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Diagnóstico diferencial da dor torácica Acadêmica: Juliana Rabelo da Silva Sousa Referências: 1. MARTINS, Herlon S. Emergências Clínicas: Abordagem Prática. 12. ed. Manole. São Paulo, 2017. 2. REIS, José G. ROSAS, Gabriel. Cardiomiopatia de Takotsubo: um dignóstico diferencial da síndrome coronariana aguda: revisão da literatura. Rev Med Minas Gerais, n.20, v.4, p.594-600, 2010. Dor: Experiência sensorial e emocional desagradável, associada a uma lesão tecidual potencial ou real ou descrita em termos de uma tal lesão (IASP). Dor torácica: dor, pressão, aperto ou outro desconforto originário ou referido para o tórax (entre o pescoço e parte superior do abdômen). 5% das consultas em emergência geral 20-30% SCA 55% causa não cardíaca 2-8% liberados inadequadamente do hospital com mortalidade de 25% Etiologia: Coração/pericárdio Pulmão/pleura Vasos (aorta e grandes vasos) Musculoesquelético Trato gastrointestinal (esôfago e abdômen superior) Fisiopatologia: Fibras somáticas: Pele, estruturas superficiais, pleura parietal. A dor costuma ser precisamente descrita, com forte intensidade e bem localizada. Fibras viscerais: Coração, esôfago, pleura visceral. Pode se apresentar como desconforto, peso, mal-estar. Não tem localização precisa. O que descartar ou diagnosticar no menor tempo possível: A meta inicial é descartar uma síndrome coronariana aguda, sem esquecer das outras causas potencialmente catastróficas. 1. Síndromes coronarianas agudas (SCA) 2. Dissecção de aorta 3. Tromboembolismo pulmonar (TEP) 4. Pericardite / Tamponamento cardíaco 5. Mediastinite (Rotura esofágica) 6. Pneumotórax hipertensivo Abordagem padronizada para dor torácica (Unidade de Dor Torácica) Graves x Não-Graves Exames Complementares: Saber os exames certos para os pacientes certos Prioridade no atendimento de emergência Rebaixamento agudo do nível de consciência Alterações importantes dos sinais vitais: FR> 36 ou < 8 ou uso de musculatura acessória SatO2 < 90% FC > 130 e FC < 40 bpm PAS < 90 mmHg EC > 3seg. Paciente com achados potencialmente emergenciais: Precordialgia e dor torácica Febre + suspeita de neutropenia ou imunossupressão Suspeita de obstrução de via aérea Alterações neurológicas agudas Intoxicação exógena Hematêmese, enterorragia ou hemoptise Dor intensa Situação de risco (Sala de emergência) M: Monitor (PA, FC, SatO2) O: Oxigênio (não é necessário se saturação >94%) V: Veia (2 acessos venosos para medicações e exames) Melhor Abordagem História + exame Físico (diagnosticar ou excluir doenças de alto risco) Solicitar exames complementares que sejam custo-benefício e direcionados ao diagnóstico de alto risco Exame obrigatório: ECG em até 10 minutos para toda dor torácica. Justificativa: As SCA’s são causa de 15-30% das dores torácicas em P.S. 33% dos pacientes com IAM não terão dor torácica típica. Altamente recomendado: radiografia de tórax. Justificativa: 1 em cada 5 pacientes com dor torácica tem alteração na radiografia 1 em cada 5 dos que tem alteração, muda completamente a conduta Dissecção aguda de aorta A dissecção de aorta representa 80-90% dos casos de síndrome aórtica aguda. Pode ser classificada em: Hiperaguda <24h Aguda 2-7dias Subaguda 8-30 dias Crônica >30dias Tipo A: mais comum, dissecção que acomete aorta ascen- dente, independente do sitio de origem. Tipo B: não acomete aorta ascendente. História típica Dor torácica: súbita, de forma intensa desde o início e pode ser insuportável fazendo com que o paciente se contorça. Quando a dor migra de seu ponto de origem, seguindo o percurso da aorta, com presença de sinais autonômicos (pa- lidez e sudorese profusa) suspeitar imediatamente de dissec- ção aguda de aorta. Fácies de