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RESUMO AV1 - CIVIL IV

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RESUMO AV1
DIREITO CIVIL IV
INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS
(Arts. 1196 a 1510, Código Civil)
1. DIREITO DO SUJEITO SOBRE A COISA
Conjunto de normas reguladoras das relações jurídicas referentes às coisas
suscetíveis de apropriação pelo indivíduo.
Relação de Direito Pessoal: sujeito, sujeito, objeto
Relação de Direito Real: sujeito, objeto.
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017)
XIII - a laje. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
1.2. TEORIAS
1.2.1. Realista: Estabelece a relação jurídica entre a pessoa e a coisa.
1.2.2. Personalista: Estabelece a relação jurídica entre as pessoas e não
entre as pessoas e as coisas.
1.2.3. Híbrida: Aponta para a obrigacionalização do direito das coisas. A
relação jurídica da pessoa com o bem só existe porque houve uma relação intersubjetiva
anterior.
1.3. CARACTERÍSTICAS
a) Oponibilidade erga omnes: Deve ser respeitada por todos. Prerrogativa
do titular de exigir seu direito contra qualquer um que venha a transgredir.
b) Aderência: Adere ao titular, caminha com o titular do bem.
b.1) Ambulatoriedade: Acompanha o bem – Ex.: taxa condominial
b.2) Sequela: Direito de perseguir a coisa onde esteja e com quem
esteja (jus persequendi)
c) Exclusividade: Não pode existir dois direitos reais sobre a mesma coisa.
Ex.: propriedade e usufruto; propriedade e direito real de habitação.
d) Preferência: Garantia real. Crédito que prefere aos demais créditos de
natureza pessoal. Credor quirografário – que não possui uma garantia real.
e) Taxatividade: Direitos reais são aqueles enumerados pela lei (tipicidade
ou numerus clausus). Regras fechadas do art. 1225, CC.
1.4. CLASSIFICAÇÃO
1.4.1. Direitos Reais sobre coisa própria: Propriedade
1.4.2. Direitos Reais sobre coisa alheia: Incidem sobre a propriedade de
alguém (superfície, servidão, usufruto, uso, habitação, direito do promitente comprador
etc)
1.4.3. Direitos Reais de Garantia: Penhor, Hipoteca e Anticrese
2. POSSE (arts. 1196 e seguintes do CC)
É a exteriorização da propriedade. Exercício de alguns dos poderes inerentes à
propriedade.
A posse (tanto de coisa móvel ou imóvel) é situação jurídica de fato apta a,
atendidas certas exigências legais, transformar o possuidor em proprietário (situação de
direito real).
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos
poderes inerentes à propriedade. 
2.1. ATRIBUTOS DA PROPRIEDADE: direito de:
Gozar/fruir
Reaver/buscar
Usar/utilizar
Dispor (vender, doar, emprestar)/alienar
2.2. FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE ( art. 170, III, 183, 191, CF)
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
 III - função social da propriedade;
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-
á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
 § 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
 § 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
 § 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos
ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a
produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
2.3. NATUREZA DA POSSE 
a) O locatário é possuidor? Sim
b) Qual a posse? Direta ou Indireta? Direta
c) Tem animus domini ou animus tenendi? Qual a teoria melhor aplicada?
Animus tenendi, teoria objetiva
d) O locador é possuidor? Sim
e) Qual a posse? Direta ou Indireta? Indireta
f) Tem poder de uso? Tem poder de fruição? Tem poder de dispor? Não; Sim;
Sim, desde que dê preferência ao locatário.
g) O locatário pode usucapir? Não, pois o patrimônio é blindado pelo
contrato. Exceto quando há mudança do animus tenendi para animus domini, como por
exemplo acontece com a falta de pagamento de aluguel.
2.3.1. Teoria Subjetiva – Savigny: Corpus (bem) + animus domini (vontade
de ter o bem para si). Vontade de exercer o direito de propriedade sobre aquela coisa.
