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semantica e sinetica na linguagem infantil

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2
Universidade Rovuma
Psicologia educacional- 2˚ ano
Desenvolvimento da linguagem
Hágala Lopes Cássimo
Resumo sobre semântica e na cinética na linguagem infantil; e
Competência e desempenho linguístico da criança.
1. Semântica e cinética na linguagem infantil
 O ser humano detém um léxico mental, e este é acessado quando há o desejo de representar, por meio de palavras, um objecto, uma acção, um atributo, um evento. O aprendizado de palavras e como utilizá-las adequadamente é um aspecto fundamental do desenvolvimento da linguagem.
De acordo com Silva e Britto (2013), a semântica é o revestimento intelectual e racional da linguagem. É a responsável pela compreensão do valor das coisas do mundo. Depende muito mais do enunciatário/interlocutor do que do enunciador/locutor. A semântica é a grande responsável pelo entendimento e desentendimento entre as pessoas.
 É também a responsável pela expansão da língua por meio do recurso da polissemia. Esta é a atribuição de muitos sentidos a uma só palavra. O sentido diferente apresentado pela mesma palavra depende do contexto em que ela é empregada ou para o qual ela é dirigida.
Maia (1997, cit. Por Sim Sim 2008), afirma que os estudos sobre o desenvolvimento semântico têm a finalidade de compreender o processo de aquisição do significado das palavras pelas crianças. Além disso, estes estudos permitem compreender como as crianças ampliam seu vocabulário, com que velocidade e, principalmente, quais os fenómenos que caracterizam o uso das palavras durante o período de desenvolvimento lexical.
Ainda de acordo com os autores supra citados, a semântica estuda não só o sentido das palavras, mas também o dos enunciados e textos. A semântica é totalmente dependente do contexto. Como existe linguagem silenciosa, só de pensamento, o comportamento e a personalidade são externalizados por uma linguagem que pode ser interpretada adequada ou inadequadamente à intenção do falante.
 Como a linguagem humana é polissémica, pois os signos, tendo um carácter arbitrário e ganhando seu valor nas relações com os outros signos, sofrem alterações de significado em cada contexto. A polissemia depende do fato de os signos serem usados em contextos distintos.
Importância da semântica na aquisição da linguagem
Aprender e saber uma língua implica conhecer os significados acordados de determinadas cadeias de sons, sabendo combinar estas unidades noutras mais vastas, também portadoras de significados.
A importância da semântica na aquisição e desenvolvimento da linguagem afirma-se na medida em que a realidade de uma língua existe por meio do conteúdo que esta transmite, uma vez que a criança aprende sob seus aspectos pragmáticos e semânticos antes de se centrar nos aspectos morfológicos e sintácticos.
Há crianças com repertório fonético pequeno que tendem a ter relativamente poucas palavras armazenadas no léxico, e crianças com vocabulário amplo e repertório relativamente completo. Se uma criança tem poucos fonemas à disposição e tenta produzir grande número de palavras diferentes, ela simplesmente não consegue, pois não tem sons suficientes para produzir estas palavras, produzindo, então, formas homónimas, o que torna seu discurso difícil de ser compreendido.
O papel dos estímulos na semântica infantil
Tonietto (2010), postula que todos os estímulos do ambiente são geralmente interessantes para a criança pequena. E para um bom desenvolvimento da linguagem a curiosidade pelo novo e a experiência são essenciais para que todas as informações sejam acrescentadas e integradas às mais antigas e assim interiorizadas.
Desta forma, a maioria das informações deve, posteriormente, resultar em comunicação e em linguagem. Assim, descobrir, reconhecer, conhecer, compreender e responder a emoções, afectos expressos na face de outros, em diferentes entonações da voz e por último discernir o significado de cada palavra e do discurso produzido pelas pessoas constituem uma tarefa que depende tanto de factores externos como de possibilidades internas de cada sujeito.
As aquisições semânticas da linguagem dependem do grau de compreensão do sujeito (nível de experiências e da organização interna do mundo que o rodeia). As coisas e os objectos vão, por meio da função simbólica, adquirir uma “consistência” diferente. Passam a ter uma existência própria, independentemente da influência que é exercida sobre eles. O nome confere ao objecto um novo poder, uma nova estrutura que associa um conceito a um significante, situação que irá despertar na criança o prazer de nomear. Ela sabe que o objecto permanece igual a si próprio e que a palavra, esta associação entre significado/significante, permanece inalterável
2. Competência e desempenho linguístico da criança
O desenvolvimento da linguagem está intimamente ligado com o desenvolvimento da criança e é fundamental para a estruturação da personalidade. A palavra é como um instrumento de poder, as crianças que comunicam melhor têm uma facilidade maior em envolver-se na comunidade em que pertencem seja ela a escolar, a familiar ou outra.