dor, agitação, sudorese profusa, palidez Sincope: mais frequente na tipo A. Indica pior prognostico. Disfagia e rouquidão aguda ou síndrome de Horner Fatores de risco HAS (mais comum) Aterosclerose Tabagismo Coarctação da aorta Valva aórtica bicúspide Doenças inflamatórias vasculares autoimunes ou infecciosas HF de doenças genéticas que alteram o tecido conectivo (Marfan) Intoxicação aguda catecolaminérgicas (cocaína, anfetaminas) > 70 anos Cirurgia aórtica prévia Sintomas associados Neurológicos Perda de pulsos Tetraplegia Paraplegia Exame físico Elevada PA Pulsos assimétricos Diferença pressórica entre membros Sopro de insuficiência aórtica aguda pelo comprometimento valvar Isquemia em órgãos Achados típicos da doença Pode mimetizar IAM (dissecção de CD) Pode mimetizar ACI Exames úteis ECG: Normal 1/3 dos casos Achados comuns: SVE, alterações de repolarização 42%: Alterações inespecíficas de ST 15%: Alterações isquêmicas (parede inferior) Radiografia de Tórax: 90% tem alguma alteração 76% tem mediastino alargado, sinal do cálcio na aorta. Outros: derrame pleural (à esquerda. devido a hemotórax ou reação inflamatória exsudativa em torno da aorta), tamponamento cardíaco (bulhas abafadas, estase jugular, hipotensão), congestão pulmonar. QC Típico + RX alterado 83% de certeza QC típico + alterações da PA ou pulsos 92% QC típico + RX alterado + Alterações de PA ou Pulsos 99,9% de certeza Outros Exames http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=XurQ3rmfehBMuM&tbnid=mbMWi9Gx5SK6qM:&ved=0CAgQjRwwADgq&url=http://blogdoecg.blogspot.com/&ei=A6VyUbGpBeXQ0wH79YHwDA&psig=AFQjCNGg6ZCCs4A-FFCEid3-3UtG_Rez5w&ust=1366554243136515 http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=fsWi_MXPZz9_yM&tbnid=GwzsYXaPyLFIUM:&ved=0CAgQjRwwADhT&url=http://enfermeiropsf.blogspot.com/2009/11/aneurismas-e-disseccao-da-aorta.html&ei=B6VyUbygO6HV0gHK7IDADw&psig=AFQjCNGF0ix28jTkUgvz6Jzk62eaft1RbA&ust=1366554248014135 http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=XurQ3rmfehBMuM&tbnid=mbMWi9Gx5SK6qM:&ved=0CAgQjRwwADgq&url=http://blogdoecg.blogspot.com/&ei=A6VyUbGpBeXQ0wH79YHwDA&psig=AFQjCNGg6ZCCs4A-FFCEid3-3UtG_Rez5w&ust=1366554243136515 http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=fsWi_MXPZz9_yM&tbnid=GwzsYXaPyLFIUM:&ved=0CAgQjRwwADhT&url=http://enfermeiropsf.blogspot.com/2009/11/aneurismas-e-disseccao-da-aorta.html&ei=B6VyUbygO6HV0gHK7IDADw&psig=AFQjCNGF0ix28jTkUgvz6Jzk62eaft1RbA&ust=1366554248014135 http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=XurQ3rmfehBMuM&tbnid=mbMWi9Gx5SK6qM:&ved=0CAgQjRwwADgq&url=http://blogdoecg.blogspot.com/&ei=A6VyUbGpBeXQ0wH79YHwDA&psig=AFQjCNGg6ZCCs4A-FFCEid3-3UtG_Rez5w&ust=1366554243136515 http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=fsWi_MXPZz9_yM&tbnid=GwzsYXaPyLFIUM:&ved=0CAgQjRwwADhT&url=http://enfermeiropsf.blogspot.com/2009/11/aneurismas-e-disseccao-da-aorta.html&ei=B6VyUbygO6HV0gHK7IDADw&psig=AFQjCNGF0ix28jTkUgvz6Jzk62eaft1RbA&ust=1366554248014135 TC: 98% de sensibilidade (paciente estáveis) RNM: 98% Sensibilidade (alto custo) ECO Transesofágico: 98% sensibilidade (pacientes instáveis, sala de emergência). Tratamento inicial: B-bloqueador e nitroprussiato. Complicações Rotura de vasos: rotura da aorta (principal causa de óbito) Para saco pericárdico Para pleura Para mediastino e retroperitônio Insuficiência aórtica aguda: extensão em direção à valva aórtica produzindo distorção de suas comissuras. Dissecção das coronárias: geralmente à direita, produzindo IAM. Extensão para vasos cervicais: pode causar AVC. Outras: isquemia mesentérica, de MMSS ou MMII (insuficiência arterial periférica aguda), isquemia medular (paraplegia) ou isquemia renal. Tromboembolismo pulmonar História típica Dispneia ou taquipneia ou