Buscar

Clínica médica N1 - 3 Período

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Clínica médica 
Aula 1 – anamnese e exame físico adulto 
 A anamnese leva a hipótese diagnostica em 
mais de 70% das vezes. 
 A memória não é cronológica, nem linear e 
sim um conjunto de experiencias que ocorrem 
em espaço e tempo diversos do presente. 
Início da relação medico paciente: 
 Comunicação não verbal através de 
informações visuais 
 A primeira impressão importa tem que ter 
empatia no inicio 
 Observar e cativar: criar ambiente para o 
paciente se sentir seguro para se expressar 
livremente. 
 É necessário cativar o paciente e quebrar o 
gelo para iniciar a conversa. 
Médico precisa: 
 Trazer de volta a mente os fatos relacionados 
ao doente e a doença 
 Integrar os conhecimentos de anatomia, 
fisiologia, farmacologia, patologia 
epidemiologia 
 É de extrema importância sobre ser empático 
com o sofrimento da família, do paciente. 
 É importante ter simpatia, empatia, respeito, 
entender e ser entendido, observar e 
interpretar, sinceridade, precisão, 
sensibilidade. 
Na anamnese se deve: 
• Estabelecer: relação medico paciente na base 
da confiança e confidenciabilidade 
• Obter: elementos da história clinica 
• Conhecer: fatores pessoais, familiares, 
socioeconômicos relacionados com o processo 
saúde doença 
• Obter: elementos para guiar o exame físico 
• Definir: estratégia de investigação 
complementar 
• Direcionar: terapêutica em função do 
entendimento global a respeito do paciente. 
 
Início da anamnese: 
 Local de conforto e privacidade com ambiente 
tranquilo 
 Apresentação do médico – posição do médico 
 Consentimento do paciente 
 Anotações e comunicação 
Interagindo com o paciente: 
Técnicas de anamnese ativa, passiva e mista 
1. Ativa: Utilizada na emergência e quase nunca 
utilizada na pratica medica, nesse tipo, o 
médico conduzirá a entrevista de forma 
acentuada. UTILIZADA NO OSCE 
2. Passiva: Deixar o paciente falar e só depois da 
hipótese diagnostica você pergunta. 
3. Mista: normalmente se utiliza a mista, nesse 
tipo de abordagem, o médico fala menos. Sua 
participação torna-se mais observativa e 
reflexiva, concedendo quase total espaço de 
fala para o paciente e deixando que ele 
conduza a entrevista. 
Classificação dos viesses: 
 
