Prévia do material em texto
Introdução ao estudo do direito ambiental APRESENTAÇÃO A preocupação com a preservação ambiental remete aos primórdios da humanidade, desde os dogmas da Antiguidade até a proteção dos recursos naturais como obra divina, sendo diretriz bíblica e base da história recente. A evolução humana é resultado de diversas alterações biológicas, tornando possíveis o surgimento de diversas espécies e o próprio desenvolvimento do homem, cuja principal característica é a inteligência: a partir do momento em que a humanidade desenvolve sua capacidade intelectual, deixa de ser parte do sistema para se tornar o maior agente modificador da história do planeta, trazendo a necessidade de organização social que preserve os recursos essenciais para a vida. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as origens históricas da proteção do meio ambiente, como o sistema ambiental se estabelece e é organizado no Brasil e quais são as principais fontes do Direito Ambiental. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a historicidade da preocupação com o meio ambiente.• Identificar a evolução legal da proteção do meio ambiente do Brasil.• Analisar as fontes do Direito Ambiental.• DESAFIO Os moradores do bairro Alameda de uma pequena cidade contrataram você para evitar a derrubada de uma grande árvore que já está com o corte marcado, a fim de viabilizar a construção de um ponto de ônibus no local. Com base nos seus conhecimentos sobre a evolução histórica e as fontes do Direito Ambiental, que alternativa você poderia sugerir para os moradores do bairro? Traga um exemplo. INFOGRÁFICO O Direito Ambiental é construído por meio de diversas fontes que formam o conjunto de regulamentações legais sobre o meio ambiente. São elas: movimentos sociais, descobertas científicas e doutrina, além da Constituição Federal, das leis infraconstitucionais e das normas administrativas emitidas por órgãos como o Ibama e o CONAMA. O Infográfico a seguir indica aspectos importantes de cada uma dessas fontes. Confira. CONTEÚDO DO LIVRO No âmbito do Direito Ambiental, várias fontes deram origem à proteção existente atualmente. Historicamente, pode-se dizer que houveram três princiapis períodos, inciando com o período pré-histórico até a humanidade conhecida nos dias de hoje. Na obra Direito e legislação ambiental, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo Introdução ao estudo do Direito Ambiental, no qual você vai conhecer o desenvolvimento histórico da atenção com o meio ambiente, que apresenta interessantes aspectos que se tornam base para os marcos legais que fundamentam todo o sistema jurídico ambiental vigente. Boa leitura. DIREITO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL Cinthia Louzada Introdução ao estudo do Direito Ambiental Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a historicidade da preocupação com o meio ambiente. Identifi car a evolução legal da proteção ao meio ambiente no Brasil. Analisar as fontes do Direito Ambiental. Introdução A preocupação com a preservação ambiental remete aos primórdios da humanidade, desde os dogmas da Antiguidade até a proteção dos recursos naturais como obra divina, sendo diretriz bíblica e base da história recente. A evolução humana é resultado de várias alterações biológicas, tor- nando possível o surgimento de diversas espécies e o próprio desen- volvimento do homem, cuja principal característica é a inteligência: a partir do momento em que a humanidade desenvolve a sua capacidade intelectual, deixa de ser parte do sistema para se tornar o maior agente modificador da história do planeta, trazendo a necessidade de organi- zação social que preserve os recursos essenciais para a vida. Neste capítulo, você vai ler sobre as origens históricas da proteção ao meio ambiente, sobre como o sistema ambiental se estabelece e é orga- nizado no Brasil, e ainda sobre as principais fontes do Direito Ambiental. Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 13 12/01/2018 11:15:05 Surgimento da preocupação com o meio ambiente Cientifi camente, acredita-se que o universo possui mais de 13 bilhões de anos, sendo que as primeiras manifestações de vida são calculadas em 600 milhões de anos. Os dinossauros, por sua vez, viveram há 65 milhões, e os seres humanos, entre 3 e 4 milhões. Nesse contexto, a Terra surgiu, com a sua formação atual, em virtude da colisão com outro planeta, cujos fragmentos formam a Lua, nosso satélite. Como afi rma Luís Sirvinskas (2016, p. 71) “[...] há várias teorias que tentam comprovar o surgimento da Lua, mas a mais recente e aceita é a teoria do impacto gigante. Isso foi possível após a análise de rochas e poeiras trazidas pelos astronautas, cujas composições são semelhantes às existentes na Terra”. No que se refere à vida humana, foram diversas fases até o homem atual. A pré-história durou quase a totalidade do tempo, o neolítico teve início há mais de 20 mil anos, e a história iniciou há 3.500 anos. Podemos destacar que a Revolução Industrial data de 300 anos e a era dos computadores possui menos de 70 anos. Atualmente, vivemos novas revoluções tecnológicas, como a biotecnologia e a nanotecnologia, o que indica as constantes mudanças históricas na vida da humanidade, que refletem em vários aspectos, inclusive na nossa relação com o planeta. Sobre a evolução humana, podemos considerar, sobretudo, que é resultado de diversas alterações biológicas, o que tornou possíveis o surgimento de diversas espécies e o próprio desenvolvimento do homem, cuja principal característica é a inteligência. A partir do momento em que a humanidade desenvolveu a sua capacidade intelectual, deixou de ser parte do sistema para se tornar o maior agente modificador da história do planeta Terra. Tendo em vista tantas modificações, podemos afirmar que uma das primeiras preocupações da interação do homem com o planeta é indicada na Bíblia Sagrada, que prevê o julgamento humano em virtude de todas as suas ações contra a natureza, que é criação de Deus. Destacam-se estas duas passagens bíblicas: “a Terra é do Senhor e tudo que há nela; o mundo e todos os que nele habitam (Salmo 24:1) e “os Introdução ao estudo do Direito Ambiental14 Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 14 12/01/2018 11:15:05 céus são do Senhor, mas a Terra Ele a deu aos filhos dos homens (Salmo 115:16)”. Assim, podemos dizer que a natureza não se restringe aos animais, mas engloba tudo o que há na Terra (minérios, vegetais, ar, água, entre outros). Para Luís Sirvinskas (2016, p. 75): [...] o Homem conseguiu sair da Idade da Pedra para ingressar na Era das Civilizações apenas quando associou noções de Direito aos conhecimentos sobre ecologia. Os povos da antiguidade começaram a valorizar suas terras que eram banhadas pelos rios, pois, com o transbordamento, os húmus adubavam as margens, tornando-as férteis para a plantação. A partir daí, as cidades eram edificadas em torno dos rios e sua vida obedecia ao seu regime, ou seja, o homem passou a se adaptar às variáveis dos cursos das águas. É o início de uma preocupação ambiental que só se desenvolveu desde então. Nesse sentido, o documento mais antigo que se conhece é a Confissão Negativa. Trata-se de um papiro encontrado com as múmias egípcias, que fazia parte do Livro dos Mortos, datado de 3.500 anos. Lia-se, em trechos desse documento: Homenagem a ti, grande Deus, Senhor da Verdade e da Justiça. Não fiz mal algum [...] Não matei os animais sagrados, não prejudiquei as lavouras [...] Não sujei a água, não usurpei a terra, não fiz um senhor maltratar o escravo [...] Não repeli a água em seu tempo, não cortei um dique [...] (LIVRO..., [199-?]). O texto faz referência às práticas comuns da época, como agressões aos animais, escravos, lavouras e todos os recursos naturais. Esse documento era uma confissão queo morto deveria sepultar consigo para comprovar o seu respeito com o que era considerado sagrado pelos deuses. Os documentos indígenas, como da tribo Seattle e da tribo Sioux, em meados do século XIX, também são referências iniciais da proteção ambiental mundial, considerando que os ditames dos líderes indígenas foram precursores da consciência ecológica. Essa reflexão é muito antiga e se manifestava mesmo com as limitações da biologia e da ecologia daquela época, tornando-se a inspi- ração para o desenvolvimento das questões ambientais como conhecemos hoje. Histórico da proteção ao meio ambiente no Brasil No Brasil, podemos dividir a proteção ao meio ambiente em três etapas, que detalharemos a seguir. 