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Trabalho e Escravidão - Relatorio Museu AfroBrasil

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UNICID – Universidade Cidade de São Paulo
Relatório 
Museu AfroBrasil
São Paulo
2020
Bruna de Mattos – RGM: 2119465-3
Caio Menezes – RGM: 2075151-1
Deive Oliveira – RGM: 2169403-6
Vinicios Bezerra – RGM: 2055270-0
Prof.ª Juliana Monzani Curso: História da África 
Relatório 
Museu AfroBrasil
São Paulo
2020
Relatório da visita ao museu AfroBrasil
Parte 1 – Em grupo
1) Impressão geral do museu
a) Local e Acesso 
O local não possui estacionamentos grátis, e parada em locais públicos todas são zona azul; ruim de acesso (locomoção); longe da periferia; horários de visita limitados, impossibilitando quem trabalha ir após o horário comercial; monitória tem que ser agendada com antecedência; não possui sinalização indicando o museu (o que dificultou o acesso); possui varias linhas de ônibus até o local. 
b) Estrutura do museu (prédio)
Gostamos muito do prédio e de sua estrutura, tais como as rampas de acesso aos andares; possui banheiros e bebedouros nos andares; tem detector de metais e lugares para guardar bolsas e objetos pessoais. 
c) Exposições permanentes e temporárias 
As exposições permanentes possui um acervo muito bom, porem deveria conter imagens ou informativos (placas) que explicasse a classificação indicativa, pois havia obras que ao nosso olhar não daria para levar um 6*/7* ano.
As temporárias são bem didáticas, uma destas exposições que vimos foi a de Maria Carolina de Jesus.
d) Disposições e exibição do acervo 
 Possui áreas mais abertas, mas também tem lugares com espaço reduzido com o risco de esbarrar e derrubar o acervo.
A exibição é lúdica, transmite bem a ideia que se retrata e possui variedades culturais. Todas as peças do acervo possuem pequenas placas citando seu nome e do que se refere. 
 f) Informações sobre as peças 
As peças exibidas por si só já possuíam grande informação, porem continham informações como nome da peça e explicação de sua origem e como se desenvolveu.
Vinicios Bezerra – RGM: 2055270-0
Parte 2 – Individual
2) b) Trabalho e Escravidão
Ao visitar ao Museu Afro Brasil decidi que iria trabalhar em cima do tema trabalho e escravidão, que por sinal é muito rico e possui muita informação sobre como eram estes trabalhos e por quem era exercido e o papel da escravidão no Brasil.
Ao falarmos em escravidão temos que primeiramente entendermos como se deu este processo. Foi com a chegada dos colonizadores, que a principio estavam em rumo das índias e descobriram a nossa nação que depois foi batizada por Brasil, devido a grande quantidade de Pau-Brasil encontrada em nossas terras. O Brasil possuía habitantes que foram batizados de índios, pois os espanhóis acharam que estavam nas índias e não no país até então desconhecido. A princípio se utilizou da força de trabalho dos povos indígenas, mas pouco depois, os colonizadores acabaram deixando de lado e começaram a trazer escravos negros africanos para serem escravos aqui no Brasil, um dos motivos para o uso de escravos africanos seriam por serem mais habituados a este tipo de trabalho, deferente dos indígenas que não tinham hábitos como estes. 
