Buscar

MODELO PET INICIAL COM LIMINAR-

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESPELHO DA PEÇA, NÃO É PARA COPIAR, APENAS PARA 
AJUDAR EM DÚVIDAS PONTUAIS PARA CONSULTA 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DE 
UMA DAS VARAS CÍVEIS DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA 
CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
 
 
 
 
 
 
 
U R G E N T E – L I M I N A R 
TRAMITAÇÃO COM PRIORIDADE 
 
 
NOME DA AUTORA, brasileira, solteira, auxiliar 
administrativa com 34 anos de idade, portadora da cédula de identidade n.º(XXX), 
regularmente inscrita no CPF/MF sob o n.º (XXX), com endereço na (XXX) CEP (XXX), 
por seus advogados devidamente constituídos (doc. XX) com escritório na Rua (xxx), 
e-mail: (xxx), vem respeitosamente à Vossa Excelência, propor a 
 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE LIMINAR 
 E FIXAÇÃO DE MULTA DIÁRIA 
 
em face de NOME DA RÉ, inscrita no CNPJ/MF sob n.º (XXX), com endereço na Rua 
(XXX), CEP (XXX), neste ato representada pelo sócio Sr. (xxx), qualificação (xxx), 
nacionalidade (xxx), estado civil (xxx), portador do RG (xxx) e do CPF (xxx), residente 
e domiciliado na Rua (xxx), pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
 
 
DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO 
 
Conforme demonstram as anexas cópias encartadas 
nesta peça Inicial (Doc ), em exame de rotina, foi constatado que a Autora está 
enferma com 2 tumores malignos na mama. 
 
Por esta razão, requer o benefício da prioridade na 
tramitação, conforme previsão do inciso I do artigo 1048 do CPC: 
 
“Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer 
juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: 
 
I - em que figure como parte ou interessado pessoa com 
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora 
de doença grave, assim compreendida qualquer das 
enumeradas no art. 6o, inciso XIV, da Lei no 7.713, de 22 
de dezembro de 1988.” 
 
Por sua vez, a lista de doenças citadas pelo inciso I do 
art. 1.048 do CPC, que está presente no inciso XIV do artigo 6º da Lei nº 7.713/88, é a 
seguinte: 
(...) 
 
Em face do exposto, requer seja ANOTADO NOS 
AUTOS a prioridade na tramitação no processo e em todos os atos e diligências, como 
medida da mais lídima justiça. 
 
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 
Informa a Autora que não possui condições de arcar com 
as custas e despesas processuais, sem detrimento de sua manutenção mensal em 
razão da situação recentemente vivenciada pelo tratamento de câncer que a cometeu. 
 
Ademais, em relação à pessoa física traz as 
considerações da presunção da hipossuficiência econômica, ora tratada no art. 99, § 
3º, do CPC: 
 
“Art. 99. 
§ 3º. Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência 
deduzida exclusivamente por pessoa natural.” 
 
Outrossim, esclarece a V. Exa., que a Autora trabalha 
como auxiliar administrativo, cujo os rendimentos são irrisórios e que por isso não há 
condições de se recolher as custas e despesas processuais. 
 
Informa ainda, que a Autora encontra-se assistida por 
este escritório de forma pro bono, para justamente justificar a presente assessoria. 
 
Pois bem. 
 
É com base nessa situação que se apresenta a V. Exa. o 
pedido da justiça gratuita para não se obstaculizar o acesso à justiça da Autora que 
necessita dar continuidade do tratamento do câncer junto ao Hospital (xxx) na próxima 
sessão.... 
 
Ao exposto, requer a V. Exa., a concessão dos benefícios 
da assistência judiciária gratuita a Autora, inclusive para que não seja obstada o 
acesso à justiça e o exercício ao contraditório e a ampla defesa. (Doc. xxx) 
 
 
DOS FATOS 
A Autora contratou os serviços de Assistência Médica e 
Hospitalar da Ré em ____ , através do Contrato de Adesão nº _____ (Doc. ). 
 
