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Curso de Direito Ambiental

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Prévia do material em texto

Introdução ao estudo do direito 
ambiental
APRESENTAÇÃO
A preocupação com a preservação ambiental remete aos primórdios da humanidade, desde os 
dogmas da Antiguidade até a proteção dos recursos naturais como obra divina, sendo diretriz 
bíblica e base da história recente. 
A evolução humana é resultado de diversas alterações biológicas, tornando possíveis o 
surgimento de diversas espécies e o próprio desenvolvimento do homem, cuja principal 
característica é a inteligência: a partir do momento em que a humanidade desenvolve sua 
capacidade intelectual, deixa de ser parte do sistema para se tornar o maior agente modificador 
da história do planeta, trazendo a necessidade de organização social que preserve os recursos 
essenciais para a vida. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as origens históricas da proteção do meio 
ambiente, como o sistema ambiental se estabelece e é organizado no Brasil e quais são as 
principais fontes do Direito Ambiental. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer a historicidade da preocupação com o meio ambiente.•
Identificar a evolução legal da proteção do meio ambiente do Brasil.•
Analisar as fontes do Direito Ambiental.•
DESAFIO
Os moradores do bairro Alameda de uma pequena cidade contrataram você para evitar a 
derrubada de uma grande árvore que já está com o corte marcado, a fim de viabilizar a 
construção de um ponto de ônibus no local.
Com base nos seus conhecimentos sobre a evolução histórica e as fontes do Direito Ambiental, 
que alternativa você poderia sugerir para os moradores do bairro? Traga um exemplo.
INFOGRÁFICO
O Direito Ambiental é construído por meio de diversas fontes que formam o conjunto de 
regulamentações legais sobre o meio ambiente. São elas: movimentos sociais, descobertas 
científicas e doutrina, além da Constituição Federal, das leis infraconstitucionais e das normas 
administrativas emitidas por órgãos como o Ibama e o CONAMA. O Infográfico a seguir indica 
aspectos importantes de cada uma dessas fontes. 
 