15Introdução ao estudo do Direito Ambiental Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 15 12/01/2018 11:15:05 Primeiro período O primeiro período inicia com o descobrimento do Brasil e se estende até a vinda da família real ao Brasil, em 1808. Durante esse período, podemos encontrar algumas normas esparsas de proteção ao meio ambiente, como, por exemplo, a preservação do pau-brasil e do ouro. Nessa época, podemos destacar as seguintes legislações: Regimento do pau-brasil em 1605 — protegia o pau-brasil como propriedade real e impunha penas a quem cortasse essas árvores sem autorização. Alvará de 1675 — proibia a existência de sesmarias nas terras dos litorais, onde havia madeiras. Carta Régia de 1797 — protegia as fl orestas localizadas nas proximidades de rios e encostas, que eram consideradas propriedade da Coroa. Regimento de Cortes de Madeiras de 1799 — estabelecia regras para os cortes de árvores. A Figura 1 apresenta o mapa Terra Brasilis, de 1519. Figura 1. Mapa Terra Brasilis, de 1519. Representa o pau-brasil ao longo da costa da Mata Atlântica. Fonte: Pau-Brasil (2017). Introdução ao estudo do Direito Ambiental16 Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 16 12/01/2018 11:15:05 Segundo período O segundo período inicia com a vinda da família real ao Brasil, em 1808, até a instituição da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), em 1981. Esse período é caracterizado pelo uso desenfreado dos recursos naturais. Luís Sirvinskas (2016, p. 80) comenta que: [...] havia, sim, preocupações pontuais, objetivando a conservação do meio ambiente e a não a sua preservação. Surgiu, nesse período, a fase fragmentária, em que o legislador procurou proteger categorias mais amplas dos recursos naturais, limitando sua exploração desordenada. São importantes normas desse período: a Lei nº. 601, de 16 de setembro de 1850, conhecida como a Lei de Terras do Brasil, que disciplinava a ocupação do solo e estabelecia penas para atividades predatórias; o Decreto nº. 8.843, de 26 de julho de 1911, que criou a primeira reserva florestal do País, no Acre; a Lei nº. 3.071, de 1º de janeiro de 2016, conhecida como Código Civil, que estabelecia normas de natureza ecológica; o Decreto nº. 23.793, de 23 de janeiro de 1934, conhecido como o Código Florestal, que dispunha limites ao exercício de propriedade. Terceiro período O terceiro período inicia com a Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, conhecida como PNMA, e vai até os dias atuais. Nesse contexto, o meio ambiente passa a ser considerado de maneira abrangente, e a sua proteção passa a consistir em um sistema ecológico integrado. São normas que se destacam nesse período: a Lei nº. 7.347, de 24 de julho de 1985, que dispõe sobre a ação civil pública; a Constituição Federal de 1988; a Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções para atividades danosas ao meio ambiente; a Lei nº.10.257, de 10 de julho de 2001, conhecida como Estatuto da Cidade; a Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). 17Introdução ao estudo do Direito Ambiental Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 17 12/01/2018 11:15:05 Esse panorama apresenta a crescente preocupação com as questões am- bientais desde o Brasil colônia, quando se protegia a derrubada de árvores para a exportação de madeira a Portugal. Desenvolvendo-se por meio das primeiras Constituições brasileiras até a instituição do Código Florestal em 2012, a proteção do meio ambiente representa grande repercussão social e requer especial atenção para as suas peculiaridades. O Brasil está na vanguarda das discussões ambientais. As políticas como a que protege os recursos hídricos e os resíduos sólidos, além da previsão de mecanismos jurídicos para a proteção do meio ambiente, como a ação civil pública, são referências mundiais de Direito Ambiental. Fontes do Direito Ambiental Ao estudarmos as fontes do Direito Ambiental, precisamos fazer uma con- textualização histórica, a fi m de entendermos que o problema da lei não surgiu repentinamente ou que o problema da atividade decisória dos juízes acompanhou o homem desde as suas origens. Podemos destacar que o Direito foi, em primeiro lugar, um fato social confuso com outros elementos, como previsões de natureza religiosa, como já comentado. Nas primeiras civilizações, o Direito era um processo da ordem dos cos- tumes: as regras jurídicas se formavam no todo social, em confusão com outras regras não jurídicas. Esse momento histórico do Direito costumeiro é o mais longo da humanidade. Alguns calculam em dezenas e até mesmo em centenas de milhares de anos a fase em que as formas de vida religiosa, jurídica ou moral ainda não se distinguiam uma das outras. Mesmo quando a espécie humana começou a ter uma vaga noção dessas distinções, o Direito foi, durante muito tempo, um complexo de usos e costumes. Foi apenas a partir do desenvolvimento das civilizações que o Direito come- çou praticamente a existir, exigindo a elaboração de categorias lógicas próprias, por meio do trabalho criador dos jurisconsultos. Mais tarde, depois do Direito Romano clássico, isto é, quando começou a decadência do mundo romano, a lei, como processo legislativo, passou a prevalecer sobre o processo jurisdicional como fonte efetiva do Direito. Assim, atualmente, o Direito se consolida por Introdução ao estudo do Direito Ambiental18 Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 18 12/01/2018 11:15:05 meio de diversas fontes, cada uma representando a essência da aplicação nas normas jurídicas na busca do ideal de justiça, em qualquer ramo da sua aplicação. No âmbito do Direito Ambiental, as fontes são múltiplas e se relacionam entre si. Podemos destacar, entre as mais influentes, as seguintes: movimentos sociais; descobertas científicas; doutrina. Nos movimentos sociais, a mobilização popular tem apresentado resultados efetivos na proteção ao meio ambiente. Paulo de Bessa Antunes (2017, p. 36) comenta que: [...] o movimento dos cidadãos em defesa da qualidade de vida e do meio ambiente ganhou maior expressão social e política a partir de 1960, sobretudo na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. No Brasil, esse movimento teve início na década de 70, no Estado do Rio Grande do Sul. Em 1971, foi fundada em Porto Alegre a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN). Ainda, em 1955, na mesma capital, já existia a União Protetora da Natureza. Em meados de 1970, destacamos também a atuação do líder ambientalista Chico Mendes, no Acre, cuja luta repercute até hoje. As descobertas científicas também desempenham importante função para a proteção ao meio ambiente e a construção do Direito Ambiental. O aquecimento global, por exemplo, deu origem ao Protocolo de Kyoto; há também o Protocolo de Montreal, as convenções sobre produtos perigosos e tantas outras normas baseadas em descobertas científicas. Na doutrina, o estudo de especialistas e o posicionamento fundamentado de juristas estudiosos do Direito Ambiental formam uma importante fonte para as regulamentações ambientais. Os princípios e entendimentos internacionais podem ser adotados no Brasil por meio da doutrina.Além dessas, as chamadas fontes formais são essenciais para o desenvolvi- mento do Direito Ambiental. A Constituição Federal, os tratados internacionais e as leis — além de normas administrativas emitidas por órgãos oficiais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), e da jurispru- dência — são fontes importantes para a regulamentação da proteção ambiental. Conforme destaca Paulo de Bessa Antunes (2016, p. 40): 19Introdução ao estudo do Direito Ambiental Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 19 12/01/2018 11:15:06 [...] as leis brasileiras sobre proteção ambiental podem ser federais, estaduais ou municipais, cada uma dentro de uma determinada esfera de atribuição e competência. A Constituição Federal define um modelo para que cada lei de um ente federativo seja válida em determinada esfera. Os atos internacionais ratificados pelo Brasil integram o Direito brasileiro com a hierarquia de lei. Sobre as normas administrativas, o autor complementa que: [...] são muito importantes em Direito Ambiental. Argumenta-se que não é possível que o Congresso legisle com a velocidade necessária para acompanhar determinadas áreas científicas nas quais a evolução é rápida, motivo pelo qual as normas administrativas devem ter o seu poder ampliado (ANTUNES, 2017, p. 40). Assim, o conjunto de normativas em prol da proteção do meio ambiente é fortalecido e tende a ser cada vez mais eficaz. 1. A preocupação com o meio ambiente teve início nos primórdios da humanidade e, de acordo com a evolução histórica, podemos afirmar que: a) documentos indígenas como da tribo Seattle e da tribo Sioux são os primeiros documentos históricos sobre proteção do meio ambiente. b) o documento mais antigo que demonstra preocupação ambiental é a Confissão Negativa, uma confissão que o morto deveria sepultar consigo para comprovar o seu respeito com o que era considerado sagrado pelos deuses na antiguidade egípcia. c) a Bíblia Sagrada é o primeiro documento histórico em que se encontra a responsabilidade do homem com o meio ambiente, considerando que os recursos naturais são obra divina. d) a primeira manifestação escrita de preocupação com o meio ambiente surgiu com a Revolução Industrial, há cerca de 300 anos. e) a era dos computadores, com início nos anos 2000, trouxe a necessidade de regulamentação da proteção do meio ambiente, tendo em vista o grande impacto da tecnologia no meio ambiente. 2. Sobre a evolução do Direito Ambiental no Brasil, os períodos Introdução ao estudo do Direito Ambiental20 Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 20 12/01/2018 11:15:07 históricos podem ser divididos em três. A legislação que representa um marco para o início do terceiro período é: a) a Lei nº. 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. b) a Lei nº. 7.347/1985, que dispõe sobre a ação civil pública. c) a Constituição Federal de 1988. d) a Lei nº. 10.257/2001, conhecida como Estatuto da Cidade. e) a Lei nº. 12.305/2010, que instituiu a PNRS. 3. Leia o que segue e assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. ____________ é fonte formal do Direito Ambiental e se caracteriza por traçar diretrizes para o sistema legislativo ambiental. a) O movimento social. b) O evento de organizações públicas oficiais. c) A doutrina. d) As descobertas científicas. e) A Constituição Federal. 4. O Direito se consolida por meio de diversas fontes, cada uma representando a busca do ideal de justiça, em qualquer ramo da sua aplicação. Sobre os tratados internacionais, é correto afirmar que: a) são válidos no Brasil desde o momento em que são assinados. b) o Protocolo de Montreal é um exemplo de tratado internacional válido em outros países, mas não assinado pelo Brasil. c) possuem força de norma administrativa, como se fosse emitida pelo Brasil. d) são fontes do Direito Ambiental no Brasil se forem ratificados no País. e) devem ser validados internamente pelo CONAMA ou IBAMA. 