Pois bem. 
 
A Autora, ao fazer um auto exame no final do mês de 
abril do corrente ano, notou um nódulo em sua mama, o que a fez procurar auxílio de 
um médico especialista. 
 
Seguindo o rol disponibilizado pela Ré, escolheu o 
Hospital (xxx), sendo atendida pelos profissionais médicos, Drs. (xxx). 
 
Muito bem atendida e plenamente amparada, inclusive 
psicologicamente, adquiriu confiança na equipe médica e todo seu staff, que tem 
realmente prestado um excelente serviço, inclusive tranquilizando a Autora neste 
momento tão difícil de sua vida. 
 
A estrutura do hospital é excelente, e a paciente vem 
respondendo muito bem ao tratamento quimioterápico, antes do processo cirúrgico ao 
qual necessariamente será submetida. 
 
A quimioterapia está programada para ser feita em 
sessões, com 4 sessões conforme laudo (xxx). 
 
Ocorre Excelência que, no dia ____ , a Autora recebeu 
uma ligação de uma preposta da Ré, a qual informou que deveria suspender o 
tratamento no Hospital (xxx), e dar continuidade na clínica própria da Ré, que fica na 
região do bairro da Liberdade. 
 
A Autora, que já está psicologicamente abalada, ficou 
completamente transtornada, eis que a atitude unilateral trouxe fragilidade emocional, 
associada à circunstância do tratamento de sua doença. 
 
Toda a confiança depositada na equipe que até o 
momento vem atendendo e prestando o suporte, será alterada unilateralmente, sem 
que isso pudesse ser analisado dentro do aspecto do tratamento já iniciado. 
 
A ideia principal é que tanto a quimioterapia quanto a 
futura cirurgia não sejam alteradas da programação e equipe já escolhidas. 
 
Aliás, o risco iminente é que a Autora possa não 
realizar a próxima sessão de quimioterapia, prevista para ocorrer em ____ da 
próxima semana. 
 
Eis os fatos. 
 
DO DIREITO 
 
Excelência, a Ré ao obrigar a Autora a dar continuidade 
em seu tratamento exclusivamente em sua clínica está praticando ato unilateral e 
semelhante ao descredenciamento do hospital. 
 
O art. 17, da Lei 9.656/98 determina que o plano de 
saúde comunique o consumidor com a devida antecedência sobre eventual 
substituição de qualquer prestador de serviço: 
 
“Art. 17. A inclusão de qualquer prestador de serviço de 
saúde como contratado, referenciado ou credenciado dos 
produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta 
Lei implica compromisso com os consumidores quanto à 
sua manutenção ao longo da vigência dos contratos, 
permitindo-se sua substituição, desde que seja por outro 
prestador equivalente e mediante comunicação aos 
consumidores com 30 (trinta) dias de antecedência. 
(Redação dada pela Lei nº 13.003, de 2014)” 
 
Aliás, conforme se vê a seguir, a jurisprudência vai no 
sentido de determinar o prosseguimento do tratamento no local que iniciou: 
 
OBRIGAÇÃO DE FAZER. DESCREDENCIAMENTO DE 
HOSPITAL CONVENIADO AO PLANO DE SAÚDE. 
TRATAMENTO DE CÂNCER. TUTELA ANTECIPADA. 
REQUISITOS. Insurgência contra decisão que 
determinou manutenção de autor nas mesmas 
condições de cobertura assistencial para tratamento 
de câncer de que gozava antes do 
descredenciamento do Hospital A.C. Camargo do 
plano de saúde. Decisão mantida. Presentes o receio 
de dano irreparável na interrupção do tratamento e a 
verossimilhança das alegações, de rigor a 
antecipação de tutela (art. 273, caput, I, CPC). 
Alegação de que consumidora não foi avisada 
previamente do descredenciamento. Ausência de 
prova em contrário, em cognição sumária. 
Precedentes. Agravante que é contraditório em suas 
alegações, pois afirma ter concedido o tratamento 
antes mesmo da decisão recorrida e tece alegações 
para revogação da tutela com base no contrato, 
sustentando que não é possível a manutenção do 
tratamento no hospital descredenciado. Manutenção 
de multa. Agravante que, cumprindo a decisão no 
prazo certo, não será atingida pela multa, razão pela 
qual são infundadas as alegações recursais. Multa 
mantida. Recurso desprovido. (TJ-SP – AI: 
21701531320158260000 SP 2170153-
13.2015.8.26.0000, Relator: Carlos Alberto de Salles, 
Data do Julgamento: 12/10/2015, 3ª Câmara de Direito 
Privado, Data de Publicação: 12/10/2015). 
 
