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Clínica médica Aula 1 – anamnese e exame físico adulto A anamnese leva a hipótese diagnostica em mais de 70% das vezes. A memória não é cronológica, nem linear e sim um conjunto de experiencias que ocorrem em espaço e tempo diversos do presente. Início da relação medico paciente: Comunicação não verbal através de informações visuais A primeira impressão importa tem que ter empatia no inicio Observar e cativar: criar ambiente para o paciente se sentir seguro para se expressar livremente. É necessário cativar o paciente e quebrar o gelo para iniciar a conversa. Médico precisa: Trazer de volta a mente os fatos relacionados ao doente e a doença Integrar os conhecimentos de anatomia, fisiologia, farmacologia, patologia epidemiologia É de extrema importância sobre ser empático com o sofrimento da família, do paciente. É importante ter simpatia, empatia, respeito, entender e ser entendido, observar e interpretar, sinceridade, precisão, sensibilidade. Na anamnese se deve: • Estabelecer: relação medico paciente na base da confiança e confidenciabilidade • Obter: elementos da história clinica • Conhecer: fatores pessoais, familiares, socioeconômicos relacionados com o processo saúde doença • Obter: elementos para guiar o exame físico • Definir: estratégia de investigação complementar • Direcionar: terapêutica em função do entendimento global a respeito do paciente. Início da anamnese: Local de conforto e privacidade com ambiente tranquilo Apresentação do médico – posição do médico Consentimento do paciente Anotações e comunicação Interagindo com o paciente: Técnicas de anamnese ativa, passiva e mista 1. Ativa: Utilizada na emergência e quase nunca utilizada na pratica medica, nesse tipo, o médico conduzirá a entrevista de forma acentuada. UTILIZADA NO OSCE 2. Passiva: Deixar o paciente falar e só depois da hipótese diagnostica você pergunta. 3. Mista: normalmente se utiliza a mista, nesse tipo de abordagem, o médico fala menos. Sua participação torna-se mais observativa e reflexiva, concedendo quase total espaço de fala para o paciente e deixando que ele conduza a entrevista. Classificação dos viesses: Existem vieses na anamnese que estão relacionados com dois sistemas. Quatro grandes origens para os vieses do sistema 1: 1. Processos inatos 2. Processos regulados pelas emoções 3. Superexposição 4. Aprendizagem implícita Viés 1 – processos inatos: Representatividade: julgar a probabilidade de que um evento A pertença a uma categoria B com base no quanto A se parece com B Disponibilidade: julgar que certas coisas são mais prováveis ou frequentes por serem lembradas com mais facilidades Ancoragem: a tendencia a agarrar-se em achados salientes no inicio de um problema e depois ter dificuldade em afastar-se dessa primeira impressão quando surgem novos dados. Viés 2 - processos regulados pelas emoções: O fato de gostar ou não gostar de um paciente impacta na nossa atividade medica. Viés 3 – processos firmemente arraigados por superexposição: Um exemplo é o paciente que sempre vai no médico e nunca tem nada, aí o médico tende a achar que ele não tem nada. Viés 4 – processos aprendidos por aprendizagem implícita: Pensamento/preconceitos adquiridos por muito convívio com os professores. Erros associados ao sistema 2: O medico pode erra em superestimar uma doenças, achar que o paciente tem uma doença muito mais grave do que tem. Ou subestimar, achar que o paciente tem um quadro benigno quando tem um quadro grave. É preferível que se erre por superestimativa, utilizar a estratégia ROWS que é excluir o pior antes de pensar em outras explicações. Elimine os diagnósticos que podem matar o paciente mais rapidamente e depois vá para as hipóteses menos urgentes. Sinais e sintomas: • Sintomas: são as sensações sentidas pelo pacientes que o médico não consegue mensurar, não e visualizada pelo médico. • Sinais: são as manifestações reconhecidas no exame físico por meio da inspeção, palpação, percussão e ausculta • Síndrome: conjunto de sinais e sintomas que ocorrem associados, podendo ser ocasionada por causas diferentes Elementos da anamnese: • Identificação • Queixa principal • História da doença atual • História patológica pregressa • História fisiológica • História familiar • História social • Revisão sistemática Consequência da má comunicação com o paciente: • A maioria dos processos são devido a problemas na comunicação entre medico e paciente • Falhas no diagnostico Os cindo estágios da consulta medica: 1- Descobrir o motivo da ida 2- Investigar o que está errado 3- Explicar o problema para o paciente 4- Desenvolver plano de cuidado 5- Uso de tempo de forma adequada e eficaz Evitar os seguintes erros de atitude: • Pressupor o que está ocorrendo • Esquivar-se do vínculo, baseado na crença do profissional meramente técnico. • Ser preponente frente as situações vividas pelos pacientes. • Desconhecer os próprios pontos de irritação • Não escutar já no inicio da consulta Diferentes graus de dependência dos exames complementares para definição diagnóstica Menor grau de dependência de exames complementares para diagnóstico (além da propedêutica básica): hipertensão arterial sistêmica, síndrome coronária aguda, arritmias, insuficiência cardíaca aguda e pericardite Maior grau de dependência de exames complementares para diagnóstico (além da propedêutica básica): doença coronária obstrutiva, tromboembolismo venoso e dissecção de aorta. Prática médica se torna mais vulnerável a erros quando os exames são solicitados sem uma adequada avaliação clínica prévia Aula 2 – como comunicar má noticia Definida como informação que carrega enorme valência emocional e tem potencial de mudar a vida de alguém O problema é a comunicação inadequada, não é noticia e sim como ela é dita. Apesar dos avanços tecnológicos a comunicação é a ferramenta primaria A relação deve ser verdadeira ate o final, mas é preciso limites. Ao invés da mentirosa piedosa utilizar a verdade prudente. Dificuldades: Família: ter que lidar com a tristeza e o desespero da informação Profissional: autoconfiança, próprios sentimento, reação do ouvinte, a perda do profissional pode ser vista como um fracasso Construção de como dar a má noticia: • Estabelecer uma relação medico, equipe de saúde e paciente adequada. • Conhecer cuidadosamente a história medica • Ver o paciente como pessoa • Atenção e cuidado com a família • Encorajar e validar as emoções • Reconhecer o que e quanto o paciente quer saber • Planejar o futuro e o seguimento • Trabalhar os próprios sentimentos (medico) Protocolos: Protocolo SHARE Quatro etapas: 1- Criar ambiente de apoio 2- Considerar como dar a noticia 3- Discutir informações adicionais que os pacientes gostariam de saber 4- Fornecer segurança e emoções suporte Preparação antecipada: 1- Construir um ambiente/ relacionamento terapêutico 2- Comunicar bem 3- Lidar com reações do paciente e família 4- Encorajar e validar emoções 5- Introdução antes da notícia, a notícia em si, e um tempo para reações. Protocolo SPIKES: Objetivos: • Recolher informações do paciente • Transmitir informações medicas • Proporcionar suporte ao paciente • Induzir a colaboração ao desenvolvimento de estratégia ou plano de tratamento para o futuro S: Planejar o que será dito, ambiente apropriado e saber quem o paciente quer que esteja presente. P: Investigue quanto o paciente sabe (como ele se sente, o que o médico já disse) – verbal e não verbal I: Convide para o diálogo, entenda o tanto que ele quer saber. K: Dialogo (não monologo) informações claras e firmes, usar silêncio, evitar jargões. E: Acolher os sentimento do paciente com respeitoe empatia. S: Síntese da conversa e organizar estratégia (princípio do não abandono, esperança) Aula 3 – estratificação de risco cardiovascular