2.3.2. Teoria Objetiva – Ihering: Basta ter a coisa em seu poder para ter a
posse (animus tenendi).
Obs.: O CC/2002 consagra a teoria objetiva, como se verifica na leitura do art. 1196:
“Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum
dos poderes inerentes à propriedade.”
Obs.: O CC consagra a teoria objetiva, embora em alguns artigos se possam notar
algumas concessões à teoria subjetiva (arts. 1238 e 1260, CC).
2.4. GARANTIAS FUNDAMENTAIS ATRAVÉS DA POSSE:
a) área urbana: assegura moradia
b) área rural: assegura trabalho no campo para produção agrícola
2.5. DETENÇÃO
Mero contato físico com o bem em uma relação de dependência com o verdadeiro
possuidor; exercício do poder da coisa em nome alheio, seguindo ordens e instruções do
legítimo possuidor. Estes são denominados servos ou fâmulos da posse.
Ex.: caseiro, empregado, caixa de supermercado, caixa de Banco etc.
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro,
conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em
relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário.
São meros detentores, não podem usucapir e nem podem intentar ações
possessórias.
Ex. Relação de subordinação (relação trabalhista).
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua
aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. 
Obs.: Se não induzem posse, é DETENÇÃO!
Ex.: Emprestar o celular para fazer a ligação, o vade-mécum para leitura. É possuidor?
Não, é detentor.
Obs.: É possível a transmutação, a inversão da detenção em posse.
2.6. CLASSIFICAÇÃO DA POSSE
2.6.1. DIRETA E INDIRETA: Desdobramento da posse.
Relação jurídica: locação, comodato, usufruto.
A posse indireta é aquela exercida por quem detém todos os outros direitos, a não
ser o de uso (já que esse é exercido em nome do possuidor direto). Trata-se do
verdadeiro proprietário do bem, que possui a ampla gama de poderes relacionados a
propriedade e sobre eles tem poder de decisão. Utiliza-se o exemplo da locação: quem
exerce a posse indireta é o locador, que detém os poderes de gozo, disposição e o direito
de reaver a coisa, mas não o de uso. 
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito
pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a
sua posse contra o indireto. 
2.6.2. JUSTA E INJUSTA: A posse justa é a posse mansa, pacífica e pública
e desprovida de vícios.
A posse injusta é violenta (violência contra a pessoa, bando armado), clandestina
(às escondidas, às ocultas, na calada da noite) e precária (começa justa e termina injusta;
não éprecária, se torna precária; violação da obrigação de restituir).
A inércia do proprietário torna a posse legítima. A posse precária não convalesce,
apenas a clandestina e a violenta.
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária. 
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua
aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. 
2.6.3. POSSE DE BOA-FÉ E DE MÁ-FÉ
a) Boa-fé: Consciência de ter adquirido a coisa por meios legítimos;
convicção de que o exercício da posse encontra fundamento no ordenamento jurídico. Via
de regra, decorre de justo título. Gera presunção relativa (juris tantum).
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da
coisa.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em
contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.
b) Má-fé: O possuidor tem conhecimento do vício que macula a
posse; sabe da ilegitimidade de sua posse.
Obs.: Constitui obrigação propter rem o dever que tem o proprietário de um terreno de
indenizar o terceiro que, de boa-fé, erigiu benfeitorias sobre o mesmo.
2.6.4. ORIGINÁRIA E DERIVADA
a) Originária: Não há vínculo entre o antecessor e o sucessor da
posse.
b) Derivada: Ato de transferência da posse. Há uma relação negocial.
2.6.5. NOVA E VELHA
a) Nova: Reconhecida com período temporal inferior a 1 ano e 1 dia
(Art. 558, CPC – procedimento especial)
b) Velha: Superior a 1 ano e 1 dia (procedimento comum).