dor pleurítica (97%) Dispneiaou taquipneia ou sinais de TVP (90%) Dispenia (73%) Dor torácica pleurítica (66%) Tosse (37%) Hemoptise (13%) Fatores de risco Imobilização prolongada Cirurgia ortopédica MMII (quadril, joelho) Trauma Gestantes e Puérperas Câncer / Quimioterapia Trombofilias USO ACO (estrógeno) Sintomas associados Dispneia Taquipneia Hemoptise Sintomas anginosos Exame físico FR>16IRPM taquipneia e queda da SatO2 Taquicardia Edema assimétrico de MI Distensão venosa jugular Hipertensão pulmonar: B2 hiperfonetica ou mesmo palpavel, sopro tricúspide P2 aumentada Cianose Sibilos Hipotensão ou choque Achados típicos da doença Pode mimetizar ansiedade Pode aparecer no OS apenas como piora da doença de base (DPOC, IC) Exames úteis ECG Normal em até 30% dos casos Achados comuns: TS (+ sensível) FA Onda P Pulmonale Desvio do eixo para direita (R em V1) BRD S1Q3T3: 10% dos casos Radiografia de Tórax: Sinais Clássicos Velamento em cunha / Giba de Hampton (infarto pulmonar) Sinal de Westermark (oligoemia) Outros: Derrame pleural Elevação da cúpula frênica Infiltrados TC: > 95% de sensibilidade e especificidade. Outros: D-dimero, doppler, mapeamento V\Q. Tratamento inicial: Anticoagulação. Pneumotórax hipertensivo Quando o ar entra no espaço pleural, mas não consegue sair, a pressão intrapleural pode se tornar maior que a pres- são atmosférica. Além de levar ao desvio contralateral das estruturas mediastinais, também dificulta o retorno ve- noso, podendo causar hipotensão e choque obstrutivo. Epidemiologia Sexo masculino, jovem, longilíneo História típica Dor súbita, pleurítica, sem qualquer desencadeante Fatores de risco Tabagismo HIV (pneumocistose) Tuberculose Fibrose pulmonar Bronquiectasia DPOC Endometriose Mergulho Sintomas associados Confusão Hipotensão Dispnéia Ansiedade, agitação Rebaixamento do nível de consciência Exame físico FC> 120 bpm, muitas vezes >140bpm Extremidades frias, tempo de preenchimento capilar prolongado Redução da expansibilidade Ausência de FTV Diminuição/ausência de MV à ausculta Hipertimpanismo Sinais de pneumotórax hipertensivo Distensão jugular Desvio de traqueia Desvio de Ictus cordis Sinais de choque Sinais de IRpA hipoxêmica Obs: Não esperar pelo RX para definir tratamento em paciente com história e exame físico compatíveis com pneumotórax hipertensivo. Achados típicos da doença: pode mimetizar uma piora de uma doença de base (DPOC, asma) Exames úteis ECG: nenhuma especificidade, ajuda a descartar outras possibilidades. RX de tórax TC de tórax Tratamento inicial: Observação ou drenagem. Pericardite Epidemiologia 5% dos casos de dor torácica 2\3 são homens Jovem de meia idade Historia típica Manifesta-se de acordo com a etiologia: Viral ou idiopática: sinais e sintomas de infecção sistêmica (febre e leucocitose). Podem preceder a dor torácica sintomas respiratórios semelhantes aos da gripe ou gastrointestinais. Autoimune ou neoplásica: sinais da própria doença de base. Dor torácica: retroesternal ou hemitórax esquerdo Inicio súbito e localizada na região torácica anterior Intensa e de característica pleurítica (piora ao tossir e à inspiração profunda) Diminuição da intensidade quando o pct se inclina para frente ou se senta. Eventualmente se irradia para o tra- pézio. Pode ser mais leve, vaga ou opressiva Sintomas associados Dispneia Diaforese Exame físico Atrito pericárdio Mais intenso na borda esternal esquerda Mais intenso e melhor audível ao se pressionar com firmeza o diafragma do estetoscópio na parede torácica Mais intenso quando auscultado com o pct sentado ou inclinado para a frente Pode ser transitório, surgindo e desaparecendo repetidamente Bulhas hipofoneticas Achados típicos da doença Pode simular taquiarritmias, pneumonia ou IVAS