Confira.
CONTEÚDO DO LIVRO
No âmbito do Direito Ambiental, várias fontes deram origem à proteção existente atualmente. 
Historicamente, pode-se dizer que houveram três princiapis períodos, inciando com o período 
pré-histórico até a humanidade conhecida nos dias de hoje.
Na obra Direito e legislação ambiental, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o 
capítulo Introdução ao estudo do Direito Ambiental, no qual você vai conhecer o 
desenvolvimento histórico da atenção com o meio ambiente, que apresenta interessantes 
aspectos que se tornam base para os marcos legais que fundamentam todo o sistema jurídico 
ambiental vigente.
Boa leitura.
DIREITO E 
LEGISLAÇÃO 
AMBIENTAL
Cinthia Louzada
Introdução ao estudo 
do Direito Ambiental
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Reconhecer a historicidade da preocupação com o meio ambiente.
 Identifi car a evolução legal da proteção ao meio ambiente no Brasil.
 Analisar as fontes do Direito Ambiental.
Introdução
A preocupação com a preservação ambiental remete aos primórdios 
da humanidade, desde os dogmas da Antiguidade até a proteção dos 
recursos naturais como obra divina, sendo diretriz bíblica e base da 
história recente. 
A evolução humana é resultado de várias alterações biológicas, tor-
nando possível o surgimento de diversas espécies e o próprio desen-
volvimento do homem, cuja principal característica é a inteligência: a 
partir do momento em que a humanidade desenvolve a sua capacidade 
intelectual, deixa de ser parte do sistema para se tornar o maior agente 
modificador da história do planeta, trazendo a necessidade de organi-
zação social que preserve os recursos essenciais para a vida.
Neste capítulo, você vai ler sobre as origens históricas da proteção ao 
meio ambiente, sobre como o sistema ambiental se estabelece e é orga-
nizado no Brasil, e ainda sobre as principais fontes do Direito Ambiental.
Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 13 12/01/2018 11:15:05
Surgimento da preocupação 
com o meio ambiente
Cientifi camente, acredita-se que o universo possui mais de 13 bilhões de anos, 
sendo que as primeiras manifestações de vida são calculadas em 600 milhões de 
anos. Os dinossauros, por sua vez, viveram há 65 milhões, e os seres humanos, 
entre 3 e 4 milhões. Nesse contexto, a Terra surgiu, com a sua formação atual, 
em virtude da colisão com outro planeta, cujos fragmentos formam a Lua, nosso 
satélite. Como afi rma Luís Sirvinskas (2016, p. 71) “[...] há várias teorias que 
tentam comprovar o surgimento da Lua, mas a mais recente e aceita é a teoria 
do impacto gigante. Isso foi possível após a análise de rochas e poeiras trazidas 
pelos astronautas, cujas composições são semelhantes às existentes na Terra”.
No que se refere à vida humana, foram diversas fases até o homem atual. 
A pré-história durou quase a totalidade do tempo, o neolítico teve início há 
mais de 20 mil anos, e a história iniciou há 3.500 anos. Podemos destacar 
que a Revolução Industrial data de 300 anos e a era dos computadores possui 
menos de 70 anos. Atualmente, vivemos novas revoluções tecnológicas, como 
a biotecnologia e a nanotecnologia, o que indica as constantes mudanças 
históricas na vida da humanidade, que refletem em vários aspectos, inclusive 
na nossa relação com o planeta.
Sobre a evolução humana, podemos considerar, sobretudo, que é resultado 
de diversas alterações biológicas, o que tornou possíveis o surgimento de 
diversas espécies e o próprio desenvolvimento do homem, cuja principal 
característica é a inteligência.
A partir do momento em que a humanidade desenvolveu a sua capacidade intelectual, 
deixou de ser parte do sistema para se tornar o maior agente modificador da história 
do planeta Terra.
Tendo em vista tantas modificações, podemos afirmar que uma das primeiras 
preocupações da interação do homem com o planeta é indicada na Bíblia Sagrada, 
que prevê o julgamento humano em virtude de todas as suas ações contra a natureza, 
que é criação de Deus. Destacam-se estas duas passagens bíblicas: “a Terra é do 
Senhor e tudo que há nela; o mundo e todos os que nele habitam (Salmo 24:1) e “os 
Introdução ao estudo do Direito Ambiental14
Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 14 12/01/2018 11:15:05
céus são do Senhor, mas a Terra Ele a deu aos filhos dos homens (Salmo 115:16)”. 
Assim, podemos dizer que a natureza não se restringe aos animais, mas engloba 
tudo o que há na Terra (minérios, vegetais, ar, água, entre outros).
Para Luís Sirvinskas (2016, p. 75):
[...] o Homem conseguiu sair da Idade da Pedra para ingressar na Era das 
Civilizações apenas quando associou noções de Direito aos conhecimentos 
sobre ecologia. Os povos da antiguidade começaram a valorizar suas terras que 
eram banhadas pelos rios, pois, com o transbordamento, os húmus adubavam 
as margens, tornando-as férteis para a plantação. A partir daí, as cidades eram 
edificadas em torno dos rios e sua vida obedecia ao seu regime, ou seja, o 
homem passou a se adaptar às variáveis dos cursos das águas.
É o início de uma preocupação ambiental que só se desenvolveu desde então. 
Nesse sentido, o documento mais antigo que se conhece é a Confissão Negativa. 
Trata-se de um papiro encontrado com as múmias egípcias, que fazia parte do 
Livro dos Mortos, datado de 3.500 anos. Lia-se, em trechos desse documento: 
Homenagem a ti, grande Deus, Senhor da Verdade e da Justiça. Não fiz mal 
algum [...] Não matei os animais sagrados, não prejudiquei as lavouras [...] Não 
sujei a água, não usurpei a terra, não fiz um senhor maltratar o escravo [...] 
Não repeli a água em seu tempo, não cortei um dique [...] (LIVRO..., [199-?]).
O texto faz referência às práticas comuns da época, como agressões aos 
animais, escravos, lavouras e todos os recursos naturais. Esse documento era 
uma confissão queo morto deveria sepultar consigo para comprovar o seu 
respeito com o que era considerado sagrado pelos deuses.
Os documentos indígenas, como da tribo Seattle e da tribo Sioux, em 
meados do século XIX, também são referências iniciais da proteção ambiental 
mundial, considerando que os ditames dos líderes indígenas foram precursores 
da consciência ecológica. Essa reflexão é muito antiga e se manifestava mesmo 
com as limitações da biologia e da ecologia daquela época, tornando-se a inspi-
ração para o desenvolvimento das questões ambientais como conhecemos hoje.
Histórico da proteção ao meio 
ambiente no Brasil
No Brasil, podemos dividir a proteção ao meio ambiente em três etapas, que 
detalharemos a seguir.
15Introdução ao estudo do Direito Ambiental
Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 15 12/01/2018 11:15:05
Primeiro período
O primeiro período inicia com o descobrimento do Brasil e se estende até a vinda da 
família real ao Brasil, em 1808. Durante esse período, podemos encontrar algumas 
normas esparsas de proteção ao meio ambiente, como, por exemplo, a preservação 
do pau-brasil e do ouro. Nessa época, podemos destacar as seguintes legislações:
Regimento do pau-brasil em 1605 — protegia o pau-brasil como propriedade 
real e impunha penas a quem cortasse essas árvores sem autorização.
Alvará de 1675 — proibia a existência de sesmarias nas terras dos litorais, 
onde havia madeiras.
Carta Régia de 1797 — protegia as fl orestas localizadas nas proximidades 
de rios e encostas, que eram consideradas propriedade da Coroa.
Regimento de Cortes de Madeiras de 1799 — estabelecia regras para os 
cortes de árvores.
A Figura 1 apresenta o mapa Terra Brasilis, de 1519.
Figura 1. Mapa Terra Brasilis, de 1519. Representa o pau-brasil ao longo 
da costa da Mata Atlântica.
Fonte: Pau-Brasil (2017).
Introdução ao estudo do Direito Ambiental16
Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 16 12/01/2018 11:15:05
Segundo período
O segundo período inicia com a vinda da família real ao Brasil, em 1808, até 
a instituição da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), em 1981. Esse 
período é caracterizado pelo uso desenfreado dos recursos naturais. Luís 
Sirvinskas (2016, p. 80) comenta que:
 [...] havia, sim, preocupações pontuais, objetivando a conservação do meio 
ambiente e a não a sua preservação. Surgiu, nesse período, a fase fragmentária, 
em que o legislador procurou proteger categorias mais amplas dos recursos 
naturais, limitando sua exploração desordenada. 
São importantes normas desse período:
  a Lei nº. 601, de 16 de setembro de 1850, conhecida como a Lei de Terras 
do Brasil, que disciplinava a ocupação do solo e estabelecia penas para 
atividades predatórias;
  o Decreto nº. 8.843, de 26 de julho de 1911, que criou a primeira reserva 
florestal do País, no Acre;
  a Lei nº. 3.071, de 1º de janeiro de 2016, conhecida como Código Civil, 
que estabelecia normas de natureza ecológica;
  o Decreto nº. 23.793, de 23 de janeiro de 1934, conhecido como o Código 
Florestal, que dispunha limites ao exercício de propriedade.
Terceiro período
O terceiro período inicia com a Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, 
conhecida como PNMA, e vai até os dias atuais. Nesse contexto, o meio 
ambiente passa a ser considerado de maneira abrangente, e a sua proteção 
passa a consistir em um sistema ecológico integrado. São normas que se 
destacam nesse período:
  a Lei nº. 7.347, de 24 de julho de 1985, que dispõe sobre a ação civil pública;
  a Constituição Federal de 1988;
  a Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções 
para atividades danosas ao meio ambiente;
  a Lei nº.10.257, de 10 de julho de 2001, conhecida como Estatuto da Cidade;
  a Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional 
dos Resíduos Sólidos (PNRS).
17Introdução ao estudo do Direito Ambiental
Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 17 12/01/2018 11:15:05
Esse panorama apresenta a crescente preocupação com as questões am-
bientais desde o Brasil colônia, quando se protegia a derrubada de árvores 
para a exportação de madeira a Portugal. Desenvolvendo-se por meio das 
primeiras Constituições brasileiras até a instituição do Código Florestal em 
2012, a proteção do meio ambiente representa grande repercussão social e 
requer especial atenção para as suas peculiaridades.
O Brasil está na vanguarda das discussões ambientais. As políticas como a que protege 
os recursos hídricos e os resíduos sólidos, além da previsão de mecanismos jurídicos 
para a proteção do meio ambiente, como a ação civil pública, são referências mundiais 
de Direito Ambiental.
Fontes do Direito Ambiental
Ao estudarmos as fontes do Direito Ambiental, precisamos fazer uma con-
textualização histórica, a fi m de entendermos que o problema da lei não 
surgiu repentinamente ou que o problema da atividade decisória dos juízes 
acompanhou o homem desde as suas origens. Podemos destacar que o Direito 
foi, em primeiro lugar, um fato social confuso com outros elementos, como 
previsões de natureza religiosa, como já comentado.
Nas primeiras civilizações, o Direito era um processo da ordem dos cos-
tumes: as regras jurídicas se formavam no todo social, em confusão com 
outras regras não jurídicas. Esse momento histórico do Direito costumeiro 
é o mais longo da humanidade. Alguns calculam em dezenas e até mesmo 
em centenas de milhares de anos a fase em que as formas de vida religiosa, 
jurídica ou moral ainda não se distinguiam uma das outras. Mesmo quando a 
espécie humana começou a ter uma vaga noção dessas distinções, o Direito 
foi, durante muito tempo, um complexo de usos e costumes.
Foi apenas a partir do desenvolvimento das civilizações que o Direito come-
çou praticamente a existir, exigindo a elaboração de categorias lógicas próprias, 
por meio do trabalho criador dos jurisconsultos. Mais tarde, depois do Direito 
Romano clássico, isto é, quando começou a decadência do mundo romano, a lei, 
como processo legislativo, passou a prevalecer sobre o processo jurisdicional 
como fonte efetiva do Direito. Assim, atualmente, o Direito se consolida por 
Introdução ao estudo do Direito Ambiental18
Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 18 12/01/2018 11:15:05
meio de diversas fontes, cada uma representando a essência da aplicação nas 
normas jurídicas na busca do ideal de justiça, em qualquer ramo da sua aplicação.
No âmbito do Direito Ambiental, as fontes são múltiplas e se relacionam 
entre si. Podemos destacar, entre as mais influentes, as seguintes:
  movimentos sociais;
  descobertas científicas;
  doutrina.
Nos movimentos sociais, a mobilização popular tem apresentado resultados 
efetivos na proteção ao meio ambiente. Paulo de Bessa Antunes (2017, p. 36) 
comenta que:
[...] o movimento dos cidadãos em defesa da qualidade de vida e do meio 
ambiente ganhou maior expressão social e política a partir de 1960, sobretudo 
na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. No Brasil, esse movimento teve 
início na década de 70, no Estado do Rio Grande do Sul.
Em 1971, foi fundada em Porto Alegre a Associação Gaúcha de Proteção 
ao Ambiente Natural (AGAPAN). Ainda, em 1955, na mesma capital, já existia 
a União Protetora da Natureza. Em meados de 1970, destacamos também a 
atuação do líder ambientalista Chico Mendes, no Acre, cuja luta repercute 
até hoje.
As descobertas científicas também desempenham importante função 
para a proteção ao meio ambiente e a construção do Direito Ambiental. O 
aquecimento global, por exemplo, deu origem ao Protocolo de Kyoto; há 
também o Protocolo de Montreal, as convenções sobre produtos perigosos e 
tantas outras normas baseadas em descobertas científicas.
Na doutrina, o estudo de especialistas e o posicionamento fundamentado 
de juristas estudiosos do Direito Ambiental formam uma importante fonte para 
as regulamentações ambientais. Os princípios e entendimentos internacionais 
podem ser adotados no Brasil por meio da doutrina.Além dessas, as chamadas fontes formais são essenciais para o desenvolvi-
mento do Direito Ambiental. A Constituição Federal, os tratados internacionais 
e as leis — além de normas administrativas emitidas por órgãos oficiais, como 
o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
(IBAMA) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), e da jurispru-
dência — são fontes importantes para a regulamentação da proteção ambiental. 
Conforme destaca Paulo de Bessa Antunes (2016, p. 40):
19Introdução ao estudo do Direito Ambiental
Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 19 12/01/2018 11:15:06
[...] as leis brasileiras sobre proteção ambiental podem ser federais, estaduais 
ou municipais, cada uma dentro de uma determinada esfera de atribuição e 
competência. A Constituição Federal define um modelo para que cada lei de 
um ente federativo seja válida em determinada esfera. Os atos internacionais 
ratificados pelo Brasil integram o Direito brasileiro com a hierarquia de lei.
Sobre as normas administrativas, o autor complementa que: 
[...] são muito importantes em Direito Ambiental. Argumenta-se que não é 
possível que o Congresso legisle com a velocidade necessária para acompanhar 
determinadas áreas científicas nas quais a evolução é rápida, motivo pelo 
qual as normas administrativas devem ter o seu poder ampliado (ANTUNES, 
2017, p. 40).
Assim, o conjunto de normativas em prol da proteção do meio ambiente é 
fortalecido e tende a ser cada vez mais eficaz.
1. A preocupação com o meio 
ambiente teve início nos 
primórdios da humanidade 
e, de acordo com a evolução 
histórica, podemos afirmar que:
a) documentos indígenas 
como da tribo Seattle e da 
tribo Sioux são os primeiros 
documentos históricos sobre 
proteção do meio ambiente.
b) o documento mais antigo 
que demonstra preocupação 
ambiental é a Confissão 
Negativa, uma confissão que 
o morto deveria sepultar 
consigo para comprovar o 
seu respeito com o que era 
considerado sagrado pelos 
deuses na antiguidade egípcia.
c) a Bíblia Sagrada é o primeiro 
documento histórico em que se 
encontra a responsabilidade do 
homem com o meio ambiente, 
considerando que os recursos 
naturais são obra divina.
d) a primeira manifestação 
escrita de preocupação com 
o meio ambiente surgiu 
com a Revolução Industrial, 
há cerca de 300 anos.
e) a era dos computadores, com 
início nos anos 2000, trouxe a 
necessidade de regulamentação 
da proteção do meio ambiente, 
tendo em vista o grande impacto 
da tecnologia no meio ambiente.
2. Sobre a evolução do Direito 
Ambiental no Brasil, os períodos 
Introdução ao estudo do Direito Ambiental20
Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 20 12/01/2018 11:15:07
históricos podem ser divididos 
em três. A legislação que 
representa um marco para o 
início do terceiro período é:
a) a Lei nº. 6.938/1981, que dispõe 
sobre a Política Nacional 
do Meio Ambiente.
b) a Lei nº. 7.347/1985, que dispõe 
sobre a ação civil pública.
c) a Constituição Federal de 1988.
d) a Lei nº. 10.257/2001, conhecida 
como Estatuto da Cidade.
e) a Lei nº. 12.305/2010, 
que instituiu a PNRS.
3. Leia o que segue e assinale 
a alternativa que preenche 
corretamente a lacuna. 
____________ é fonte formal do 
Direito Ambiental e se caracteriza 
por traçar diretrizes para o 
sistema legislativo ambiental.
a) O movimento social.
b) O evento de organizações 
públicas oficiais.
c) A doutrina.
d) As descobertas científicas.
e) A Constituição Federal.
4. O Direito se consolida por meio 
de diversas fontes, cada uma 
representando a busca do ideal 
de justiça, em qualquer ramo da 
sua aplicação. Sobre os tratados 
internacionais, é correto afirmar que:
a) são válidos no Brasil desde o 
momento em que são assinados.
b) o Protocolo de Montreal é um 
exemplo de tratado internacional 
válido em outros países, mas 
não assinado pelo Brasil.
c) possuem força de norma 
administrativa, como se 
fosse emitida pelo Brasil.
d) são fontes do Direito 
Ambiental no Brasil se 
forem ratificados no País.
e) devem ser validados 
internamente pelo 
CONAMA ou IBAMA.
5. Ao analisar o complexo de 
legislação ambiental, percebe-se 
a forte influência de normas 
administrativas como as emitidas 
pelo IBAMA e o CONAMA. Sobre 
essas normas, podemos afirmar que:
a) não é possível que o Congresso 
legisle com a velocidade 
necessária para acompanhar as 
rápidas evoluções ambientais, 
motivo pelo qual as normas 
administrativas devem ter 
o seu poder ampliado.
b) são fontes e diretrizes 
importantes para a proteção 
ambiental, mas não são 
reconhecidas como fontes 
formais do Direito Ambiental.
c) na esfera ambiental, são mais 
importantes do que as leis e 
a Constituição Federal, pois, 
efetivamente, regulamentam a 
proteção ao meio ambiente.
d) originam-se por meio da 
mobilização popular e 
da doutrina, sendo mais 
eficientes do que as leis 
ambientais, cujo processo 
legislativo é muito lento.
e) são órgãos que indicam 
diretrizes a serem seguidas 
para a elaboração de leis que 
objetivem a proteção ambiental.
21Introdução ao estudo do Direito Ambiental
Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 21 12/01/2018 11:15:08
ANTUNES, P. de B. Direito ambiental. 19. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2017.
LIVRO DOS MORTOS: o primeiro livro da humanidade. São Paulo: Hemus, [199-?]. 
PAU-BRASIL. 2017. Disponível em: <http://www.historiadetudo.com/pau-brasil>. 
Acesso em: 9 jan. 2018.
SIRVINSKAS, L. P. Manual de Direito Ambiental. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
Leitura recomendada
MILARÉ, É. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, glossário. 5. ed. ref., atual. e 
ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
Introdução ao estudo do Direito Ambiental22
Cap_1_Direito_e_Legislacao_Ambiental.indd 22 12/01/2018 11:15:08
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
No Brasil, podemos dividir a proteção do meio ambiente em três distintos períodos históricos, 
sendo o primeiro do descobrimento do Brasil até a vinda da família real para o país; o segundo 
até a instituição da Política Nacional do Meio Ambiente, em 1981; e o terceiro até os dias atuais. 
No vídeo a seguir, você vai ver os principais aspectos desses períodos históricos.
Assista.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) A preocupação com o meio ambiente teve início nos primórdios da humanidade e, de 
acordo com a evolução histórica, podemos afirmar que: 
A) documentos indígenas, como os das tribos Seattle e Sioux, são os primeiros documentos 
históricos sobre proteção do meio ambiente.
B) o documento mais antigo que demonstra preocupação ambiental é a Confissão Negativa, 
uma confissão que o morto deveria sepultar consigo para comprovar o seu respeito com o 
que era considerado sagrado pelos deuses na antiguidade egípcia.
C) a Bíblia Sagrada é o primeiro documento histórico em que se encontra a responsabilidade 
do homem com o meio ambiente, considerando que os recursos naturais são obra divina.
D) a primeira manifestação escrita de preocupação com o meio ambiente surgiu com a 
Revolução Industrial, há cerca de 300 anos.
E) a era dos computadores, com início nos anos 2000, trouxe a necessidade de 
regulamentação da proteção do meio ambiente, tendo em vista o grande impacto da 
tecnologia no meio ambiente.
2) Sobre a evolução do Direito Ambiental no Brasil, os períodos históricos podem ser 
divididos em três. A legislação que representa um marco para o início do terceiro 
período é: 
A) a Lei no 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
B) a Lei no 7.347/1985, que dispõe sobre a Ação Civil Pública
C) a Constituição Federal de 1988.
D) a Lei no 10.257/2001, Estatuto da Cidade.
E) a Lei no 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos.
3) Considere a frase a seguir: _______________ é fonte formal do Direito Ambiental e se 
caracteriza por traçar diretrizes para o sistema legislativo ambiental. A alternativa 
que melhor completa a frase anterioré: 
A) movimentos sociais.
B) eventos de organizações públicas oficiais.
C) doutrina.
D) descobertas científicas.
E) Constituição Federal.
O Direito se consolida por meio de diversas fontes, cada uma representando a busca 
do ideal de justiça, em qualquer que seja o ramo de sua aplicação. Sobre os tratados 
4) 
internacionais, é correto afirmar que: 
A) são válidos no Brasil desde o momento em que são assinados.
B) o Protocolo de Montreal é um exemplo de tratado internacional válido em outros países, 
mas não assinado pelo Brasil.
C) têm força de norma administrativa, como se fosse emitida pelo Brasil.
D) são fontes do Direito Ambiental no Brasil se forem ratificados no país.
E) devem ser validados internamente pelo CONAMA ou pelo Ibama.
5) Ao analisar o complexo de legislação ambiental, percebe-se a forte influência de 
normas administrativas, como as emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA. Sobre essas 
normas, podemos afirmar que: 
A) não é possível que o Congresso legisle com a velocidade necessária para acompanhar as 
rápidas evoluções ambientais, motivo pelo qual as normas administrativas devem ter o seu 
poder ampliado.
B) são fontes e diretrizes importantes para a proteção ambiental, mas não são reconhecidas 
como fontes formais do Direito Ambiental.
C) na esfera ambiental, são mais importantes do que as leis e a Constituição Federal, pois 
efetivamente regulamentam a proteção do meio ambiente.
D) originam-se por meio da mobilização popular e da doutrina, sendo mais eficiente do que as 
leis ambientais, cujo processo legislativo é muito lento.
E) são órgãos que indicam diretrizes que devem ser seguidas para a elaboração de leis que 
objetivem a proteção ambiental.
NA PRÁTICA
A seguir, você vai conhecer um pouco sobre o Protocolo de Montreal e sobre os benefícios que 
ele trouxe à preservação do meio ambiente.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Justiça Viva
Assista ao vídeo do Superior Tribunal de Justiça. O assunto do programa é a origem do Direito 
Ambiental no país e o papel do Judiciário na proteção do meio ambiente.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Os moradores poderiam realizar uma manifestação popular em com auxílio de ONG’s ligadas as 
questões ambientais. A manifestação popular é uma das fontes do Direito Ambiental e tem 
apresentado resultados positivos na proteção do meio ambiente na última década. 
Um exemplo é a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN), que já evitou 
o corte de uma árvore para a construção de um viaduto, sendo protagonista na elaboração de 
leis protetoras do meio ambiente, como por exemplo a Lei Estadual nº 7.747/1982, que proíbe a 
comercialização de agrotóxicos no Rio Grande do Sul. 
 