2.6.6. AD USUCAPIONEM E AD INTERDICTA
a) Ad interdicta: Pode ser protegida através das ações possessórias.
b) Ad usucapionem: Pode ser pressuposto de usucapião. Elemento
de suporte fático da usucapião.
2.7. COMPOSSE
Compartilhamento da posse; pluralidade de possuidores. Mais de uma pessoa
exerce poder de fato sobre a mesma coisa. Cada um possui uma fração ideal.
Ex.: cônjuges, companheiros, herdeiros.
Obs.: cabe arbitramento de aluguel.
CONCORRÊNCIA DE POSSE é o desdobramento da posse em direta e indireta.
CONDOMÍNIO é a comunhão de propriedade.
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer
sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.
2.8. EFEITOS DA POSSE (arts. 1210 a 1222, CC)
a) Direito aos frutos - arts. 1214 a 1216, CC
Ex.: Tomar posse e alugar.
Possuidor de boa-fé: Direito aos frutos percebidos + despesas de produção e
custeio.
Possuidor de má-fé: NÃO tem direito aos frutos. Tem direito às despesas de
produção e custeio. Princípio da vedação do enriquecimento sem causa.
b) Direito às benfeitorias - (arts. 1219 a 1222, CC)
Possuidor de boa-fé: Ressarcido pelas benfeitorias necessárias e úteis + custo de
produção e manutenção + direito de retenção. As voluptuárias se não forem pagas,
podem ser levantadas se não danificar a coisa principal.
Possuidor de má-fé: Ressarcimento apenas pelas benfeitorias necessárias. NÃO
tem direito de retenção.
Obs.: As benfeitorias podem ser compensadas com o dano.
c) Proteção possessória
Juízo possessório – Ação possessória – Defende a posse
Juízo petitório – Ação reivindicatória – Protege a posse decorrente do direito de
propriedade.
c.1) Ações possessórias típicas (art. 1210, CC)
1ª MANUTENÇÃO NA POSSE – TURBAÇÃO – Embaraço do livre acesso à
posse.
2ª REINTEGRAÇÃO DA POSSE – ESBULHO – O possuidor fica privado do
contato com a coisa. (Violência, clandestinidade e precariedade)
3ª INTERDITO PROIBITÓRIO – AMEAÇA (iminente, prestes a acontecer)
Obs.: 
1ª MATEI UM TUBARÃO
2ª RETIREI A ESPINHA
3ª INTEIRA COM A MÃO
c.2) Ações possessórias atípicas
1ª NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA: Visa embargar a continuidade da construção
que viola o direito de propriedade.
2ª AÇÃO DEMOLITÓRIA: Visa demolir obra já concluída
3ª AÇÃO DE DANO INFECTO: Visa fazer cessar as interferências nocivas à
saúde, sossego e segurança provocadas pelo vizinho (conduta reiterada).
Obs.: Podem ser utilizadas tanto pelo proprietário quanto pelo possuidor, logo, não se
exige a posse direta como requisito para intentar a ação.
c.3) Princípio da fungibilidade das ações possessórias (art. 554,
CPC)
Autoriza que a sentença seja diversa do pedido, pois seria a verdadeira intenção e
não o que efetivamente foi requerido.
RITOS DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS:
a) ESPECIAL – Posse Nova – Liminar – Art. 558, CPC
b) COMUM – Posse Velha – Não cabe liminar. Nada impede que haja pedido de tutela de
urgência e evidência (arts. 300 e 303, CPC).
c.4) Legítima defesa da posse e desforço imediato (art. 1210, §1º,
CC)
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e
segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força,
contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à
manutenção, ou restituição da posse.
O possuidor está autorizado a agir em autotutela, desde que sua reação seja
imediata (LOGO) e proporcional (MODERADA).
Ex.: Locatário tem a posse _______.
Locador quer entrar: “Eu sou o dono! SAI!”