Exames uteis ECG: Supra ST difuso, infra PR (pericardite) Ecocardiograma Tratamento inicial Aine ou corticoide Complicação Tamponamento: suspeitar quando o pct evolui com dispneia, ortopneia, taquicardia, perfusão ruim e turgência venosa jugular. Diagnóstico O ultrassom PAC facilmente confirma o diagnóstico. ECG: Baixa voltagem, alternância elétrica RX de tórax Tratamento: pericardiocentese guiada por US. Outras causas de tamponamento: dissecção de aorta, uremia, neoplasia, infecção, hipotireoidismo Mediastinite (rotura esofágica) História típica Dor persistente com piora progressiva Sintomas associados Dispneia Diaforese Choque é tardio Exame físico Sinais de consolidação pulmonar Enfisema subcutâneo Achados típicos da doença Pode simular dispepsia e evoluir com choque Exame úteis Rx de tórax TC de tórax EDA Cardiomiopatia de Takotsubo “Síndrome do coração partido” Definição: Disfunção transitória do VE após intenso estresse emocional ou físico, na ausência de coronariopatias significantes. História típica Semelhante à síndrome coronariana aguda, com súbita dor precordial, dispneia, alterações eletrocardiográficas e elevação de biomarcadores de necrose miocárdica, porém, classicamente, sem apresentar obstruções significativas das artérias coronárias à cineangiocoronariografia e reversibilidade das alterações da motilidade ventricular. Sintomas associados Choque cardiogênico, fibrilação ventricular. Exame físico Norma para o diagnóstico, baseado em opiniões de diversas instituições japonesas com ampla experiência no as- sunto: a) sintomatologia inicial mimetizando IAM (também há casos assintomáticos) b) hipertrofia basal com acinesia e balonamento apical ventricular c) supradesnivelamento do segmento ST, inversão de onda T e/ou prolongamento do intervalo QT d) discreta elevação dos biomarcadores de necrose miocárdica (valores desproporcionais à área hipocinética) e) inexistência de estenose das artérias coronarianas significativa f) rápida normalização das alterações ao ECG, da cinética ventricular, das enzimas cardíacas e troponinas e da cin- tilografia miocárdica g) mais alta incidência em mulheres idosas (sete vezes mais que em homens idosos) h) estresse intenso como fator desencadeante (predominantemente estresse emocional em mulheres e físico em homens) i) lesão de tecido miocárdico k) obstrução reversível do trato de saída, podendo afetar os dois ventrículos l) pode haver elevados níveis séricos de catecolaminas m) as condições patogênicas sofrem influência de vários tipos de drogas, como: o verapamil intracoronariano me- lhora o fluxo sanguíneo das artérias coronárias; o nicorandil intracoronariano repara o supradesnivelamento do segmento ST; o propranolol e a cibenzolina endovenosos melhoram o gradiente intraventricular formado e a elevação do segmento ST; n) a região apical não se apresenta opacificada à ecocardiografia contrastada; o) há anormalidade da reserva de fluxo coronariano em estudos com doppler p) pode ocorrer, em alguns casos, a insuficiência respiratória q) existência de casos fatais Achados típicos da doença Requer atenção especial às pacientes femininas, pós-menopausa, em que há possibilidade de antecedentes de histó- ria aguda de estresse emocional ou físico geralmente isento de fatores de risco importantes de doença arterial coro- nariana A cardiomiopatia de Takotsubo pode ser sugerida por aspectos sutis em relação ao IAM, como: o mínimo aumento do segmento ST e a sua presença em várias derivações, não respeitando uma área irrigada por uma artéria coronária específica e discreta alteração de biomarcadores desproporcional à área afetadaao ECG. Exames úteis É impossível diferenciá-la do IAM, com base em dados clínicos, do ECG e até pela dosagem de