 
Exercícios Introdução ao Estudo do Direito Ambiental: 
 
1) A preocupação com o meio ambiente teve início nos primórdios da humanidade e, 
de acordo com a evolução histórica, podemos afirmar que: 
 
A. documentos indígenas, como os das tribos Seattle e Sioux, são os primeiros documentos 
históricos sobre proteção do meio ambiente. 
Por que esta resposta não é correta? 
A Bíblia e os documentos indígenas das tribos Seattle e Sioux são referências de proteção 
ambiental, porém, a Confissão Negativa, de costume egípcio, é o primeiro documento histórico 
sobre preservação ambiental. A Revolução Industrial e os avanços tecnológicos apenas 
fortaleceram a necessidade de proteção do meio ambiente. 
 
Você acertou! 
B. o documento mais antigo que demonstra preocupação ambiental é a Confissão Negativa, 
uma confissão que o morto deveria sepultar consigo para comprovar o seu respeito com o que 
era considerado sagrado pelos deuses na antiguidade egípcia. 
Por que esta resposta é a correta? 
A Bíblia e os documentos indígenas das tribos Seattle e Sioux são referências de proteção 
ambiental, porém, a Confissão Negativa, de costume egípcio, é o primeiro documento histórico 
sobre preservação ambiental. A Revolução Industrial e os avanços tecnológicos apenas 
fortaleceram a necessidade de proteção do meio ambiente. 
 
C. a Bíblia Sagrada é o primeiro documento histórico em que se encontra a responsabilidade 
do homem com o meio ambiente, considerando que os recursos naturais são obra divina. 
Por que esta resposta não é correta? 
A Bíblia e os documentos indígenas das tribos Seattle e Sioux são referências de proteção 
ambiental, porém, a Confissão Negativa, de costume egípcio, é o primeiro documento histórico 
sobre preservação ambiental. A Revolução Industrial e os avanços tecnológicos apenas 
fortaleceram a necessidade de proteção do meio ambiente. 
 