5. Ao analisar o complexo de legislação ambiental, percebe-se a forte influência de normas administrativas como as emitidas pelo IBAMA e o CONAMA. Sobre essas normas, podemos afirmar que: a) não é possível que o Congresso legisle com a velocidade necessária para acompanhar as rápidas evoluções ambientais, motivo pelo qual as normas administrativas devem ter o seu poder ampliado. b) são fontes e diretrizes importantes para a proteção ambiental, mas não são reconhecidas como fontes formais do Direito Ambiental. c) na esfera ambiental, são mais importantes do que as leis e a Constituição Federal, pois, efetivamente, regulamentam a proteção ao meio ambiente. d) originam-se por meio da mobilização popular e da doutrina, sendo mais eficientes do que as leis ambientais, cujo processo legislativo é muito lento. e) são órgãos que indicam diretrizes a serem seguidas para a elaboração de leis que objetivem a proteção ambiental. 21Introdução ao estudo do Direito Ambiental Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 21 12/01/2018 11:15:08 ANTUNES, P. de B. Direito ambiental. 19. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2017. LIVRO DOS MORTOS: o primeiro livro da humanidade. São Paulo: Hemus, [199-?]. PAU-BRASIL. 2017. Disponível em: <http://www.historiadetudo.com/pau-brasil>. Acesso em: 9 jan. 2018. SIRVINSKAS, L. P. Manual de Direito Ambiental. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. Leitura recomendada MILARÉ, É. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, glossário. 5. ed. ref., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. Introdução ao estudo do Direito Ambiental22 Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 22 12/01/2018 11:15:08 Conteúdo: DICA DO PROFESSOR No Brasil, podemos dividir a proteção do meio ambiente em três distintos períodos históricos, sendo o primeiro do descobrimento do Brasil até a vinda da família real para o país; o segundo até a instituição da Política Nacional do Meio Ambiente, em 1981; e o terceiro até os dias atuais. No vídeo a seguir, você vai ver os principais aspectos desses períodos históricos. Assista. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) A preocupação com o meio ambiente teve início nos primórdios da humanidade e, de acordo com a evolução histórica, podemos afirmar que: A) documentos indígenas, como os das tribos Seattle e Sioux, são os primeiros documentos históricos sobre proteção do meio ambiente. B) o documento mais antigo que demonstra preocupação ambiental é a Confissão Negativa, uma confissão que o morto deveria sepultar consigo para comprovar o seu respeito com o que era considerado sagrado pelos deuses na antiguidade egípcia. C) a Bíblia Sagrada é o primeiro documento histórico em que se encontra a responsabilidade do homem com o meio ambiente, considerando que os recursos naturais são obra divina. D) a primeira manifestação escrita de preocupação com o meio ambiente surgiu com a Revolução Industrial, há cerca de 300 anos. E) a era dos computadores, com início nos anos 2000, trouxe a necessidade de regulamentação da proteção do meio ambiente, tendo em vista o grande impacto da tecnologia no meio ambiente. 2) Sobre a evolução do Direito Ambiental no Brasil, os períodos históricos podem ser divididos em três. A legislação que representa um marco para o início do terceiro período é: A) a Lei no 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. B) a Lei no 7.347/1985, que dispõe sobre a Ação Civil Pública C) a Constituição Federal de 1988. D) a Lei no 10.257/2001, Estatuto da Cidade. E) a Lei no 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. 3) Considere a frase a seguir: _______________ é fonte formal do Direito Ambiental e se caracteriza por traçar diretrizes para o sistema legislativo ambiental. A alternativa que melhor completa a frase anterioré: A) movimentos sociais. B) eventos de organizações públicas oficiais. C) doutrina. D) descobertas científicas. E) Constituição Federal. O Direito se consolida por meio de diversas fontes, cada uma representando a busca do ideal de justiça, em qualquer que seja o ramo de sua aplicação. Sobre os tratados 4) internacionais, é correto afirmar que: A) são válidos no Brasil desde o momento em que são assinados. B) o Protocolo de Montreal é um exemplo de tratado internacional válido em outros países, mas não assinado pelo Brasil. C) têm força de norma administrativa, como se fosse emitida pelo Brasil. D) são fontes do Direito Ambiental no Brasil se forem ratificados no país. E) devem ser validados internamente pelo CONAMA ou pelo Ibama. 5) Ao analisar o complexo de legislação ambiental, percebe-se a forte influência de normas administrativas, como as emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA. Sobre essas normas, podemos afirmar que: A) não é possível que o Congresso legisle com a velocidade necessária para acompanhar as rápidas evoluções ambientais, motivo pelo qual as normas administrativas devem ter o seu poder ampliado. B) são fontes e diretrizes importantes para a proteção ambiental, mas não são reconhecidas como fontes formais do Direito Ambiental. C) na esfera ambiental, são mais importantes do que as leis e a Constituição Federal, pois efetivamente regulamentam a proteção do meio ambiente. D) originam-se por meio da mobilização popular e da doutrina, sendo mais eficiente do que as leis ambientais, cujo processo legislativo é muito lento. E) são órgãos que indicam diretrizes que devem ser seguidas para a elaboração de leis que objetivem a proteção ambiental. NA PRÁTICA A seguir, você vai conhecer um pouco sobre o Protocolo de Montreal e sobre os benefícios que ele trouxe à preservação do meio ambiente. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Justiça Viva Assista ao vídeo do Superior Tribunal de Justiça. O assunto do programa é a origem do Direito Ambiental no país e o papel do Judiciário na proteção do meio ambiente. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Os moradores poderiam realizar uma manifestação popular em com auxílio de ONG’s ligadas as questões ambientais. A manifestação popular é uma das fontes do Direito Ambiental e tem apresentado resultados positivos na proteção do meio ambiente na última década. Um exemplo é a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN), que já evitou o corte de uma árvore para a construção de um viaduto, sendo protagonista na elaboração de leis protetoras do meio ambiente, como por exemplo a Lei Estadual nº 7.747/1982, que proíbe a comercialização de agrotóxicos no Rio Grande do Sul. Exercícios Introdução ao Estudo do Direito Ambiental: 1) A preocupação com o meio ambiente teve início nos primórdios da humanidade e, de acordo com a evolução histórica, podemos afirmar que: A. documentos indígenas, como os das tribos Seattle e Sioux, são os primeiros documentos históricos sobre proteção do meio ambiente. Por que esta resposta não é correta? A Bíblia e os documentos indígenas das tribos Seattle e Sioux são referências de proteção ambiental, porém, a Confissão Negativa, de costume egípcio, é o primeiro documento histórico sobre preservação ambiental. A Revolução Industrial e os avanços tecnológicos apenas fortaleceram a necessidade de proteção do meio ambiente. Você acertou! B. o documento mais antigo que demonstra preocupação ambiental é a Confissão Negativa, uma confissão que o morto deveria sepultar consigo para comprovar o seu respeito com o que era considerado sagrado pelos deuses na antiguidade egípcia. Por que esta resposta é a correta? A Bíblia e os documentos indígenas das tribos Seattle e Sioux são referências de proteção ambiental, porém, a Confissão Negativa, de costume egípcio, é o primeiro documento histórico sobre preservação ambiental. A Revolução Industrial e os avanços tecnológicos apenas fortaleceram a necessidade de proteção do meio ambiente. C. a Bíblia Sagrada é o primeiro documento histórico em que se encontra a responsabilidade do homem com o meio ambiente, considerando que os recursos naturais são obra divina. Por que esta resposta não é correta? A Bíblia e os documentos indígenas das tribos Seattle e Sioux são referências de proteção ambiental, porém, a Confissão Negativa, de costume egípcio, é o primeiro documento histórico sobre preservação ambiental. A Revolução Industrial e os avanços tecnológicos apenas fortaleceram a necessidade de proteção do meio ambiente. D. a primeira manifestação escrita de preocupação com o meio ambiente surgiu com a Revolução Industrial, há cerca de 300 anos. Por que esta resposta não é correta? A Bíblia e os documentos indígenas das tribos Seattle e Sioux são referências de proteção ambiental, porém, a Confissão Negativa, de costume egípcio, é o primeiro documento histórico sobre preservação ambiental. A Revolução Industrial e os avanços tecnológicos apenas fortaleceram a necessidade de proteção do meio ambiente. E. a era dos computadores, com início nos anos 2000, trouxe a necessidade de regulamentação da proteção do meio ambiente, tendo em vista o grande impacto da tecnologia no meio ambiente. Por que esta resposta não é correta? A Bíblia e os documentos indígenas das tribos Seattle e Sioux são referências de proteção ambiental, porém, a Confissão Negativa, de costume egípcio, é o primeiro documento histórico sobre preservação ambiental. A Revolução Industrial e os avanços tecnológicos apenas fortaleceram a necessidade de proteção do meio ambiente. 