Estratificação de risco cardiovascular A estratificação de risco serve para avaliar a probabilidade de uma pessoa ter uma doença cardiovascular, a partir dessa avaliação pode se desenvolver uma intervenção correta para cada risco SCORE: • Pessoas saudáveis, nenhuma doença cardiovascular, nem diabetes, nem doença renal e nem colesterol. • Estratifica em baixo, médio e intermediário risco • Quanto menor o risco menor a intervenção necessária Tipos de Hipertensão: • Essencial: sem causa identificável, comumente pressão sistólica e diastólica alteradas • Sistólica: Pressão arterial sistólica elevada, comum em idosos • Secundária – Doença renal – Doença de Cushing – Gestacional – Doença tireoidiana – Tumor de suprarrenal Hipertensão sistólica isolada definida como PAS elevada (≥140 mmHg) e baixa PAD (<90 mmHg) são comuns em jovens e idosos. Em jovens, incluindo crianças, adolescentes e adultos jovens, a hipertensão sistólica isolada é a forma mais comum de Hipertensão essencial. No entanto, também é particularmente comum em idosos, nos quais reflete o enrijecimento das grandes artérias com aumento da pressão de pulso. TESTES DIAGNÓSTICOS/CLÍNICOS: Essencial: História: Pacientes com hipertensão são - frequentemente assintomáticos, no entanto, sintomas específicos podem sugerir hipertensão secundária ou complicações hipertensivas que requerem mais investigação. Um histórico médico e familiar completo é recomendado e deve incluir: • Pressão arterial: histórico de PA antigos e medicamentos. • Fatores de risco: história pessoal de DCV (infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral, ataques isquêmicos transitórios), diabetes mellitus, dislipidemia, doença renal crônica, tabagismo, dieta, ingestão de álcool, atividade física, aspectos psicossociais, história de depressão. • História familiar de hipertensão, DCV prematura, hipercolesterolemia (familiar), diabetes. • Sintomas/sinais de hipertensão e de doenças coexistentes: precordialgia, dispneia, palpitações, claudicação, edema periférico, cefaléia, visão turva, noctúria, hematúria, tontura. • Sintomas sugestivos de hipertensão secundária: Fraqueza muscular/tetania, cãibras, arritmias (hipocalemia /aldosteronismo primário), edema pulmonar (estenose da artéria renal), sudorese, palpitações, cefaléias frequentes (feocromocitoma), ronco, sonolência diurna (apneia obstrutiva do sono), sintomas sugestivos de doença da tireoide. Exame físico: Circulação e coração: Frequência/ritmo/caráter de pulso, pulso/pressão venosa jugular, batimento de ápice, ruídos cardíacos extras, crepitações basais, edema periférico, sopros (carótida, abdominal, femoral). Outros órgãos/sistemas: Rins aumentados, circunferência do pescoço> 40 cm (apneia obstrutiva do sono), tireoide aumentada, índice de massa corporal (IMC) aumentada/circunferência da cintura, depósitos de gordura (doença/síndrome de Cushing). Exames complementares: Exames de rotina devem ser realizados com o paciente para que a hipótese de lesão de órgãos alvo seja avaliada e também se for um caso se hipertensão secundaria é necessário achar a patologia associada com o aumento da PA, sendo eles: 1- Urina: funcionamento renal para verificação de uma possível disfunção renal, avaliar funções tubulares e sua integridade e detectar distúrbios tubulares. 2- ECG convencional 3- Ritmo de filtração glomerular: utilizado para verificar se o ritmo de filtração glomerular está correto podendo detectar casos de insuficiência renal ou retenção de substancias toxicas. 