O LOCATÁRIO PODE FAZER REPULSA IMEDIATA POR FORÇA PRÓPRIA.
Somente o oficial de justiça pode entrar se estiver com mandado de despejo em
caso de não pagamento de aluguel.
Obs.1: Relação locatícia entre as partes: Ação de despejo (Art. 5º,II da LI (Lei 8245/91 e
não ação possessória).
Obs.2: Em ação possessória não se discute propriedade.
Obs.3: Se o proprietário não tem a posse não pode se valer de uma ação possessória
típica.
PROPRIETÁRIO – Ação Reivindicatória. O pedido é a imissão na posse.
Ex.: João comprou 1 imóvel em hasta pública (praça).
Não cabe ação de reintegração, pois nunca teve a posse.
d) Direito de usucapir
d.1) Requisitos:
a) Posse prolongada no tempo
b) Presunção de abandono
c) Inércia do proprietário
d) Animus domini do possuidor
3. PROPRIEDADE
É o direito real por excelência (art. 1225,I, CC), é um direito fundamental (art. 5º,
XXII, CF), conceito (art. 1228, CC)
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do
poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
3.1. LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE
Art. 1228, §1º, CC:
§ 1º “O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades
econômicas e sociais...”
Art. 5º, XXIII, CF:
“A propriedade atenderá a sua função social.”
- Interesse público em detrimento do particular; propriedade material e imaterial.
Art. 170, CF:
“A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem
por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios:
III - função social da propriedade;
Art. 1228, §2º, §3°, CC:
§ 2º São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou
utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
§ 3° O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por
necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição,
em caso de perigo público iminente. (Direito Administrativo – Somente por Decreto.)
§ 4º O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir
em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de
considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou
separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e
econômico relevante. (Obs.: Art. 1259, CC. Art. 4º, II, Lei 6766/79.)
§ 5° No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixaráa justa indenização devida ao
proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em
nome dos possuidores. (Obs.: Os interessados indenizam o proprietário. )
Obs. Art. 243, CF:
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho
escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas
de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras
sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
Abuso do direito (art. 187, CC):
“Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
pelos bons costumes.”
Atos emulativos – praticados para prejudicar.
Enunciado 508 da V Jornada de Direito Civil:
Verificando-se que a sanção pecuniária mostrou-se ineficaz, a garantia
fundamental da função social da propriedade (arts. 5º, XXIII, da CRFB e 1.228, § 1º, do
CC) e a vedação ao abuso do direito (arts. 187 e 1.228, § 2º, do CC) justificam a exclusão
do condômino antissocial, desde que a ulterior assembleia prevista na parte final do
parágrafo único do art. 1.337 do Código Civil delibere a propositura de ação judicial com
esse fim, asseguradas todas as garantias inerentes ao devido processo legal.
Art. 1337. O condômino, ou possuidor, que não cumpre reiteradamente com os seus deveres perante o
condomínio poderá, por deliberação de três quartos dos condôminos restantes, ser constrangido a pagar
multa correspondente até ao quíntuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais,
conforme a gravidade das faltas e a reiteração, independentemente das perdas e danos que se apurem.
Parágrafo único. O condômino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento antissocial, gerar
incompatibilidade de convivência com os demais condôminos ou possuidores, poderá ser constrangido a
pagar multa correspondente ao décuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais,
até ulterior deliberação da assembleia.
3.2. EXTENSÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE
Art. 1229, CC:
A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes,
em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se
a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que
não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.
Ex.: garagem, construção de outros andares etc.
Art. 1230, CC:
A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os
potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos
por leis especiais.
Obs. Art. 20, IX, CF
Art. 20. São bens da União:
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
Art. 1231, CC:
A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário.
Plenitude: Todas as faculdades que lhe são inerentes. Ilimitado. Livre de ônus real.
Exclusividade: O direito de um sobre determinada coisa, exclui o direito de outro sobre a
mesma coisa.