2) Sobre a evolução do Direito Ambiental no Brasil, os períodos históricos podem ser divididos em três. A legislação que representa um marco para o início do terceiro período é: Você acertou! A. a Lei nº 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Por que esta resposta é a correta? A Política Nacional do Meio Ambiente é o marco inicial do terceiro período histórico do Direito Ambiental, que abrange os dias atuais. O Estatuto da Cidade, a Ação Civil Pública, a Constituição Federal e a Política Nacional dos Resíduos Sólidos são legislações posteriores à Política Nacional do Meio Ambiente. B. a Lei nº 7.347/1985, que dispõe sobre a Ação Civil Pública Por que esta resposta não é correta? A Política Nacional do Meio Ambiente é o marco inicial do terceiro período histórico do Direito Ambiental, que abrange os dias atuais. O Estatuto da Cidade, a Ação Civil Pública, a Constituição Federal e a Política Nacional dos Resíduos Sólidos são legislações posteriores à Política Nacional do Meio Ambiente. C. a Constituição Federal de 1988. Por que esta resposta não é correta? A Política Nacional do Meio Ambiente é o marco inicial do terceiro período histórico do Direito Ambiental, que abrange os dias atuais. O Estatuto da Cidade, a Ação Civil Pública, a Constituição Federal e a Política Nacional dos Resíduos Sólidos são legislações posteriores à Política Nacional do Meio Ambiente. D. a Lei nº 10.257/2001, Estatuto da Cidade. Por que esta resposta não é correta? A Política Nacional do Meio Ambiente é o marco inicial do terceiro período histórico do Direito Ambiental, que abrange os dias atuais. O Estatuto da Cidade, a Ação Civil Pública, a Constituição Federal e a Política Nacional dos Resíduos Sólidos são legislações posteriores à Política Nacional do Meio Ambiente. E. a Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Por que esta resposta não é correta? A Política Nacional do Meio Ambiente é o marco inicial do terceiro período histórico do Direito Ambiental, que abrange os dias atuais. O Estatuto da Cidade, a Ação Civil Pública,a Constituição Federal e a Política Nacional dos Resíduos Sólidos são legislações posteriores à Política Nacional do Meio Ambiente. 3) Considere a frase a seguir: _______________ é fonte formal do Direito Ambiental e se caracteriza por traçar diretrizes para o sistema legislativo ambiental. A alternativa que melhor completa a frase anterior é: A. movimentos sociais. Por que esta resposta não é correta? Os movimentos sociais, a doutrina e as descobertas científicas são fontes importantes do direito, mas a Constituição Federal é reconhecida como fonte formal do Direito Ambiental, que traça diretrizes para as outras normativas. B. eventos de organizações públicas oficiais. Por que esta resposta não é correta? Os movimentos sociais, a doutrina e as descobertas científicas são fontes importantes do direito, mas a Constituição Federal é reconhecida como fonte formal do Direito Ambiental, que traça diretrizes para as outras normativas. C. doutrina. Por que esta resposta não é correta? Os movimentos sociais, a doutrina e as descobertas científicas são fontes importantes do direito, mas a Constituição Federal é reconhecida como fonte formal do Direito Ambiental, que traça diretrizes para as outras normativas. D. descobertas científicas. Por que esta resposta não é correta? Os movimentos sociais, a doutrina e as descobertas científicas são fontes importantes do direito, mas a Constituição Federal é reconhecida como fonte formal do Direito Ambiental, que traça diretrizes para as outras normativas. Você acertou! E. Constituição Federal. Por que esta resposta é a correta? Os movimentos sociais, a doutrina e as descobertas científicas são fontes importantes do direito, mas a Constituição Federal é reconhecida como fonte formal do Direito Ambiental, que traça diretrizes para as outras normativas. 4) O Direito se consolida por meio de diversas fontes, cada uma representando a busca do ideal de justiça, em qualquer que seja o ramo de sua aplicação. Sobre os tratados internacionais, é correto afirmar que: A. são válidos no Brasil desde o momento em que são assinados. Por que esta resposta não é correta? Os tratados internacionais devem ser ratificados internamente para que então tenham validade no país, como o Protocolo de Montreal, assinado pelo Brasil. Equiparam-se às leis e independem de anuência do Ibama ou do CONAMA. B. o Protocolo de Montreal é um exemplo de tratado internacional válido em outros países, mas não assinado pelo Brasil. Por que esta resposta não é correta? Os tratados internacionais devem ser ratificados internamente para que então tenham validade no país, como o Protocolo de Montreal, assinado pelo Brasil. Equiparam-se às leis e independem de anuência do Ibama ou do CONAMA. C. têm força de norma administrativa, como se fosse emitida pelo Brasil. Por que esta resposta não é correta? Os tratados internacionais devem ser ratificados internamente para que então tenham validade no país, como o Protocolo de Montreal, assinado pelo Brasil. Equiparam-se às leis e independem de anuência do Ibama ou do CONAMA. Você acertou! D. são fontes do Direito Ambiental no Brasil se forem ratificados no país. Por que esta resposta é a correta? Os tratados internacionais devem ser ratificados internamente para que então tenham validade no país, como o Protocolo de Montreal, assinado pelo Brasil. Equiparam-se às leis e independem de anuência do Ibama ou do CONAMA. E. devem ser validados internamente pelo CONAMA ou pelo Ibama. Por que esta resposta não é correta? Os tratados internacionais devem ser ratificados internamente para que então tenham validade no país, como o Protocolo de Montreal, assinado pelo Brasil. Equiparam-se às leis e independem de anuência do Ibama ou do CONAMA. 5) Ao analisar o complexo de legislação ambiental, percebe-se a forte influência de normas administrativas, como as emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA. Sobre essas normas, podemos afirmar que: Você acertou! A. não é possível que o Congresso legisle com a velocidade necessária para acompanhar as rápidas evoluções ambientais, motivo pelo qual as normas administrativas devem ter o seu poder ampliado. Por que esta resposta é a correta? As normas emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA são fontes formais do Direito Ambiental e seguem diretrizes das leis e da Constituição Federal. B. são fontes e diretrizes importantes para a proteção ambiental, mas não são reconhecidas como fontes formais do Direito Ambiental. Por que esta resposta não é correta? As normas emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA são fontes formais do Direito Ambiental e seguem diretrizes das leis e da Constituição Federal. C. na esfera ambiental, são mais importantes do que as leis e a Constituição Federal, pois efetivamente regulamentam a proteção do meio ambiente. Por que esta resposta não é correta? As normas emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA são fontes formais do Direito Ambiental e seguem diretrizes das leis e da Constituição Federal. D. originam-se por meio da mobilização popular e da doutrina, sendo mais eficiente do que as leis ambientais, cujo processo legislativo é muito lento. Por que esta resposta não é correta? As normas emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA são fontes formais do Direito Ambiental e seguem diretrizes das leis e da Constituição Federal. E. são órgãos que indicam diretrizes que devem ser seguidas para a elaboração de leis que objetivem a proteção ambiental. Por que esta resposta não é correta? As normas emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA são fontes formais do Direito Ambiental e seguem diretrizes das leis e da Constituição Federal. Conceitos fundamentais de direito ambiental APRESENTAÇÃO O Direito Ambiental é um ramo relativamente novo do Direito e tem características muito especiais, por tutelar direitos transindividuais, difusos e coletivos. Seus principais conceitos são moldados por encontros internacionais de especialistas na área desde 1972 e seguem em transformação e adequação, tendo sua mais recente transformação na definição dos objetivos do desenvolvimento sustentável. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver as características especiais do conceito de Direito Ambiental, os seus conceitos fundamentais presentes nos princípios gerais da matéria, trazidos pelas conferências de Estocolmo em 1972 e Rio em 1992, as novas fronteiras trazidas pelos objetivos do desenvolvimento sustentável e pela Agenda 2030, bem como os seus desdobramentos no Direito interno brasileiro. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer o conceito de Direito Ambiental como ramo do Direito.• Identificar os principais conceitos do Direito Ambiental.• Analisar as contribuições do Direito Ambiental para o conceito de desenvolvimento sustentável. • DESAFIO O Direito Ambiental tem dupla incidência, pois tutela tanto os direitos coletivos como também o direito individual de todos que são afetados por infrações ao direito fundamental ao meio ambiente equilibrado. Considerando a situação hipotética, responda às seguintes perguntas: 1. É possível tutelar os direitos dos fazendeiros com base nas ferramentas de Direito Ambiental? Justifique. 