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OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CIVIL Professor Roberto Figueiredo – Direitos Reais AULA 1 – POSSE Art. 1197, CC. Para ser possuidor basta que tenha os poderes inerentes a propriedade. ART.1228, CC. Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. MA7 Poderes inerentes a propriedade = GRUD = GOZAR, REAVER, USAR e DISPOR. Se possui todos os poderes = propriedade Se possui algum dos poderes = posse COMPOSSE – art. 1199, CC Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores. Ex. Locatários do mesmo imóvel. Aspectos processuais – no caso de composse, a participação do cônjuge é indispensável nas ações possessórias. Aplica-se a União estável (art. 73, § 3º, CPC). Art. 73, § 2º, CPC. Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. DETENTOR (FLÂMULO DA POSSE OU SERVIDOR DA POSSE) – art. 1198, CC. Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. - Não possui posse, apenas conserva a posse em nome do possuidor. Não pode ajuizar ação possessória, pois não tem interesse de agir. - Tem a legítima defesa da posse – art.1210, § 1º. Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. Ex. Você pede para dormir em minha casa, pois brigou com a esposa. Eu permito (permissão). Após, você permanece por mais três dias em minha casa e eu tolero (tolerância). AQUISIÇÃO E PERDA DA POSSE - Transmissível inter vivos e causa mortis; Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. - Perde quando cessar o poder sobre o bem. Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido. Ex. Tomei consciência do esbulho na minha propriedade no interior e não fiz nada ou, quando tentei toma-la fui repelido. CLASSIFICAÇÃO DA POSSE DIRETA X INDIRETA – art. 1197, CC. Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CIVIL Professor Roberto Figueiredo – Direitos Reais A posse direta é plena. A posse indireta advém do desdobramento da posse, configurando posses paralelas. Ex. Tenho posse sobre um imóvel e alugo para você. Nós dois teremos a posse do imóvel, contudo a minha é direta e a sua indireta. POSSE JUSTA X POSSE INJUSTA – art. 1200, CC. Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária. POSSE INJUSTA = clandestina (ocupação), violenta (esbulho) ou precária (apropriação indébita). POSSE JUSTA = quando não é clandestina, violenta ou precária. POSSE DE BOA-FÉ X POSSE DE MÁ-FÉ – art. 1201, CC. Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção. - Boa fé é subjetiva Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente. Ex. João recebeu uma notificação de que está em propriedade alheia. Assim ele estará ciente do vício. Aspectos processuais Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. AÇÕES POSSESSÓRIAS - AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO – pressupõe o esbulho, a perda da posse– autor é possuidor, inclusive pode ser contra o proprietário. - AÇÃO DE MANUTENÇÃO – não perde a posse, apenas turbado, corre perigo de perda. - INTERDITO PROIBITÓRIO – ação de natureza preventiva. Fungibilidade – art. 544, CPC. Não importa se ingressar com a ação errada, o juiz pode aproveitar e tomar as medidas necessárias a proteção da posse. Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. § 1o No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. § 2o Para fim da citação pessoal prevista no § 1o, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados. § 3o O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1o e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios. Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I - Condenação em perdas e danos; II - Indenização dos frutos. Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada para: I - Evitar nova turbação ou esbulho; II - Cumprir-se a tutela provisória ou final LEGÍTIMA DEFESA E DESFORÇO INCONTINENTE – AUTOTUTELA – art. 1210, § 1º, CC. - Autorização para o particular agir em defesa da posse. - Legítima defesa = para impedir que entre. - Desforço incontinente = para retirar. Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CIVIL Professor Roberto Figueiredo – Direitos Reais § 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. Os atos de defesa devem ser proporcionais § 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. Exceptio Domini e a vedação nas ações possessórias – é perfeitamente possível a alegação de propriedade em uma ação possessória, pois a propriedade não é o fundamento para as ações possessórias. EFEITOS DA POSSE - Ações possessórias - Usucapião - Frutos - Perecimento/ deterioração da coisa - Benfeitorias MA7- BOA-FÉ. Se está de má-fé perde todos os direitos em relação aos efeitos. Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. DIREITOS REIAS – PROPRIEDADE Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;(Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017) XIII - os direitos oriundos da imissão provisória na posse, quando concedida à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou às suas entidades delegadas e respectiva cessão e promessa de cessão.(Incluído pela Medida Provisória nº 700, de 2015) Vigência encerrada XIII - a laje. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) Obs. Direitos reais sobre móveis são transmitidos pela tradição e os direitos reais sobre imóveis se transmite com o registro. - Função social da Propriedade, art. 5º, XXIII, CF – função socioambiental; metaindividual; norteia de fora para dentro - § 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. - Boa-fé objetiva – § 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem. - Interesse Público - § 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente. § 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las. Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais. Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11481.htm#art10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art55 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Mpv/mpv700.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Congresso/adc-023-mpv700.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art55 OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CIVIL Professor Roberto Figueiredo – Direitos Reais TERMINOLOGIAS IMPORTANTES - Descoberta – art. 1233, CC. Coisa alheia perdida. Deve recompensa (5% + despesas) - Ocupação – art. 1263, CC. coisa sem dono. - Achado do Tesouro – art. 1264, CC – Dono esquecido. Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor. Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o encontrar, entregará a coisa achada à autoridade competente. Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei. Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL a) USUCAPIÃO REQUISITOS NECESSÁRIOS 1 – Posse ad usucapione – posse mansa, pacífica, contínua, sem oposição e com animus domini. 2 – Bem hábil a usucapião – Ex. bem público não pode ser usucapido (art. 102, CC e s. 340, STF) 3 – Tempo REQUISITOS FACULTATIVOS – para Usucapião ordinária 1 – Boa-fé 2 – Justo Título Usucapião Extraordinária – art. 1238, CC – 15 a 10 anos Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Usucapião Ordinária – art. 1242, CC. 10 anos Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Usucapião Especial – não deve ter outra moradia! a) Rural – art.1239, CC. 5 anos + até 50 hec. b) Urbana - art. 1240, CC. 5 anos + até 250m2 c) Por abandono do lar – art. 1240-A, CC. 2 anos + até 250m2 Pressupões relação de família. Apenas o cônjuge pode ajuizar. Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. § 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. § 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011) Obs. O CPC trouxe a modalidade de usucapião administrativa em seu art. 1071, bem como acrescentou o art. 216-A na lei de Registros Públicos. Art. 1.071, CPC O Capítulo III do Título V da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros Públicos), passa a vigorar acrescida do seguinte art. 216-A: (Vigência) “Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do interessado, representado por advogado, instruído com: I - ata notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do requerente e seus antecessores, conforme o caso e suas circunstâncias; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6015consolidado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1045 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6015consolidado.htm#art216a OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CIVIL Professor Roberto Figueiredo – Direitos Reais II - planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes; III - certidões negativas dos distribuidores da comarca da situação do imóvel e do domicílio do requerente; IV - justo título ou quaisquer outros documentos que demonstrem a origem, a continuidade,a natureza e o tempo da posse, tais como o pagamento dos impostos e das taxas que incidirem sobre o imóvel. § 1o O pedido será autuado pelo registrador, prorrogando-se o prazo da prenotação até o acolhimento ou a rejeição do pedido. § 2o Se a planta não contiver a assinatura de qualquer um dos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes, esse será notificado pelo registrador competente, pessoalmente ou pelo correio com aviso de recebimento, para manifestar seu consentimento expresso em 15 (quinze) dias, interpretado o seu silêncio como discordância. § 3o O oficial de registro de imóveis dará ciência à União, ao Estado, ao Distrito Federal e ao Município, pessoalmente, por intermédio do oficial de registro de títulos e documentos, ou pelo correio com aviso de recebimento, para que se manifestem, em 15 (quinze) dias, sobre o pedido. § 4o O oficial de registro de imóveis promoverá a publicação de edital em jornal de grande circulação, onde houver, para a ciência de terceiros eventualmente interessados, que poderão se manifestar em 15 (quinze) dias. § 5o Para a elucidação de qualquer ponto de dúvida, poderão ser solicitadas ou realizadas diligências pelo oficial de registro de imóveis. § 6o Transcorrido o prazo de que trata o § 4o deste artigo, sem pendência de diligências na forma do § 5o deste artigo e achando-se em ordem a documentação, com inclusão da concordância expressa dos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes, o oficial de registro de imóveis registrará a aquisição do imóvel com as descrições apresentadas, sendo permitida a abertura de matrícula, se for o caso. § 7o Em qualquer caso, é lícito ao interessado suscitar o procedimento de dúvida, nos termos desta Lei. § 8o Ao final das diligências, se a documentação não estiver em ordem, o oficial de registro de imóveis rejeitará o pedido. § 9o A rejeição do pedido extrajudicial não impede o ajuizamento de ação de usucapião. § 10. Em caso de impugnação do pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, apresentada por qualquer um dos titulares de direito reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes, por algum dos entes públicos ou por algum terceiro interessado, o oficial de registro de imóveis remeterá os autos ao juízo competente da comarca da situação do imóvel, cabendo ao requerente emendar a petição inicial para adequá-la ao procedimento comum.” b) REGISTRO DO TÍTULO Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis. c) ASCESSÃO – incorporação natural ou artificial Art. 1.248. A acessão pode dar-se: I - por formação de ilhas; II - por aluvião; (chegada imperceptível) III - por avulsão; (movimentação mais agressiva, furacão) IV - por abandono de álveo; (seca do rio, por exemplo) V - por plantações ou construções. (Artificiais) AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL - NUNCA CAIU a) USUCAPIÃO – 5 anos. 3 anos, justo título e boa-fé. Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade. Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-fé. Art. 1.262. Aplica-se à usucapião das coisas móveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244. b) OCUPAÇÃO – ART, 1263 c) ACHADO DE TESOURO – ART. 1264, CC. d) TRADIÇÃO – ART. 1267, CC. e) ESPECIFICAÇÃO – ART. 1269, CC. f) CONFUSÃO, COMISSÃO E ADJUNÇÃO – ART. 1272, CC EXTINÇÃO DA PROPRIEDADE – art. 1275, CC http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1243 OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CIVIL Professor Roberto Figueiredo – Direitos Reais MA7- P R A D A PERDA RENÚNCIA ABANDONO DESAPROPRIAÇÃO ALIENAÇÃO DIREITO DE VIZINHANÇA USO ANORMAL DA PROPRIEDADE – tem direito de fazer cessar. - Não tem sossego - Atinge a saúde - Atinge a segurança Obs. Se a prevalência da situação for justificada pelo interesse público, deve tolerar. Pode requerer perdas e danos. ÁRVORES LIMÍTROFES – art. 1282 e ss, CC – inicialmente, há condomínio entre os vizinhos. O fruto será de quem o solo onde caiu. Art. 1.282. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes. Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido. Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade particular. PASSAGEM FORÇADA – art. 1285, CC. Procedimento comum com pedido de passagem forçada, cabendo indenização. Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário. § 1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem. § 2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem. § 3o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação, existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constrangido, depois, a dar uma outra. AULA 2
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