Mas ao selecionar este espaço no museu foi extremamente enriquecedor e contribuiu muito para o meu conhecimento pedagógico. Ao analisar as peças pôde ver que a escravidão de africanos e afrodescendentes no Brasil foi sem duvida um crime coletivo de mais longa duração praticado nas Américas e um dos mais hediondos que a história registra. Pois milhões de jovens foram capturados e durante séculos na África e conduzidos com cordas no pescoço ate os portos de embarque, eram batizados e recebiam uma marca em seu corpo com ferro quente que possuía a marca de seu senhor ou proprietário. Ao desembarcarem, os escravos eram destinados um mercado onde seria realizado um leilão, e seu preço variava do tamanho de seus punhos e tornozelos. Tudo isso é apenas o começo do trafico negreiro e deste mercado colossal, ao entrar na sala do museu que possuía ali a carcaça de um navio negreiro, ao analisar tudo isso, remeti quão difícil foi estas viagens, que até mesmo muitos deles nem chegaram a desembarcar devido às más condições de saneamento básico, má alimentação e fora tudo isso vieram amarrados uns aos outros, o espaço era muito apertado um em cima do outro. Ainda no mesmo local, encontrei as correntes que os escravos eram submetidos e a mascara pelo qual o seu senhor o colocava para que perdessem o vicio de embriaguez, pois ela lhe tapava a boca, apenas possuía três buracos, dois para os olhos e um para o nariz e atrás se tinha um cadeado impedindo-os de tirar a mascara. 
O único objetivo de trazer os escravos seria para trabalhar nas lavouras principalmente nas de café, cana-de-açúcar, extração do Pau-Brasil, etc., e também na mineração do Ouro, mas enfim no museu tivemos acesso a alguns materiais, ou melhor, as ferramentas utilizadas por estes escravos para estes devidos trabalhos impostos. 
As impressões que eu tive não foi uma das melhores, pois infelizmente povos como os indígenas, africanos e afrodescendentes sem duvida alguma foram explorados e de forma cruel e sem escrúpulo algum, são traços da história que ainda hoje vivemos, não como naquela época, modificada ao longo do tempo e da história, mas que tem consequências ainda ate hoje para a sociedade, ainda mais se for negra ou indígena. Além do mais no museu vi algumas obras onde o negro era usado como cavalinho para as crianças brancas, negras era utilizadas como ama de leite, e o engraçado de tudo isso era que eles tentavam repassar através das fotografias que estava, tudo bem, tudo ótimo, colocando-os com roupas boas e eles eram bem tratados, porem ainda na mesma fotografia víamos através de seus olhos o sofrimento, a humilhação e a escravidão ligada a prisão, sensação de não ser livre.
3) Considerações gerais sobre o museu como espaço pedagógico
Segundo o Livro “Por que visitar museus?”, é importante atentarmos a alguns pontos para utilizarmos Museus como espaço pedagógico. Ao visitar o Museu Afro-Brasil pôde perceber que é preciso seguir alguns pontos que a Circe trás em seu livro e tornar assim a visita ao museu como um espaço adequado para realizações de atividades pedagógicas. 
É de extrema importância que antes do professor propor a atividade ou a visita ao museu que ele o conheça previamente, pois ao fazer a visita pôde perceber que ele é grande, possui muitas obras e seria interessante o professor estudar mais a fundo cada obra, a fim de propor uma visita rica e aproveitadora. 
Mas antes da visita ao Museu, farei uma apresentação para os alunos em sala de aula como eram estas formas de Trabalho e escravidão, expondo e criando uma curiosidade ainda maior, fazendo com que se entusiasme para a visita. É importante orientar aos alunos que a visita ao museu tem um objetivo de caráter pedagógico e não um passeio, pois acabaria perdendo o foco, foco este que seria dar continuidade ao conteúdo previamente abordado em sala e que após a visita será realizado uma atividade avaliativa. 
O museu possui também atividades educativas que podem auxiliar ao professor para realizar este trabalho com os alunos. Inclusive um dos que me chamou atenção foi o Ateliê Aberto: Este projeto tem a intenção de promover ou ampliar o contato do público, especialmente das famílias que visitam o Parque do Ibirapuera aos finais de semana, com o Museu Afro Brasil. No segundo final de semana de cada mês os educadores conduzem experiências artísticas que têm como principal objetivo propiciar aos visitantes o contato com linguagens, técnicas e materiais diversos. Tudo isso num clima gostoso, de brincadeira, experimentação. Atividades como estas pode abrir o olhar do aluno que vai além da sala de aula ou do que veem, pois nada melhor do que a pratica. 