2. É possível responsabilizar o Estado Nacional B pelos danos causados pela empresa termelétrica? Justifique. INFOGRÁFICO O Direito Ambiental é composto por uma grande variedade de conceitos-chave oriundos de diversas conferências internacionais sobre o tema. Neste Infográfico, você vai ver alguns conceitos selecionados para a melhor compreensão do Direito Ambiental e das suas ferramentas. Confira. CONTEÚDO DO LIVRO Os conceitos fundamentais de Direito Ambiental são elementos em construção e atualização constantes, podendo ser extraídos de movimentos internacionais e internos que os ecoam. A partir doestudo de contribuições das diversas conferências internacionais sobre o meio ambiente, é possível extrair esses conceitos que constituem a base para o estudo do Direito Ambiental. Neste capítulo, Conceitos fundamentais de Direito Ambiental, parte do livro Direito e legislação ambiental, você vai ver as especificidades do conceito de Direito Ambiental, os seus conceitos fundamentais e as tendências futuras de sua aplicação a partir dos objetivos do desenvolvimento sustentável. Boa leitura. DIREITO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL Magnum Eltz Conceitos fundamentais de Direito Ambiental Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identifi car o conceito de Direito Ambiental como ramo do Direito. Reconhecer os principais conceitos do Direito Ambiental. Analisar as contribuições do Direito Ambiental para o conceito de desenvolvimento sustentável. Introdução O Direito Ambiental é um ramo relativamente novo do Direito e possui características bastante especiais por tutelar direitos transindividuais, difusos e coletivos. Os seus principais conceitos são moldados por en- contros internacionais de especialistas na área desde 1972 e seguem em transformação e adequação, tendo a sua mais recente transformação na definição dos objetivos do desenvolvimento sustentável. Neste capítulo, você vai ler sobre as características especiais do con- ceito de Direito Ambiental, os seus conceitos fundamentais presentes nos princípios gerais da matéria trazidos pelas Conferências de Estocolmo em 1972 e do Rio em 1992, além das novas fronteiras trazidas pelos objeti- vos do desenvolvimento sustentável e pela Agenda 2030, com os seus desdobramentos no Direito interno brasileiro. Direito Ambiental como ramo do Direito O Direito Ambiental é um ramo do Direito em construção. Nasceu da pre- ocupação da comunidade científi ca com as consequências do crescimento econômico-industrial acelerado, que culminou na Conferência de Estocolmo em 1972, a partir do Relatório Meadows do Clube de Roma, que constatou que a continuidade do crescimento acelerado poderia trazer a extinção da hu- Cap_2_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 1 19/12/2017 10:41:17 manidade a partir da problemática demográfi ca malthusiana (falta de comida), do efeito estufa e da extinção de espécies de forma acelerada pela expansão das ocupações humanas. Nesse sentido, Milaré (2013, p. 50) complementa a atualidade da discussão, onde: Em verdade, a agressão aos bens da natureza, pondo em risco o destino do homem, é um dos tremendos males que estão gerando o “pânico universal” que assombra a humanidade neste inquietante início de milênio. Por isso, nos últimos anos, a sociedade vem acordando para a problemática ambiental, repensando o mero crescimento econômico, buscando fórmulas alternativas, como o desenvolvimento sustentável ou o eco desenvolvimento, cuja característica principal consiste na possível e desejável conciliação entre o desenvolvimento, a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida — três metas indispensáveis. Esse contexto trouxe à baila a criação de diversos princípios de Direito Ambiental na esfera internacional. Esses princípios seriam complementa- dos na Conferência Rio-92, que consagraria conceitos importantes, como a responsabilidade objetivada pelo princípio do poluidor-pagador, além dos conceitos de precaução e de prevenção no Direito Ambiental e outros. Além disso, a Rio-92 é responsável pelo estabelecimento da Agenda 21 em busca de um desenvolvimento sustentável, que, segundo o autor: Em 1992 a “Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desen- volvimento” — Cnumad, mais conhecida como Eco 92 ou Rio 92, adotou na Declaração do Rio e na Agenda 21 o desenvolvimento sustentável como meta a ser buscada e respeitada por todos os países. Assim, o princípio 4 da decla- ração do Rio estabelece que: “Para alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção ambiental constituirá parte integrante do processo de desenvolvi- mento e não pode ser considerada isoladamente deste” (MILARÉ, 2013, p. 51). Portanto, o Direito Ambiental é um ramo do Direito que inicia a sua jornada enquanto disciplina autônoma que visa à tutela de direitos que ultrapassam a subjetividade individual, mas que tutelam valores que dizem respeito às coletividades, por isso, é debatido enquanto direito transindividual, ora difuso, ora coletivo. É nesse sentido que, ao ser consagrado na Constituição Federal brasileira de 1988, possui dupla incidência, pois tutela tanto os direitos coletivos quanto o direito individual de todos os afetados por infrações ao direito fundamental ao meio ambiente equilibrado, previsto em seu art. 225, que o configura como Conceitos fundamentais de Direito Ambiental2 Cap_2_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 2 19/12/2017 10:41:17 direito fundamental do cidadão brasileiro (BRASIL, 1988). Conforme ensina Canotilho (1998, p. 28): Na caracterização do ambiente como direito fundamental, deve também destacar-se o seu entendimento como direito da personalidade humana, bem como a sua autonomia. Da mesma forma que deixamos vinculada a autono- mia do ambiente enquanto bem jurídico, também como direito fundamental ele é protegido com autonomia relativamente a outros direitos que lhe são “próximos” (por exemplo o direito à saúde ou de propriedade). Como reflexo das crescentes preocupações que são em geral sentidas pela comunidade a este respeito, o legislador constitucional português deu guarda ao direito ao ambiente tutelando-o directa e imediatamente e não apenas como meio de efectivar outros direitos com ele relacionados. Dessa forma, o Direito Ambiental é um ramo do Direito Público e do Direito Privado, embora a maior parte das suas regras e dos seus princípios se caracterize pelas restrições impostas pelo direito objetivo aos direitos subjeti- vos (de propriedade, liberdade contratual, entre outros); este também tutela a liberdade, o uso e o gozo desse bem coletivo pelos indivíduos, tornando essa disciplina especial às divisões clássicas que permeiam o Direito. Os direitos transindividuais são direitos de terceira geração ou direitos de solidariedade que envolvem direitos individuais e coletivos ao mesmo tempo, por isso, não são devidamente classificados entre as esferas pública e privada nos seus aspectos clássicos. São espécies de direitos transindividuais os direitos difusos, quando incidem sobre coletividade indeterminada, ou direitos coletivos, quando incidem sobre grupos determinados. Conceitos fundamentais de Direito Ambiental Conforme mencionado, o Direito Ambiental é moldado por princípios oriundos das diversas conferências internacionais do meio ambiente, com destaque para as Conferências de Estocolmo, de 1972, e do Rio, em 1992, que deram origem aos primeiros conceitos fundamentais da área. Neste capítulo, utilizaremos o trabalho de Nardy et al. (2003) como fio condutor. 3Conceitos fundamentais de Direito Ambiental Cap_2_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 3 19/12/2017 10:41:17 O primeiro conceito trabalhado pelo autor é o da soberania permanente sobre os recursos naturais: [...] no final da década de 1960, início da década de 1970, os países em desenvolvimento, em particular aqueles surgidos do recente processo de descolonização, propuseram-se a eliminar as práticas pelas quais as antigas potências coloniais mantinham o controle de facto da exploração de seus recursos naturais. Foi nesse contexto que a ideia de soberania permanente sobre recursos naturais veio à luz como uma doutrina de natureza econômica, completamente distinta do conceito político de soberania nacional, apesar de se reconhecer presentemente uma vinculação estreita entre as condições de afirmação de ambas ideias (NARDY et al., 2003, p. 8). O conceito de soberania é um dos mais antigos do Direito Internacional, que é responsável por delimitar as fronteiras dos Estados nacionais,como concebidos durante o período moderno da História. Dessa forma, o princípio da soberania sobre os recursos naturais de um determinado país nada mais é do que um reflexo dessa constante histórica. No entanto, conforme a natureza coletiva e, muitas vezes, transfronteiriça dos bens ambientais, como é o caso da Amazônia, esse conceito é colocado em discussão pelos pesquisadores da área. Um exemplo dessa discussão encontra-se na imagem falsa circulada na internet sobre um território in- ternacional, invadindo a soberania dos países que integram a Amazônia Legal (Brasil, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Peru). Há, entre os defensores da falsa imagem, aqueles que entendam que o bem jurídico tutelado que é a Amazônia deveria obter proteção especial em relação aos seus países de origem, uma vez que as consequências de seu desmatamento possuem implicações globais, entre elas, a escassez de chuvas e as mudanças climáticas. Esse debate é embasado no conceito de patrimônio comum da humani- dade, que afirma que determinados recursos naturais devem ser intitulados a toda a humanidade. Esse princípio pode ser depreendido do princípio 13 da Conferência de Estocolmo, que invoca uma cooperação internacional para a gestão dos recursos naturais, e do princípio 6 da Conferência do Rio, que coloca nos interesses internacionais as ações de interesse comum aos Estados. No entanto, ambas as cartas reconhecem a soberania nacional dos Estados que lhe são signatários, de modo que a cooperação internacional, como