4- Sangue: Creatinina plasmática e ácido úrico: avaliam a função renal, altos níveis de creatinina e ácido úrico no sangue demonstrando falha da função renal pois eles devem ser excretados. Nível alto de ácido úrico demonstra um risco de desenvolvimento de GOTA (inflamação nas articulações). Potássio plasmático: avaliação do equilíbrio eletrolítico e possível hiperaldoteronismo. Glicemia em jejum: analise de diabetes que aumenta o risco cardiovascular pois o excesso de glicose no sangue aumenta o enrijecimento das artérias e por consequência a PA. Colesterol total: avaliação do perfil lipídico principalmente pensando em risco de aterosclerose. Investigações: Índice tornozelo-braquial: Periférico (extremidade inferior) doença arterial. Testes adicionais para hipertensão secundária, se houver suspeita Manifestações semiológicas da Insuficiência Cardíaca de Fração de Ejeção Normal e Reduzida: Incapacidade estrutural e funcional do enchimento ou ejeção ventricular do sangue Insuficiencia cardiaca não deve ser diagnostico final, deve-se identificar a sua causa. Fraçao de ejeção reduzida = < ou igual a 40% = IC alta Fraçao de média redução = entre 41 e 49% = IC média Fração de ejeção preservada = > ou igual a 50% = IC baixa Fração de ejeçao < 30% = grave Conceitos: • Pré carga: volume de sangue que enche o ventrículo direito durante a diástole • Pós carga: trabalho necessário para abrir as valvas, ejetar o sangue através delas e empurrar o sangue para os vasos. • Reserva cardíaca: capacidade de resposta a maior demanda de trabalho, tanto de pré quanto de pós carga, aumenta para que o DC se mantenha adequado, em outras palavras é a capacidade do coração elevar o debito durante o aumento de atividade. Pessoas com ICC ativam a sua reserva cardíaca até mesmo em repouso Classificação pode ser classificada em aguda, crônica, sistólica, diastólica, direita, esquerda e global Sistólica: resulta da contração ventricular inadequada o que reduz a fração de sangue ejetado, com isso o ventrículo acumula cada vez mais sangue e se dilata Diastólica: defeito no enchimento ventricular por conta de um relaxamento ventricular deficiente, um exemplo é a pericardite constritiva que atua diminuindo a contração ventricular, nesses caos não a dilatação ventricular porem tem sinais de congestão pulmonar Direita: sinais de congestão sistêmica como hepatomegalia, edema periférico. • Esquerda: sinais pulmonares, como dispneia. De modo geral, a IC se manifesta de forma rápida em um só lado, após isso se torna a insuficiência global com ambos os sintomas. Dilação ventricular: Os miócitos cardíacos tem a capacidade de se adaptar as sobrecarga de trabalho reunindo um maior nível de sarcômeros em paralelo ou em serie dependendo do que é necessário 1- Hipertrofia concêntrica: ocorre nos estados de sobrecarga de pressão, como na ICC diastólica, novos sarcômeros são adicionados em paralelo aumentando a espessura do miocárdio e diminuindo o lumem cardíaco. 2- 2- Hipertrofia excêntrica: ocorre nos estados de sobrecarga de volume, como na ICC sistólica, os sarcômeros são adicionadas em série aumentando o comprimento da fibra o que diminui a espessura da parede a aumenta o lumem da cavidade Manifestações clinicas da ICC: Direita: • Congestão sistêmica • Edema de MMII • Hepatomegalia • Estase jugular • Refluxo Hepato jugular • Ascite Esquerda: • Congestão pulmonar • Crepitações pulmonares • Dispneia • Ortopneia • Dispneia paroxística noturna Aula 4 - dor torácica O diagnóstico diferencial de pacientes apresentando dor torácica é extensa, desde uma etiologia benigna musculoesquelética a doença cardíaca grave com risco a vida Dor torácica não aguda (angina estável) Parede Torácica: Dor musculoesquelética • Síndromes de dor torácica musculoesquelética isolada (costocondral, síndromes de parede torácica posterior) • Doenças reumáticas • Doenças sistêmicas não reumáticas • Costocondrite • Dor torácica após CRVM Doenças reumáticas • Envolvimento de articulações torácicas nas doenças reumáticas podemestar associadas com dor parede torácica musculoesqueléticas • Artrite reumatoide, espodilite anquilosante, artrite psoriática, fibromialgia Doenças sistêmicas não reumáticas • Fraturas de estresse devido a tosse, neoplasias incluindo fraturas patológicas, infecção