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ISEC 8 SAÚDE DO HOMEM RESPOSTAS ESTUDO DIRIGIDO 1. A rubéola é uma virose contagiosa que não costuma apresentar maior gravidade, mesmo entre adultos, o que já nos leva a excluir quase todas as opções. A gravidade maior é a forma congênita, que pode causar diversas malformações, destacando-se a surdez. No Brasil, atualmente, o Ministério da Saúde (MS) recomenda a tríplice viral para homens até 49 anos que não tiverem comprovação de vacinação anterior. Inicialmente apenas as mulheres em idade fértil estavam sendo vacinadas, porém tal estratégia se revelou falha à medida que os homens passaram a ser “reservatórios” do vírus, transmitindo-os para as mulheres que porventura não tivessem sido vacinadas e assim continuaram os casos de rubéola congênita. Por este motivo a vacinação foi estendida aos homens jovens. Resposta: C. 2. Se é detecção precoce, a doença já se instalou e então se trata de prevenção secundária. A prevenção primária englobaria as medidas de promoção de saúde e imunização. Ficamos entre A e B. No entanto, apesar das recomendações pelas sociedades de urologia, não há indícios bem determinados de que o rastreamento do câncer de próstata seja realmente adequado. Resposta: A. 3. Independentemente das opções A a C sobre imunização, em que facilmente definimos que a opção B é correta pelos riscos inerentes a vacina com vírus vivo atenuado sobre as gestantes, o importante é observarmos duas “armadilhas” comuns em questões sobre rastreamento de doenças. Lembrem sempre que o rastreamento do Ca de mama é através de mamografia e não de autoexame. Além disso, lembrem-se de que o rastreamento do Ca de próstata nunca se traduziu em redução efetiva da mortalidade e, por isso, toda a discussão em torno do método. Resposta: B. 4. Tal conduta é embasada pelos manuais de rastreio do SUS, o qual, da mesma forma que as principais referências bibliográficas, utiliza as recomendações da American Cancer Society. Em pacientes sem história familiar ou doenças hereditárias associadas a fator de risco para câncer colorretal, está indicado o rastreio desse por colonoscopia ou PSOF a partir dos 50 anos de idade, sendo a colonoscopia repetida de 10 em 10 anos em caso de ausência de lesões precursoras e a PSOF anualmente. Logo, resposta: opção “C”. 5. A primeira pergunta a ser respondida é: qual seria o risco de tétano desse ferimento? Ferimentos cortantes em extremidades ou face, perpetrados com um instrumento visivelmente sujo de terra, sem sombra de dúvida devem ser classificados como de ALTO RISCO para tétano (o C. tetani é um anaeróbio ubíquo que vive de forma livre no meio ambiente, em particular no solo). Agora responda o seguinte: o paciente foi devidamente imunizado contra o tétano? Neste caso, simplesmente não temos como garantir isso. Que conduta deve ser tomada, então? Como existe a possibilidade de que ele não possua qualquer grau de proteção sorológica, devemos, neste momento, imunizá-lo passivamente (administração de soro antitetânico). Independente da administração de soro, devemos iniciar a imunização ativa conforme o protocolo habitual: 3 doses da vacina “dupla do adulto” (dT, que protege contra difteria e tétano) com intervalo de pelo menos 2 meses entre cada dose. Resposta: A. 6. Num paciente com menos de 50 anos de idade (baixo risco de câncer), previamente hígido, que após esforço físico (possibilidade de distensão muscular) evolui com dor lombar aguda, sem quaisquer sinais clínicos de comprometimento neurológico, apenas o achado de musculatura paravertebral hipersensível, provavelmente pela contratura da mesma (ou seja, um caso totalmente desprovido de “sinais de alerta” na dor lombar), não há nada a fazer além de analgesia e repouso. Inclui-se neste entendimento a orientação de não pedir qualquer exame de imagem (desnecessários e sem custo-efetividade, pois não há suspeita clínica de uma doença grave como hérnia ou fratura/infecção vertebral, e é quase certo que tais exames não mudarão a conduta, apenas aumentarão o custo do tratamento). Resposta certa: A. 7. A nefrolitíase é até três vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Tem seu pico de acometimento na 4a e 6a décadas de vida. Indivíduos caucasianos costumam ser os mais acometidos, sobretudo aqueles que vivem em climas áridos. Gabarito letra E. 8. A ausência de febre fala contra pielonefrite aguda (A errada). Não há menção à oligúria persistente ou azotemia progressiva, logo, não podemos dar um diagnóstico de IRA (B errada). Lumbago é um termo antigo aplicado às lombalgias mecânicas (de etiologia osteomuscular). No caso em tela temos um indício de doença orgânica interna (hematúria) - C errada. Síndrome nefrítica é definida pela presença de oligúria, hematúria, HAS e edema, logo, não é o caso aqui (E errada). Enfim, o quadro é clássico de cólica nefrética (ureterolitíase obstrutiva). Resposta certa: D. 9. A prostatite é uma doença bastante prevalente, sendo considerada a terceira doença mais comum em homens acima de 50 anos. Um quadro agudo de dor perineal, alteração do jato urinário, febre e disúria falam fortemente a favor de Prostatite Bacteriana Aguda (PBA). O hemograma em geral apresenta leucocitose com desvio à esquerda e o exame de urina tipo I pode apresentar piúria importante. O Antígeno Prostático Específico (PSA) se encontra bastante elevado devido à ruptura de túbulos prostáticos e aumento da permeabilidade epitelial. O toque retal e a sondagem vesical em geral estão contraindicados pelo risco de produzir bacteremia. Pelo mesmo motivo, a ultrassonografia transretal só está indicada para drenagem de abscesso prostático. O tratamento baseia-se na antibioticoterapia com cobertura para germes Gram-negativos aeróbios por um período de 2 a 4 semanas. Após 6 semanas, a dosagem do PSA deve ser repetida para afastar complicações e outras doenças prostáticas associadas. Resposta: D 10. Os sinais de alerta para lombalgia são alterações que têm maior associação com etiologias potencialmente mais graves, como inflamatórias, infecciosas, traumáticas, tumorais ou neurológicas. Naturalmente, a adoção de uma postura antálgica para tentar um alívio da dor é algo natural para qualquer caso de dor lombar, não estando associada a uma etiologia de maior gravidade. A história de trauma recente pode estar associada à alguma fratura; a perda de peso involuntária e a idade acima de 70 anos estão mais associadas a uma etiologia tumoral; a dor refratária ao tratamento também pode ter associação tumoral ou com doenças inflamatórias. Resposta certa: letra C.
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