Plano de Saúde. INÉPCIA DA INICIAL. Paciente 
acometido com câncer mamário, submetida à 
mastectomia, inviável a descriçãopormenorizada dos 
tratamentos efetuados na clínica, ora 
descredenciada. Inicial que ensejou o pleno exercício 
do direito de defesa. Plano de saúde. Ação de 
obrigação de fazer cumulada com pedido de 
antecipação de tutela. Recusa de cobertura de 
tratamento oncológico já inicial em clínica, por 
motivo de descredenciamento. Inadmissibilidade. 
Violação do princípio da boa-fé objetiva ou equidade. 
Ausência de prova relativa à previa comunicação ao 
usuário, bem como a indicação de outra clínica em 
substituição à anterior, com mesma qualidade 
estrutura e condição para tratamento da doença. 
Afronta ao artigo da Lei nº 9.656/98. Cobertura 
exigível. Sentença mantida. Recurso improvido. (TJ-
SP – APL: 00059369020118260011 SP 0005936-
90.2011.8.26.0011, Relator: Silvia Sterman, Data do 
Julgamento: 11/06/2013, 9ª Câmara de Direito Privado, 
Data de Publicação: 20/06/2013). 
 
E ainda a Resolução Normativa – RN n. 428, de 7 de 
novembro, de 2017 em seu art. 18, afirma que a operadora deve assegurar a 
continuidade do tratamento: 
 
“Art. 18. No caso de procedimentos sequenciais e/ou 
contínuos, tais como quimioterapia, radioterapia, 
hemodiálise e diálise peritonial, a operadora deve 
assegurar a continuidade do tratamento conforme 
prescrição do profissional assistente e justificativa clínica, 
respeitadas as segmentações, os prazos de carência e a 
CPT.” 
 
Cumpre destacar que, a prestação de serviço à saúde é, 
em princípio, um dever do Estado (art. 196 da C.F.), mas que ante a falta de preparo 
do Poder Público para exercer esta função, as empresas privadas, atraídas pela alta 
lucratividade que essa atividade representa, acabou por assumir esse compromisso 
com o Estado e com a sociedade. 
 
Todavia, ainda que seja uma atividade exercida por 
empresas privadas, essa função não perde a natureza pública, e, como tal, deve ter 
como parâmetro de atuação, os valores consagrados pela nossa ordem constitucional, 
tais como a cidadania (C.F., artigo 1.º, inciso II), a dignidade humana (C.F., artigo 1.º, 
inciso III) e a valorização da vida e o direito à saúde (C.F., artigo 5.º, caput). 
 
No caso em tela, a natureza do vínculo entre a operadora 
Requerida e a Autora é notoriamente consumerista, regido pelos termos do Código de 
Defesa do Consumidor, conforme pacificado em nossos E. Tribunais Superiores. 
 
Cumpre informar, que a Requerente é beneficiária do 
contrato de prestação de serviços de assistência médica submetido aos ditames da 
Lei 9.656/98. 
Neste sentido a Súmula n. 100 do TJSP é explícita: 
 
“Súmula 100: O contrato de plano/seguro saúde 
submete-se aos ditames do Código de Defesa do 
Consumidor e da Lei n. 9.656/98 ainda que a avença 
tenha sido celebrada antes da vigência desses diplomas 
legais”. 
 
