Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Alterações Inflamatórias A inflamação é a reação local dos tecidos vascularizados à agressão. A inflamação acaba sendo uma resposta benéfica, já que, com os sinais dos processos inflamatórios (dor, calor, rubor, edema e eritema) e com ou não a consequente perda da função tecidual, o paciente busca uma solução para a cura da patologia inflamatória. O rubor e o calor são resultados de aumento da circulação da área inflamada. Edema ou tumor é a consequência do líquido intersticial que se acumula nos tecidos, por causa da liberação de mediadores inflamatórios e o extravasamento de proteínas plasmáticas. Já a dor é a ação de substâncias biológicas no local da lesão que atingem as terminações nervosas, causando dor. Eritema é a coceira referente a uma inflamação alérgica, causando irritação e vermelhidão no local. A perda de função é decorrente de vários fatores, especialmente da dor e do edema. Inflamações Agudas e Crônicas Dependendo do tempo de duração, as inflamações são divididas em agudas e crônicas. Assim, inflamações que duram desde poucos minutos até poucos dias são chamadas de agudas, enquanto as que persistem por semanas ou meses são conhecidas como crônicas. Com relação à parte funcional e morfológica, as inflamações agudas caracterizam-se pelo predomínio dos fenômenos exsudativos, ou seja, consequentes alterações da permeabilidade vascular, permitindo o acúmulo na região inflamada de líquido (edema), fibrina (que se forma no interstício pela interação de componentes do plasma e fatores dos tecidos), leucócitos, especialmente neutrófilos e hemácias. Nas inflamações crônicas, além dos elementos citados, ocorrem neste local fenômenos de proliferação de vasos, fibroblastos (com deposição de colágeno) e também acúmulo e proliferação local de monócitos e linfócitos. É importante saber a diferença entre infecção e inflamação. As infecções são causa frequente de inflamação e são causadas por micro-organismos (tais como vírus, bactérias, fungos, parasitas). Infecções são, na maioria das vezes, tratadas com antibióticos, cessando as ações dos agentes causadores de infecção dentro do organismo. Já a inflamação é tratada com anti-inflamatórios, e o agente causador nem sempre envolve componente biológico, mas, sim, pode ser desencadeado por um trauma físico, químico e mecânico. Figura 1: Processo inflamatório. Fonte: Consolaro (2009). Acesso em: 10 nov. 2020. As Primeiras Fases da Inflamação É possível identificar as principais fases da inflamação. Na primeira fase, a vasculatura ao redor do local de lesão reage para recrutar células do sistema imune. Na segunda fase, células imunes circulantes migram desses vasos para os tecidos lesados, e mecanismos da resposta imune servem para neutralizar e remover o estímulo desencadeante. Em seguida, começa o processo de reparo e cicatrização do tecido, com o término do processo inflamatório agudo. Na fase de reparo da lesão, há proliferação de células endoteliais para substituir o endotélio lesado e a formação de novos vasos (angiogênese). O aumento da permeabilidade vascular pode variar com o tipo de agente agressor e de sua intensidade. Quando há resposta após agressão leve e de curta duração, o mediador inflamatório é a histamina, a qual se espalha por causa da abertura das junções intercomunicantes entre as células endoteliais.
Compartilhar