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Trabalho livro - O Sagrado de Rudolf Otto

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INSTITUTO SAPIENTIA DE FILOSOFIA
Discente: Gabriel Goulart da Silva
Docente: Profº Aldemir Francisco Belaver 
Disciplina: Filosofia da Religião 
Data: 04/12/2020
O SAGRADO DE RUDOLF OTTO
Capitulo 1
RACIONAL E IRRACIONAL 
De início Deus precisa ser apreensível, e isto ocorre tão somente se ao nos referirmos a Ele usarmos conceitos que sejam possíveis de uma capitação racional. Conceitos esses que devem ser, nítidos, claro, unívocos e reais. Eles esgotam a divindade enquanto termos apreensíveis, pensáveis pela mente humana. Não em realidade. De forma muito clara, podemos ver que tais conceituações se estabelecem por exemplo nos milagres, uma ação que quebra o ordenamento natural das causas. Por um agente que é o próprio autor desse encadeamento. O racionalismo e seu oposto beiram o abismo de qualidades. Porém, a religião não se esgota em seus enunciados, mas serve-se para observar-se com clareza.
Capitulo 2
O NUMINOSO 
A tentativa será buscar o sagrado, defini-lo, porém, não se trata de algo que se adequa aos outros linguajares. O sagrado deve possuir uma categoria de interpretação que abranja todos os seus aspectos e pontos, abarcando o desenvolvimento dessa categorização. Otto cunha o termo “numinoso”, não em um aspecto de descobrir o sagrado, mas de valoriza-lo, dar importância, é uma qualidade presente e essencial ao sagrado.
Capítulo 3
“O SENTIMENTO DE CRIATURA”
COMO REFLEXO DA NUMINOSA SENSAÇÃO
DE SER OBJETO NA AUTOPERCEPÇÃO 
(ASPECTO DO NUMINOSO 1)
Partimos de um sentimento religioso necessário, conhecido comumente de “devoção”, que expressa em suma uma dependência piedosa, ou seja, do absoluto do divino. É a própria experiencia do sagrado enquanto parte do psíquico, do biológico, um arroubamento. Expressa em característica qualitativa, de reconhecimento do pequeno e do grande, ou seja do Criador e da criatura. Chegamos assim ao “sentimento de criatura” que se dá por aquilo externo a mim, o objeto numinoso, quando isso se dá é que ocorre o reflexo na psique de reconhecimento. Com isso, compreende-se a superioridade do absoluto, desse objeto numinoso e a relativa baixeza do homem pensante frente a esse objeto.
Capítulo 4
MYSTERIUM TREMENDUM
(ASPECTOS DO NUMINOSO II)
O sentimento de criatura é a sobra do que é a coisa em si do criador, tratando assim do espanto que causa frente a esse mistério que reconhecemos como sendo tremendo, ou seja, com uma grandeza superior à nossa cognição. Sensação essa que se manifesta em um espirito meditativo, causando os mais variados sentimentos como: surtos, convulsões, inebriamento, delírio, êxtase. Usamos tais conceito par dar nomes ao sentimento e as manifestações frente ao numinoso. Tal manifestação assume diversos aspectos como o “tremendum” ou arrepiante, frente a algo com proporções mais elevadas, mais forte, uma inteligência superior, etc. nos causa medo, nos incita a auto devesa, nos faz tremer. Por equiparação seria o tremor causado por um vale imenso e profundo no qual tenho a pretensão de se lançar num salto.
A inacessibilidade absoluta, carece de um termo que busca esgota-lo como conceito, nesse caso em seu aspecto avassalador ou sua “majestade” termo que designar poder, domínio e hegemonia. Temos assim, um soberano e um humilde, um completo em si e o outro dependente em tudo. O Tremendum e majestas desenvolve um terceiro aspecto que é o “enérgico”, em uma tradução seria o mesmo que a vontade que dirige-se a algo ou a alguém, neste caso a esse “mysterium” que e um outro, diferente de mim, assume outra forma, totalmente diferente da minha, o numinoso. Está dentro do aspecto místico do desejo do homem que deseja acessar o infinito. 
