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Aula 2 - Sócrates, Platão e Aristóteles

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Filosofia da Educação 
Aula 2 - Sócrates, Platão e Aristóteles
Introdução
Sócrates, Platão e Aristóteles são os mais importantes expoentes da Filosofia grega. As doutrinas desses filósofos compõem o período clássico da Filosofia grega, tendo longa vigência nos séculos seguintes.
Ao longo dessa aula, você conhecerá:
• O pensamento metafísico de Platão e a sua repercussão para a história do pensamento ocidental;
• A transformação filosófica provocada por Sócrates, com ênfase nos temas humanísticos;
• A solução metafísica dada por Aristóteles ao problema do conhecimento.
Objetivos
- Compreender o novo marco da Filosofia Antiga iniciada por Sócrates.
- Identificar as ideias fundamentais dos filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles.
- Conhecer os conceitos fundamentais da metafísica platônica e aristotélica.
Créditos
Ramany Oliveira-Designer Instrucional
Daniel de Abreu-Web Designer
Rostan Silva-Programador
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Sócrates (469 ou 470-399 a.C.)
Sócrates deu uma nova direção à Filosofia. Enquanto o interesse dos filósofos pré-socráticos recaiu sobre os estudos da natureza (physis), Sócrates interessou-se pelas questões humanas, a ética, a política, o conhecimento, a educação, entre outros problemas que afetam o homem.
As fontes mais importantes de informações sobre Sócrates são as escritas por Platão, Xenofonte e Aristóteles.
Sócrates foi mestre de Platão.
_______________________________ ! __________________________
Atenção
Alguns historiadores afirmam que só se pode falar de Sócrates como um personagem de Platão, por ele nunca ter deixado nada escrito de sua própria autoria.
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A principal preocupação de Sócrates era a de levar os seus concidadãos a pensarem.
Nos diálogos de Platão, Sócrates é apresentado como homem dotado de uma mente rigorosa, racional e inquisitiva, que questionava continuamente as crenças fundamentais das pessoas. O Método Socrático consistia em fazer perguntas e desvendar o que estava oculto em cada uma delas, num processo denominado maiêutica.
A filosofia de Sócrates exprimia-se por meio de diálogos. Na sua doutrina, a confiança na razão assumia um papel central: “ninguém é mau volunta-riamente”, sendo o mal consequência da ignorância. O grande princípio socrático era o conhecimento de si próprio: “Conhece-te a ti mesmo”.
VOCÊ SABIA?
Sócrates desempenhou um papel importante no Estado ateniense, fazendo parte do governo da cidade. Porém, em 403 a.C, foi acusado e declarado culpado de corromper a juventude ao ensinar doutrinas que feriam as tradições religiosas da cidade de Atenas, tendo sido condenado à morte por ingestão de cicuta. Embora pudesse se exilar, Sócrates optou por beber tranquilamente o veneno e submeter-se a um fim doloroso.
Vídeo: o que é Filosofia? O que é Mito?
Profª.: Viviane da Costa Lopes
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Verifique seus conhecimentos!
Marque a alternativa incorreta.
Enquanto o interesse dos filósofos pré-socráticos recaiu sobre os estudos da natureza (physis), Sócrates interessou-se pelas questões humanas, a ética, a política, o conhecimento, a educação, entre outros problemas que afetam o homem.
O Método Socrático consistia em fazer perguntas e desvendar o que estava oculto em cada uma delas, num processo denominado maiêutica
Sócrates foi discípulo de Platão.
A filosofia de Sócrates exprimia-se por meio de diálogos e a confiança na razão assumia um papel central na sua doutrina.
Platão (428 - 347 a.C.)
Platão nasceu em uma família aristocrata de Atenas. Foi brilhante escritor e filósofo e se destacou entre os pensadores mais influentes da civilização ocidental
Desde jovem, Platão tinha ambições políticas, mas logo se decepcionou com a liderança política de Atenas. Ele se tornou discípulo de Sócrates, seguindo sua filosofia e aderindo ao método por ele utilizado: a busca da verdade através de perguntas, respostas e mais perguntas.
Após a morte de Sócrates, Platão abandonou a cidade. As suas viagens levaram-no a lugares como Egito, Cirene e Sicília. Quando regressou a Atenas, co-fundou uma escola que ficou conhecida por Academia, situada no Jardim de Academos, onde se ensinavam os mais diversos assuntos, desde a Matemática à Biologia, da Filosofia à Astronomia.
Os ensinamentos de Platão foram escritos em forma de diálogo (aproximadamente 30), de uma conversa ou um debate entre várias pessoas. 
Seus diálogos são divididos em três fases.
	A primeira fase é representada com Platão tentando comunicar a filosofia de Sócrates.
	