é de costume no Direito Internacional, deve se dar de comum acordo entre os Es- tados por meio de acordos específicos, caso que ocorre na Amazônia quanto à pesquisa e ao desenvolvimento de fármacos, ações de preservação entre os Conceitos fundamentais de Direito Ambiental4 Cap_2_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 4 19/12/2017 10:41:17 países da Amazônia Legal e outras ações legítimas, mas que não a tornam um território internacional; sendo esta titularidade exclusiva do continente antártico até o presente momento. O conceito de desenvolvimento, que trata de evolução de determinada economia por meio da realização de atividades que gerem aumento de riqueza em uma determinada nação, é bastante afetado pelas convenções internacionais sobre o meio ambiente para se chegar ao conceito novo de um desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental), em que: O direito ao desenvolvimento apresenta dois componentes elementares. O primeiro consiste na verdade, em uma reafirmação da soberania permanentes dos Estados sobre seus recursos naturais, mas a estende a todas as áreas da economia, da política e das liberdades civis. [...] Já o segundo componente desse princípio afirma que todo homem tem o direito de contribuir para e participar do desenvolvimento cultural, social, econômico e político. Em consequência, o direito ao desenvolvimento articula-se como um direito fundamental que os Estados têm o dever de proteger (NARDY et al., 2003, p. 10). Dessa forma, enquanto o primeiro aspecto do conceito de desenvolvimento pode chocar-se com a sustentabilidade, como ocorre na doutrina Trump nos Estados Unidos da América, por exemplo, em sua saída do Tratado de Paris sobre as mudanças climáticas; esse tratado possui aspectos vinculativos ao conceito de sustentabilidade no que concerne ao desenvolvimento das huma- nidades culturais, econômicas e sociais. Um conceito polêmico em relação à isonomia dos Estados nacionais é o conceito da responsabilidade comum, mas diferenciada; que é: [...] associada aos esforços dos países em desenvolvimentos para estabelecer critérios de compartilhamento da responsabilidade internacional pela solução de problemas ambientais globais que levem em consideração a realidade socioeconômica dos diferentes Estados (NARDY et al., 2003, p. 14). Esse conceito pode ser verificado nos esforços do Tratado de Kyoto (subs- tituído pelo Tratado de Paris sobre mudanças climáticas) em diferenciar as possibilidades de atuação entre países do Anexo I (reduzindo emissões) e Anexo II (negociando créditos de carbono) e os países desenvolvidos e em desenvolvimento, respectivamente. Um dos conceitos mais importantes em relação à sustentabilidade e preser- vação do meio ambiente é também um dos princípios mais polêmicos do Direito Ambiental, o princípio da precaução, que trata dos riscos desconhecidos em 5Conceitos fundamentais de Direito Ambiental Cap_2_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 5 19/12/2017 10:41:17 determinada tecnologia ou inovação. Com uma divisão bastante patente entre a aplicação desse princípio entre os Estados Unidos da América (concepção fraca) e a União Europeia (concepção forte), esse princípio é divisor de águas na implementação de tecnologias dos organismos geneticamente modificados e na manipulação genética humana para o tratamento de doenças, por exemplo, sendo estas as concepções: A concepção forte postula o impedimento das ações lesivas e a máxima in dubio pro natureza, quase sempre amparada na ideia de que os sistemas naturais têm direitos e valores intrínsecos. [...] A concepção fraca leva em consideração os riscos, os custos financeiros e os benefícios envolvidos na atividade, partindo, em regra de uma ética ambiental antropocêntrica responsável (NARDY et al., 2003, p. 60–61). O conceito de precaução é, muitas vezes, confundido com o conceito de prevenção, que trata da gestão de riscos conhecidos da comunidade científica a partir da proibição de práticas ou da obrigação de tecnologias de mitigação desses riscos por meio de recursos de prevenção de acidentes. Ambos os prin- cípios são desdobramentos do princípio 2 da Convenção do Rio, que determina a proibição de atividades que causem danos ao meio ambiente dentro de suas fronteiras ou que as ultrapassem. Outro importante conceito integrante desse sistema é o de poluidor-pa- gador, princípio 16 da Conferência Rio 92, que fundamenta a internalização dos custos ambientais na produção a partir da responsabilidade objetiva pelos danos causados ao meio ambiente no âmbito interno de cada Estado nacional; esse princípio integra a tríplice tutela (civil, administrativa e penal) do meio ambiente, prevista no art. 225, § 3º, da Constituição Federal brasileira. No âmbito internacional, os Estados também possuem responsabilidade pelos danos causados, decorrentes do dever geral do princípio 2 da Confe- rência do Rio. Outro princípio-chave na determinação de conceitos fundamentais do Direito Ambiental é o princípio da equidade intergeracional, uma inovação da Rio-92, no seu princípio 3, cujo conteúdo determina que “As presentes gerações não podem deixar para as futuras gerações uma herança de déficits ambientais ou do estoque de recursos e benefícios inferiores aos que receberam das gerações passadas” (NARDY et al., 2003, p. 53). Assim, os esforços das gerações presentes devem focar-se nas próximas gerações, para que tenham as mesmas oportunidades de contato com um meio Conceitos fundamentais de Direito Ambiental6 Cap_2_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 6 19/12/2017 10:41:17 ambiente equilibrado, princípio este também presente no conceito fundamental do art. 225 da Constituição Federal brasileira. Outros dois princípios fundamentais para a compreensão do Direito Ambiental: [...] para que todos tomem ciência do estado, das propostas e execuções de manejos de seu entorno natural, construindo e renovando uma “opinião pública ambiental informada”, mas sobretudo para que possam contribuir de maneira efetiva e consciente nos processos decisórios que venham a gerar efeitos sobre a natureza (NARDY et al., 2003, p. 76). Citamos também o consequente princípio da participação, em que todos são convocados a colaborar por meio de suas atividades diárias em termos de consumo, descarte e uso de recursos de forma consciente, mas também por meio dos aparatos democráticos: A democracia hodiernamente não se satisfaz apenascom as instâncias delibe- rativas dos representantes eleitos e de corpos burocráticos fiéis aos comandos legais. Exige-se um complemento, meios de participação direta do povo ou da comunidade tanto em sede das macro decisões (plebiscito, referendo e iniciativa legislativa popular), quanto em processos decisórios de menor ex- tensão (decisões administrativas, jurídicas coletivas e sociais, condominiais e empresariais, por exemplo) que digam respeito a todos ou afetem direta ou indiretamente (NARDY et al., 2003, p. 79). Em nosso ordenamento jurídico, o princípio da participação pode ser observado no processo de licenciamento ambiental em audiências públicas e no plebiscito, referendo, iniciativa legislativa popular e outros aparatos participativos presentes nas diferentes esferas da União, como a participação em Conselhos Deliberativos do SISNAMA e orçamento participativo (porém, não se encontra no âmbito da participação de decisões no Judiciário, pois, ao contrário do que ocorre em alguns ordenamentos, o júri é restrito no Brasil aos casos de crimes dolosos contra a vida). Em resumo, os principais conceitos trazidos pelas Conferências de Esto- colmo e do Rio reverberam em todas as ferramentas de Direito Ambiental, constituindo verdadeiros conceitos fundamentais que devem ser observados durante a prática e o estudo desse ramo jurídico especial. 7Conceitos fundamentais de Direito Ambiental Cap_2_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 7 19/12/2017 10:41:17 Objetivos do desenvolvimento sustentável A partir dos conceitos trazidos pelas primeiras conferências sobre o meio ambiente e dos 20 anos da Rio 92, celebrados na Conferência Rio+20, foi deter- minada a chamada Agenda 2030, que defi niu os objetivos do desenvolvimento sustentável como uma maneira de organizar os princípios trabalhados pelas diferentes convenções internacionais que avançaram sobre a biodiversidade, sustentabilidade social, econômica, ambiental e outros sistemas que podem ser observados a seguir: erradicar a pobreza; acabar com a fome; vida saudável; educação de qualidade; igualdade de gênero; água e saneamento; energias renováveis; trabalho digno e crescimento econômico; inovação e infraestruturas; reduzir as desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; produção e consumo sustentáveis; combater as alterações climáticas; oceanos, mares e recursos marinhos; ecossistemas terrestres e biodiversidade; paz e justiça; parcerias para o desenvolvimento. Segundo o site oficial das Nações Unidas: Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas que estamos anunciando hoje demonstram a escala e a ambição desta nova Agenda universal. Eles se constroem sobre o legado dos Objetivos de Desenvolvi- mento do Milênio e concluirão o que estes não conseguiram alcançar. Eles buscam concretizar os direitos humanos de todos e alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas. Eles são integra- dos e indivisíveis, e equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2015). Conceitos fundamentais de Direito Ambiental8 Cap_2_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 8 19/12/2017 10:41:18 Assim, ao definir as áreas macro pessoas, planeta, prosperidade, paz e parceria, os objetivos do desenvolvimento sustentável revelam a verdadeira abrangência dos conceitos ambientais elevados a conceitos de desenvolvimento sustentável, que permeiam todas as áreas do Direito em busca de uma interação maior ligada aos conceitos primordiais de direitos naturais do homem, que são a base das ações das Nações Unidas e que também constituem os direitos fundamentais de suas nações signatárias. Assim, são elencados como objetivos do desenvolvimento sustentável e novos conceitos fundamentais do Direito Ambiental os seguintes objetivos/princípios: Objetivo 1 — acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. Objetivo 2 — acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. Objetivo 3 — assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Objetivo 4 — assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Objetivo 5 — alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Objetivo 6 — assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos. Objetivo 7 — assegurar o acesso confi ável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos. Objetivo 8 — promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos. Objetivo 9 — construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. Objetivo 10 — reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. 