Capítulo 5
HINOS NUMINOSOS
(ASPECTOS DO NUMINOSO III)
Da glorificação racional de Deus para uma glorificação de um cunho irracional ou emotivo, que exige uma criação literária. O que queremos dizer são os hinos que buscam manifestar o numinoso, a grandeza do sagrado, como Isaias, que se dirige diretamente àquele do qual se fala, destacando sua majestade e seu mistério. Trata-se de algo que os próprios sentidos nunca em sua existência imaginaram sentir, agora são manifestas pelos mesmos sentidos, seja por gestos ou palavras, é algo a mais que o termo amor possa expressar, dentro de sua limitação. 
Capítulo 6
O ASPECTO FASCINANTE
(ASPECTOS DO NUMINOSO IV)
O aspecto fascinante não afugenta o homem, mas, o atrai para a contemplação é algo sedutor e encantador, sempre a algo a mais a ser descoberto, admirado e assimilado. Surge um elemento distanciador entre os extremos, que se trata da suplica de proteção, a busca de uma filiação. Essa atitude conduz a uma busca de purificação, de reconciliação, que abrange todo o mistério de salvação do homem que é a busca do acesso mais pleno do numinoso. É tão sublime pois, trata-se de expressar a salvação proveniente de um totalmente outro. Expressa-se a ansiedade de o homem contemplar o belo, o bom, o divino o salutar, por esse motivo essa grandeza é manifesta nos cânticos, por ser expressão das emoções do amor que sentimos ao descobrir, ao se relacionar com o sagrado.
Capítulo 7
ASSOMBROSO
(ASPECTOS DO NUMINOSO V)
Ao deparar-se com o numinoso um sentimento de assombro apodera-se do homem, causado pelo sentimento que o homem nutre em relação ao sagrado. É esse sentimento nutrido pela psique do homem que o assombra, pois foge a seu controle e o transcende assumindo a figura daquilo que está fora de si. O assombro está nesse caso na grandiosidade imensurável do numinoso que causa em nós pasmo, por não ser algo que podemos conter em nossa psique. 
Capítulo 8
CORRESPONDÊNCIAS
A correspondência aqui representa o aspecto atraente do numinoso, isso significa que trata-se da estética ou até a arte do belo, que significa a tentativa que o homem realiza de representar em algo visível o mysterium tremendum, que é vagamente insinuado por uma correspondência com os sentimento acerca do que se sente. São as analogias que se realizam para expressar o excelso que ainda não correspondem em sua amplitude com o numinoso. O excelso é fruto de nossa imaginação e ate a excede, é o sentimento que nos repeli e nos atrai a ele, esse sentimento é suscitado em nossa psique pelo sentimento de necessidade. Suscita assim uma cadeia de sentimento, onde um irá desembocar em outro, como que um efeito domino, que não é a mera transformação de um sentimento para outro mais elevado, como que um melhoramento, mas uma mudança de estado, do próprio sentimento, de um simples para um complexo. Uma ligação categorial de causalidade, um esquema que se forma como uma capacitação da psique de receber e ser capaz de reter o sentimento que se adquire. Desta forma temos, que não é o sentimento que evolui, mas a psique que evolui para receber esse novo aspecto numinoso. É um intenso do racional que buscará distinguir meras sensações com sentimentos elevados, interpretando dos sinais dos mesmos.
Capítulo 9
O SANCTUM COMO VALOR NUMINOSO
O ASPECTO AUGUSTUM
(ASPECTOS DO NUMINOSO VI)
 Em um movimento psíquico de contato com o numinoso percebemos a redução ate mesmo o aniquilamento do homem frete a esse fenômeno, um home que se reconhece impuro para conhecer a pureza, uma ir e vir entre profano e sagrado. Aqui surge algo de novo, uma conduta moral do agir do homem. A religiosidade, ao menos os sentimentos religiosos despertam no homem um respeito incomparável, pois é despertado nele o valioso, o importante, o incondicional do objeto, quando maior o grau de religiosidade maior será essa conduta moral. Essa moral surge do augusto que cabe apenas ao objeto numinoso, pelo fascínio que o atraí, isso porque possui valor objetivo em sim, tornando-se beatífico por mim, essa assume no homem uma conduta normativa de consciência do qual e pelo qual prestamos culto.