	Os diálogos da segunda e terceira fase relatam as próprias ideias de Platão, por mais que ele continue a utilizar Sócrates como personagem em seus diálogos.
_______________________________ ! __________________________
Atenção
Em oposição aos sofistas, Platão propõe um novo método: a dialética (ou arte de pensar), que vai das palavras às ideias. Estas constituem a própria essência, fundamento e modelo das coisas sensíveis e individuais.
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Teoria do Conhecimento de Platão
	
	
Platão foi o responsável pela formulação de uma nova maneira de pensar e de perceber o mundo. Este ponto fundamental consiste na descoberta de uma realidade causal suprassensível, não-material, eterna e imutável. Tal realidade subsistiria num mundo separado do mundo sensível e material: o mundo das formas ou das idéias.
Platão, portanto, divide o existente em duas partes: o mundo das ideias e o mundo físico em que vivemos. No mundo das ideias, tudo é constante e real. Já no mundo físico (ou mundo sensível), tudo está sujeito ao fluxo, à mudança, daí seu caráter relativo e aparente.
	
mundo sensível - O mundo sensível é uma pálida reprodução do mundo inteligível. Trata-se de um mundo de cópias imperfeitas das ideias ou formas, constituindo um mundo de sombras, conforme a famosa Alegoria da Caverna. Segundo Platão, os sentidos físicos não nos revelam a verdadeira natureza das coisas. Por exemplo, ao observarmos algo branco ou belo, jamais chegaremos a ver a brancura ou a beleza plena, embora tragamos, dentro de nós, uma ideia do que elas são.
	Mundo sensível
· Caverna;
· Sombras;
· Corpo – Características contrárias a da alma;
· Imperfeito.
	
Mundo inteligível
· Luz;
· Conhecimento;
· Ideias;
· Alma - possibilita acessos aos inteligível, imutável e imortal;
· Perfeito.
Assim, as únicas coisas, de fato, permanentes e verdadeiras para Platão, seriam as ideias. Observar o mundo físico (tal como a ciência faz hoje em dia) pouco serviria, portanto, para alcançarmos uma compreensão da realidade, embora servisse para reconhecermos, ou recordarmos, as ideias perfeitas que traríamos dentro de nós.
Ideias ou formas são arquétipos imutáveis. De acordo com Platão, só essas ideias/formas são o fundamento do verdadeiro conhecimento. Platão distinguiu dois níveis de saber:
	Opinião
	Conhecimento
	Afirmações relacionadas com o mun-do físico, Platão as considerava uma opinião, mesmo que estivesses ba-seadas na lógica ou na ciência.
	Segundo Platão, o conhecimento é derivado da RAZÃO e não da expe-riência. Ele pregava que somente através da razão atingiremos o co-nhecimento das formas.
A República
A República é a maior e mais reconhecida obra política de Platão. A obra se foca na questão da justiça: Como é um Estado justo? Quem é um indivíduo justo?
Vídeo: a República de Platão
- YOUTUBE
Segundo Platão, a melhor forma de governo é a aristocracia por mérito. Ele divide o estado ideal em três classes: 
- a classe dos comerciantes
- a classe dos militares e
- a classe dos filósofos-reis.
Três classes - As classes não são hereditárias, elas são determinadas pelo tipo de educação obtida pela pessoa. Com maior nível de educação, a pessoa pertence à classe dos filósofos-reis, que são os encarregados de governar o país.
A República aborda diversos temas sobre justiça, governo e apresentaum governo utópico. Essa obra vem sendo amplamente lida através dos séculos, por mais que suas propostas nunca tenham sido adotadas como uma forma de governo concreta.
	Na República, também encontra-mos o famoso Mito da Caverna (ou Alegoria da Caverna). Trata-se de uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do co-nhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância.
	