D. a primeira manifestação escrita de preocupação com o meio ambiente surgiu com a 
Revolução Industrial, há cerca de 300 anos. 
Por que esta resposta não é correta? 
A Bíblia e os documentos indígenas das tribos Seattle e Sioux são referências de proteção 
ambiental, porém, a Confissão Negativa, de costume egípcio, é o primeiro documento histórico 
sobre preservação ambiental. A Revolução Industrial e os avanços tecnológicos apenas 
fortaleceram a necessidade de proteção do meio ambiente. 
 
E. a era dos computadores, com início nos anos 2000, trouxe a necessidade de 
regulamentação da proteção do meio ambiente, tendo em vista o grande impacto da tecnologia 
no meio ambiente. 
Por que esta resposta não é correta? 
A Bíblia e os documentos indígenas das tribos Seattle e Sioux são referências de proteção 
ambiental, porém, a Confissão Negativa, de costume egípcio, é o primeiro documento histórico 
sobre preservação ambiental. A Revolução Industrial e os avanços tecnológicos apenas 
fortaleceram a necessidade de proteção do meio ambiente. 
 
2) Sobre a evolução do Direito Ambiental no Brasil, os períodos históricos podem ser 
divididos em três. A legislação que representa um marco para o início do terceiro período 
é: 
Você acertou! 
A. a Lei nº 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. 
Por que esta resposta é a correta? 
A Política Nacional do Meio Ambiente é o marco inicial do terceiro período histórico do Direito 
Ambiental, que abrange os dias atuais. O Estatuto da Cidade, a Ação Civil Pública, a Constituição 
Federal e a Política Nacional dos Resíduos Sólidos são legislações posteriores à Política 
Nacional do Meio Ambiente. 
 
B. a Lei nº 7.347/1985, que dispõe sobre a Ação Civil Pública 
Por que esta resposta não é correta? 
A Política Nacional do Meio Ambiente é o marco inicial do terceiro período histórico do Direito 
Ambiental, que abrange os dias atuais. O Estatuto da Cidade, a Ação Civil Pública, a Constituição 
Federal e a Política Nacional dos Resíduos Sólidos são legislações posteriores à Política 
Nacional do Meio Ambiente. 
 
C. a Constituição Federal de 1988. 
Por que esta resposta não é correta? 
A Política Nacional do Meio Ambiente é o marco inicial do terceiro período histórico do Direito 
Ambiental, que abrange os dias atuais. O Estatuto da Cidade, a Ação Civil Pública, a Constituição 
Federal e a Política Nacional dos Resíduos Sólidos são legislações posteriores à Política 
Nacional do Meio Ambiente. 
 
D. a Lei nº 10.257/2001, Estatuto da Cidade. 
Por que esta resposta não é correta? 
A Política Nacional do Meio Ambiente é o marco inicial do terceiro período histórico do Direito 
Ambiental, que abrange os dias atuais. O Estatuto da Cidade, a Ação Civil Pública, a Constituição 
Federal e a Política Nacional dos Resíduos Sólidos são legislações posteriores à Política 
Nacional do Meio Ambiente. 
 
E. a Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. 
Por que esta resposta não é correta? 
A Política Nacional do Meio Ambiente é o marco inicial do terceiro período histórico do Direito 
Ambiental, que abrange os dias atuais. O Estatuto da Cidade, a Ação Civil Pública,a Constituição 
Federal e a Política Nacional dos Resíduos Sólidos são legislações posteriores à Política 
Nacional do Meio Ambiente. 
3) Considere a frase a seguir: _______________ é fonte formal do Direito Ambiental e 
se caracteriza por traçar diretrizes para o sistema legislativo ambiental. A alternativa que 
melhor completa a frase anterior é: 
A. movimentos sociais. 
Por que esta resposta não é correta? 
Os movimentos sociais, a doutrina e as descobertas científicas são fontes importantes do direito, 
mas a Constituição Federal é reconhecida como fonte formal do Direito Ambiental, que traça 
diretrizes para as outras normativas. 
 
B. eventos de organizações públicas oficiais. 
Por que esta resposta não é correta? 
Os movimentos sociais, a doutrina e as descobertas científicas são fontes importantes do direito, 
mas a Constituição Federal é reconhecida como fonte formal do Direito Ambiental, que traça 
diretrizes para as outras normativas. 
 
C. doutrina. 
Por que esta resposta não é correta? 
Os movimentos sociais, a doutrina e as descobertas científicas são fontes importantes do direito, 
mas a Constituição Federal é reconhecida como fonte formal do Direito Ambiental, que traça 
diretrizes para as outras normativas. 
 
D. descobertas científicas. 
Por que esta resposta não é correta? 
Os movimentos sociais, a doutrina e as descobertas científicas são fontes importantes do direito, 
mas a Constituição Federal é reconhecida como fonte formal do Direito Ambiental, que traça 
diretrizes para as outras normativas. 
 
Você acertou! 
E. Constituição Federal. 
Por que esta resposta é a correta? 
Os movimentos sociais, a doutrina e as descobertas científicas são fontes importantes do direito, 
mas a Constituição Federal é reconhecida como fonte formal do Direito Ambiental, que traça 
diretrizes para as outras normativas. 
 
4) O Direito se consolida por meio de diversas fontes, cada uma representando a 
busca do ideal de justiça, em qualquer que seja o ramo de sua aplicação. Sobre os tratados 
internacionais, é correto afirmar que: 
A. são válidos no Brasil desde o momento em que são assinados. 
Por que esta resposta não é correta? 
Os tratados internacionais devem ser ratificados internamente para que então tenham validade 
no país, como o Protocolo de Montreal, assinado pelo Brasil. Equiparam-se às leis e independem 
de anuência do Ibama ou do CONAMA. 
 
B. o Protocolo de Montreal é um exemplo de tratado internacional válido em outros países, 
mas não assinado pelo Brasil. 
Por que esta resposta não é correta? 
Os tratados internacionais devem ser ratificados internamente para que então tenham validade 
no país, como o Protocolo de Montreal, assinado pelo Brasil. Equiparam-se às leis e independem 
de anuência do Ibama ou do CONAMA. 
 
C. têm força de norma administrativa, como se fosse emitida pelo Brasil. 
Por que esta resposta não é correta? 
Os tratados internacionais devem ser ratificados internamente para que então tenham validade 
no país, como o Protocolo de Montreal, assinado pelo Brasil. Equiparam-se às leis e independem 
de anuência do Ibama ou do CONAMA. 
 
Você acertou! 
D. são fontes do Direito Ambiental no Brasil se forem ratificados no país. 
Por que esta resposta é a correta? 
Os tratados internacionais devem ser ratificados internamente para que então tenham validade 
no país, como o Protocolo de Montreal, assinado pelo Brasil. Equiparam-se às leis e independem 
de anuência do Ibama ou do CONAMA. 
 
E. devem ser validados internamente pelo CONAMA ou pelo Ibama. 
Por que esta resposta não é correta? 
Os tratados internacionais devem ser ratificados internamente para que então tenham validade 
no país, como o Protocolo de Montreal, assinado pelo Brasil. Equiparam-se às leis e independem 
de anuência do Ibama ou do CONAMA. 
 
5) Ao analisar o complexo de legislação ambiental, percebe-se a forte influência de 
normas administrativas, como as emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA. Sobre essas 
normas, podemos afirmar que: 
Você acertou! 
A. não é possível que o Congresso legisle com a velocidade necessária para acompanhar 
as rápidas evoluções ambientais, motivo pelo qual as normas administrativas devem ter o seu 
poder ampliado. 
Por que esta resposta é a correta? 
As normas emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA são fontes formais do Direito Ambiental e 
seguem diretrizes das leis e da Constituição Federal. 
 
B. são fontes e diretrizes importantes para a proteção ambiental, mas não são reconhecidas 
como fontes formais do Direito Ambiental. 
Por que esta resposta não é correta? 
As normas emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA são fontes formais do Direito Ambiental e 
seguem diretrizes das leis e da Constituição Federal. 
 
C. na esfera ambiental, são mais importantes do que as leis e a Constituição Federal, pois 
efetivamente regulamentam a proteção do meio ambiente. 
Por que esta resposta não é correta? 
As normas emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA são fontes formais do Direito Ambiental e 
seguem diretrizes das leis e da Constituição Federal. 
 
D. originam-se por meio da mobilização popular e da doutrina, sendo mais eficiente do que 
as leis ambientais, cujo processo legislativo é muito lento. 
Por que esta resposta não é correta? 
As normas emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA são fontes formais do Direito Ambiental e 
seguem diretrizes das leis e da Constituição Federal. 
 
E. são órgãos que indicam diretrizes que devem ser seguidas para a elaboração de leis que 
objetivem a proteção ambiental. 
Por que esta resposta não é correta? 
As normas emitidas pelo Ibama e pelo CONAMA são fontes formais do Direito Ambiental e 
seguem diretrizes das leis e da Constituição Federal. 
 
Conceitos fundamentais de direito 
ambiental
APRESENTAÇÃO
O Direito Ambiental é um ramo relativamente novo do Direito e tem características muito 
especiais, por tutelar direitos transindividuais, difusos e coletivos. Seus principais conceitos são 
moldados por encontros internacionais de especialistas na área desde 1972 e seguem em 
transformação e adequação, tendo sua mais recente transformação na definição dos objetivos do 
desenvolvimento sustentável. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver as características especiais do conceito de Direito 
Ambiental, os seus conceitos fundamentais presentes nos princípios gerais da matéria, trazidos 
pelas conferências de Estocolmo em 1972 e Rio em 1992, as novas fronteiras trazidas pelos 
objetivos do desenvolvimento sustentável e pela Agenda 2030, bem como os seus 
desdobramentos no Direito interno brasileiro. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer o conceito de Direito Ambiental como ramo do Direito.•
Identificar os principais conceitos do Direito Ambiental.•
Analisar as contribuições do Direito Ambiental para o conceito de desenvolvimento 
sustentável.
•
DESAFIO
O Direito Ambiental tem dupla incidência, pois tutela tanto os direitos coletivos como também o 
direito individual de todos que são afetados por infrações ao direito fundamental ao meio 
ambiente equilibrado.
 