9Conceitos fundamentais de Direito Ambiental Cap_2_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 9 19/12/2017 10:41:18 Objetivo 11 — tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Objetivo 12 — assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Objetivo 13 — tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos. Objetivo 14 — conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. Objetivo 15 — proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossiste- mas terrestres, gerir de forma sustentável as fl orestas, combater a desertifi cação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade. Objetivo 16 — promover sociedades pacífi cas e inclusivas para o desenvol- vimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições efi cazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. Objetivo 17 — fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. Saiba mais sobre a Agenda 2030 e os objetivos do desen- volvimento sustentável em: https://goo.gl/c4aWgP Dessa forma, é possível compreender que o Direito Ambiental, em que pese inicie com objetivos vinculados à preservação de recursos naturais e prevenção ou precaução de consequências desastrosas para a humanidade, acaba por se converter em diretrizes gerais para o desenvolvimento da comunidade humana, podendo servir de modelo para todas as relações jurídicas internas e externas às nações atuais como uma espécie de reinvenção dos direitos naturais para o século XXI. Conceitos fundamentais de Direito Ambiental10 Cap_2_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 10 19/12/2017 10:41:18 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. CANOTILHO, J. J. G. Direito constitucional e teoria da constituição. 2. ed. Coimbra: Al- medina, 1998. MILARÉ, E. Direito do ambiente. 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013. NARDY, A. et al. Princípios de direito ambiental: na dimensão internacional e comparada. Belo Horizonte: Del Rey, 2003. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Transformando nosso mundo: a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. 2015. Disponível em: <https://nacoesunidas. org/pos2015/agenda2030/>. Acesso em: 18 dez. 2017. Leituras recomendadas BUARQUE, D. Mapa da Amazônia dividida é mentira deliberada. Globo.com, 2010. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/08/mapa-da-amazonia-di- vidida-e-mentira-deliberada-diz-diplomata-brasileiro.html>. Acesso em: 18 dez. 2017. ELTZ, M K de F. Análise econômica da responsabilidade ambiental: análise econômica do direito: entre o Peru e o Brasil. Curitiba: Ithala, 2016. Conceitos fundamentais de Direito Ambiental12 Cap_2_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 12 19/12/2017 10:41:21 DICA DO PROFESSOR Nesta Dica do Professor, você vai ver osdiversos temas de Direito Ambiental, para que possa extrair os conceitos específicos de cada área. É importante lembrar que cada ramo tem princípios e regras próprios, mas que refletem os conceitos fundamentais extraídos dessa lição. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) O direito a um meio ambiente equilibrado previsto no art. 225 da Constituição Federal é um "direito de todos". A partir dessa noção, marque a alternativa correta. O Direito Ambiental regula: I – Apenas direitos coletivos. II – Direitos individuais. III – Direitos transindividuais. A) a) Apenas I está correta. B) b) Apenas II está correta. C) c) Apenas I e II estão corretas. D) d) Apenas I e III estão corretas. E) e) Apenas II e III estão corretas. 2) O princípio do poluidor-pagador, integrado como conceito fundamental ao Direito Ambiental na Constituição Federal de 1988, § 3o do art. 225, e na Lei no 6.938/81, art. 14, I, é associado à responsabilidade: A) a) penal, apenas. B) b) civil, apenas. C) c) administrativa, apenas. D) d) subjetiva. E) e) tríplice, penal, administrativa e civil, em sua modalidade objetiva. 3) O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre os seus efeitos, como inovações na área de organismos geneticamente modificados, medicamentos e métodos de produção energética baseados em cisão, fusão ou enriquecimento de minérios radioativos, caracteriza o princípio: A) a) da prevenção em seu sentido fraco. B) b) da prevenção em seu sentido forte. C) c) da precaução em seu sentido fraco. D) d) da precaução em seu sentido forte. E) e) do poluidor-pagador. O princípio da participação, elemento democrático da preservação do meio ambiente, que compõe sua evolução por meio da constante presença das diversas camadas populares nas conferências internacionais que geram os conceitos fundamentais do Direito Ambiental, é caracterizado no Brasil: I – Pelo instrumento da audiência pública no processo de licenciamento ambiental. 4) II – Pela possibilidade de atuação da população em decisões de forma direta pelo plebiscito. III – Pela participação da sociedade no Tribunal do Júri. A) a) Apenas I está correta. B) b) Apenas II está correta. C) c) I e II estão corretas. D) d) II e III estão corretas. E) e) Todas as alternativas estão corretas. 5) Os objetivos do desenvolvimento sustentável, que marcaram as comemorações dos 20 anos da Rio 92 com a definição da ampliação da Agenda 21 para a Agenda 2030, são: A) a) Princípios exclusivos de Direito Ambiental. B) b) Princípios exclusivos de Direito Civil. C) c) Princípios exclusivos de Direito Público. D) d) Princípios exclusivos de Direito Administrativo. E) e) Uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos, que elevam a sistemática do Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. NA PRÁTICA A aplicação dos conceitos fundamentais de Direito Ambiental pode ser verificada com muita facilidade na prática. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: O vídeo a seguir mostra um exemplo do princípio da participação, em sua modalidade das ações subjetivas cotidianas, no auxílio à defesa do meio ambiente equilibrado, a partir do consumo e do uso sustentável, bem como da destinação adequada de resíduos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Veja que o artigo a seguir tenciona traçar algumas linhas acerca da qualificação do direito ao meio ambiente como um direito fundamental. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! O artigo a seguir traz um estudo sobre a proteção do Direito Ambiental pelo sistema internacional dos direitos humanos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Veja no site assuntos como o Direito Ambiental tem gerado a concretização de numerosos e significativos tratados sobre biossegurança, espécies ameaçadas, mudanças climáticas e biodiversidade. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Aluno: André Tesck Inácio 01. É possível tutelar os direitos dos fazendeiros com base nas ferramentas de Direito Ambiental? Justifique. No caso em tela é possível tutelar os direitos dos fazendeiros, posto que, os direitos ambientais são direitos transindividuais de terceira geração que protegem o direito ao meio ambiente equilibrado. A responsabilidade é pública e privada na manutenção deste direito, ou seja, os aspectos jurídicos que incidem sobre esses direitos são nas esferas civil, administrativa e penal. Desta feita, a soberania nacional pode utilizar-se o princípio da ubiquidade e considerando como local do crime onde há a emissão dos gases e no outro país onde o efeito acontece. 