	
Em outras palavras, podemos dizer que a Alegoria da Caverna trata da passagem gradativa do senso comum, enquanto visão de mundo e explicação da realidade, para o conhecimento filosófico (conhecimento racional, sistema-tico e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na casualidade).
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Verifique seus conhecimentos!
Marque a alternativa correta.
Segundo Platão, os sentidos físicos nos revelam a verdadeira natureza das coisas.
Em oposição aos sofistas, Platão propõe um novo método: a dialética (ou arte de pensar), que vai das palavras às ideias.
De acordo com Platão, as ideias ou formas são arquétipos mutáveis.
Platão divide o estado ideal em duas classes: a classe dos comerciantes e a classe dos filósofos-reis.
Aristóteles (384 – 322 a.C.)
Aristóteles é considerado um dos mais fecundos pensadores de todos os tempos.
As investigações filosóficas de Aristóteles consideraram várias áreas do conhecimento. Podemos citar a Biologia, a Zoologia, a Física, a História Natural, a Poética, a Psicologia, sem falar em disciplinas propriamente filosóficas como a Ética, a Teoria Política, a Estética e a Metafísica.
Nascimento
Aristóteles nasceu em Estagira, na península macedônica da Calcídica (por isso, ele também é chamado de o Estagirita). Era filho de Nicômano, amigo e médico pessoal do rei Amintas 2º, pai de Filipe e avô de Alexandre, o Grande.
Adolescência
Aos 16 ou 17 anos, Aristóteles mudou-se para Atenas (centro intelectual e artístico da Grécia) e estudou na Academia de Platão até a morte do mestre, no ano 347 a.C.
Casamento
Após a morte de Platão, Aristóteles passou algum tempo em Assos, no litoral da Ásia Menor (atual Turquia), onde casou-se com Pítias, a sobrinha do tirano local. Sendo este assassinado, o filósofo fugiu para Mitilene, na ilha de Lesbos. Foi depois convidado para a Corte da Macedônia onde, durante três anos, exerceu o cargo de tutor de Alexandre, mais tarde “o Grande”.
355 a.C.
Em 355 a.C., Aristóteles voltou a Atenas e fundou uma escola próxima ao templo de Apolo Lício, que recebeu o nome de Liceu. O caminho coberto ("peripatos") por onde costumava caminhar enquanto ensinava deu à escola um outro nome: Peripatética. A escola se tornaria a rival e ao mesmo tempo a verdadeira herdeira da Academia platônica.
323 a.C.
Com a morte de Alexandre, em 323 a.C., o imenso império erguido por ele esfacelou-se. Em Atenas eclodiu um movimento que visava a restaurar a independência da cidade-estado. Malvisto pelos atenienses por causa da sua origem macedônica, Aristóteles foi acusado de “ateísmo” ou “impiedade”. Para não ter o mesmo fim de Sócrates, condenado ao suicídio, exilou-se voluntariamente em Cálcida, na ilha da Eubéia, onde morreu um ano depois.
	
A metafísica aristotélica é a ciência que estuda “o ser enquanto ser”, ou os princípios e as causas do ser e de seus atributos essenciais. Podemos sintetizar a metafísica aristotélica em quatro questões gerais:
	
	
1. POTÊNCIA E ATO
2. MATÉRIA E FORMA
3. MOVIDO E MOTOR
4. PARTICULAR E UNIVERSAL
Conheça, inicialmente, duas dessas questões.
1. Potência e ato
A doutrina da potência (possibilidade, capacidade de ser, não-ser atual)  e do ato (realidade, perfeição, ser efetivo) é fundamental na metafísica aristotélica.
Todo ser, que não seja o Ser perfeitíssimo (Deus), é uma síntese (um símbolo), um composto de potência e de ato, em diversas proporções, conforme o grau de perfeição, de realidade dos vários seres.
Um ser desenvolve-se, aperfeiçoa-se, passando da potência ao ato. Esta passagem da potência ao ato é a atualização de uma possibilidade, de uma potencialidade anterior. Por exemplo, um ovo está em ato, mas é potência de uma ave.
potência de uma ave - A passagem de ovo à ave, se explica metafisicamente pela passagem da potência (a possibilidade do ovo vir a ser algo que ele ainda não é) em algo que ele poderá vir a ser (ave).
	POTÊNCIA
	ATO
	- possibilidade, capacidade de ser/ não-ser atual.
		- realidade, perfeição, ser efetivo.
	a possibilidade do ovo vir a ser algo que ele ainda não é.
	transformação do ovo em ave.
- Por isso que se fala: “Ele tem potencial”.
Esta doutrina é aplicada e desenvolvida por Aristóteles, especialmente, quando este trata da doutrina da matéria e da forma, que representam a potência e o ato no mundo, na natureza em que vivemos.
2. Matéria e forma
Segundo Aristóteles, o indivíduo é composto por dois elementos: a MATÉRIA  e a FORMA.
	A matéria aristotélica, porém, não é o puro não-ser de Platão (me-ro princípio de deca-dência), pois esta é também condição in-dispensável para con-cretizar a forma.
	