Obs.: Condomínio edilício e legal.
3.3. AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
ORIGINÁRIA: Sem vínculo com o dono anterior
DERIVADA: Decorre de uma relação negocial
3.3.1. REGISTRO DE TÍTULOS (REGRA) – arts. 1245 a 1247, CC
Art. 1245, CC: “Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título
translativo no Registro de Imóveis.”
Exceção: art. 108, CC – imóvel abaixo de 30x o salário mínimo, basta o instrumento
particular.
Não basta o título (instrumento), tem que haver o registro (forma).
Escritura: qualquer cartório de notas do país
Registro: somente no cartório de Registro de Imóveis do lugar do imóvel
Ex.: Imóveis na Barra, Recreio e adjacências – 9º RGI – RI - SRI
O registro confirma o contrato e dá publicidade ao negócio; sem registro, o direito
do adquirente não é direito real e sim direito pessoal (adquirente e alienante) não
produzindo efeitos contra terceiros.
Art. 1245, §1º, CC: “Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a
ser havido como dono do imóvel.”
Cada imóvel possui sua matrícula (número) com suas dimensões, seu
histórico, seus eventuais ônus reais (hipoteca, usufruto etc.)
Obs: PROMESSA DE COMPRA E VENDA – ARTS. 1417 E 1418, CC
Ação de adjudicação se o promitente vendedor se negar a fazer a escritura
3.3.2. ATRIBUTOS DO REGISTRO:
a) Publicidade: erga omnes
b) Prioridade/preferência/prelação
c) Continuidade: sequência de atos
d) Especialidade: individualização do imóvel
Ex.: Matrícula, Registro e Averbação) “Barra Music”
3.3.3. ATOS DO REGISTRO DE IMÓVEIS:
1º Matrícula – Registro Inaugural do Imóvel.
Especificação do imóvel:
Físicos (localização, dimensões etc.)
Jurídicos (proprietário, forma de aquisição etc.)
Arts. 227 a 235, LRP (Lei 6015/1973)
A matrícula só pode ser cancelada por determinação judicial, pelo desdobro ou pela
fusão.
Desdobro: subdivisão de lotes – 2 ou mais imóveis com novas matrículas.
Obs.: Marquesa de Jacarepaguá
Fusão: unificação de imóveis contíguos. Cancelamento da matrícula anterior e abertura
de nova matrícula.
2° Registro
Ato subsequente à matrícula. Sempre que houver alteração na titularidade de um
imóvel ou quando houver limitação da propriedade pela formação de direitos reais
limitados.
Ex.: instituição de bem de família, hipoteca, usufruto, contrato de promessa de compra e
venda, doação, compra e venda, etc.
3° Averbação
Alteração em registro já existente; Não altera a matrícula e nem o registro. Se
houver alteração física do imóvel tem que averbar (obra no imóvel, ampliação, construção
de mais 1 cômodo, outro andar etc.)
Cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade, incomunicabilidade.
Alterações jurídicas: divórcio, nulidade ou anulação do casamento, sub-rogação etc.
3.3.4. ACESSÕES IMOBILIÁRIAS – Art. 1248, CC
a) Naturais: 
• ilhas (art. 1249, CC): não é ilha de mar e nem de rio navegável e
sim as que se formarem em correntes comuns ou particulares.
Art. 20, IV, CF – Ilhas pertencem à União, se formadas em águas
públicas.
• aluvião (art. 1250, CC): acréscimo lento e imperceptível de
porção de terra. Não há indenização
• avulsão (art. 1251, CC): quando, por força natural violenta,
uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a
outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se
indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um
ano, ninguém houver reclamado.
Ocorre de uma só vez. Força natural violenta. Indenização: 
Prazo de 1 ano.