Considerando a situação hipotética, responda às seguintes perguntas:
1. É possível tutelar os direitos dos fazendeiros com base nas ferramentas de Direito Ambiental? 
Justifique.
2. É possível responsabilizar o Estado Nacional B pelos danos causados pela empresa 
termelétrica? Justifique.
INFOGRÁFICO
O Direito Ambiental é composto por uma grande variedade de conceitos-chave oriundos de 
diversas conferências internacionais sobre o tema. Neste Infográfico, você vai ver alguns 
conceitos selecionados para a melhor compreensão do Direito Ambiental e das suas ferramentas.
Confira.
CONTEÚDO DO LIVRO
Os conceitos fundamentais de Direito Ambiental são elementos em construção e atualização 
constantes, podendo ser extraídos de movimentos internacionais e internos que os ecoam. A 
partir doestudo de contribuições das diversas conferências internacionais sobre o meio 
ambiente, é possível extrair esses conceitos que constituem a base para o estudo do Direito 
Ambiental.
Neste capítulo, Conceitos fundamentais de Direito Ambiental, parte do livro Direito e legislação 
ambiental, você vai ver as especificidades do conceito de Direito Ambiental, os seus conceitos 
fundamentais e as tendências futuras de sua aplicação a partir dos objetivos do desenvolvimento 
sustentável.
Boa leitura.
DIREITO E 
LEGISLAÇÃO 
AMBIENTAL 
Magnum Eltz
Conceitos fundamentais 
de Direito Ambiental
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identifi car o conceito de Direito Ambiental como ramo do Direito.
  Reconhecer os principais conceitos do Direito Ambiental.
  Analisar as contribuições do Direito Ambiental para o conceito de 
desenvolvimento sustentável.
Introdução
O Direito Ambiental é um ramo relativamente novo do Direito e possui 
características bastante especiais por tutelar direitos transindividuais, 
difusos e coletivos. Os seus principais conceitos são moldados por en-
contros internacionais de especialistas na área desde 1972 e seguem em 
transformação e adequação, tendo a sua mais recente transformação na 
definição dos objetivos do desenvolvimento sustentável.
Neste capítulo, você vai ler sobre as características especiais do con-
ceito de Direito Ambiental, os seus conceitos fundamentais presentes nos 
princípios gerais da matéria trazidos pelas Conferências de Estocolmo em 
1972 e do Rio em 1992, além das novas fronteiras trazidas pelos objeti-
vos do desenvolvimento sustentável e pela Agenda 2030, com os seus 
desdobramentos no Direito interno brasileiro.
Direito Ambiental como ramo do Direito
O Direito Ambiental é um ramo do Direito em construção. Nasceu da pre-
ocupação da comunidade científi ca com as consequências do crescimento 
econômico-industrial acelerado, que culminou na Conferência de Estocolmo 
em 1972, a partir do Relatório Meadows do Clube de Roma, que constatou 
que a continuidade do crescimento acelerado poderia trazer a extinção da hu-
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manidade a partir da problemática demográfi ca malthusiana (falta de comida), 
do efeito estufa e da extinção de espécies de forma acelerada pela expansão 
das ocupações humanas.
Nesse sentido, Milaré (2013, p. 50) complementa a atualidade da discussão, 
onde:
Em verdade, a agressão aos bens da natureza, pondo em risco o destino do 
homem, é um dos tremendos males que estão gerando o “pânico universal” 
que assombra a humanidade neste inquietante início de milênio.
Por isso, nos últimos anos, a sociedade vem acordando para a problemática 
ambiental, repensando o mero crescimento econômico, buscando fórmulas 
alternativas, como o desenvolvimento sustentável ou o eco desenvolvimento, 
cuja característica principal consiste na possível e desejável conciliação entre 
o desenvolvimento, a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade 
de vida — três metas indispensáveis.
Esse contexto trouxe à baila a criação de diversos princípios de Direito 
Ambiental na esfera internacional. Esses princípios seriam complementa-
dos na Conferência Rio-92, que consagraria conceitos importantes, como 
a responsabilidade objetivada pelo princípio do poluidor-pagador, além dos 
conceitos de precaução e de prevenção no Direito Ambiental e outros. Além 
disso, a Rio-92 é responsável pelo estabelecimento da Agenda 21 em busca 
de um desenvolvimento sustentável, que, segundo o autor:
Em 1992 a “Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desen-
volvimento” — Cnumad, mais conhecida como Eco 92 ou Rio 92, adotou na 
Declaração do Rio e na Agenda 21 o desenvolvimento sustentável como meta 
a ser buscada e respeitada por todos os países. Assim, o princípio 4 da decla-
ração do Rio estabelece que: “Para alcançar o desenvolvimento sustentável, 
a proteção ambiental constituirá parte integrante do processo de desenvolvi-
mento e não pode ser considerada isoladamente deste” (MILARÉ, 2013, p. 51).
Portanto, o Direito Ambiental é um ramo do Direito que inicia a sua jornada 
enquanto disciplina autônoma que visa à tutela de direitos que ultrapassam 
a subjetividade individual, mas que tutelam valores que dizem respeito às 
coletividades, por isso, é debatido enquanto direito transindividual, ora difuso, 
ora coletivo.
É nesse sentido que, ao ser consagrado na Constituição Federal brasileira 
de 1988, possui dupla incidência, pois tutela tanto os direitos coletivos quanto 
o direito individual de todos os afetados por infrações ao direito fundamental 
ao meio ambiente equilibrado, previsto em seu art. 225, que o configura como 
Conceitos fundamentais de Direito Ambiental2
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direito fundamental do cidadão brasileiro (BRASIL, 1988). Conforme ensina 
Canotilho (1998, p. 28):
Na caracterização do ambiente como direito fundamental, deve também 
destacar-se o seu entendimento como direito da personalidade humana, bem 
como a sua autonomia. Da mesma forma que deixamos vinculada a autono-
mia do ambiente enquanto bem jurídico, também como direito fundamental 
ele é protegido com autonomia relativamente a outros direitos que lhe são 
“próximos” (por exemplo o direito à saúde ou de propriedade). Como reflexo 
das crescentes preocupações que são em geral sentidas pela comunidade a 
este respeito, o legislador constitucional português deu guarda ao direito ao 
ambiente tutelando-o directa e imediatamente e não apenas como meio de 
efectivar outros direitos com ele relacionados.
Dessa forma, o Direito Ambiental é um ramo do Direito Público e do 
Direito Privado, embora a maior parte das suas regras e dos seus princípios se 
caracterize pelas restrições impostas pelo direito objetivo aos direitos subjeti-
vos (de propriedade, liberdade contratual, entre outros); este também tutela a 
liberdade, o uso e o gozo desse bem coletivo pelos indivíduos, tornando essa 
disciplina especial às divisões clássicas que permeiam o Direito.
Os direitos transindividuais são direitos de terceira geração ou direitos de solidariedade 
que envolvem direitos individuais e coletivos ao mesmo tempo, por isso, não são 
devidamente classificados entre as esferas pública e privada nos seus aspectos clássicos.
São espécies de direitos transindividuais os direitos difusos, quando incidem 
sobre coletividade indeterminada, ou direitos coletivos, quando incidem sobre 
grupos determinados.
Conceitos fundamentais de Direito Ambiental
Conforme mencionado, o Direito Ambiental é moldado por princípios oriundos 
das diversas conferências internacionais do meio ambiente, com destaque para 
as Conferências de Estocolmo, de 1972, e do Rio, em 1992, que deram origem 
aos primeiros conceitos fundamentais da área.
Neste capítulo, utilizaremos o trabalho de Nardy et al. (2003) como fio 
condutor.
3Conceitos fundamentais de Direito Ambiental
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O primeiro conceito trabalhado pelo autor é o da soberania permanente 
sobre os recursos naturais:
 [...] no final da década de 1960, início da década de 1970, os países em 
desenvolvimento, em particular aqueles surgidos do recente processo de 
descolonização, propuseram-se a eliminar as práticas pelas quais as antigas 
potências coloniais mantinham o controle de facto da exploração de seus 
recursos naturais. Foi nesse contexto que a ideia de soberania permanente 
sobre recursos naturais veio à luz como uma doutrina de natureza econômica, 
completamente distinta do conceito político de soberania nacional, apesar de 
se reconhecer presentemente uma vinculação estreita entre as condições de 
afirmação de ambas ideias (NARDY et al., 2003, p. 8).
O conceito de soberania é um dos mais antigos do Direito Internacional, 
que é responsável por delimitar as fronteiras dos Estados nacionais,como 
concebidos durante o período moderno da História. Dessa forma, o princípio 
da soberania sobre os recursos naturais de um determinado país nada mais é 
do que um reflexo dessa constante histórica. 
No entanto, conforme a natureza coletiva e, muitas vezes, transfronteiriça 
dos bens ambientais, como é o caso da Amazônia, esse conceito é colocado 
em discussão pelos pesquisadores da área. Um exemplo dessa discussão 
encontra-se na imagem falsa circulada na internet sobre um território in-
ternacional, invadindo a soberania dos países que integram a Amazônia 
Legal (Brasil, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e 
Peru). Há, entre os defensores da falsa imagem, aqueles que entendam que 
o bem jurídico tutelado que é a Amazônia deveria obter proteção especial 
em relação aos seus países de origem, uma vez que as consequências de seu 
desmatamento possuem implicações globais, entre elas, a escassez de chuvas 
e as mudanças climáticas.
Esse debate é embasado no conceito de patrimônio comum da humani-
dade, que afirma que determinados recursos naturais devem ser intitulados 
a toda a humanidade. Esse princípio pode ser depreendido do princípio 13 da 
Conferência de Estocolmo, que invoca uma cooperação internacional para 
a gestão dos recursos naturais, e do princípio 6 da Conferência do Rio, que 
coloca nos interesses internacionais as ações de interesse comum aos Estados.
No entanto, ambas as cartas reconhecem a soberania nacional dos Estados 
que lhe são signatários, de modo que a cooperação internacional, como é de 
costume no Direito Internacional, deve se dar de comum acordo entre os Es-
tados por meio de acordos específicos, caso que ocorre na Amazônia quanto 
à pesquisa e ao desenvolvimento de fármacos, ações de preservação entre os 
Conceitos fundamentais de Direito Ambiental4
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países da Amazônia Legal e outras ações legítimas, mas que não a tornam 
um território internacional; sendo esta titularidade exclusiva do continente 
antártico até o presente momento.
O conceito de desenvolvimento, que trata de evolução de determinada 
economia por meio da realização de atividades que gerem aumento de riqueza 
em uma determinada nação, é bastante afetado pelas convenções internacionais 
sobre o meio ambiente para se chegar ao conceito novo de um desenvolvimento 
sustentável (econômico, social e ambiental), em que:
O direito ao desenvolvimento apresenta dois componentes elementares. O 
primeiro consiste na verdade, em uma reafirmação da soberania permanentes 
dos Estados sobre seus recursos naturais, mas a estende a todas as áreas da 
economia, da política e das liberdades civis. [...] Já o segundo componente desse 
princípio afirma que todo homem tem o direito de contribuir para e participar 
do desenvolvimento cultural, social, econômico e político. Em consequência, 
o direito ao desenvolvimento articula-se como um direito fundamental que os 
Estados têm o dever de proteger (NARDY et al., 2003, p. 10).
Dessa forma, enquanto o primeiro aspecto do conceito de desenvolvimento 
pode chocar-se com a sustentabilidade, como ocorre na doutrina Trump nos 
Estados Unidos da América, por exemplo, em sua saída do Tratado de Paris 
sobre as mudanças climáticas; esse tratado possui aspectos vinculativos ao 
conceito de sustentabilidade no que concerne ao desenvolvimento das huma-
nidades culturais, econômicas e sociais.
Um conceito polêmico em relação à isonomia dos Estados nacionais é o 
conceito da responsabilidade comum, mas diferenciada; que é:
[...] associada aos esforços dos países em desenvolvimentos para estabelecer 
critérios de compartilhamento da responsabilidade internacional pela solução 
de problemas ambientais globais que levem em consideração a realidade 
socioeconômica dos diferentes Estados (NARDY et al., 2003, p. 14).
Esse conceito pode ser verificado nos esforços do Tratado de Kyoto (subs-
tituído pelo Tratado de Paris sobre mudanças climáticas) em diferenciar as 
possibilidades de atuação entre países do Anexo I (reduzindo emissões) e 
Anexo II (negociando créditos de carbono) e os países desenvolvidos e em 
desenvolvimento, respectivamente.
Um dos conceitos mais importantes em relação à sustentabilidade e preser-
vação do meio ambiente é também um dos princípios mais polêmicos do Direito 
Ambiental, o princípio da precaução, que trata dos riscos desconhecidos em 
5Conceitos fundamentais de Direito Ambiental
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determinada tecnologia ou inovação. Com uma divisão bastante patente entre 
a aplicação desse princípio entre os Estados Unidos da América (concepção 
fraca) e a União Europeia (concepção forte), esse princípio é divisor de águas 
na implementação de tecnologias dos organismos geneticamente modificados 
e na manipulação genética humana para o tratamento de doenças, por exemplo, 
sendo estas as concepções:
A concepção forte postula o impedimento das ações lesivas e a máxima in 
dubio pro natureza, quase sempre amparada na ideia de que os sistemas 
naturais têm direitos e valores intrínsecos. [...]
A concepção fraca leva em consideração os riscos, os custos financeiros e os 
benefícios envolvidos na atividade, partindo, em regra de uma ética ambiental 
antropocêntrica responsável (NARDY et al., 2003, p. 60–61).
O conceito de precaução é, muitas vezes, confundido com o conceito de 
prevenção, que trata da gestão de riscos conhecidos da comunidade científica 