E ainda, nesta situação, o artigo 39, caput inc. IV, do 
Código de Defesa do Consumidor determina: 
 
“É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentro 
outras práticas abusivas: (...) IV- prevalecer-se da 
fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista 
sua idade, saúde, conhecimento ou condição social para 
impingir-lhe seus produtos e seus serviços”. 
 
A Ré impõe preços extremamente elevados aos 
consumidores aproveitando-se da emergente necessidade destes, e quando precisam 
são impedidos de utilizarem certos serviços da cobertura de seu plano de saúde, como 
a realização de exames e dar continuidade aos seus tratamentos. 
 
Em decorrência de tal prática, viola-se a regra do artigo 
39, inciso X, do Código de Defesa do Consumidor, porque no caso existe a clara 
tendência de se limitar o uso e acessos aos tratamentos exigidos para a Autora. 
 
 Nessa esteira, impõem-se transcrever o que dispõe o 
item 2 da portaria nº 3, de 19 de março de 1999, da Secretaria de Direito Econômico 
do Ministério da Justiça: 
 
“CONSIDERANDO que o elenco de Cláusulas Abusivas 
relativas ao fornecimento de produtos e serviços, 
constantes no art. 51, da Lei n. 8.078, de 11 de setembro 
de 1990, é de tipo aberto, exemplificativo, permitindo, 
desta forma a sua complementação; 
[...] 
CONSIDERANDO que decisões administrativas de 
diversos PROCONS, entendimentos dos Ministérios 
Públicos ou decisões judiciais pacificam como abusivas 
as cláusulas a seguir enumeradas, resolve: 
Divulgar, em aditamento ao elenco do art. 51 da Lei 
8.078/90, e do art. 22 do Decreto n. 2.181/97, as 
seguintes cláusulas que, dentre outras, são nulas de 
pleno direito: 
[...] 
2. Imponham, em contratos de plano de saúde 
anteriores à Lei 9.656/98, limites ou restrições a 
procedimentos médicos (consultas, exames médicos, 
laboratoriais e internações hospitalares, UTI e 
similares) contrariando prescrição médica;” 
 
DA APLICABILIDADE DA LEI N. 9.656/98 
 
 A Lei de plano de Saúde – (Lei 9.656/98) sofreu 
consideráveis modificações e adequações que protegem o consumidor contra as 
práticas abusivas de empresas, por conta de limitações contratuais ocultas que trazem 
grandes vantagens para a empresa em detrimento da dignidade e da saúde dos 
consumidores aderentes. Trouxe como corolário o art. 1º da aludida norma: 
 
“Art. 1º Submetem-se às disposições desta Lei as 
pessoas jurídicas de direito privado que operam planos 
de assistência à saúde, sem prejuízo do cumprimento da 
legislação específica que rege a sua atividade, adotando-
se, para fins de aplicação das normas aqui estabelecidas, 
as seguintes definições: 
 
I - Plano Privado de Assistência à Saúde: prestação 
continuada de serviços ou cobertura de custos 
assistenciais a preço pré ou pós estabelecido, por prazo 
indeterminado, com a finalidade de garantir, sem limite 
financeiro, a assistência à saúde, pela faculdade de 
acesso e atendimento por profissionais ou serviços de 
saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede 
credenciada, contratada ou referenciada, visando a 
assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser paga 
integral ou parcialmente às expensas da operadora 
contratada, mediante reembolso ou pagamento direto ao 
prestador, por conta e ordem do consumidor; 
[...] 
 
§ 1º Está subordinada às normas e à fiscalização da 
Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS qualquer 
modalidade de produto, serviço e contrato que apresente, 
além da garantia de cobertura financeira de riscos de 
assistência médica, hospitalar e odontológica, outras 
características que o diferencie de atividade 
exclusivamente financeira, tais como: 
[...] 
 
e) qualquer restrição contratual, técnica ou operacional 
para a cobertura de procedimentos solicitados por 
prestador escolhido pelo consumidor;” 
 
 Entende-se claro, o direito da Autora, bem como cristalina 
a injustiça que o acometeu por irresponsável atuação unilateral sobre a continuidade 
do tratamento do câncer no Hospital (XXX). 
 