2. É possível responsabilizar o Estado Nacional B pelos danos causados pela empresa termelétrica? Justifique. De igual forma na questão anterior, é possível buscar a responsabilização do Estado Nacional B, posto que a Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988 estabelece em seu artigo 225 a soberania nacional e a garantia de um sistema equilibrado. Ainda mais concomitante a isso, a jurisdição penal adotada no Brasil corrobora com este princípio recepcionado pela Carta Magma de 1988 e estabelece a extraterritorialidade, podendo um agente exterior ser alcançado pela legislação nacional e condenado, tendo a pena cumprida ao entrar no país, caso não exista tratado internacional sobre o tema. Exercícios Conceitos fundamentais de direito Respostas enviadas em: 30/03/2021 15:27 1. O direito a um meio ambiente equilibrado previsto no art. 225 da Constituição Federal é um "direito de todos". A partir dessa noção, marque a alternativa correta. O Direito Ambiental regula: I –Apenas direitos coletivos. II – Direitos individuais. III – Direitos transindividuais. A. a) Apenas I está correta. Por que esta resposta não é correta? O Direito Ambiental regula direitos e deveres em suas modalidades subjetivas e coletivas, tal como descrito no art. 225 da Constituição Federal. B. b) Apenas II está correta. Por que esta resposta não é correta? O Direito Ambiental regula direitos e deveres em suas modalidades subjetivas e coletivas, tal como descrito no art. 225 da Constituição Federal. C. c) Apenas I e II estão corretas. Por que esta resposta não é correta? O Direito Ambiental regula direitos e deveres em suas modalidades subjetivas e coletivas, tal como descrito no art. 225 da Constituição Federal. D. d) Apenas I e III estão corretas. Por que esta resposta não é correta? O Direito Ambiental regula direitos e deveres em suas modalidades subjetivas e coletivas, tal como descrito no art. 225 da Constituição Federal. Você acertou! E. e) Apenas II e III estão corretas. Por que esta resposta é a correta? O Direito Ambiental regula direitos e deveres em suas modalidades subjetivas e coletivas, tal como descrito no art. 225 da Constituição Federal. 2 O princípio do poluidor-pagador, integrado como conceito fundamental ao Direito Ambiental na Constituição Federal de 1988, § 3º do art. 225, e na Lei nº 6.938/81, art. 14, I, é associado à responsabilidade: A. a) penal, apenas. Por que esta resposta não é correta? O princípio do poluidor-pagador da Rio 92 é o fundamento da responsabilidade tríplice, penal, administrativa e civil, em sua modalidade objetiva prevista no § 3º do art. 225 da Constituição Federal brasileira de 1988. B. b) civil, apenas. Por que esta resposta não é correta? O princípio do poluidor-pagador da Rio 92 é o fundamento da responsabilidade tríplice, penal, administrativa e civil, em sua modalidade objetiva prevista no § 3º do art. 225 da Constituição Federal brasileira de 1988. C. c) administrativa, apenas. Por que esta resposta não é correta? O princípio do poluidor-pagador da Rio 92 é o fundamento da responsabilidadetríplice, penal, administrativa e civil, em sua modalidade objetiva prevista no § 3º do art. 225 da Constituição Federal brasileira de 1988. D. d) subjetiva. Por que esta resposta não é correta? O princípio do poluidor-pagador da Rio 92 é o fundamento da responsabilidade tríplice, penal, administrativa e civil, em sua modalidade objetiva prevista no § 3º do art. 225 da Constituição Federal brasileira de 1988. Você acertou! E. e) tríplice, penal, administrativa e civil, em sua modalidade objetiva. Por que esta resposta é a correta? O princípio do poluidor-pagador da Rio 92 é o fundamento da responsabilidade tríplice, penal, administrativa e civil, em sua modalidade objetiva prevista no § 3º do art. 225 da Constituição Federal brasileira de 1988. 3) O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre os seus efeitos, como inovações na área de organismos geneticamente modificados, medicamentos e métodos de produção energética baseados em cisão, fusão ou enriquecimento de minérios radioativos, caracteriza o princípio: Você não acertou! A. a) da prevenção em seu sentido fraco. Por que esta resposta não é correta? O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre os seus efeitos caracteriza o princípio da precaução em seu sentido forte, aplicado exemplarmente pela União Europeia em oposição ao sentido fraco, que realiza cálculo de custo ambiental em relação aos benefícios potenciais da atividade aplicado nos EUA. B. b) da prevenção em seu sentido forte. Por que esta resposta não é correta? O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre os seus efeitos caracteriza o princípio da precaução em seu sentido forte, aplicado exemplarmente pela União Europeia em oposição ao sentido fraco, que realiza cálculo de custo ambiental em relação aos benefícios potenciais da atividade aplicado nos EUA. C. c) da precaução em seu sentido fraco. Por que esta resposta não é correta? O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre os seus efeitos caracteriza o princípio da precaução em seu sentido forte, aplicado exemplarmente pela União Europeia em oposição ao sentido fraco, que realiza cálculo de custo ambiental em relação aos benefícios potenciais da atividade aplicado nos EUA. Resposta correta D. d) da precaução em seu sentido forte. Por que esta resposta é a correta? O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre os seus efeitos caracteriza o princípio da precaução em seu sentido forte, aplicado exemplarmente pela União Europeia em oposição ao sentido fraco, que realiza cálculo de custo ambiental em relação aos benefícios potenciais da atividade aplicado nos EUA. E. e) do poluidor-pagador. Por que esta resposta não é correta? O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre os seus efeitos caracteriza o princípio da precaução em seu sentido forte, aplicado exemplarmente pela União Europeia em oposição ao sentido fraco, que realiza cálculo de custo ambiental em relação aos benefícios potenciais da atividade aplicado nos EUA. 4. O princípio da participação, elemento democrático da preservação do meio ambiente, que compõe sua evolução por meio da constante presença das diversas camadas populares nas conferências internacionais que geram os conceitos fundamentais do Direito Ambiental, é caracterizado no Brasil: I – Pelo instrumento da audiência pública no processo de licenciamento ambiental. II – Pela possibilidade de atuação da população em decisões de forma direta pelo plebiscito. III – Pela participação da sociedade no Tribunal do Júri. A. a) Apenas I está correta. Por que esta resposta não é correta? O princípio da participação é caracterizado no Brasil pela audiência pública, prevista no processo de licenciamento ambiental, e pelo voto em plebiscito, mas não pela participação da sociedade no Tribunal do Júri, pois este, em nosso ordenamento, é restrito aos casos de crimes dolosos contra a vida. B. b) Apenas II está correta. Por que esta resposta não é correta? O princípio da participação é caracterizado no Brasil pela audiência pública, prevista no processo de licenciamento ambiental, e pelo voto em plebiscito, mas não pela participação da sociedade no Tribunal do Júri, pois este, em nosso ordenamento, é restrito aos casos de crimes dolosos contra a vida. Você acertou! C. c) I e II estão corretas. Por que esta resposta é a correta? O princípio da participação é caracterizado no Brasil pela audiência pública, prevista no processo de licenciamento ambiental, e pelo voto em plebiscito, mas não pela participação da sociedade no Tribunal do Júri, pois este, em nosso ordenamento, é restrito aos casos de crimes dolosos contra a vida. D. d) II e III estão corretas. Por que esta resposta não é correta? O princípio da participação é caracterizado no Brasil pela audiência pública, prevista no processo de licenciamento ambiental, e pelo voto em plebiscito, mas não pela participação da sociedade no Tribunal do Júri, pois este, em nosso ordenamento, é restrito aos casos de crimes dolosos contra a vida. E. e) Todas as alternativas estão corretas. Por que esta resposta não é correta? O princípio da participação é caracterizado no Brasil pela audiência pública, prevista no processo de licenciamento ambiental, e pelo voto em plebiscito, mas não pela participação da sociedade no Tribunal do Júri, pois este, em nosso ordenamento, é restrito aos casos de crimes dolosos contra a vida. Os objetivos do desenvolvimento sustentável, que marcaram as comemorações dos 20 anos da Rio 92 com a definição da ampliação da Agenda 21 para a Agenda 2030, são: A. a) Princípios exclusivos de Direito Ambiental. Por que esta resposta não é correta? Os objetivos do desenvolvimento sustentável, em que pese tenham origem nas conferências sobre o meio ambiente, são uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos em geral, que elevam a sistemática do Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. B. b) Princípios exclusivos de Direito Civil. Por que esta resposta não é correta? Os objetivos do desenvolvimento sustentável, em que pese tenham origem nas conferências sobre o meio ambiente, são uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos em geral, que elevam a sistemática do Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. C. c) Princípios exclusivos de Direito Público. Por que esta resposta não é correta? Os objetivos do desenvolvimento sustentável, em que pese tenham origem nas conferências sobre o meio ambiente, são uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos em geral, que elevam a sistemática do Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. D. d) Princípios exclusivos de Direito Administrativo. Por que esta resposta não é correta? Os objetivos do desenvolvimento sustentável, em que pese tenham origem nas conferências sobre o meio ambiente, são uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos em geral, que elevam a sistemática do Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. Você acertou! E. e) Uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos, que elevam a sistemática do Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. Por que esta resposta é a correta? Os objetivos do desenvolvimento sustentável, em que pese tenham origem nas conferências sobre o meio ambiente, são uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos em geral, que elevam a sistemática do Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. EIA - Estudo de impacto ambiental APRESENTAÇÃO O Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) foi instituído no Brasil pela Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), através da Lei n.o 6938/81, sendo regulamentado pela Resolução
Compartilhar