a partir da proibição de práticas ou da obrigação de tecnologias de mitigação 
desses riscos por meio de recursos de prevenção de acidentes. Ambos os prin-
cípios são desdobramentos do princípio 2 da Convenção do Rio, que determina 
a proibição de atividades que causem danos ao meio ambiente dentro de suas 
fronteiras ou que as ultrapassem.
Outro importante conceito integrante desse sistema é o de poluidor-pa-
gador, princípio 16 da Conferência Rio 92, que fundamenta a internalização 
dos custos ambientais na produção a partir da responsabilidade objetiva pelos 
danos causados ao meio ambiente no âmbito interno de cada Estado nacional; 
esse princípio integra a tríplice tutela (civil, administrativa e penal) do meio 
ambiente, prevista no art. 225, § 3º, da Constituição Federal brasileira.
No âmbito internacional, os Estados também possuem responsabilidade 
pelos danos causados, decorrentes do dever geral do princípio 2 da Confe-
rência do Rio.
Outro princípio-chave na determinação de conceitos fundamentais do 
Direito Ambiental é o princípio da equidade intergeracional, uma inovação 
da Rio-92, no seu princípio 3, cujo conteúdo determina que “As presentes 
gerações não podem deixar para as futuras gerações uma herança de déficits 
ambientais ou do estoque de recursos e benefícios inferiores aos que receberam 
das gerações passadas” (NARDY et al., 2003, p. 53).
Assim, os esforços das gerações presentes devem focar-se nas próximas 
gerações, para que tenham as mesmas oportunidades de contato com um meio 
Conceitos fundamentais de Direito Ambiental6
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ambiente equilibrado, princípio este também presente no conceito fundamental 
do art. 225 da Constituição Federal brasileira.
Outros dois princípios fundamentais para a compreensão do Direito 
Ambiental:
[...] para que todos tomem ciência do estado, das propostas e execuções de 
manejos de seu entorno natural, construindo e renovando uma “opinião pública 
ambiental informada”, mas sobretudo para que possam contribuir de maneira 
efetiva e consciente nos processos decisórios que venham a gerar efeitos sobre 
a natureza (NARDY et al., 2003, p. 76).
Citamos também o consequente princípio da participação, em que todos 
são convocados a colaborar por meio de suas atividades diárias em termos de 
consumo, descarte e uso de recursos de forma consciente, mas também por 
meio dos aparatos democráticos:
A democracia hodiernamente não se satisfaz apenascom as instâncias delibe-
rativas dos representantes eleitos e de corpos burocráticos fiéis aos comandos 
legais. Exige-se um complemento, meios de participação direta do povo ou 
da comunidade tanto em sede das macro decisões (plebiscito, referendo e 
iniciativa legislativa popular), quanto em processos decisórios de menor ex-
tensão (decisões administrativas, jurídicas coletivas e sociais, condominiais 
e empresariais, por exemplo) que digam respeito a todos ou afetem direta ou 
indiretamente (NARDY et al., 2003, p. 79).
Em nosso ordenamento jurídico, o princípio da participação pode ser 
observado no processo de licenciamento ambiental em audiências públicas 
e no plebiscito, referendo, iniciativa legislativa popular e outros aparatos 
participativos presentes nas diferentes esferas da União, como a participação 
em Conselhos Deliberativos do SISNAMA e orçamento participativo (porém, 
não se encontra no âmbito da participação de decisões no Judiciário, pois, ao 
contrário do que ocorre em alguns ordenamentos, o júri é restrito no Brasil 
aos casos de crimes dolosos contra a vida).
Em resumo, os principais conceitos trazidos pelas Conferências de Esto-
colmo e do Rio reverberam em todas as ferramentas de Direito Ambiental, 
constituindo verdadeiros conceitos fundamentais que devem ser observados 
durante a prática e o estudo desse ramo jurídico especial.
7Conceitos fundamentais de Direito Ambiental
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Objetivos do desenvolvimento sustentável
A partir dos conceitos trazidos pelas primeiras conferências sobre o meio 
ambiente e dos 20 anos da Rio 92, celebrados na Conferência Rio+20, foi deter-
minada a chamada Agenda 2030, que defi niu os objetivos do desenvolvimento 
sustentável como uma maneira de organizar os princípios trabalhados pelas 
diferentes convenções internacionais que avançaram sobre a biodiversidade, 
sustentabilidade social, econômica, ambiental e outros sistemas que podem 
ser observados a seguir:
  erradicar a pobreza;
  acabar com a fome;
  vida saudável;
  educação de qualidade;
  igualdade de gênero;
  água e saneamento;
  energias renováveis;
  trabalho digno e crescimento econômico;
  inovação e infraestruturas;
  reduzir as desigualdades;
  cidades e comunidades sustentáveis;
  produção e consumo sustentáveis;
  combater as alterações climáticas;
  oceanos, mares e recursos marinhos;
  ecossistemas terrestres e biodiversidade;
  paz e justiça;
  parcerias para o desenvolvimento.
Segundo o site oficial das Nações Unidas:
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas que estamos 
anunciando hoje demonstram a escala e a ambição desta nova Agenda 
universal. Eles se constroem sobre o legado dos Objetivos de Desenvolvi-
mento do Milênio e concluirão o que estes não conseguiram alcançar. Eles 
buscam concretizar os direitos humanos de todos e alcançar a igualdade 
de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas. Eles são integra-
dos e indivisíveis, e equilibram as três dimensões do desenvolvimento 
sustentável: a econômica, a social e a ambiental (ORGANIZAÇÃO DAS 
NAÇÕES UNIDAS, 2015).
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Assim, ao definir as áreas macro pessoas, planeta, prosperidade, paz e 
parceria, os objetivos do desenvolvimento sustentável revelam a verdadeira 
abrangência dos conceitos ambientais elevados a conceitos de desenvolvimento 
sustentável, que permeiam todas as áreas do Direito em busca de uma interação 
maior ligada aos conceitos primordiais de direitos naturais do homem, que 
são a base das ações das Nações Unidas e que também constituem os direitos 
fundamentais de suas nações signatárias.
Assim, são elencados como objetivos do desenvolvimento sustentável e novos 
conceitos fundamentais do Direito Ambiental os seguintes objetivos/princípios:
Objetivo 1 — acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
Objetivo 2 — acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria 
da nutrição e promover a agricultura sustentável.
Objetivo 3 — assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para 
todos, em todas as idades.
Objetivo 4 — assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade e 
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
Objetivo 5 — alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres 
e meninas.
Objetivo 6 — assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e 
saneamento para todos.
Objetivo 7 — assegurar o acesso confi ável, sustentável, moderno e a preço 
acessível à energia para todos.
Objetivo 8 — promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e 
sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos.
Objetivo 9 — construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização 
inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.
Objetivo 10 — reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
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Objetivo 11 — tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, 
seguros, resilientes e sustentáveis.
Objetivo 12 — assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
Objetivo 13 — tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima 
e seus impactos.
Objetivo 14 — conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos 
recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
Objetivo 15 — proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossiste-
mas terrestres, gerir de forma sustentável as fl orestas, combater a desertifi cação, 
deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.
Objetivo 16 — promover sociedades pacífi cas e inclusivas para o desenvol-
vimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir 
instituições efi cazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.
Objetivo 17 — fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria 
global para o desenvolvimento sustentável.
Saiba mais sobre a Agenda 2030 e os objetivos do desen-
volvimento sustentável em:
https://goo.gl/c4aWgP 
Dessa forma, é possível compreender que o Direito Ambiental, em que pese 
inicie com objetivos vinculados à preservação de recursos naturais e prevenção ou 
precaução de consequências desastrosas para a humanidade, acaba por se converter 
em diretrizes gerais para o desenvolvimento da comunidade humana, podendo 
servir de modelo para todas as relações jurídicas internas e externas às nações 
atuais como uma espécie de reinvenção dos direitos naturais para o século XXI.
Conceitos fundamentais de Direito Ambiental10
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BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 
Senado Federal, 1988.
CANOTILHO, J. J. G. Direito constitucional e teoria da constituição. 2. ed. Coimbra: Al-
medina, 1998.
MILARÉ, E. Direito do ambiente. 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.
NARDY, A. et al. Princípios de direito ambiental: na dimensão internacional e comparada. 
Belo Horizonte: Del Rey, 2003.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Transformando nosso mundo: a agenda 2030 
para o desenvolvimento sustentável. 2015. Disponível em: <https://nacoesunidas.
org/pos2015/agenda2030/>. Acesso em: 18 dez. 2017.
Leituras recomendadas
BUARQUE, D. Mapa da Amazônia dividida é mentira deliberada. Globo.com, 2010. 
Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/08/mapa-da-amazonia-di-
vidida-e-mentira-deliberada-diz-diplomata-brasileiro.html>. Acesso em: 18 dez. 2017.
ELTZ, M K de F. Análise econômica da responsabilidade ambiental: análise econômica 
do direito: entre o Peru e o Brasil. Curitiba: Ithala, 2016.
Conceitos fundamentais de Direito Ambiental12
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DICA DO PROFESSOR
Nesta Dica do Professor, você vai ver osdiversos temas de Direito Ambiental, para que possa 
extrair os conceitos específicos de cada área. É importante lembrar que cada ramo tem 
princípios e regras próprios, mas que refletem os conceitos fundamentais extraídos dessa lição.
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EXERCÍCIOS
1) O direito a um meio ambiente equilibrado previsto no art. 225 da Constituição 
Federal é um "direito de todos". A partir dessa noção, marque a alternativa correta. 
O Direito Ambiental regula: 
I – Apenas direitos coletivos. 
II – Direitos individuais. 
III – Direitos transindividuais. 
A) a) Apenas I está correta.
B) b) Apenas II está correta.
C) c) Apenas I e II estão corretas.
D) d) Apenas I e III estão corretas.
E) e) Apenas II e III estão corretas.
2) O princípio do poluidor-pagador, integrado como conceito fundamental ao Direito 
Ambiental na Constituição Federal de 1988, § 3o do art. 225, e na Lei no 6.938/81, 
art. 14, I, é associado à responsabilidade: 
A) a) penal, apenas.
B) b) civil, apenas.
C) c) administrativa, apenas.
D) d) subjetiva.
E) e) tríplice, penal, administrativa e civil, em sua modalidade objetiva.
3) O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre 
os seus efeitos, como inovações na área de organismos geneticamente modificados, 
medicamentos e métodos de produção energética baseados em cisão, fusão ou 
enriquecimento de minérios radioativos, caracteriza o princípio: 
A) a) da prevenção em seu sentido fraco.
B) b) da prevenção em seu sentido forte.
C) c) da precaução em seu sentido fraco.
D) d) da precaução em seu sentido forte.
E) e) do poluidor-pagador.
O princípio da participação, elemento democrático da preservação do meio ambiente, 
que compõe sua evolução por meio da constante presença das diversas camadas 
populares nas conferências internacionais que geram os conceitos fundamentais do 
Direito Ambiental, é caracterizado no Brasil: 
I – Pelo instrumento da audiência pública no processo de licenciamento ambiental. 
4) 
II – Pela possibilidade de atuação da população em decisões de forma direta pelo 
plebiscito. 
III – Pela participação da sociedade no Tribunal do Júri. 
A) a) Apenas I está correta.
B) b) Apenas II está correta.
C) c) I e II estão corretas.
D) d) II e III estão corretas.
E) e) Todas as alternativas estão corretas.
5) Os objetivos do desenvolvimento sustentável, que marcaram as comemorações dos 20 
anos da Rio 92 com a definição da ampliação da Agenda 21 para a Agenda 2030, são: 
A) a) Princípios exclusivos de Direito Ambiental.
B) b) Princípios exclusivos de Direito Civil.
C) c) Princípios exclusivos de Direito Público.
D) d) Princípios exclusivos de Direito Administrativo.
E) e) Uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos, que elevam a sistemática do 
Direito Ambiental a todos os ramos do Direito.
NA PRÁTICA
A aplicação dos conceitos fundamentais de Direito Ambiental pode ser verificada com muita 
facilidade na prática.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
O vídeo a seguir mostra um exemplo do princípio da participação, em sua modalidade das 
ações subjetivas cotidianas, no auxílio à defesa do meio ambiente equilibrado, a partir do 
consumo e do uso sustentável, bem como da destinação adequada de resíduos.
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Veja que o artigo a seguir tenciona traçar algumas linhas acerca da qualificação do direito 
ao meio ambiente como um direito fundamental.
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O artigo a seguir traz um estudo sobre a proteção do Direito Ambiental pelo sistema 
internacional dos direitos humanos.
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Veja no site assuntos como o Direito Ambiental tem gerado a concretização de numerosos 
e significativos tratados sobre biossegurança, espécies ameaçadas, mudanças climáticas e 
biodiversidade.
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Aluno: André Tesck Inácio 
 