como artrite séptica e osteomielite, e anemia falciforme Pele e nervos sensorias • Herpes Zoster • Síndrome de disfunção de articulação costovertebral • Hérnia de disco torácico • Síndrome esternal, Xifoidalgia, subluxação esternoclavicular espontânea Causas gastrointestinais • Hipersensibilidade esofágica • Padrão de motilidade anormal e acalasia • Ruptura esofágica, perfuração e corpo estranho • Outras causas de esofagite: medicações, infecção e outras causas Causas Pulmonares: • Embolismo pulmonar agudo • Hipertensão pulmonar e cor pulmonale • Pneumonia • Câncer • Sarcoidose • Asma e DPOC Pleura e espaço pleural: • Pneumotórax • Pleurite Dor torácico devido à estado hiperadrenérgico: Intoxicação por cocaína e anfetamina e feocromocitoma podem causar dor torácica devido a ou aumento de demanda ou redução da liberação de oxigênio Taquicardia, hipertensão e evidencia de vasoespasmo podem ser vistos Causas Cardiológicas: Síndromes de dor torácica isquêmica: • Doença coronária • Outras condições de dor torácica isquêmica • Vasoespasmo coronariano • Doença cardíaca valvar: estenose aórtica • Anomalias congênitas de coronárias, dissecção de coronária espontânea Síndromes de dor torácica não isquêmica: Pericardite: • Pleurítica em qualidade, atrito pericárdico • Início súbito e ocorrência sobre o tórax anterior • Geralmente forte e exacerbada por inspiração; • Pode reduzir intensidade quando o paciente senta e pode irradiar para a região do m. trapézio. Miocardite: • Dor torácica geralmente associada com pericardite concomitante Síndromes aórticas agudas: dissecção aórtica, hematoma aórtica intramural, úlcera aórtica penetrante Angina- Fisiopatologia Angina é causada por isquemia miocárdica que ocorre quando demanda excede a oferta Dor, pressão, aperto ou desconforto no peito, ombros, braços, pescoço, costas, abdome superior ou mandíbula, bem como dispneia e fadiga devem ser considerados equivalentes de angina. Etiologia • Aterosclerose coronária • Vasoespasmo coronário • Fibrose coronária • Embolismo coronário • Dissecção coronária • Artrite coronária Qualidade: Angina é geralmente caracterizada mais como um desconforto do que dor, e pode ser difícil para descrever Aperto, pressão, constrição, sufoco, queimação, plenitude no peito, sensação de bandagem, nó no centro do peito, caroço na garganta, como um sutiã apertado, etc ... Tipicamente gradual no início, com a intensidade do desconforto aumentando e reduzindo em alguns minutos Angina é um desconforto constante que não altera com respiração ou posição Localização e irradiação: • Correspondente aos dermátomos (C7 a T4) • Andar superior de abdômen (epigastro) • Ombros e braços • Punho e dedos • Pescoço e garganta • Mandíbula e dentes • Dorso (especificamente na região interescapular) • Irradiação para ambos os braços é um forte preditor de IAM Fatores Provocantes: Atividades e situações que aumentam demanda de oxigênio miocárdico • Atividade física • Frio • Estresse emocional • Intercurso sexual • Refeição • Uso de cocaína Tempo Mais comumente na manhã devido a aumento diurno no tônus simpático Aumentada atividade simpática aumenta FC, PA, tônus vascular e resistência Duração e Alivio Angina geralmente dura de 2 a 5 minutos Não é um desconforto fugaz, rápido Geralmente não dura mais de 20 a 30 minutos, ao menos que o paciente está com SCA, especialmente IAM Sintomas associados Angina é geralmente associada com outros sintomas Dispneia, que pode refletir congestão pulmonar leve Náuseas, vômitos, indigestão, diaforese, vertigem, fadiga, vertigem, Dor torácica aguda (angina instável) Cuidados precoces para sintomas agudos. Pacientes com dor torácica aguda ou sintomas equivalentes de dor torácica devem procurar atendimento médico imediatamente. Embora a maioria dos pacientes não tenha uma causa cardíaca, a avaliação de todos os pacientes deve se concentrar na identificação precoce ou