No que se refere ao homem, devemos recordar sua fraqueza e tendência de sair do divino para o profano, ou seja, desviar-se do valor numinoso. O que o homem faz e atrair para si o pecado, o peso que ele possui como diz santo Anselmo, porém, tal concepção não é de cunhoracional, mas espiritual, é a compreensão daquela realidade superior, de sumo bem e bom, que temos por meio da psique – a alma – e que o pecado que é mal e ruim nos priva de sentir ou senti-lo plenamente. É o que Otto chamou de “cobertura” manifestas por seus ritos e sentimentos, é o que chamamos de escondido por um véu, encoberto. Isso significa que, o sagrado não está dado em sua plena forma, mas se esconde sobre representações reais, assim o que é divino não se mistura ao profano, de tal modo que consigo me aproximar desse nume. Destarte, a necessidade de o homem se aproxima desse tremendo, leva-o a buscar a remissão do que é profano em sua vida, um assunto que a racionalidade não consegue eliminar.
Capítulo 10
QUE QUER DIZER “IRRACIONAL”
O primeiro a ser dito é que se trada de algo oposto ao racional, é o que se tem de explicito frente a razão, não se pode possuir as duas, ou se possui uma e exclui a outra ou vice-versa. Porém, aqui compreenderemos de uma forma diversa do habitual, ou seja, se compreendemos que a racionalidade é a capacidade de prover sentido intelectiva das coisas, ou melhor podemos tratar como formulação de expressão clara sobre dado objeto, isso ate onde nossa capacidade racional pode atingir. Assim sendo, no campo do Divino ou do religioso ou ainda do numinoso aquilo que foge à captação cognitiva ou que não se pode expressar claramente aplicamos o termo “irracional” para finalizar a ideia. Poderíamos crer que essa ideia do cabo do que se desejar dizer, porém, o estudioso mais pavoroso se empreita a descobrir sutilmente algo novo, que a razão conceba. O se pode ponderar dessa forma é a ideia de irracional semelhante a místico, devido a fenômenos que não se pode explicar.
Capítulo 11
MEIOS DE EXPRESSÃO DO NUMINOSO
A forma inicial de transmiti-lo se dá de uma psique a outra, de forma direta, em forma de ensinamentos figuras de linguagem, porém não a sua essência, pois essa somente pela vivencia do espirito se apreender, o que se transmite é como a brasa que dará início à fogueira, nada mais. Há outro meio de se transmitir o numinoso que parte da evocação do sentimento, que expressão tanto a condição do homem frete ao divino quanto, a do divino frente ao homem. O objetivo é reconhecer cada um deles nessas expressões que são correlatas, quando se refere a uma automaticamente se remete a outro. Aqui surge uma relação entre a razão, o imaginário, a mística e a racionalidade, todas confluem para otimizar em termos pensáveis aquilo que é abissal ou tremendo. Um reflexo disso que podemos compreender são os milagres expressos em suas diversas tipos, é o misterioso que se dá a conhecer à psique, ao homem. Um exemplo que se tem é a arte, aqui não apenas compreendida como sendo uma pintura, mas como uma bela música, uma construção arquitetônica, uma escultura, tal que somos atraídos por eles e arremetidos ao divino, a pensar e a viver uma experiencia mística. Da agitação para o silencio e contemplação, ou como os orientais dizia, o vazio da mente, um estado de tranquilidade, de paz interior. Mas, ainda há algo que em si abrange tudo o que anteriormente foi descrito para expressar o sublime, o sagrado, o que o cristianismo possui de mais sagrado, a santa missa, o ato da transubstanciação, a mudança de substância, não é mais pão nem vinho, é agora humano e divino, é o corpo e sangue de Cristo. O Sanctus, Sanctus, Deus Sabaoth, a plena manifestação do que possuímos com alto grau de mística, o tremendo, o mesterium.