01. É possível tutelar os direitos dos fazendeiros com base nas ferramentas de Direito 
Ambiental? Justifique. 
 
No caso em tela é possível tutelar os direitos dos fazendeiros, posto que, os direitos ambientais 
são direitos transindividuais de terceira geração que protegem o direito ao meio ambiente 
equilibrado. A responsabilidade é pública e privada na manutenção deste direito, ou seja, os 
aspectos jurídicos que incidem sobre esses direitos são nas esferas civil, administrativa e penal. 
Desta feita, a soberania nacional pode utilizar-se o princípio da ubiquidade e considerando 
como local do crime onde há a emissão dos gases e no outro país onde o efeito acontece. 
 
2. É possível responsabilizar o Estado Nacional B pelos danos causados pela empresa 
termelétrica? Justifique. 
 
De igual forma na questão anterior, é possível buscar a responsabilização do Estado Nacional 
B, posto que a Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988 estabelece em seu artigo 
225 a soberania nacional e a garantia de um sistema equilibrado. Ainda mais concomitante a 
isso, a jurisdição penal adotada no Brasil corrobora com este princípio recepcionado pela Carta 
Magma de 1988 e estabelece a extraterritorialidade, podendo um agente exterior ser alcançado 
pela legislação nacional e condenado, tendo a pena cumprida ao entrar no país, caso não exista 
tratado internacional sobre o tema. 
 
 
Exercícios Conceitos fundamentais de direito 
Respostas enviadas em: 30/03/2021 15:27 
 
1. O direito a um meio ambiente equilibrado previsto no art. 225 da Constituição Federal 
é um "direito de todos". A partir dessa noção, marque a alternativa correta. O Direito 
Ambiental regula: 
I –Apenas direitos coletivos. 
II – Direitos individuais. 
III – Direitos transindividuais. 
A. a) Apenas I está correta. 
Por que esta resposta não é correta? 
O Direito Ambiental regula direitos e deveres em suas modalidades subjetivas e coletivas, tal 
como descrito no art. 225 da Constituição Federal. 
 
