conseguiram ver mais uma vez a importância da EAP? A sua decomposição e o seu dicionário são de fundamental importância na verificação das entregas. Uma EAP errada, com um dicionário errado, pode levar a consequências ruins para a execução do projeto. Para fazer a verificação do escopo normalmente utilizamos: ■ Linha de base do escopo: que é o documento composto pela declaração de escopo + a EAP + o dicionário da EAP, para poder saber o que deve ser verificado. ■ Os requisitos de projeto e do produto do projeto: para verificar se o que o pacote de trabalho entregou é suficiente para assegurar os requisitos do projeto. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 22 ■ Matrix RACI: para saber quem são as pessoas envolvidas na verificação da entrega do pacote de trabalho. ■ Relatórios de qualidade: que mostram os resultados do atingimento das entregas do pacote de trabalho. Num dos piores cenários, pode ser verificado que o pacote de trabalho entregou o que deveria, ou seja, entregou o que estava descrito no dicionário da EAP, mas eventualmente isso não é o suficiente para atender os requisitos do projeto ou do produto do projeto. Esta é a razão para utilizarmos os requisitos de projeto também na verificação do escopo. O fato descrito acima não deveria acontecer, pois denota que a declaração do escopo e/ou a EAP e o dicionário da EAP foram feitos de forma incorreta ou incompleta, não cobrindo todos os requisitos do projeto. Todas as solicitações de alteração detectadas durante a verificação do escopo são endereçadas para a documentação que controla tais solicitações, a fim de serem analisadas e, se aprovadas, serem introduzidas e os documentos do projeto atualizados, por exemplo, o cronograma, a linha de base do escopo ou o orçamento do projeto. Quando as entregas do pacote de trabalho são aceitas, elas devem ser formalmente aprovadas pelas partes envolvidas, conforme indicado na matriz RACI do pacote de trabalho, e também pelo patrocinador do projeto e, então, endereçadas para o processo de encerramento do projeto ou da fase do projeto. Para finalizar seus estudos sobre a verificação do escopo, acompanhe as explicações do professor Cláudio no vídeo que está disponível no material on-line! Trocando ideias A definição de requisitos, declaração de escopo, EAP, controle de escopo e verificação do escopo são realmente tarefas essenciais? Será que não podemos ir cuidando do assunto à medida que o projeto progride? Será que não CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 23 é muita burocracia? Ou, pelo contrário, sem essas tarefas o controle do projeto seria gravemente afetado e o gerente de projetos perderia o “controle do barco”? Pensem isto em duas dimensões, para projetos bem pequenos e para projetos bem grandes. Compartilhe sua opinião no fórum da disciplina no Ambiente Virtual de Aprendizagem! Na prática Vamos imaginar que você está querendo fazer uma reforma no seu quarto. Faça (documentando) as seguintes atividades relacionadas a este projeto: 1. Identifique as partes interessadas. 2. Colete os requisitos. Não se esqueça de que todos os requisitos devem ser claros e passíveis de uma avaliação. 3. Crie a Declaração
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