	Então, não existe a forma sem a matéria, ainda que a 1ª seja princípio de a-tuação e determinação da 2ª. Com respeito à mate-ria, a forma é, portanto, princípio de ordem e fina-lidade, racional, inteligível.
	
	Diversamente da ideia platônica, a forma aristo-télica não é separada da matéria, e sim imanente e operante nela. Ao con-trario, as formas aristo-télicas são universais, imutáveis, eternas, como as ideias platônicas.
_______________________________ ! __________________________
Atenção
Os elementos constitutivos da realidade são, portanto, a forma e a matéria. A realidade, porém, é composta de indivíduos, substâncias, que são um composto (um sínolo) de matéria e forma.
Por consequência, estes dois princípios não são suficientes para explicar o surgir das substâncias e dos indivíduos que não podem ser atuados assim como matéria não poder ser atuada, a não ser por um outro indivíduo, isto é, por uma substância em ato.
Com isso, existe a necessidade de um terceiro princípio, a causa eficiente, para poder explicar a realidade efetiva das coisas.
A causa eficiente, por sua vez, deve operar para um fim, que é precisamente a síntese da forma e da matéria, produzindo esta síntese o indivíduo.
Daí uma quarta causa, a causa final, que dirige a causa eficiente para a atualização da matéria mediante a forma.
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Conheça, agora, as outras duas questões gerais que sintetizam a metafísica aristotélica.
3. Particular e Universal
Mediante a doutrina da matéria e da forma, Aristóteles explica o indivíduo, a substância física, a única realidade efetiva no mundo, que é precisamente o composto (sínolo) de matéria e de forma.
A essência, que é igual em todos os indivíduos de uma mesma espécie, deriva da forma. Já a individualidade, pela qual toda substância é original e se diferencia de todas as demais, depende da matéria.
O indivíduo é, portanto, potência realizada, matéria enformada, universal particularizado.
Mediante a doutrina da matéria e da forma é explicado o problema do universal e do particular, que tanto atormenta Platão. Aristóteles faz o primeiro (a ideia) imanente no segundo (a matéria), depois de ter eficazmente criticado o dualismo platônico, que fazia os dois elementos transcendentes e exteriores um ao outro.
4. Movido e Motor
Como todo pensamento e todo juízo, a proposição aristotélica está submetida aos três princípios lógicos fundamentais, condições de toda verdade:
	1. Princípio da identidade
Um ser é sempre idêntico a si mesmo:
A é A.
	
	2. Princípio da não-contradição
É impossível que um ser seja e não seja idêntico a si mesmo ao mesmo tempo e na mesma relação.
É impossível que A seja A e não-A.
	
