Buscar

Resenha - Do Espírito das Leis - Montesquieu - Livro XI (parte2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resenha: “Do Espírito das Leis”, de 
Montesquieu; Livro Décimo Primeiro. 
PARTE 2 
 
O capítulo VI é um pouco extenso, mas essencial no estudo 
sobre a divisão dos poderes. Em cada Estado, existem 3 espécies 
de poder, sendo estes Legislativo, Executivo do direito das gentes 
e o Executivo do direito civil. O primeiro, o príncipe ou magistrado 
elabora as leis por algum tempo ou sempre, e as corrige ou revoga 
as que estão já feitas; com o segundo ele faz a paz ou a guerra, 
envia ou recebe a embaixada, estabelece segurança e previne as 
invasões, e com o terceiro ele pune os crimes ou julga as demandas 
dos particulares. 
 
Segundo o autor, a liberdade só é possível no governo 
moderado, e mesmo nessa espécie de governo é preciso que haja 
uma boa divisão de poderes, onde as partes possam frear as outras, 
assegurando que a lei impere sobre todos. A liberdade política de 
um cidadão consiste na segurança que cada um acredita ter, e, para 
ter essa liberdade, é preciso que o Estado assegure que os cidadãos 
não temam uns aos outros. 
 
Quando o poder legislativo se une ao executivo em uma 
mesma pessoa ou conjunto de magistrados, não há liberdade: teme-
se que este mesmo monarca ou grupo de magistrados faça(m) leis 
tirânicas e também as execute de forma tirânica, bem como não 
haverá liberdade se o poder de julgar não estiver análogo ao poder 
legislativo e ao executivo; pois, caso o estivesse juntamente com o 
legislativo, o poder sobre a vida e sobre a liberdade dos cidadãos 
seria arbitrário - já que o juiz seria o legislador e se estivesse unido 
ao poder executivo, teria o poder de um opressor. 
 
Sobre o poder de julgar, o autor explica que não deve ser 
entregue a um senado permanente, mas exercido por indivíduos 
tirados do povo, em determinadas épocas do ano e de maneira 
prescrita por lei, de como que forme um tribunal que não possa 
durar, senão, o quando a necessidade exigir destes. Assim, o poder 
de julgar, não estando ligado a um determinado estado ou 
profissão, torna-se invisível ou nulo, por assim dizer; teme-se, 
então à magistratura e não aos magistrados. E os outros dois 
poderes poderiam ser entregues a magistrados ou corpos 
permanentes já que não se exercem sobre nenhum particular, sendo 
uma vontade geral do estado enquanto o outro é a execução dessa 
mesma vontade geral. 
 
Os tribunais não devem ser fixos, mas devem ser os 
julgamentos de tal modo que estejam sempre precisamente de 
acordo com a lei escrita. Se o poder legislativo dá ao executivo o 
direito de prender cidadãos que podem prestar caução por sua 
conduta também não há mais liberdade, a menos que sejam detidos 
para responder a uma acusação que seja considerada capital por lei. 
Mas se o poder legislativo se acreditar em estado de perigo por 
alguma conspiração contra o estado ou plano de inimigos externos, 
poderá, embora que eu curto prazo, permitir o poder executivo 
fazer deter os cidadãos suspeitos, e estes perderão sua liberdade 
dentro deste período.

Outros materiais