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1- Adolescência e puberdade

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- Adolescência: faixa etária entre 10 e 19 anos
- Juventude dos 15 aos 24 anos de idade
Psicologia do adolescente 
• Luto pelo corpo infantil, pela identidade, pelos pais da infância
• Pais não encaram como criança e nem como adulto
• Iniciação amorosa, questão profissional, mundo social adulto
• Sem personalidade formada, ela se cristaliza aos 18 anos
• Comportamentos que podem colocar a vida dele em risco
Características Psicossociais 
1. Busca de si mesmo e da identidade
2. Tendência grupal
3. Necessidade de intelectualizar e fantasiar
4. Crises religiosas
5. Deslocalização temporal
6. Evolução sexual manifesta
7. Atitude social reivindicatória com tendências antissociais de diversas intensidades
8. Contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta
9. Separação progressiva dos pais
10. Constantes flutuações de humor e do estado de ânimo
• Acompanhada por pais e familiares
→ 4 perguntas básicas:
• Qual é o problema do paciente? - Diagnóstico
• O que posso fazer por ele? - Tratamento
• Qual será o resultado? - Prognóstico
• Por que isso aconteceu? - Prevenção
As fontes de informação clínica podem ser resumidas em três grupos:
• Diálogo - Anamnese
• Observação - Exame físico
• Exames complementares - Laboratoriais, de imagem, entre outros 
Como se comunicar com o adolescente
• Acolhimento – como abordar....
• Muitos irão contrariados a consulta e irão gerar conflitos ou ficarem mudos
• Trazê-los e deixar claro que são o “centro” da consulta 
• Deixar claro os direitos de sigilo, confiabilidade e lembrá-lo de que todos passamos por esta fase da vida
Erros comuns 
Ausência de empatia
• Falta de privacidade na consulta
• Estar desatento, excesso de anotações
• Dirigir-se a mãe
• Uso de gírias para se aproximar
• Projeção da nossa adolescência
• Assumir papel de juiz
• Conversar sozinho com a família
• Presunção de que todo adolescente é sadio
• Deixar de falar do sigilo médico
• Reconhecer como indivíduo progressivamente capaz
• Respeitar individualidade e pudor
• Capaz de avaliar seu problema e solucionar
• Direito de ser atendido sem os pais
• Participação da família é desejável
• Quebra de sigilo deve ser informada e justificada
Ética e sigilo médico
Adolescência e puberdade
Consulta do adolescente 
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
O adolescente pode consultar sem a presença de um responsável?
• Segundo o MS, são considerados adolescentes os indivíduos na faixa etária de 10 a 19 anos incompletos
• Eles devem ser acolhidos independentemente do conhecimento ou presença dos pais ou responsáveis
• Os profissionais de saúde que se sentirem desconfortáveis no atendimento a essa população desacompanhada pode desenvolver diversas estratégias para garantir o acesso, como, por exemplo, chamar um outro membro da equipe para acompanhar o exame clínico
• É importante ressaltar que a inclusão da família pode ser feita ao longo da atenção à saúde do adolescente de acordo com a necessidade identificada pela equipe multidisciplinar, como em casos em que o adolescente se coloque em risco ou coloque outras pessoas em risco de saúde
• A pessoa responsável não será necessariamente o pai, a mãe, ou outro parente, mas uma pessoa da confiança ou do círculo de convívio do adolescente - lembrando que a indicação deve ser feita pelo próprio
Acessibilidade: o local da consulta deve ser acessível, desburocratizado e horário flexível, levando em consideração os horários escolares
Marcação por hora: como a consulta do adolescente é mais demorada, pela necessidade de entrevistas separadas e em conjunto com o paciente e seus familiares, a marcação por hora evita a demora no atendimento
Tempo de consulta: é recomendável que o tempo de consulta seja o necessário para que o adolescente possa expressar suas questões, o motivo que o levou até o serviço e a realização de procedimentos
Separação de outras faixas etárias: o ideal é que a sala de espera seja separada de adultos ou crianças, ou que ao menos sejam marcadas em dias ou horários separados para garantir maior privacidade e liberdade ao jovem
• É fundamental criar um ambiente preservado com garantia de sigilo, para que paciente e profissional possam estabelecer uma relação de confiança e credibilidade. Só assim o adolescente poderá sentir-se mais à vontade e seguro para expor o que o aflige de verdade, e o profissional poderá intervir através de suas ações e orientações na profilaxia e prevenção de agravos
• É importante que NÃO se estabeleçam regras rígidas que dificultem ou impossibilitem o acesso dos adolescentes aos serviços
A consulta médica do adolescente
A sbp preconiza que seja realizada em 3 momentos:
1º Adolescente e familiares juntos
2º Adolescente a sós
3º Retorno com os familiares
• Não necessariamente isso deve ser feito em todas as consultas mas devemos identificar os casos que possa ser necessário
Tempo com familiares e adolescente
• A qualidade do início da entrevista pode afetar todo o seu resultado. Se os pais estão presentes, é interessante se apresentar primeiro ao adolescente. Isto passa ao jovem (e aos adultos) uma mensagem clara de que ele é o paciente
• Solicite, em seguida, que o mesmo apresente seus acompanhantes
• Evite começar a entrevista com perguntas como “Por que você está aqui?”