Sim-Sim (1998), diz que para crescermos linguisticamente é necessário adquirir a mestria das regras específicas do sistema linguístico, o que implica o domínio da forma, onde está inserida a fonologia a morfologia, a sintaxe e a semântica, que está relacionado com o significado, e ainda da pragmática que corresponde ao uso da linguagem inserida no contexto extralinguístico: discursivo situacional, etc.
Actualmente dá-se muita ênfase à consciência fonológica para uma boa aprendizagem da leitura e da escrita e constatamos de facto que um bom nível de consciência fonológica promove um bom leitor, contudo, para termos um bom nível de escrita, mais do que escrever palavras, necessitamos de ter uma boa estrutura frásica, quer semântica quer sintáctica e de uma boa articulação das ideias para que o discurso tenha coerência e coesão textual.
“Ao estimularmos a linguagem oral destas competências “estamos a facilitar uma aquisição harmoniosa da linguagem escrita” (Rigolet, 2006).
Obviamente que a expressão linguística é sempre trabalhada no pré-escolar e é quase obrigatoriamente trabalhada porque é a forma mais simples de chegar a todas as outras aprendizagens. Por muitas experiências que se façam, ou imagens que se mostrem para falarmos com as crianças sobre qualquer tema de conhecimento do mundo, por exemplo, este é sempre complementado com uma explicação em que a criança adquire novo vocabulário, novas estruturas frásicas cada vez mais complexas, entre outras competências linguísticas. Também a área da matemática ou das expressões é sempre complementada com o domínio linguístico, daí a importância da expressão linguística no pré-escolar.
O desfasamento entre as competências linguísticas de uma criança com patologia da comunicação ou da linguagem para com os seus pares, pode ser bastante significativo e deixar marcas ao nível do seu desenvolvimento e da sua socialização, assim deverá ser encorajado o uso da língua com o máximo de eficácia para a criança usar todos os recursos comunicativos de forma a potencializar a sua interacção e consequentemente o seu desenvolvimento.
Correa (2004), concluiu que a criança só aprende se tiver oportunidades que lhe permitam integrar novo léxico, novas estruturas frásicas etc…é necessário que exista um modelo para que a criança vá desenvolvendo mais complexamente a sua linguagem.
Pretende-se com o domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita as seguintes competências:
· Consciência linguística- Tomar consciência gradual sobre diferentes segmentos orais constituem as palavras (Consciência Fonológica), identificar diferentes palavras numa frase (Consciência da Palavra).
· Funcionalidade da linguagem escrita e sua utilização em contexto- Identificar funções no uso da leitura e da escrita, usar a leitura e a escrita com diferentes funcionalidades nas actividades, rotinas e interacções com outros.
· Prazer e motivação para ler e escrever- Compreender que a leitura e a escrita são actividades que proporcionam prazere satisfação, estabelecer razões pessoais para se envolver com a leitura e a escrita associadas ao seu valor e importância, bem como, sentir-se competente e capaz de usar a leitura e a escrita, mesmo que em formas muito iniciais e não convencionais.
Na maioria das crianças, o conhecimento fonológico da língua materna está estabilizado à entrada para o 1.º ciclo do Ensino Básico. Até lá, enquanto esse conhecimento não estabiliza, as crianças utilizam processos de redução/omissão, deturpação, repetição, substituição e inserção de sons que desaparecem à medida que o controlo motor se instala.
Aos três anos, a estrutura básica da frase está adquirida e, por volta dos cinco, seis anos, a criança atingiu um estado significativo de conhecimento sintáctico que lhe permite compreender e produzir frases simples, mas também frases complexas. No entanto, há estruturas complexas tardiamente adquiridas, como é o caso das frases passivas, relativas restritivas e algumas adverbiais.
Referencias
Correa, J. (2004). A avaliação da consciência sintática na criança: uma análise metodológica. Psicologia: teoria e pesquisa, 20(1), 069-075.
Rigolet, S. A. (2006). Para uma Aquisição Precoce e Optimizada da Linguagem. Porto:Porto Editora.
Sim-Sim, I., Silva, A. C., & Nunes, C. (2008). Linguagem e Comunicação no Jardim de Infância. Textos de Apoio para Educadores de Infância. Lisboa: Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.
Tonietto L, Parente MAMP, Duvignau K, Gaume B, Bosa CA. Aquisição inicial do léxico verbal e aproximações semânticas em português. Psicol. reflex. crit. 2007;20(1):114- 23.

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