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1 Infectologia | @soumedrotina | Arêtuzya O. 
Na IST a gente faz a anamnese, exame físico, elabora 
hipóteses e, na primeira consulta, já deve ser instituído 
o tratamento, mesmo sem o resultado dos exames, o 
mais certo, ainda, é fazer o medicamento dentro da 
própria unidade de saúde. 
*Mais de 1 milhão de pessoas adquirem uma IST diaria-
mente; 
*A sífilis na gravidez causa cerca de 300.000 mortes fe-
tais/neonatais por ano; 
*No brasil, mais de 5 milhões de homens adquirem in-
fecção gonocócica por ano; 
*O uso de preservativos no Brasil, na população de 15-
64 anos, em todas as relações com parceiro causal é de 
55%. 
Caso clínico 1 
Paciente masculino, 28 anos, com história de ardor à 
micção e corrimento amarelado iniciado esta manhã. 
Refere relação desprotegida há 4 dias, mas a parceira 
negou sintomas. 
Conduzindo: como na IST eu tenho que tratar no dia da 
consulta, é muito improvável que já haja o diagnóstico 
etiológico na primeira consulta → assim, olho para o 
paciente como portador de síndrome do corrimento 
uretral → inicia o tratamento empírico baseado nos 
agentes etiológicos que podem causar isso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que verá no SUS 
 
2 Infectologia | @soumedrotina | Arêtuzya O. 
Condição 
Clínica 
1° opção 2° opção Comentá-
rios 
Uretrite 
sem isola-
mento do 
agente etio-
lógico 
Ceftriaxona 
500mg, IM, 
dose única 
+ 
Azitromi-
cina 500mg, 
2 comprimi-
dos VO, 
dose única. 
Ceftriaxona 
500mg, 1cp, 
VO, 2x/dia por 
7 dias 
+ 
Doxiciclina 
100mg, 1 cp, 
VO, 2x/dia por 
7 dias 
 
 
 
Trata-
mento ini-
cial. 
Uretrite go-
nocócica 
Ceftriaxona 
500mg, IM, 
dose única 
+ 
Azitromi-
cina 500mg, 
2 comprimi-
dos VO, 
dose única 
 
 
 
 
- 
 
 
 
 
- 
 
Uretrite não 
gonocócica 
Azitromi-
cina 500mg, 
2cp, VO, 
dose única 
Doxiciclina 
100mg, 1cp, 
VO, 2x/dia por 
7 dias 
A resolu-
ção dos 
sintomas 
pode levar 
até 7 dias 
após o fim 
da terapia 
Uretrite por 
clamídia 
Azitromi-
cina 500mg, 
2cp, VO, 
dose única 
Doxiciclina 
100mg, 1cp, 
VO, 2x/dia por 
7 dias 
 
Mesma 
coisa de 
cima 
Retrata-
mento de 
infecções 
gonocócicas 
Ceftriaxona 
500mg, IM, 
dose única 
+ 
Azitromi-
cina 599mg, 
2 comprimi-
dos VO, 
dose única 
Gentamicina 
240mg, IM 
+ 
Azitromicina 
500mg, 4cp, 
VO, dose 
única. 
Para casos 
de falha 
medica-
mentosa. 
Possíveis 
reinfec-
ções de-
vem ser 
tratadas 
com doses 
habituais. 
Tabela com tratamento! 
Importante saber que a gonorreia vem resistindo ao 
ciprofloxacino, ele não é mais droga de escolha! A me-
dicação deve ser administrada na unidade na frente 
da equipe. (os 3 comprimidos) 
Popularmente conhecida como: esquentamento, ble-
norragia e blenorréia. 
Mais frequente em homens, tem o período de incubação 
curto (2-5 dias), acomete mais os adultos jovens, 10% 
dos casos são assintomáticos. 
 
Prurido → Disúria → Corrimento 
Exemplo clássico do que é encontrado no exame físico, 
inicia com coceira no canal uretral, depois dor ao uri-
nar e por fim o corrimento em gota, chama de gota 
matinal. Atente para essa vermelhidão característica 
peri canal uretral. 
 
Oftalmite Gonoccócia por inoculação acidental 
→ edema e pus bilateral. 
 
Oftalmite gonocócica do recém-nascido, infecção pega 
pós parto por canal vaginal. Como rotina profilática, 
todo RN recebe nitrato de prata nos olhos pós-parto. 
Infecção gonocócica pode causar, também >> orofarin-
gite (edema de faringe, amigdalite e secreção puru-
lenta) e anorretite (dor e ardor, secreção purulenta e 
tenesmo). 
Paciente que chega com sem história prévia dessa do-
ença e sem sinais de inflamação intestinal >>> inicia 
tratamento para gonorreia >>> encaminha ao especia-
lista para uma retossigmoidoscopia ou anoscopia. 
É a disseminação hematogênica >>> faz um quadro de 
sepse pelo genococo. 
 