• Prefira iniciar de uma maneira mais leve e não ameaçadora: comente sobre a roupa do jovem ou alguma outra característica que reflita sua personalidade, sobre o estilo de vida ou interesses do mesmo– isto ajuda a diminuir a ansiedade do adolescente e facilita o diálogo. Uma vez que ele começa a falar, provavelmente continuará falando
• A primeira parte da entrevista também é útil para avaliar humor, afeto, desenvolvimento cognitivo, nível intelectual e outras informações de desenvolvimento importantes, com indícios de que ele esteja deprimido, eufórico, assustado, irritado ou intoxicado
• Sinta-se à vontade para tecer comentários sobre as observações feitas: isso pode permitir que o adolescente exprima sentimentos ou preocupações importantes
A consulta médica do adolescente tópicos a serem abordados – na presença dos pais
QP: Motivo da consulta
HDA: Histórico da doença atual e pregressa do paciente, incluindo agravos e doenças;
Estado vacinal;
• Dados da gestação, parto e condições de nascimento, e peso ao nascer, aleitamento materno, acidentes, violência, cirurgia e hospitalizações
Puberdade: idade do surgimento dos sinais de maturação sexual
Marcos: 1º menarca, 1º espermarca
Hábitos alimentares (horário das refeições, quantidade e qualidade dos nutrientes, hábitos de guloseimas)
Condições de habitação, sócio econômica, ambiente e rendimento escolar, exposição a ambientes violentos, uso de tecnologia da informática (tempo em celular, games, computador)
HF: História familiar – refere-se à configuração, dinâmica e funcionalidade: com quem o(a) adolescente mora, situação conjugal dos pais e consanguinidade, outros agregados na residência, harmonia ou situações conflituosas no ambiente
Doenças em parentes de 1º grau
Não esquecer de obter dados sobre o sono, lazer, as atividades culturais, exercícios físicos, religião
Atendimento Reservado
Sexualidade: namoro, relações sexuais, prevenção de gravidez e DST, preferência de gênero, nº de parceiros, método anticoncepcional
Drogas lícitas e ilícitas
Violência: condutas agressivas, delinquentes, automutilação, tentativa de suicídio, ocorrência de acidentes, submissão a violências
Tempo de exposição às telas digitais – celulares, notebooks, televisão e videogames
A percepção corporal e autoestima
Relacionamento com a família (pais, irmãos, parentes), ocorrência de conflitos
• Projetos para o futuro
• É preciso estar atento ao fato de que quase sempre a demanda trazida pelo adolescente não é a sua real preocupação
• Esta é camuflada até que o jovem sinta-se seguro para expressar o real motivo que o leva a pedir ajuda
ABORDAGEM HEEADSSS
Local da Consulta
• Não precisa ser feita na primeira consulta
Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperaçãoda Saúde – 2010
Critérios de Inclusão Adolescentes de 10 a 19 anos, 11 meses e 29 dias.
Conduta
a) Acolhimento: escuta qualificada às demandas dos adolescentes e de suas famílias, com a finalidade de identificar necessidades, criar um vínculo com os profissionais da UBS, encaminhar para atendimentos de urgência, marcar consultas individuais ou em grupos e fornecer insumos e vacinas, quando necessários
b) Marcação das Consultas: A primeira consulta é individualizada e poderá ser realizada por médico/a ou enfermeiro/a ou outro profissional que compuser a equipe de atendimento (assistente social, psicólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional ou outro especialista)
c) Consulta médica: atendidos nas seguintes especialidades: pediatras, clínicos, médicos de família e ginecologistas, independentemente de sua idade.
Conduta Preventiva: ações de promoção à saúde e prevenção de agravos são: promoção do crescimento e desenvolvimento saudáveis, saúde sexual e saúde reprodutiva, prevenção de DST, AIDS e hepatites virais, prática de atividade física e corporal, promoção de hábitos e alimentação saudável, promoção da cultura da paz, prevenção da morbimortalidade por causas externas, promoção da participação juvenil, discussões sobre equidade, diversidade, direitos, ética, cidadania, igualdade racial e étnica e sobre projeto de vida.