Um trabalho deste entre professor e aluno exige muita disciplina, pois necessita de muita organização para que não saiam do foco que é uma visita pedagógica, com fins educativos e principalmente que o aluno absorva o máximo possível e desenvolva além do que ostextos e os livros didáticos falam e sim que a pratica possa falar mais.
Após a visita ao museu a proposta seria uma roda de conversa, onde cada aluno iria falar o que mais gostou no museu e se achou alguma peça relacionada com a aula anterior dada pelo professor e qual sua importância para os dias de hoje. 
Caio Menezes – RGM: 2075151-1
Parte 2 – Individual
2) b) Trabalho e Escravidão
 Em minha percepção, achei muito interessante o museu visitado. Interessei-me por muitas áreas e pretendo contar para fazer visita com monitoria, mas para este relatório falarei da exposição "trabalho e escravidão".
Considero a exposição como um material riquíssimo como fonte de informação e conhecimento, além de contribuir para a formação de um imaginário, podendo também concretizar imagens como e com as ferramentas e máquinas de trabalho da época, levando a pensar sobre as técnicas de fabricação do açúcar e da cachaça, por exemplo, isso também ocorre com os equipamentos que eram utilizados para a escravização dos negros, pois, as imagens e equipamentos expostos mexem com os sentimentos de muitos que se identificam ou que possuiu na família alguma relação com a escravidão, principalmente com os escravos.
Além disso, o que me chamou muita atenção foram as representações na arte e espero ainda voltar para aprender mais sobre a forma como a escravidão e os negros eram representados e quais eram as intenções dessas representações pois percebi que em muitas os escravos estavam bem vestidos, querendo passar, na minha percepção, a impressão de que muitos eram bem tratados e que eram considerados como integrantes da família de seus senhores. 
De maneira geral, os textos expostos nas paredes dão uma boa impressão da época, porém, alguns são muito grandes, sendo quase inviável de o visitante ler todos eles. Considero que a visita foi muito positiva e, como já disse acima, pretendo voltar novamente.
3) Considerações gerais sobre o museu como espaço pedagógico
Ao visitar o museu percebi que, para utilizar o museu como espaço pedagógico, é fundamental observar os pontos abordados no livro "Por que visitar museus?". Através da visita observei que é de extrema importância não só visitar, mas conhecer e, como diz o livro, até se familiarizar com o museu que irá ser utilizado, pois é muito fácil não se localizar dentro dele e, certamente, cheio de alunos, a situação fica mais complicada ainda. É importante também orientar os alunos em uma aula anterior, e também no caminho do museu para terem cuidado ao se a aproximar das obras, ao se movimento nos corredores e, também, para não tocar em nada, a não ser que o monitor oriente. Tive muito a sensação de ser fácil esbarrar, ou até mesmo, derrubar as obras de arte que estão expostas nos corredores do museu.
Contextualizar em aula anterior o conteúdo ou a matéria que será abordada e fazer a visita em obras específicas são fundamentais para que o objetivo proposto pelo professor não seja perdido, podendo até ao final da visita, levá-los em outras exposições.
Verificar as atividades propostas pelo museu e adequá-las aos seus objetivos é muito interessante e pode ser mais produtivo pois o professor pode não ter o domínio completo de todas a obras expostas, sendo, assim, mais fácil dar continuidade ao conteúdo em sala de aula, porque, dificilmente, seria possível terminar a atividade no local sem uma abordagem posterior à visita e sem a aplicação de uma avaliação para que os alunos aprendam a colocar no papel ou a expor oralmente o conteúdo que aprenderam. Isso é importante para que as ideias e os pensamentos dos alunos sejam organizados em suas "mentes". Todo esse processo faz parte e é integrado à avaliação do professor, que deve ser manter atento aos alunos e a todo ao seu redor, sendo necessário que ele vá acompanhado de mais responsáveis da escola para ajudá-lo na tarefa de supervisionar a turma.