3 Infectologia | @soumedrotina | Arêtuzya O. 
Paciente pode apresentar: febre, artralgia, monoar-
trite séptica de grande articulação e lesões cutâneas. 
Paciente com artrite séptica + vida sexual ativa = pen-
sar em gonococcemia. 
 
Lesões papulosas e pustulares em pé 
 
Lesão clássica: centro necrótico, acizentado e base erite-
matosa. 
Agentes etiológicos: Chlamydia trachomatis, Urea-
plasma urealiticum, Mycoplasma hominus, Candida al-
bicans, Gardnerella vaginalis. 
Em negrito o principal agente desses. 
Clamydia trachomatis >>> causa mais de 50% das UNG 
– manifestação abaixo descrita em homens: 
• Exsudato mais discreto e menos purulento; 
• Incuba de 7 a 21 dias; 
• Co-infecção por gonococo: 70-80% dos casos; 
• Pode evoluir com prostatite, epididimites e 
proctites; 
 
Parceira do paciente com suspeita de gonorreia deve 
ser submetido a exame de HIV, hepatite B e C e gonor-
reia.
Abordagem ao paciente com úlcera genital: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Infectologia | @soumedrotina | Arêtuzya O. 
• Agente etiológico: Treponema pallidum 
• Conhecida como cancro duro ou protossifiloma; 
• É uma vasculite com infiltração de linfócitos e 
plasmócitos; 
• Incubação de 10-90 dias (média de 21 dias); 
• Lesão ulcerada, de fundo limpo, única, indolor, 
com bordos endurecidos; 
• Pode apresentar linfadenopatia regional indo-
lor e não supurativa; 
• Involui espontaneamente em 30-60 dias, sem 
deixar cicatriz. 
 
Foto 2: condiloma Plano | Manifestação secundária 
Tratamento: penicilina G benzatina, 2.400.000 milhões 
UI, IM, dose única (1.2 milhão UI em cada glíuteo). 2° 
opção >> Doxiciclina 100mg, 2x/dia por 15 dias (exceto 
para gestantes). 
• Lesões múltiplas e sujas; 
• Dolorosas; 
• Incuba de 3 dias a 2 semanas (média de 3-5 
dias); 
• Borda irregular 
• Contorno eritematoso 
Tratamento: azitromicina 500mg, 2cp, VO, dose única. 
 
• Incuba de 3-14 dias; 
• As vezes o paciente não faz vesículas e já forma 
úlcera; 
Tratamento – 1° episódio – Aciclovir 200mg, 2cp, VO, 
3x/dia durante 7 dias, iniciar o mais precoce possível. 
Recidiva – Aciclovir 200mg, 2cp, VO, 3x/dia durante 5 
dias. Iniciado preferencialmente no período prodrô-
mico (aumento da sensibilidade local, ardor, dor, pru-
rido e hiperemia da região genital). 
 
Como diferenciar as 3 lesões visualmente: 
 
Cancro mole: bordas inflamadas, lesão profunda e de 
diâmetro maior ou igual a 2cm. 
Sífilis: lesão sem hiperemia em borda, de 1,5-2 centíme-
tros e não tão profunda como o cancro mole. 
Herpes: lesão mais superficial e menor, menos de 1cm, 
bordas hiperemiadas. 
• Agente etiológico: Klebsiella granulomatis; 
• Doença crônica, progressiva, acomete pele e 
mucosas >>> genital, perianal, iguinal; 
• Incubação demorada >>> 30 dias a 6 meses; 
• Contagiosidade baixa; 
• Ocasionalmente pode ser grande e elevada; 
Tratamento: Azitromicina 500mg, 2cp, VO, 1x/semana por 
pelo menos 3 semanas ou até a cicatrização das lesões. 
Caso clínico 2 
Mulher refere aparecimento de caroço em genitália 
externa há 5 dias, sem dor ou outro sintoma. Notou du-
rante o banho, pela textura diferente ao toque, notou 
também discreto aumento dos gânglios da virilha, 
 
5 Infectologia | @soumedrotina | Arêtuzya O. 
casada e parceiro único, não usa preservativo, conduta 
de acordo com o fluxograma apresentado? 
 