DA LIMINAR DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA NA MODALIDADE 
ANTECIPADA 
 
O art. 300 do CPC, traz a possibilidade de se requerer a 
tutela provisória de urgência liminarmente, diante da comprovação dos seus requisitos 
legais. 
 
Verifica-se claramente que a probabilidade do direito 
encontra-se comprovada na doença que a comete a Autora, bem como o seu regular 
tratamento quimioterápico no Hospital XXX, evidenciando-se por meio do controle de 
agendamento de consultas, ora anexo, a regularidade e necessidade do tratamento. 
 
O Tribunal Bandeirante assim entende: 
 
“PLANO DE SAÚDE COLETIVO – Resilição unilateral 
imotivada pela operadora – Impossibilidade – 
Paciente em tratamento de câncer – Aplicação 
analógica do disposto no art. 13, parágrafo único, III, 
da Lei no. 9.656/98 - Ofensa ao princípio da função 
social e da boa-fé nos contratos – Dano moral não 
configurado – Divergência a respeito de interpretação 
de cláusula contratual – Liminar que assegurou a 
continuidade do tratamento do autor – Ausência de 
comprovação do agravamento do estado de saúde do 
paciente - Recurso parcialmenteprovido. (TJ-SP - 
APL: 00104072820148260082 SP 0010407-
28.2014.8.26.0082, Relator: Marcus Vinicius Rios 
Gonçalves, Data de Julgamento: 11/09/2018, 2ª 
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 
11/09/2018).” 
 
Igualmente, não se olvida que o perigo de dano ou em 
outras palavras perigo da demora, reside no fato de que a suspensão/interrupção de 
tratamento no mesmo nosocômio poderá gerar como consequência o retorno ou 
agravamento de atual condição de saúde. 
 
Portanto, presente os requisitos do art. 300 do CPC, é 
ululante a concessão da tutela de urgência liminarmente, dispensando-se a Autora de 
qualquer caução em razão da sua hipossuficiência econômica (art. 300, parágrafo 
primeiro do CPC). 
 
Por fim, não menos importante, cumpre esclarecer que a 
circunstância do bem da vida, ora tratada, nos presentes autos, qual seja: a saúde da 
Autora e o tratamento de câncer pela quimioterapia e posterior cirurgia, traz 
claramente que não há perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
 
DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer-se: 
 
I. Seja concedida a Justiça Gratuita para a Autora 
visando seu acesso à justiça em razão da sua saúde, bom como, a prioridade a 
tramitação do processo, em razão da doença que a comete. 
 
II. Que seja deferida a LIMINAR da tutela de 
urgência antecipada liminarmente e “inaudita altera pars”, para que a Autora possa 
prosseguir com seu tratamento quimioterápico, sem prejuízo ao seu estado clínico, tal 
como preconiza o art. 300, parágrafo primeiro, segundo e terceiro, do CPC, sob pena 
de multa diária no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 
 
III. A citação da Ré, por correio, para apresentar a 
defesa no prazo legal sob pena de revelia; 
 
I- No mérito, requer que a ação seja julgada 
totalmente procedente para condenar a Ré a dar continuidade ao tratamento 
quimioterápico no nosocômio Hospital (XXXX), expedindo-se o necessário tanto para a 
Ré quanto ao nosocômio visando garantir com isso a continuidade do tratamento, sob 
pena de multa diária no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 
 
II- Outrossim, pugna-se pelo benefício previsto no 
art. 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor, no que tange à inversão do 
ônus da prova; 
 
III- Protesta-se provar o alegado por todos os meios 
de prova, especialmente pela juntada de documentos, e por tudo o mais que se fizer 
indispensável à cabal demonstração dos fatos articulados na presente inicial. 
 
Dá-se a presente o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) 
Termos em que, 
pede deferimento. 
 
Local, data e ano 
 
 
Advogado(A) 
OAB/UF

Continue navegando