B. b) Apenas II está correta. 
Por que esta resposta não é correta? 
O Direito Ambiental regula direitos e deveres em suas modalidades subjetivas e coletivas, tal 
como descrito no art. 225 da Constituição Federal. 
 
C. c) Apenas I e II estão corretas. 
Por que esta resposta não é correta? 
O Direito Ambiental regula direitos e deveres em suas modalidades subjetivas e coletivas, tal 
como descrito no art. 225 da Constituição Federal. 
 
D. d) Apenas I e III estão corretas. 
Por que esta resposta não é correta? 
O Direito Ambiental regula direitos e deveres em suas modalidades subjetivas e coletivas, tal 
como descrito no art. 225 da Constituição Federal. 
 
Você acertou! 
E. e) Apenas II e III estão corretas. 
Por que esta resposta é a correta? 
O Direito Ambiental regula direitos e deveres em suas modalidades subjetivas e coletivas, tal 
como descrito no art. 225 da Constituição Federal. 
 
2 O princípio do poluidor-pagador, integrado como conceito fundamental ao Direito 
Ambiental na Constituição Federal de 1988, § 3º do art. 225, e na Lei nº 6.938/81, art. 14, I, 
é associado à responsabilidade: 
A. a) penal, apenas. 
Por que esta resposta não é correta? 
O princípio do poluidor-pagador da Rio 92 é o fundamento da responsabilidade tríplice, penal, 
administrativa e civil, em sua modalidade objetiva prevista no § 3º do art. 225 da Constituição 
Federal brasileira de 1988. 
 
B. b) civil, apenas. 
Por que esta resposta não é correta? 
O princípio do poluidor-pagador da Rio 92 é o fundamento da responsabilidade tríplice, penal, 
administrativa e civil, em sua modalidade objetiva prevista no § 3º do art. 225 da Constituição 
Federal brasileira de 1988. 
 
C. c) administrativa, apenas. 
Por que esta resposta não é correta? 
O princípio do poluidor-pagador da Rio 92 é o fundamento da responsabilidadetríplice, penal, 
administrativa e civil, em sua modalidade objetiva prevista no § 3º do art. 225 da Constituição 
Federal brasileira de 1988. 
 
D. d) subjetiva. 
Por que esta resposta não é correta? 
O princípio do poluidor-pagador da Rio 92 é o fundamento da responsabilidade tríplice, penal, 
administrativa e civil, em sua modalidade objetiva prevista no § 3º do art. 225 da Constituição 
Federal brasileira de 1988. 
 
Você acertou! 
E. e) tríplice, penal, administrativa e civil, em sua modalidade objetiva. 
Por que esta resposta é a correta? 
O princípio do poluidor-pagador da Rio 92 é o fundamento da responsabilidade tríplice, penal, 
administrativa e civil, em sua modalidade objetiva prevista no § 3º do art. 225 da Constituição 
Federal brasileira de 1988. 
 
3) O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre 
os seus efeitos, como inovações na área de organismos geneticamente modificados, 
medicamentos e métodos de produção energética baseados em cisão, fusão ou 
enriquecimento de minérios radioativos, caracteriza o princípio: 
Você não acertou! 
A. a) da prevenção em seu sentido fraco. 
Por que esta resposta não é correta? 
O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre os seus 
efeitos caracteriza o princípio da precaução em seu sentido forte, aplicado exemplarmente pela 
União Europeia em oposição ao sentido fraco, que realiza cálculo de custo ambiental em relação 
aos benefícios potenciais da atividade aplicado nos EUA. 
 
B. b) da prevenção em seu sentido forte. 
Por que esta resposta não é correta? 
O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre os seus 
efeitos caracteriza o princípio da precaução em seu sentido forte, aplicado exemplarmente pela 
União Europeia em oposição ao sentido fraco, que realiza cálculo de custo ambiental em relação 
aos benefícios potenciais da atividade aplicado nos EUA. 
 
C. c) da precaução em seu sentido fraco. 
Por que esta resposta não é correta? 
O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre os seus 
efeitos caracteriza o princípio da precaução em seu sentido forte, aplicado exemplarmente pela 
União Europeia em oposição ao sentido fraco, que realiza cálculo de custo ambiental em relação 
aos benefícios potenciais da atividade aplicado nos EUA. 
 
Resposta correta 
D. d) da precaução em seu sentido forte. 
Por que esta resposta é a correta? 
O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre os seus 
efeitos caracteriza o princípio da precaução em seu sentido forte, aplicado exemplarmente pela 
União Europeia em oposição ao sentido fraco, que realiza cálculo de custo ambiental em relação 
aos benefícios potenciais da atividade aplicado nos EUA. 
 
E. e) do poluidor-pagador. 
Por que esta resposta não é correta? 
O dever de o Estado não autorizar atividades às quais não há certeza científica sobre os seus 
efeitos caracteriza o princípio da precaução em seu sentido forte, aplicado exemplarmente pela 
União Europeia em oposição ao sentido fraco, que realiza cálculo de custo ambiental em relação 
aos benefícios potenciais da atividade aplicado nos EUA. 
 
4. O princípio da participação, elemento democrático da preservação do meio ambiente, 
que compõe sua evolução por meio da constante presença das diversas camadas 
populares nas conferências internacionais que geram os conceitos fundamentais do 
Direito Ambiental, é caracterizado no Brasil: 
I – Pelo instrumento da audiência pública no processo de licenciamento ambiental. 
II – Pela possibilidade de atuação da população em decisões de forma direta pelo 
plebiscito. 
III – Pela participação da sociedade no Tribunal do Júri. 
 
A. a) Apenas I está correta. 
Por que esta resposta não é correta? 
O princípio da participação é caracterizado no Brasil pela audiência pública, prevista no processo 
de licenciamento ambiental, e pelo voto em plebiscito, mas não pela participação da sociedade 
no Tribunal do Júri, pois este, em nosso ordenamento, é restrito aos casos de crimes dolosos 
contra a vida. 
 
B. b) Apenas II está correta. 
Por que esta resposta não é correta? 
O princípio da participação é caracterizado no Brasil pela audiência pública, prevista no processo 
de licenciamento ambiental, e pelo voto em plebiscito, mas não pela participação da sociedade 
no Tribunal do Júri, pois este, em nosso ordenamento, é restrito aos casos de crimes dolosos 
contra a vida. 
 
Você acertou! 
C. c) I e II estão corretas. 
Por que esta resposta é a correta? 
O princípio da participação é caracterizado no Brasil pela audiência pública, prevista no processo 
de licenciamento ambiental, e pelo voto em plebiscito, mas não pela participação da sociedade 
no Tribunal do Júri, pois este, em nosso ordenamento, é restrito aos casos de crimes dolosos 
contra a vida. 
 
D. d) II e III estão corretas. 
Por que esta resposta não é correta? 
O princípio da participação é caracterizado no Brasil pela audiência pública, prevista no processo 
de licenciamento ambiental, e pelo voto em plebiscito, mas não pela participação da sociedade 
no Tribunal do Júri, pois este, em nosso ordenamento, é restrito aos casos de crimes dolosos 
contra a vida. 
 
E. e) Todas as alternativas estão corretas. 
Por que esta resposta não é correta? 
O princípio da participação é caracterizado no Brasil pela audiência pública, prevista no processo 
de licenciamento ambiental, e pelo voto em plebiscito, mas não pela participação da sociedade 
no Tribunal do Júri, pois este, em nosso ordenamento, é restrito aos casos de crimes dolosos 
contra a vida. 
Os objetivos do desenvolvimento sustentável, que marcaram as comemorações dos 20 
anos da Rio 92 com a definição da ampliação da Agenda 21 para a Agenda 2030, são: 
A. a) Princípios exclusivos de Direito Ambiental. 
Por que esta resposta não é correta? 
Os objetivos do desenvolvimento sustentável, em que pese tenham origem nas conferências 
sobre o meio ambiente, são uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos em geral, 
que elevam a sistemática do Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. 
 
B. b) Princípios exclusivos de Direito Civil. 
Por que esta resposta não é correta? 
Os objetivos do desenvolvimento sustentável, em que pese tenham origem nas conferências 
sobre o meio ambiente, são uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos em geral, 
que elevam a sistemática do Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. 
 
C. c) Princípios exclusivos de Direito Público. 
Por que esta resposta não é correta? 
Os objetivos do desenvolvimento sustentável, em que pese tenham origem nas conferências 
sobre o meio ambiente, são uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos em geral, 
que elevam a sistemática do Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. 
 
D. d) Princípios exclusivos de Direito Administrativo. 
Por que esta resposta não é correta? 
Os objetivos do desenvolvimento sustentável, em que pese tenham origem nas conferências 
sobre o meio ambiente, são uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos em geral, 
que elevam a sistemática do Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. 
 
Você acertou! 
E. e) Uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos, que elevam a sistemática do 
Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. 
Por que esta resposta é a correta? 
Os objetivos do desenvolvimento sustentável, em que pese tenham origem nas conferências 
sobre o meio ambiente, são uma sistematização dos princípios de Direitos Humanos em geral, 
que elevam a sistemática do Direito Ambiental a todos os ramos do Direito. 
 
EIA - Estudo de impacto ambiental
APRESENTAÇÃO
O Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) foi instituído no Brasil pela Política Nacional 
do Meio Ambiente (PNMA), através da Lei n.o 6938/81, sendo regulamentado pela Resolução

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