Capítulo 12
O NUMINOSO NO ANTIGO TESTAMENTO 
Frente ao numinoso, seja ele sagrado ou profano, benigno ou maligno, sempre haverá o movimento de manifesta-lo, fugindo de um e refugiando-se noutro. Esse numinoso no antigo testamento se manifesta na personificação de duas formas: o rigoroso Javé e o patriarcal e familiar Elohim. Javé possui um aspecto animista, libertado, autoritário, punitivo, alguém determinado a ação, a movimentar-se, ou seja suas características daquele tempo, seu zelo, sua ira, o fogo consumidor, ou furor, que manifesta o Ente que ele é. Do outro lado, temos o El Shaddai-Elohim, um aspecto familiar, próximo. Em Moises o numinoso é o Santo dos Santo, o “Ego Sum”. Manifestas em seus profetas, em seu povo, numa visão poderosos, devastadora, inacessível, semelhante a ideia de: “Ela lá e eu aqui”, não surge uma relação próxima. Essa era a visão mais presente no antigo testamento.
Capítulo 13
O NUMINOSO NO NOVO TESTAMENTO 
A manifestação do sagrado no novo testamento se dá, não por profetas, mas, por Jesus Cristo, expressa nos evangelhos. O numinoso é entendido como o celestial, a dimensão prodigiosa. Não é Deus-Pai, mas torna-se um caminho que leva a Ele. Torna-se a ideia de um fim de mundo com esperança de um mundo celestial, que será permitido a entrada somente aos que são santos. De forma que, para ser o maior diante de Deus deve-se ser o menor e mais humilde diante dos homens. Necessita para tal, uma vida ascética e penitencial – temos como exemplo João Batista, o anunciador de Jesus. Porém, diferente do anuncio do antigo testamento o novo apresenta um Deus que alivia os fardos, levanta os caídos, fortalece os fracos, ou seja, um Deus bondoso, manso, humilda, generosos, zeloso etc. Mas, ainda está numa luz inacessível, o sagrado torna-se a ante sala de preparação para a sala do Trono, onde não haverá tremor do Sumamente Sagrado, mas um sentimento de louvor. Por isso uma das características que se apresenta nesta nova forma é de uma entrega total mutua. Temos ainda a ideia de predestinação e eleição, em que esse refere-se a escolha de Deus, ele escolhe cada ser humano e aquele diz respeito ao futuro desse ser criado, que tudo já está estabelecido pelo Deus criador, excluindo a opção de escolha. Depois, de tudo isso o ser racional ainda se pega refletindo sobre esse Deus criador de tudo, esse ser numinoso. 
Capítulo 14
O NUMINOSO EM LUTERO 
Podemos observar um modo particular de analisar o numinoso, o religioso. Otto descreve a forma como Tomás interpretou Aristóteles, Agostinho a Platão. Sempre com intenção de trazer para o ambiente em que se está inserido uma visão abrangente. Lutero realiza essa analise descordando de pontos que eram aceitos no ambiente que estava inserido – aqui a interpretação de Tomás a Aristóteles, porém, algo mais profundo não concordava com a base tomista da doutrina da Igreja. Isso de daria pelo fato de a base do pensamento tomista é aristotélica, que seria mais uma visão racionalista do que sentimentalista ou espiritualista. Isto porque, Deus não é algo que pode ser reduzido a ideias racionais, a conceitos morais a um princípio de ser, que para a racionalidade é importantíssimo tal idealização, é mais possível senti-lo do que o racionalizar. 
Lutero apresenta Deus como sendo um abismo no qual não conseguimos nos esconder, mas que apenas conseguimos se esconde em suas fendas, que para ele são as sagradas escrituras. Isso por que é insondável e seus juízos excedem em grandeza e qualidade a qualquer juízo humano, é algo dessemelhante a nós. O numinoso em Lutero se encontra na fé manifesta em um sentido de crença, isso significa que parte de uma conexão psíquica com o tremendo e misterioso, um sentimento irracional, que diverge do racional de S. Tomás. A manifestação desta forma se apresenta como algo distante racionalmente do homem, entra mais em uma questão sentimental.