exclusão de causas com risco de morte. Sintomas Associados. A dor torácica é o sintoma dominante e mais frequente para homens e mulheres diagnosticados com Síndrome Coronariana Aguda. As mulheres podem ser mais propensas a apresentar sintomas concomitantes, como náusea e dispneia. Diagnóstico Diferencial - Causas de dor torácica grave • Síndrome coronariana aguda • Dissecção aórtica • Embolia pulmonar • Pneumotórax hipertensivo • Tamponamento cardíaco • Mediastinite (ruptura esofágica) Dissecção Aórtica • Dor tipicamente cataclísmica no inicio • Intensa, aguda, abrasadora, latejante, em rasgo, migratória • Irradiação para o tórax anterior, mandíbula, costas ou abdominal dependendo do segmento da aorta envolvido • Mais comum em homens > 60 anos • Hipertensão é o fator de risco mais importante • Síndrome de Marfan, válvula aórtica bicúspide e válvula aórtica unicomissural, coarctação de aorta • Aneurisma aórtico preexistente (devido a vasculite como arterite de células gigantes, arterite de Takayasu, e outros) e gravidez SÍNDROME CORONARIANA AGUDA O quadro clínico da SCA caracteriza-se por dor no peito, queimação ou constrição, tipicamente com localização retroesternal, podendo irradiar-se para extremidades superiores, ombros ou mandíbula. A dor causada pelo infarto é similar à da angina; todavia, apresenta maior duração e maior intensidade. Juntamente, pode haver sudorese, náuseas, vômito, dispneia e palpitações. Alguns pacientes podem sentir palpitações, ansiedade ou uma sensação de morte iminente Lesões no miocárdio com sinais e sintomas de isquemia: Tipo1: infarto do miocárdio com obstrução coronariana aguda: 1-A = erosão ou ruptura de placa com trombo 1-B = dissecção arterial coronariana espontânea 1-C = embolismo coronariano 1-D = vasoespasmo ou disfunção microvascular Tipo2: infarto com demanda de o2 baixa mas sem obstrução coronariana aguda 2-A: obstrução fixa 2-B = sem obstrução Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do segmento ST: Situação clínica de extrema gravidade determinada por oclusão de uma artéria coronária epicárdica, com tratamento específico, devendo ser instituído o mais precocemente possível, para modificar a história natural da doença. -Diagnóstico: Baseado na associação de dois ou mais dos seguintes critérios: -Dor torácica anginosa ao repouso, com duração de 20 minutos ou mais, irradiada para membros superiores e pescoço, com sintomas associados como dispneia, náusea, vômitos, que melhora parcialmente com os nitratos. Aula 5 - manifestações clinicas das valvopatias Estenose: • Estreitamento • Abertura valvar é incompleta • Restrição ao fluxo • Sobrecarga de pressão na câmara anterior • Fluxo em turbilhão • Hipertrofia concêntrica Insuficiência: • Não fecha • Fechamento valvar e incompleto • Refluxo de sangue • Reduz fluxo • Sobrecarga de volume na câmara anterior • Fluxo em turbilhão • Hipertrofia excêntrica Sintomatologia clínica: • Palpitações mais frequentes em valvopatias mitral • Dor torácica e sincope aos esforções são mais frequentes em pacientes com valvopatias aórtica • Sintomas de ICC: todas, dispneia aos esforções, ortopneia, dispneia paroxística noturna, tosse, chiado, hemoptise, edema periférico e fadiga. • A anamnese deve avaliar sintomas no passado e no presente, resposta a medicações, além da presença de comorbidades e se houve profilaxia para surto reumático e endocardite infecciosa • É fundamental procurar dados que indiquem se o paciente apresenta limitaçãode provável causa cardíaca para as atividades habituais (desafio nos idosos e com comorbidades) • Dispneia aos esforções em valvopatias anatomicamente importantes Todo paciente com síndrome de intolerância ao esforço e síndrome de retenção hídrica deve ser considerado como potencial portador de valvopatia Insuficiência mitral Insuficiência mitral crônica: Insuficiência mitral leve e moderada é quase sempre assintomática, a