R: tratar sífilis e cancro mole. 
Caso clínico 3 
Homem, 24 anos de idade, com história de lesões ulce-
radas em pênis iniciadas há 2 dias. Refere muita dor 
local e acha que os gânglios da virilha estão aumenta-
dos, história de relação desprotegida há uma semana, 
conduta de acordo com o fluxograma? 
 
R: Azitromicina 1g + Pen Benzatina 2,4 milhões de UI DU. 
Caso clínico 4 
Paciente masculino, 27 anos, história de pequenas bo-
lhas em pênis, dolorosas e que estouram, Refere ardor, 
prurido e dor antes e durante o aparecimento das le-
sões. Nega episódios anteriores, relata relação despro-
tegida há 1 semana. Conduta? 
 
R: Tratarsó herpes simples 
Caso clínico 5 
Paciente masculino, 19 anos de idade, com história de 
ferida em pênis há +/- 30 dias. Já procurou a farmácia 
e tratou com benzetacil, sem melhora. Refere presença 
de sangramento da ferida. É casado e refere uma única 
exposição desprotegida fora do casamento há 5 meses 
atrás. Conduta? 
 
R: tratar cancro duro, cancro mole e donovanose. 
Caso clínico 6 
Paciente masculino, 19 anos de idade, com história de 
lesões aftosas recorrentes há cerca de 1 ano, associado 
a lesões em pênis, também recorrentes. Queixa-se 
agora de dificuldade para enxergar direito e incômodo 
ocular. Procurou o oftalmologista que identificou uma 
uveíte posterior. Como conduzir? 
 
R: iniciar corticoide por suspeita de Síndrome de 
Behçet. 
É um distúrbio multissistêmico, considerada uma pato-
logia autoimune. 
Úlcera peniana típica de margem eritematosa. 
Úlcera labial recorrente + 2 critérios: 
• Úlcera genital recorrente 
• Lesões oculares 
• Lesões cutâneas 
• Teste de patergia positivo >> reatividade infla-
matória cutânea inespecífica à coçadura ou 
salina intradérmica específica. 
Causado pela Chlamydia Trachomatis – L1, L2, L3 
Possui 3 fases: 
• Lesão de inoculação >>> 3 a 30 dias da infecção 
>> caracterizada por pápula, pústula ou exul-
cerarão indolor; 
 
6 Infectologia | @soumedrotina | Arêtuzya O. 
• Disseminação linfática regional >>> 1 a 6 sema-
nas após a lesão inicial >>> caracterizada por 
linfadenopatia (70% unilateral); 
• Supura e fistuliza >>> sintomas gerais: febre, 
mal estar 
• Sequelas >>> obstrução linfática crônica – ele-
fantíase e fistulização 
 
Diagnóstico é clínico, ATB não reverte as sequelas. 
Não se deve drenar bulbões. 
Tratamento: Doxicilina 100mg, VO, 1cp 2x ao dia por 21 
dias. 
Caso clínico 7 
Homem com 32 anos relata aumento da região inguinal 
do lado direito notado há 5 dias. Refere mal estar e 
sensação de febre neste processo. Acha que é um abs-
cesso e vem para drenagem. Refere relação desprote-
gida quase sempre, com último episódio há cerca de 1 
mês, quando apresentou lesão peniana identificada 
como sífilis e tratado com benzetacil e consequente me-
lhora. 
Exame físico: 
• EGR, lúcido, orientado, eupnéico, anictérico, 
descorado 1+/4+, hidratado; 
• Temperatura de 36,8°C; 
• PA 120x70 mmHg duas posições MSD; 
• FC 80bpm; 
• FR 18 irpm; 
• AR, ACV e Abdome sem alterações; 
Conduta? 
R: iniciar Doxiciclina 
Principais locais >> glande e prepúcio interno; 
Diangnóstico: são verrugas facilmente percebidas pelas 
pacientes e diagnosticadas por um médico durante o 
exame clínico. Caso não haja verrugas é importante fa-
zer o teste do ácido acético. 
 Aplicando 
Antes da aplicação 
Pós aplicação >> lesões aceto-
brancas. 
Lesões verrucosas 
Tratamento: não existe tratamento com comprovação 
científica de eficácia para a infecção pelo HPV quando 
não há lesão precursora de verrugas. 
Verrugas >> aplicações de ácido em consultório, medi-
camentos sob a forma de creme aplicado pela própria 
paciente, retirada cirúrgica ou cauterização elétrica 
em casos de lesões múltiplas e extensas. 
Balanopostite: Cândida 
Quadro clínico: edema, exsudato, prurido intenso ero-
sões em placas 
 
Tratamento: fluconazol 
Fonte: aula de Dr. Maurício + Documento Fiocruz sobre IST

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