biomarcadores de necrose miocárdica, como a troponina e CK-MB. Há também aumento na dosagem do BNP (peptídeo natriuréti- co atrial), decorrente da elevação da pressão diastólica final do VE, assim como no IAM. O diagnóstico de cardiomiopatia de Takotsubo somente poderá ser definido após a realização da cineangiocoronariografia e ventriculografia esquerda, que irá evidenciar, respectivamente, ausência de lesões ateroscleróticas importantes nas coronárias acinesia ou discinesia apical do VE associado à hipercinesia basal dessa cavidade. Essa anormalidade contrátil do miocárdio que resulta no balonamento apical ventricular também pode ser visualizada ao ecocardiograma e à ressonância nuclear magnética.3 Wittstein et al.17 relatam o desaparecimento desse movimento discinético, em média, após três semanas do início dos sintomas, com recuperação completa da função global analisada ao ecocardiograma. Síndrome coronariana aguda - SCA SCA se manifesta com achados clínicos variáveis e que ocorrem por isquemia do miocárdio aguda, o que inclui angina instável e IAM. História típica É mais frequente em homens, idosos e pcts com diabetes. Sintomas isquêmicos iniciados em repouso (duração de 10-20min). Novo inicio de angina muito sintomática nos últimos 2 meses. Angina dita “crescendo”, que tem piorado na intensidade, duração e\ou frequência. Descrição: dor torácica, desconforto, queimação, peso ou sensação de opressão. Inicia em repouso, embora estresse psicológico ou pequenos esforços possam desencadear. Eventualmente, anemia grave, febre, infecção, hipertireoidismo podem desencadear isquemia. Costuma iniciar na região retroesternal e pode se irradiar para região proximal\ulnar do braço esquerdo, para ambos os braços, ombros, pescoço e mandíbula. Dor nessas regiões pode ocorrer mesmo sem desconforto pre- cordial e deve ser valorizada. Sintomas associados Manifestações atípicas: Até 1\3 dos pcts com SCA não apresentar a dor ou desconforto típico e podem apresentar: dispneia, hipotensão, sincope, confusão, diaforese, dor epigástrica ou vômitos Isquemia miocárdica aguda com manifestações atípicas Diaforese, dispneia ou sincope podem ser a apresentação da SCA na emergência (dispneia recente inexplicável) O pct pode se apresentar com fadiga, mal-estar, náusea, vômitos e sudorese fria Dor ou desconforto epigástrico, indigestão, mal-estar e diaforese pode ser manifestações de SCA Ocorre mais frequentemente em alguns tipos de pacientes Idade > 75 anos Diabéticos Dialiticos ou com DRC avançada História de demência, doenças neurológicas sou psiquiátricas Mulheres Exame físico Inexpressivo, mas pode apresentar 4º bulha, sopro carotídeo, diminuição dos pulsos em MMII, aneurisma abdomi- nal e achados de sequela de AVC. Achados típicos da doença Exames úteis Eletrocardiograma 1º ECG: sensibilidade 45-60% (sempre repetir se alta probabilidade) ECG seriados (3-3h) aumentam a sensibilidade do diagnóstico de IAM para 95% ECG normal ou inespecífico: 1-5% dos casos tem IAM e 4 -23% tem angina instável Radiografia de Tórax Sem achados específicos Descarta outros diagnósticos Enzimas Cardíacas Troponina: Sensibilidade de 96,9%, especificidade de 94,5%, valor preditivo negativo de 99,8% CKK-MB: Curva e melhor papel no reinfarto Tratamento inicial Assim, lembre-se: – Todo paciente com dor torácica deve ser avaliado em caráter de urgência – A abordagem visa diagnosticar ou descartar causas graves (SCA, dissecção de aorta, TEP, pneu- motórax hipertensivo, pericardite, tamponamento, mediastinite) – Deve-se fazer ECG em até 10min. da chegada – O RX é importante aliado no diagnóstico – Os exames complementares devem ser direcionados para a queixa, de forma racionalizada
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