hora que começa a ficar sintomática é sinal de gravidade e ICC. Sintomas: • Dispneia • Tosse e sinais de IC Palpação: • Ictus cordis desviado para baixo e lateralmente • Frêmito sistólico Ausculta • Sopro sistólico – holo sistólico – de regurgitação, com maior intensidade no foco mitral • Irradiação para a região infra axilar esquerda, podendo atingir o dorso • Pode haver desdobramento de bulha • Decúbito de pachon • Pode ter presença de frêmito Insuficiência mitral aguda: • Ocorre por exemplo quando as cordas tendíneas se rompem e ocasionam um quadro agudo com alta dispneia. Outro exemplo é infarto que envolve o musculo papilar e isso causa insuficiência aguda. Endocardite também pode causar insuficiência quando a bactéria fura a valva e causa regurgitação • Na anamnese buscar a etiologia • O sintoma mais característico é a dispneia Estenose mitral • Sopro diastólico • Estreitamento do orifício ente o AE e o VE • Em 99% dos casos a causa é febre reumática • Doença continua, progressiva, geralmente de curso lento (latência de 20 a 40 anos entre o surto de febre reumática e sintomas de estenose mitral) • Dispneia aos esforços, tosse, palpitações, hemoptise e embolia Palpação: • ictus cordis desviado para fora da linha hemiclavicular • Frêmito presente es estenoses de media e grande intensidade, diastólico no foco mitral. Ausculta: • Ruflar mesodiastólico • Abertura de mitral audível • Área de irradiação próxima ao ictus e pode alcançar a região infra axilar esquerda • Hiperfonese de 1 bulha • Decúbito de pachon • Pode haver desdobramento da 2 bulha Estenose aórtica Doença na qual existe uma obstrução progressiva da via de saída do VE, resultando em hipertrofia ventricular esquerda e sintomas de angina, sincope e IC e se não tratada evolui para a morte • Terceira doença cardiovascular mais comum após HAS e doença coronariana. • Sobrecarga de PRESSÃO • À medida que a área valvar aórtica efetiva se reduz o gradiente de pressão aumenta Tríade de sintomas: • Precordialgia • Síncope • Dispneia Insuficiência aórtica Regurgitação de sangue da aorta para o VE durante a diástole ventricular com não fechamento da valva aórtica. Causas: febre reumática, degenerativa, endocardite, congênita. Sintomas: • Dispneia aos esforços • Ortopneia • Pulsatibilidade exagerada das arterias • Angina Palpação: • Ictus com desvio para baixo e para esquerda • Frêmito diastólico no foco aórtico Ausculta: • Sopro aspirativo ou holosistolico no foco aórtico • Maior intensidade no foco aórtico acessório • Mais audível em flexão do tórax e expiração Manifestações clinicas do tromboembolismo pulmonar: Apresentação clássica: • Inicio abrupto de dor torácica do tipo pleurítica • Dispneia • Hipoxia Sintomas atípicos: • Febre • Convulsão • Estado mental alterado • Sintomas abdominais • Sincope Exame físico: Sinais vitais: choque ESTRATIFICAÇAO DE RISCO PARA TEP PESI: Aula 6 - avaliação da insuficiência venosa periférica Varizes: incidência aproximada de 30% Varizes: qualquer veia alongada e dilatada, tortuosa. Consequencia de hipertensão venosa Fatores de risco: • Hereditariedade • Idade • Sexo • Profissão • Obesidade • Gravidez • Hormônios • Sedentarismo Sintomas • Sensação de peso • Dor • Fadiga • Edema • Veias dilatadas • Pigmentação da pele • Dermatolipoesclerose • Ulcerações Dor: • Piora de intensidade ao longo do dia • Muitas vezes não está presente, quando muito intensa, suspeitar de complicações (tromboflebite) ou procurar outra causa para a queixa • Edema: geralmente assimétrico ou unilateral. Melhora com elevação, limitado a perna, sensação de peso, alteração de pele nas pernas. Como diferenciar dor venosa de arterial: Venosa: desconforto em repouso que piora ao longo do dia Arterial: dor a atividade física, ao estimulo, angina de perna Classificação das alterações: SEMIOLOGIA DA TUBERCULOSE PULMONAR:
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