Tratamento Não Farmacológico: preconiza atividades grupais que envolvam educação em saúde, bem como grupos com familiares de condução terapêutica e psicoeducativa
• Trabalho com as Cadernetas de Saúde de Adolescentes
• Promoção do crescimento e desenvolvimento saudáveis
• Avaliação das necessidades relatadas pelos adolescentes e seus familiares, diagnóstico e tratamento
• Detecção de agravos à saúde, como: problemas biopsicossociais, conflitos familiares, dificuldades escolares, distúrbios alimentares etc
• Aferição da Pressão Arterial
• Medição do Peso, da Estatura
• Inserção dos dados no prontuário e na caderneta de saúde de adolescentes
• Cálculo do IMC e inserção nos gráficos da caderneta de saúde de adolescentes
• Avaliação da imunização
• Saúde Bucal
• Orientações sobre hábitos saudáveis (sono adequado, atividade física e de lazer, alimentação saudável e regular)
• Acompanhamento dos agravos crônicos
• Atenção à saúde sexual e saúde reprodutiva: • Fornecimento de preservativos masculinos e femininos
• Fornecimento de contracepção de emergência, quando necessária
• Acompanhamento dos estágios de maturação sexual feminino e masculino
• Controle dos ciclos menstruais
• Promoção da sexualidade saudável, planejamento da primeira relação sexual e das consecutivas.
• Solicitação de exames laboratoriais e de testagem das doenças sexualmente transmissíveis
• Realização de exames preventivos do câncer do colo do útero
• Prescrição de métodos contraceptivos de acordo com a escolha informada
• Abordagem do projeto de vida como estímulo ao planejamento sexual e reprodutivo
• Acompanhamento da gestação na adolescência
Redução da morbimortalidade por causas externas:
• Ações de prevenção ao uso do tabaco, álcool e outras drogas
• Acolhimento aos adolescentes em uso de drogas e de suas famílias e encaminhamento para serviços especializados
• Acolhimento, assistência de adolescentes vítimas de violência e suas famílias
• Encaminhamento para atendimento emergencial dos casos vítimas de violência sexual, com uso de medicação preventiva pra Aids e outras DST, além da contracepção de emergência, quando indicada
• Encaminhamento à realização de abortamento seguro em casos de gravidez resultante de violência sexual, quando assim for decidido pela adolescente e de acordo com previsão legal
Tratamento Farmacológico
• Somente se aplicará nos casos em que os diagnósticos forem confirmados e serão tratadas em conformidade com as prescrições e protocolos
• Monitorização de resultados esperados
Acompanhamento
Pós-tratamento: ao atingir o limite de idade de atendimento, caso sejam atendidos pela pediatria, serão encaminhados a clínica médica.
Exercício 
M.S. de 15 anos chega ate o consultório relatando uma algúria acompanhada de tenesmo vesical. Ao realizar a consulta sozinha, percebe-se que M. continua madura para sua idade e sempre aderiu bem aos tratamentos
M.S confessou que ingere de dois a três copos de bebida alcoólica em festas com os amigos. No exame físico a médica detectou uma IST. Os pais da paciente não sabem nem da prática sexual e nem que ingere bebida alcoólica. Nesse caso, qual o procedimento correto a ser realizado
a) Contar para os pais sobre a IST, mas não sobre a ingestão de bebida alcoólica
b) Contar para os pais sobre a ingestão alcoólica, mas não sobe a IST
c) Contar para os pais sobre ambas as práticas
d) Não contar para os pais sobre nenhuma das práticas
e) Conversar com a paciente e chegar junto com ela no melhor consenso, do que deve ou não ser realizado 
Correta: D
2- Marque verdadeiro ou falso para as seguintes afirmações
( ) Quando um adolescente com ginecomastia chega no consultório com esse problema há 15 meses, nesse caso deve ser encaminhado para cirurgia 
( ) Antes dos 10 anos de idade deve-se suspeitar de surgimento dos caracteres sexuais secundários 
( ) Método de Devoto é realizado em posição supina, enquanto o método de Israel na posição decúbito lateral 
( ) No exame do reto a posição de Sims para o paciente é menos constrangedor do que a genupeitoral
a) F-F-V-F
b) V-V-F-F
c) V-F-V-F
d) V-F-F-F
e) V-V-F-F
CERTA: A

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