	
	3. Princípio do terceiro excluído
Dadas duas propor-sições com o mesmo sujeito e o mesmo predicado, uma afir-mativa e outra nega-tiva, uma delas é ne-cessariamente verdadeira e a outra necessariamentefalsa.
A é x ou não-x, não havendo terceira possibilidade.
_______________________________ ! __________________________
Atenção
Confira aqui Os principais conceitos da metafísica aristotélica.
Os Principais Conceitos da Metafísica Aristotélica
De maneira muito breve e simplificada, os principais conceitos da metafísica aristotélica (e que se tornarão as bases de toda a metafísica ocidental) podem ser assim resumidos: 
Primeiros princípios: são os três princípios que estudamos na lógica, isto é, identidade, não-contradição e terceiro excluído. Os princípios lógicos são ontológicos porque definem as condições sem as quais um ser não pode existir nem ser pensado; os primeiros princípios garantem, simultaneamente, a realidade e a racionalidade das coisas; 
Causas primeiras: são aquelas que explicam o que a essência é e também a origem e o motivo da existência de uma essência. Causa (para os gregos) significa não só o porquê de alguma coisa, mas também o que e o como uma coisa é o que ela é. As causas primeiras nos dizem o que é, como é, por que é e para que é uma essência. 
São quatro as causas primeiras: 
1. causa material, isto é, aquilo de que uma essência é feita, sua matéria (por exemplo, água, fogo, ar, terra); 
2. causa formal, isto é, aquilo que explica a forma que uma essência possui (por exemplo, o rio ou o mar são formas da água; mesa é a forma assumida pela matéria madeira com a ação do carpinteiro; margarida é a forma que a matéria vegetal possui na essência de uma flor determinada, etc.); 
3. causa eficiente ou motriz, isto é, aquilo que explica como uma matéria recebeu uma forma para constituir uma essência (por exemplo, o ato sexual é a causa eficiente que faz a matéria do espermatozoide e do óvulo receber a forma de um novo animal ou de 2 uma criança; o carpinteiro é a causa eficiente que faz a madeira receber a forma da mesa; o fogo é a causa eficiente que faz os corpos frios tornarem-se quentes, etc.); e 
4. a causa final, isto é, a causa que dá o motivo, a razão ou finalidade para alguma coisa existir e ser tal como ela é (por exemplo, o bem comum é a causa final da política, a felicidade é a causa final da ação ética; a flor é a causa final da semente transformarse em árvore; o Primeiro Motor Imóvel é a causa final do movimento dos seres naturais, etc.). 
Matéria: é o elemento de que as coisas da Natureza, os animais, os homens, os artefatos são feitos; sua principal característica é possuir virtualidades ou conter em si mesma possibilidades de transformação, isto é, de mudança; 
Forma: é o que individualiza e determina uma matéria, fazendo existir as coisas ou os seres particulares; sua principal característica é ser aquilo que uma essência é num determinado momento, pois a forma é o que atualiza as virtualidades contidas na matéria; 
Potência: é o que está contido numa matéria e pode vir a existir, se for atualizado por alguma causa; por exemplo, a criança é um adulto em potência ou um adulto em potencial; a semente é a árvore em potência ou em potencial; 
Ato: é a atualidade de uma matéria, isto é, sua forma num dado instante do tempo; o ato é a forma que atualizou uma potência contida na matéria. Por exemplo, a árvore é o ato da semente, o adulto é o ato da criança, a mesa é o ato da madeira, etc. 
Potência e matéria são idênticos, assim como forma e ato são idênticos. A matéria ou potência é uma realidade passiva que precisa do ato e da forma, isto é, da atividade que cria os seres determinados; 
Essência: é a unidade interna e indissolúvel entre uma matéria e uma forma, unidade que lhe dá um conjunto de propriedades ou atributos que a fazem ser necessariamente aquilo que ela é. Assim, por exemplo, um ser humano é por essência ou essencialmente um animal mortal racional dotado de vontade, gerado por outros semelhantes a ele e capaz de gerar outros semelhantes a ele, etc.;
Acidente: é uma propriedade ou atributo que uma essência pode ter ou deixar de ter sem perder seu ser próprio. Por exemplo, um ser humano é racional ou mortal por essência, mas é baixo ou alto, gordo ou magro, negro ou branco, por acidente. A humanidade é a essência essencial (animal, mortal, racional, voluntário), enquanto o acidente é o que, existindo ou não existindo, nunca afeta o ser da essência (magro, gordo, alto, baixo, negro, branco). A essência é o universal; o acidente, o particular; 
Substância ou sujeito: é o substrato ou o suporte onde se realizam a matéria-potência, a forma-ato, onde estão os atributos essenciais e acidentais, sobre o qual agem as quatro causas (material, formal, eficiente e final) e que obedece aos três princípios lógico-ontológicos (identidade, não-contradição e terceiro excluído); em suma, é o Ser. Aristóteles usa o conceito de substância em dois sentidos: num primeiro sentido, substância é o sujeito individual (Sócrates, esta mesa, esta flor, Maria, Pedro, este cão, etc.); num segundo sentido, a substância é o gênero ou a espécie a que o sujeito individual pertence (homem, grego; animal, bípede; vegetal, erva; mineral, ferro; etc.).
No primeiro sentido, a substância é um ser individual existente; no segundo é o conjunto das características gerais que os sujeitos de um gênero e de uma espécie possuem. Aristóteles fala em substância primeira para referir-se aos seres ou sujeitos individuais realmente existentes, com sua essência e seus acidentes (por exemplo, Sócrates); e em substância segunda para referir-se aos sujeitos universais, isto é, gêneros e espécies que não existem em si e por si mesmos, mas só existem encarnados nos indivíduos, podendo, porém, ser conhecidos pelo pensamento. Assim, por exemplo, o gênero “animal” e as espécies “vertebrado”, “mamífero” e “humano” não existem em si mesmos, mas existem em Sócrates ou através de Sócrates. 
O gênero é um universal formado por um conjunto de propriedades da matéria e da forma que caracterizam o que há de comum nos seres de uma mesma espécie. A espécie também é um universal formado por um conjunto de propriedades da matéria e da forma que caracterizam o que há de comum nos indivíduos semelhantes. Assim, o gênero é formado por um conjunto de espécies semelhantes e as espécies, por um conjunto de indivíduos semelhantes. Os indivíduos ou substâncias primeiras são seres realmente existentes; os gêneros e as espécies ou substâncias segundas são universalidades que o pensamento conhece através dos indivíduos. (...) 
A metafísica investiga: 
· Aquilo sem o que não há seres nem conhecimento dos seres: os três princípios
 lógico-ontológicos (identidade, não-contradição e terceiro excluído) e as quatro causas (material, formal, eficiente e final); 
· Aquilo que faz um ser necessariamente o que ele é: matéria, potência, forma e ato; 
· Aquilo que faz um ser ser necessariamente como ele é: essência e predicados ou categorias;
· Aquilo que faz um ser existir como algo determinado: a substância individual (substância primeira) e a substância como gênero ou espécie (substância segunda). 
É isto estudar “o Ser enquanto Ser”. 
Fonte: Marilena Chauí http://br.geocities.com/mcrost02/convite_a_filosofia_28.htm
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Relembre os principais pontos estudados sobre Aristóteles
VÍDEO:
	Profª.: Viviane da Costa Lopes
VÍDEO:
	Profª.: Viviane da Costa Lopes
VÍDEO:
	Profª.: Viviane da Costa Lopes
	