• álveo abandonado (art. 1.252, CC): o álveo abandonado de
corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas
margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos
por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os
prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
Vale dizer, apropriar-se do leito de um rio que se secou, que
pertencerá aos proprietários ribeirinhos. Se o rio retornar ao leito
antigo, recompor-se-á a situação anterior 
Álveo: é a superfície que as águas cobrem sem transbordar para
o solo natural e ordinariamente enxuto 
 b) Artificiais: construções e plantações (arts. 1253 a 1259, CC)
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as
sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele
que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização
fixada judicialmente, se não houver acordo. (acessão invertida)
4. USUCAPIÃO (arts. 1238 a 1244 e 1260a 1262, CC)
Forma originária de aquisição de propriedade
aula 6
• POSSUIDOR – PRESCRIÇÃO AQUISITIVA, quanto mais o tempo passa, mais o
direito se fortalece.
• PROPRIETÁRIO – PRESCRIÇÃO EXTINTIVA, quando mais o tempo passa, mais o
direito se enfraquece.
4.1. REGRAS DA PRESCRIÇÃO:
Art. 197. Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I - pendendo condição suspensiva;
II - não estando vencido o prazo;
III - pendendo ação de evicção.
4.2. REQUISITOS:
a) Posse prolongada no tempo (mansa e pacífica)
b) Animus domini do possuidor
c) Inércia do proprietário
d) Presunção de abandono
4.3. FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
ÁREA URBANA - moradia
ÁREA RURAL - trabalho
Obs.: Os bens públicos não podem ser usucapidos (art. 102, CC)
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
4.4. AQUISIÇÃO PELO USO
Transforma um estado de fato (posse) em um estado de direito (propriedade).
AÇÃO REIVINDICATÓRIA – PROPRIETÁRIO
Possuidor pode alegar usucapião em contestação
SÚMULA 237, STF: A usucapião pode ser arguida em defesa
PARA USUCAPIR – AJUIZAR AÇÃO PRÓPRIA
4.5. ESPÉCIES DE USUCAPIÃO (arts. 1238 a 1244, CC.)
4.5.1. EXTRAORDINÁRIA
a) Simples (art. 1238, CC)
Art. 1238, CC: Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir
como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-
fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título
para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
b) Qualificada (art. 1238, p.u., CC)
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o
possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele
realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
Obs.: Mesmo de má-fé. Não há limite do tamanho do terreno e a pessoa pode ter outro
imóvel.
4.5.2. ORDINÁRIA
a) 10 anos (art. 1242, CC)
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e
incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Ex.: promessa de compra e venda, cessão de direitos hereditários, contrato particular.
b) 5 anos (art. 1242, p.u., CC)
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver
sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório,
cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua
moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.
Obs.: Prazo menor. Justo título e boa-fé.
4.5.3. ESPECIAL
a) Rural (art. 1239, CC)
Art. 1239: Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua
como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona
rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de
sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
b) Urbana (art. 1240, CC)
Art. 1.240: Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta
metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
4.5.4. FAMILIAR / MATRIMONIAL (Lei 12.424 de 2011 – art. 9º)
Art. 1240-A, CC.
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem
oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até
250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-
cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou
de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.
Obs.: Não se trata de separação e sim de abandono.
Enunciado 499
A aquisição da propriedade na modalidade de usucapião prevista no art. 1.240-A do
Código Civil só pode ocorrer em virtude de implemento de seus pressupostos
anteriormente ao divórcio. O requisito "abandono do lar" deve ser interpretado de maneira
cautelosa, mediante a verificação de que o afastamento do lar conjugal
representa descumprimento simultâneo de outros deveres conjugais, tais
como assistência material e sustento do lar, onerando desigualmente aquele que se
manteve na residência familiar e que se responsabiliza unilateralmente pelas despesas
oriundas da manutenção da família e do próprio imóvel, o que justifica a perda
da propriedade e a alteração do regime de bens quanto ao imóvel objeto de usucapião.