Capítulo 15
EVOLUÇÕES
Ate aqui uma menção ainda se faz necessário sobre os sentimentos ao numinoso, aqueles estados psíquicos irracionais dos fenômenos recorrentes internamente e externamente a mim, sobretudo o interno deve se manifestar de uma forma diversa do habitual, o que transforma esses estados psíquicos – sentimentos, como: medo, pavor, vontade, etc. acabam por serem direcionados a outra finalidade, Otto afirma que eles evoluem, isso porque assumem um sentido pleno e complexo, por exemplo, o “sagrado” torna-se bom, por isso o bom torna-se santo, assim temos o sacrossanto, que manifesta o pleno potencial ao qual se refere. De tal modo que, o numinosonão é algo que demostre um deus postiço, mas revela com vigor sempre novo o sentimento numinoso.
Capítulo 16
O SAGRADO COMO CATEGORIA A PRIORI 
Primeira Parte 
O que do numinoso captamos são ideias e sensações puras por excelência, por isso, não podemos fazer evoluir a ideia de absoluto, da perfeição, necessidade e essência, muito menos a de bem como valor objetivo. O sagrado implode no fundo da alma, que pode vir se manifestar por meio de sensações, mas não são através delas. Isso nos aponta para determinado evento que chamamos de razão pura ou designamos como o fundo da alma. Otto, apresenta tal ideia como sendo um “embrião” que esta sendo gestado um sentimento que inicia seu aparecimento de forma gradual, ai podemos compreender o termo “potencial” é a capacidade de vir a ser algo, tornar-se algo, de mudar o existente, que é o espirito humano, desembocando na religião e participando da vivencia histórica da humanidade.
Capítulo 17
O SURGIMENTO DA RELIGIÃO NA HISTÓRIA 
Dentro da história o homem busca entender-se nesse movimento posterirormente a religião. Ela surge em de um sentimento alimentado pelo homem em relação aos mortos, a natureza, almas, culto, feitiços, entre as mais variadas e diversas manifestações de “poder”, ou seja, aquela ideia do numinoso, “tremendo”, “poderoso”. Porém, uma ideia de numinoso primitivo, que conferia um animo assombroso nas pessoas, ideia de analogia por exemplo com a natureza e sua influencia nas pessoas. A analogia que busca influenciar a natureza, as coisas, porém, sem um elemento sobrenatural seria impossível e um tom psicologizam-te não provocaria estupor no homem, isto por que pare totalmente um terceiro que age sobre o outro. O surgimento da religião se dá pelo imaginário é o ato de acreditar em algo que não se vê, que provoca em nossa psique sensações que atribuímos a esse terceiro agente. Sempre em torno da sensação, bom e mau, acompanhada da noção de puro e impuro. Sempre os religiosos estão ligados a fenômenos que ocorrem no psíquico do homem, o animando a agir de modo bom ou mau. O sentimento religioso não se baseia exclusivamente em acontecimento exteriores da história, mas, também em elementos internos.
Capítulo 18
OS ASPECTOS “BRUTOS”
O aspecto bruto da religião esta segundo Otto nos seguintes aspectos: a) religião como manifestações maus sentimentos, como uma autossugestão, pesadelo; b) o aparecimento em momentos ocasionais e de repente; c) a associação do numinoso a objetos, acontecimento e entidades intramundanas; d) a indisciplina, como frenesi e delírio; e) a confusão de sentimentos; f) na falta de razão no crer. A brutalidade do numinoso está em sua falta de racionalização, de intelecto inserido nele, é o irracional ou a não busca de racionalização que torna o aspecto numinoso bruto.
