Buscar

Drenagem de tórax

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Vict�ria Kar�line Libório Card�so
Drenagem de tórax
● Um sistema de drenagem é composto
por:
1) dreno de tórax
•Tubular multiperfurado pela maior
superfície de drenagem e menor chance
de obstrução.
• Siliconizado, pois dificulta a aderência
de coágulos.
• Consistência firme pela menor chance
de colapsar e de formar coágulos; evite
drenos rígidos que provocam dor e
podem lesar o pulmão.
• Calibre em adultos: 36 F (3/8') em
hemotórax ou derrames espessos; 28 F
(1/4') em pneumotórax ou derrames
fluidos.
• Calibre em crianças: 16 F em recém
nascidos; 22 F com 1 ano de idade.
• Radiopaco ou com linha radiopaca o
que permite confirmar, por radiografia,
se a última perfuração do dreno está na
cavidade pleural e a sua posição.
• Fixação deve ser feita com um ponto
de nylon ou algodão na pele, além de
fixação adicional por "meso" e
"contra-meso" para evitar
deslocamentos que alterem a posição do
dreno.
2) conexões intermediárias e extensões
3) frasco selo de água.
● fixação do dreno pleural
1) O ponto dado pelo cirurgião logo
após a drenagem é amarrado
firmemente em torno do dreno e
frouxamente à pele, ajudando a fixá-lo
no local de sua inserção.
2) O "meso" e o "contra-meso" são
feitos a seguir e devem permanecer
enquanto permanecer o dreno, sendo
refeitos sempre que necessário. Eles
Vict�ria Kar�line Libório Card�so
auxiliam na fixação, reduzindo a dor e
risco de saída acidental do dreno.
3) Para fazer o "meso" e
"contra-meso" recorte uma tira de 20
cm e duas tiras de 10 cm de
comprimento de fita adesiva hospitalar
de 5 cm de largura (micropore ou
esparadrapo). Envolva o dreno na
metade da fita longa (20 cm), e colando
fita com fita por 2 cm abaixo do dreno.
4) Fixe o restante da fita adesiva na
pele. Faça o "contra-meso" afixando as
fitas menores (10 cm) sobre cada lado
do "meso", paralelamente ao dreno.
5) Posicione adequadamente o
dreno em relação ao corpo do paciente
evitando dobras em relação ao seu
maior eixo. Evite fixações na região do
quadril, pois a movimentação do doente
pode provocar angulações no dreno.
6) A fixação do dreno depende
muito mais do "meso" e "contra-meso"
do que do ponto na pele.
● Conexão intermediária e extensão
○ Conector (intermediário) entre o
dreno e a extensão, preferencialmente
de plástico transparente e de calibre
compatível.
○ Conectores ou extensões de
calibre reduzido não dão boa vazão ao
fluxo de ar em fístulas aéreas de alto
débito e se obstruem facilmente por
coágulos
○ obs: fístula aérea decorre das
roturas de brônquios ou de bolhas de
enfisema que mantém um escape
constante de ar para a cavidade pleural -
Use fita adesiva hospitalar para fixar a
conexão.
● O frasco selo de água
○ Frasco de vidro ou plástico
transparente e graduado para permitir o
controle do volume drenado.
○ Conexão e respiro de calibre
adequados: pacientes com fístulas
podem ter fluxo aéreo alto
principalmente durante a tosse ou
ventilação mecânica.
Vict�ria Kar�line Libório Card�so
○ Nível líquido é o mecanismo que
funciona como válvula no sistema de
drenagem, cobrindo os 2 cm distais do
tubo do frasco selo de água.
○ Esse mecanismo permite a
drenagem do líquido ou gás e impede a
entrada de ar na cavidade pleural.
Entretanto se o tubo estiver mergulhado
mais que 2 cm, a drenagem aérea acaba
sendo prejudicada porque aumenta a
resistência ao fluxo de drenagem.
● Aspiração do Sistema
○ A aspiração aplicada ao respiro do
frasco selo de água anula a pressão
atmosférica e produz pressão negativa
no frasco facilitando a drenagem. Sua
indicação é formal nos casos de
drenagem sem expansão pulmonar
completa, geralmente quando há
grandes fístulas aéreas.
○ A aspiração do sistema de
drenagem pode ser feita com frasco de
aspiração, tubo regulador de vácuo ou
sistema de alto fluxo.
● Frasco de aspiração
○ A pressão negativa aplicada será
determinada pelo comprimento do tubo
regulador de pressão que estiver
mergulhado no líquido. Se o tubo estiver
mergulhado 20 cm no líquido, a pressão
será de -20 cm H2O.
● Tubo regulador do vácuo
○ Mesmo princípio de
funcionamento do frasco de aspiração
○ Esses dois sistemas têm o
inconveniente de serem sistemas de
baixo fluxo, independente da pressão
negativa que está sendo empregada.
Além disto, podem bloquear o sistema