Como você pôde perceber, o sistema aristotélico invalida o dualismo platônico, representado pela teoria das ideias.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Ora, a forma aristotélica não exis-te separada, num mundo inteligível e apartado do mundo das coisas sensíveis e materiais.
	
	
A forma, junto com a matéria, constituiria os indivíduos, as subs-tâncias. Portanto, a forma é parte consti-tutiva das coisas e faz parte do único mundo existente.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Aristóteles, diferente de Platão, valoriza o conhecimento sen-sível, desvalorizado por Platão, como fontede erro e de engano.
	
	
Ao contrário de Pla-tão, Aristóteles enten-deque todo o conhe-cimento possível ini-cia-se com os senti-dos ou a sensação.
	
	
	
	
	
	
	
	
	 (
Os sentidos, entretanto, são insufici
en-
tes, e precisam ser superados por outros graus mais elevados de abstração, 
pás-
sando pela memória, a experiência, a arte (
téchne
) e chegando à teoria (
epis
-
temé
), grau mais perfeito do conhe
-
cimento
.
)
	
	
	
Verifique seus conhecimentos!
Marque a(s) alternativa(s) correta(s).
As investigações filosóficas de Aristóteles consideraram várias áreas do conhecimento.
A metafísica pode ser sintetizada em três questões gerais: potência e ato; matéria e forma; e movido e motor.
Segundo Aristóteles, o indivíduo é composto por dois elementos: a matéria e a forma.
Ao contrário de Platão, Aristóteles entende que todo o conhecimento possível inicia-se com os sentidos ou a sensação.
Resumo do conteúdo
· Doutrinas dos filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles e suas principais ideias e os conceitos fundamentais de suas obras;
· Invalidação da doutrina platônica dos dois mundos por Aristóteles, apesar dele ter sido discípulo da Acadêmica de Platão; e sua apresentação da nova doutrina sobre o ser das coisas;
· Conceitos metafísicos fundamentais como ato e potência, matéria e forma, entre outros.
Explore +
· Pesquisar na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto;
· Conversar com seu professor online, em caso de dúvidas, utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
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