Capítulo 19
O SAGRADO COMO CATEGORIA A PRIORI
Segunda parte 
Os elementos racionais e irracionais fazem parte do a priori, isso significa que, não necessariamente acredite no numinoso, mas que seja capaz de reconhecê-lo. Dá-se muito quando tratamos de anuncio do sagrado, aquele que teve a experiência do sagrado quer manifesta-lo a outro de forma que esse venha a reconhecer o que é o sagrado ou desperte esse sentimento. É o sentimento do religioso que se da a conhecer. À medida que a religião entre na história humana ela adquire conceito racionais que se unem aos irracionais para, capacitar o ato de crer. O irracional é o marco e cunho do ato de crer. Todo o pensamento do numinoso se dá por via intelectual, as provas da existência de Deus se dão pela racionalização do ato de crer, da fé. Elas irão dar o suporte necessário para que ela adentre a história.
Capítulo 20
AS MANIFESTAÇÕES DO SAGRADO 
Diferentes sãos as formas que podemos mostrar a atuação do sagrado, porém como vimos, o assombroso, o misterioso o tremendo, entre outro eram em si, oportunidade de despertar o sentimento religioso, o que podemos chamar de ato pelo qual, nos torna capaz de ver manifesto o belo, esses sentimento seria como uma figura limitada do que realmente é o sagrado. Ou seja, esse sentimento a respeito dos religiosos é o que é visível de uma totalidade invisível, ou sensível. A faculdade que demostra o divino são os sinais, ou a capacidade de percebe-los, pois ele nos remente a uma realidade além do que está querendo representar. A visão e a sensação do sagrado se dá pelo sentidos, um arrepio, uma paz indizível, uma quietude interior, um eufórica alegria, entre os quais o apresso pela estética, que atrai em sim a ideia do belo, que afasta o homem do mal e o traz para o bem. 
Capítulo 21
DIVINIZAÇÃO NO PROTOCRISTIANISMO
Refere-se ao ato de manifestação do numinoso por meio de ações e palavras que emanam da obra, vida e atuação de uma pessoa, uma figura considerada por certo grupo de pessoas como sendo “santo”, um humano com características não humanas, milagres. E sobre esse centro desenvolve-se uma espiritualidade que emana para àqueles que o aderem, que busca atrair adeptos. 
Capítulo 22
DIVINAÇÃO NO CRISTIANISMO DE HOJE 
A manifestação do cristianismo diferencia-se do que foi outrora, isto por que pode-se considerar inúmeros fatores, o principal deles é a maior racionalização da fé, fruto de uma revolução científica, do domínio da natureza. O pavor causado pelos fenômenos naturais passa a ser descobertos como sendo de causas naturais, excluindo a ação divina. Porém, como pode ainda ser compreensível e suportável a fé no Cristo? O cristianismo se apresenta desde sempre como uma religião universal, uma religião redentora, que parte do anuncio do reino de Deus e o anuncio do evangelho, de se por na presença de Deus como criança. Hoje o Cristianismo é ligado como antes o fora com a salvação das almas. Em Jesus temos a grande divinação do Cristianismo, com sua Paixão e Morte na Cruz, que é causa universal do sentimento do numinoso, do sagrado, que produziu a mais profunda intuição religiosa jamais vista na história da religião.
Capítulo 23
O A PRIORI RELIGIOSO E A HISTÓRIA 
Como saberemos que a religião imprimiu seu ethos na história e gravou no coração de cada homem a sua graça, se que não seja pela analise a priori dos fatos que ocorreram e como ocorreram. Isto por que, a religião é inata na história e se desenvolve à medida que o homem a escreve, é um vir a ser de algo que muta. Por a priori, porque pode vir a ser, o homem já possui algo dentro de sim, porém esse algo pode vir a ser de modo diferente, pois o homem possui predisposição a mudar, assumindo um Espirito totalmente novo. Todo o sentimento religioso se dá em nosso tempo por se crer em algo diferente da realidade que se vive. 
REFERENCIA 
OTTO, Rudolf. O sagrado – Os aspectos irracionais na noção do divino e sua relação com o racional. Tradução: Walter O. Schlupp. São Leopoldo: Petrópolis. Vozes, 2007.

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