se houver diminuição ou interrupção do
vácuo.
○ Importante: o frasco de aspiração
ou o tubo regulador de vácuo devem
manter um borbulhamento constante
enquanto estão sendo aspirados. A
parada do borbulhamento , durante a
tosse ou expiração forçada, significa que
o débito aéreo da drenagem é maior
Vict�ria Kar�line Libório Card�so
que a capacidade de vazão de fluxo do
sistema.
● materiais usados
○ caixa de drenagem de tórax;
○ seringa de 20 ml;
○ campo cirúrgico fenestrado;
○ material de antissepsia;
○ avental cirúrgico estéril e
equipamentos de proteção individual;
○ lâmina de bisturi n.o 24;
○ sistema de drenagem completo
com selo d ́água preparado (dreno 28-32
Fr);
○ lidocaína solução a 2% que
poderá ser diluída para 1% com água
destilada (AD). 10ml de Lidocaína e 10
ml de AD;
○ fios de Nylon – 0 e 3-0, Seda - 0
● passo a passo
○ 1a Etapa
■ Posicionar o paciente em
decúbito dorsal com a mão do lado a ser
drenado atrás da cabeça e com o
cotovelo fletido, determinar o local de
inserção do dreno, que será no 4o ou 5o
espaço intercostal, anterior a linha axilar
média no hemitórax acometido. Em
crianças colocar a mesa cirúrgica a 30
graus
○ 2a Etapa
■ Fazer antissepsia ampla do local a
ser drenado. A antissepsia deve ser feita
preferencialmente em 2 tempos:
● 1o - degermação da pele
● 2o - limpeza com solução tópica,
sempre com antissépticos com mesmo
princípio ativo. Logo em seguida colocar
campos estéreis com fenestração ampla
que permita boa visualização do local e
do mamilo no campo operatório
○ 3a Etapa
■ Anestesia local da pele e do
espaço intercostal e da pleura parietal
ampla com cerca de 20 ml de anestésico
a 1% seguido de toracocentese de
localização
○ 4a Etapa
Vict�ria Kar�line Libório Card�so
■ Incisão transversa de 2-3 cm
paralela as costelas e dissecção romba
na borda superior da costela no local
previamente anestesiado
○ 5a Etapa
■ A pleura parietal pode ser
perfurada com a ponta da pinça em
seguida a pleurotomia é realizada com o
dedo, nesse momento a cavidade pleural
é palpada para verificar presença de
coágulos, liberar aderências, evitar
lesões a outros órgãos
○ 6a Etapa
■ O dreno torácico deve ser
introduzido em direção posterior e
superior. Deve ser previamente
conectado ao sistema de drenagem para
evitar saída de secreções anômala pelo
dreno e contaminar a equipe que está
realizando o procedimento.
■ Antes da introdução o dreno deve
ser posicionado sobre o tórax do
paciente, mas sem tocá-lo para observar
quanto de dreno será introduzido e
evitar que a última fenestração fique ao
nível do subcutâneo. Drenos muito
compridos podem ser cortados na sua
ponta para evitar esse problema.
○ 7a Etapa
■ Fixação do dreno de tórax a pele.
Neste livro optamos pelo ponto Donatti.
Fixação da musculatura pode dar mais
firmeza ao ponto.
■ Antes de iniciar a realização da
“bailarina” ou “sandália grega”, um
único nó duplo é confeccionado e
posicionado sobre o dreno. Esse nó
apenas preparado será usado quando da
retirada do dreno torácico com a
finalidade de fechar a ferida. Após o
término da bailarina um fio de Seda 0 é
enrolado sobre o dreno para fixar a
bailarina ao dreno
○ 8a Etapa
■ Terminado o procedimento de
drenagem fechada de tórax, um raio-x
de tórax deverá ser realizado para
verificar a posição do dreno e analisar a
Vict�ria Kar�line Libório Card�so
resolução do pneumotórax e/ou
hemotórax
● Dentre as complicações relacionadas a
drenagem de tórax podemos citar:
○ a) lesões de órgãos intratorácicos
ou abdominais, evitados com a palpação
adequada da cavidade pleural com o
dedo, esta manobra permiteperceber
que o cirurgião está realmente
dissecando a cavidade que pretende
drenar, outra manobra importante é a
escolha do local correto a realizar a
drenagem, pacientes com variações
anatômicas e alterações patológicas
podem levar a esse tipo de complicação;
○ b) o diafragma, músculo primário
da respiração, durante os movimentos
respiratórios pode subir até o nível do
5o espaço intercostal em expiração
forçada, por essa razão o American
College of Surgeons, preconiza a
drenagem no espaço para evitar lesões
inadvertidas do diafragma, bem como
de órgãos abdominais;
○ c) lesão do feixe vásculo nervoso
(VAN) pode ser evitada com a passagem
do dreno pela borda superior da costela
como vimos anteriormente.
○ d) dreno torácico acotovelado.

Continue navegando