Enunciado 500
A modalidade de usucapião prevista no art. 1.240-A do Código Civil pressupõe a
propriedade comum do casal e compreende todas as formas de família ou entidades
familiares, inclusive homoafetivas.
Enunciado 501
As expressões "ex-cônjuge" e "ex-companheiro", contidas no art. 1.240-A do
Código Civil, correspondem à situação fática da separação, independentemente de
divórcio.
4.5.5. COLETIVA
Estatuto da Cidade – Lei 10.257/2001 - art. 10
Política urbana
Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco
anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e
cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos
coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel
urbano ou rural. 
A SENTENÇA É DECLARATÓRIA E SERVIRÁ DE TÍTULO PARA O REGISTRO
NO CARTÓRIO DE RI (Art. 1241, p.u., CC)
Art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante
usucapião, a propriedade imóvel.
Parágrafo único. A declaração obtida na forma deste artigo constituirá título hábil para o
registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Art. 167, I, item 28, LRP
Art. 167. No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos:
I - o registro:
(...)
28) das sentenças declaratórias de usucapião;
(...)
4.6.USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL/ ADMINISTRATIVA
A usucapião extrajudicial é um procedimento regulamentado pela Lei 6.015/73
(Lei de Registros Públicos), alterado o seu artigo 216-A pela Lei 13.105/2015 (Código de
Processo Civil) e pela Lei 13.465/2017, pormenorizado pelo Provimento 65 do Conselho
Nacional de Justiça.
Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial de
usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que
estiver situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do interessado, representado por advogado, instruído
com: 
I - ata notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do requerente e de seus
antecessores, conforme o caso e suas circunstâncias, aplicando-se o disposto no art. 384 do CPC de
2015;
II - planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de
anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares
de direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis
confinantes; 
III - certidões negativas dos distribuidores da comarca da situação do imóvel e do domicílio do
requerente;
IV - justo título ou quaisquer outros documentos que demonstrem a origem, a continuidade, a
natureza e o tempo da posse, tais comoo pagamento dos impostos e das taxas que incidirem sobre
o imóvel.
4.6.1. ONDE FAÇO O PEDIDO?
Será requerido diretamente perante o Ofício de Registro de Imóveis da Comarca
em que estiver localizado o imóvel usucapiendo ou a maior parte dele.
4.6.2. QUEM DEVE PEDIR?
Todos os interessados, pessoas naturais ou pessoas jurídicas, representados por
advogado (incluir procuração). Quando se tratar de espólio, seus herdeiros na posse,
cabendo a eles alegar a “sucessio possessionis”, ou seja, a aquisição da posse pelo
direito hereditário.
4.6.3. O QUE DEVE CONTER NO REQUERIMENTO?
O requerimento deverá atender, no que couber, aos requisitos contidos no artigo
319 do Código de Processo Civil. 
a) Endereçar ao Ofício de Registro de Imóveis competente;
b) Qualificação das partes a mais completa possível;
c) A modalidade de usucapião (Ordinária; Extraordinária; especial Urbana e
Especial Rural);
d) Se houver cessão de direitos possessórios, qualificar todas as partes e constar a
data de cada cessão;
e) Expor os fatos que fundamentam o pedido;
f) Mencionar o início da posse e o modo de aquisição e as características da
posse, constar se houver, a existência de construção ou de qualquer outra benfeitoria e
suas respectivas datas;
g) A descrição completa do imóvel, seu endereço, inscrição imobiliária Municipal e
indicação de sua respectiva matrícula ou transcrição, se houver.
h) Atribuir valor ao imóvel;
i) Requerer a notificação dos interessados, para que se manifestem no prazo de 15
dias, incluindo a Fazendas Públicas Federal, Estadual e Municipal.
j) E, ao final, requerer a procedência da usucapião, com a declaração de
propriedade em nome do requerente (possuidor), e por consequência o registro na
respectiva matrícula, ou então, a abertura de nova matrícula.

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