Certamente, planejar um plano de ensino com uma visita ao museu exige muita disciplina e organização por parte do professor para que ele não se perca em todos os processos de tirar os alunos da sala de aula.
Bruna de Mattos – RGM: 2119465-3
Parte 2 – Individual
2) b) Trabalho e Escravidão
O museu possui um acervo rico em objetos que eram utilizados naquele período. Todas as pinturas possuem uma placa ao lado contendo as informações pertinentes à obra. Além das pinturas, o museu possui acessórios (colares, tiaras), vestuário e utensílios que eram usados no cotidiano dos escravos na fabricação de calçados, na mineração de ouro ou diamante (uso das baterias), da fabricação de açúcar e cachaça. 
Em relação ao ambiente, as cores foram bem escolhidas, embora a iluminação estivesse um tanto fraca.
Há diversas maneiras de se trabalhar com o tema em sala de aula, seja explorando o trabalho do negro, seja analisando a arte africana e sua influência no território brasileiro.
3) Considerações gerais sobre o museu como espaço pedagógico
Antes de fazer a visita ao museu, eu como professora iria conhecer o ambiente, ou seja, me familiarizarei com o ambiente para usa-lo pedagogicamente. Umas das formas que faria são em sala de aula introduzira ao assunto Trabalho e escravidão e assim trabalharíamos apenas esta parte no museu ajudando ainda mais no aprendizado de cada aluno. E ao voltarmos para a sala de aula, daria continuidade ao assunto aplicando um trabalho referente as peças e obras vistas na parte selecionada no museu.
Deive Oliveira – RGM: 2169403-6
Parte 2 – Individual
2) b) Trabalho e Escravidão 
O museu tem uma importância de retratar a história de forma palpável, e uma imagem que ficou congelada na minha memória foi a imagem de uma estrutura de um barco. O barco remete minha percepção à chegada dos negros escravizados ao litoral brasileiro. 
Relatarei aqui sobre trabalho e escravidão por entender que é um tema intrigante e deprimente dependendo do olhar do espectador. 
No museu Afro Brasil, o ‘design’ da escravidão exposto e bem arranjado traz uma visão detalhada e aflora a curiosidade do visitante é possível viajar na história e acrescentar argumentos ao fatos depois de uma visita ao museu. 
Alguns personagens proeminentes negros do século XX foram relatados com uma riqueza de detalhes e curiosidades que eu não fazia ideia. 
3) Considerações gerais sobre o museu como espaço pedagógico
Como espaço pedagógico pode ser feito abordagens sobre origem de cada país representado ou herança e legado de cada povo para o mundo atual. Aproveitar o espaço sobre escravidão que é permanente e traçar um paralelo da história dos indígenas que também faz parte do momento em que o negro chegou no Brasil. 
O professor deve visitar antes com um monitoramento específico sobre o tema que quer fazer sua aula. A importância de se visitar um museu é fundamental para visualizar de maneira mais ampla o conteúdo. No trabalho e escravidão do Brasil há relíquias de instrumentos usados por escravos e senhores, há instrumento, forma, de fazer sapato, de costura, de fazer farinha e de outros instrumentos mecânicos que eram usados na época. Dá pra fazer analogias dos instrumentos usados na época e agora e constatar a dificuldade e necessidade de força para executar as operações de cada peça.
Deve ser feito um cronograma de quanto tempo será útil para o professor dar sua aula antes, e durante e depois da visita e qual espaço será utilizado. 
Eu proponho fazer uma visita online no site do museu se houver possibilidade na escola. Nessa aula faria uso da tecnologia e explanaria os detalhes das obras na própria internet já durante a visita física experimentaríamos na prática o que fizemos online.

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