Existem vieses na anamnese que estão relacionados 
com dois sistemas. 
Quatro grandes origens para os vieses do sistema 1: 
1. Processos inatos 
2. Processos regulados pelas emoções 
3. Superexposição 
4. Aprendizagem implícita 
Viés 1 – processos inatos: 
Representatividade: julgar a probabilidade de que um 
evento A pertença a uma categoria B com base no 
quanto A se parece com B 
Disponibilidade: julgar que certas coisas são mais 
prováveis ou frequentes por serem lembradas com 
mais facilidades 
Ancoragem: a tendencia a agarrar-se em achados 
salientes no inicio de um problema e depois ter 
dificuldade em afastar-se dessa primeira impressão 
quando surgem novos dados. 
Viés 2 - processos regulados pelas emoções: 
O fato de gostar ou não gostar de um paciente 
impacta na nossa atividade medica. 
Viés 3 – processos firmemente arraigados por 
superexposição: 
Um exemplo é o paciente que sempre vai no médico 
e nunca tem nada, aí o médico tende a achar que ele 
não tem nada. 
Viés 4 – processos aprendidos por aprendizagem 
implícita: 
Pensamento/preconceitos adquiridos por muito 
convívio com os professores. 
Erros associados ao sistema 2: 
O medico pode erra em superestimar uma doenças, 
achar que o paciente tem uma doença muito mais 
grave do que tem. Ou subestimar, achar que o 
paciente tem um quadro benigno quando tem um 
quadro grave. 
É preferível que se erre por superestimativa, utilizar 
a estratégia ROWS que é excluir o pior antes de 
pensar em outras explicações. 
Elimine os diagnósticos que podem matar o paciente 
mais rapidamente e depois vá para as hipóteses 
menos urgentes. 
Sinais e sintomas: 
• Sintomas: são as sensações sentidas pelo 
pacientes que o médico não consegue 
mensurar, não e visualizada pelo médico. 
• Sinais: são as manifestações reconhecidas no 
exame físico por meio da inspeção, palpação, 
percussão e ausculta 
• Síndrome: conjunto de sinais e sintomas que 
ocorrem associados, podendo ser ocasionada 
por causas diferentes 
Elementos da anamnese: 
• Identificação 
• Queixa principal 
• História da doença atual 
• História patológica pregressa 
• História fisiológica 
• História familiar 
• História social 
• Revisão sistemática 
Consequência da má comunicação com o paciente: 
• A maioria dos processos são devido a 
problemas na comunicação entre medico e 
paciente 
• Falhas no diagnostico 
Os cindo estágios da consulta medica: 
1- Descobrir o motivo da ida 
2- Investigar o que está errado 
3- Explicar o problema para o paciente 
4- Desenvolver plano de cuidado 
5- Uso de tempo de forma adequada e eficaz 
Evitar os seguintes erros de atitude: 
• Pressupor o que está ocorrendo 
• Esquivar-se do vínculo, baseado na crença do 
profissional meramente técnico. 
• Ser preponente frente as situações vividas 
pelos pacientes. 
• Desconhecer os próprios pontos de irritação 
• Não escutar já no inicio da consulta 
Diferentes graus de dependência dos exames 
complementares para definição diagnóstica 
Menor grau de dependência de exames 
complementares para diagnóstico (além da 
propedêutica básica): hipertensão arterial sistêmica, 
síndrome coronária aguda, arritmias, insuficiência 
cardíaca aguda e pericardite 
Maior grau de dependência de exames 
complementares para diagnóstico (além da 
propedêutica básica): doença coronária obstrutiva, 
tromboembolismo venoso e dissecção de aorta. 
Prática médica se torna mais vulnerável a erros 
quando os exames são solicitados sem uma adequada 
avaliação clínica prévia 
Aula 2 – como comunicar má noticia 
Definida como informação que carrega enorme 
valência emocional e tem potencial de mudar a vida 
de alguém 
O problema é a comunicação inadequada, não é 
noticia e sim como ela é dita. 
Apesar dos avanços tecnológicos a comunicação é a 
ferramenta primaria 
A relação deve ser verdadeira ate o final, mas é 
preciso limites. Ao invés da mentirosa piedosa utilizar 
a verdade prudente. 
Dificuldades: 
Família: ter que lidar com a tristeza e o desespero da 
informação 
Profissional: autoconfiança, próprios sentimento, 
reação do ouvinte, a perda do profissional pode ser 
vista como um fracasso 
Construção de como dar a má noticia: 
• Estabelecer uma relação medico, equipe de 
saúde e paciente adequada. 
• Conhecer cuidadosamente a história medica 
• Ver o paciente como pessoa 
• Atenção e cuidado com a família 
• Encorajar e validar as emoções 
• Reconhecer o que e quanto o paciente quer 
saber 
• Planejar o futuro e o seguimento 
• Trabalhar os próprios sentimentos (medico) 
Protocolos: 
Protocolo SHARE 
Quatro etapas: 
1- Criar ambiente de apoio 
2- Considerar como dar a noticia 
3- Discutir informações adicionais que os 
pacientes gostariam de saber 
4- Fornecer segurança e emoções suporte 
Preparação antecipada: 
1- Construir um ambiente/ relacionamento 
terapêutico 
2- Comunicar bem 
3- Lidar com reações do paciente e família 
4- Encorajar e validar emoções 
5- Introdução antes da notícia, a notícia em si, e 
um tempo para reações. 
 
Protocolo SPIKES: 
 
 
Objetivos: 
• Recolher informações do paciente 
• Transmitir informações medicas 
• Proporcionar suporte ao paciente 
• Induzir a colaboração ao desenvolvimento de 
estratégia ou plano de tratamento para o 
futuro 
S: 
Planejar o que será dito, ambiente apropriado e saber 
quem o paciente quer que esteja presente. 
P: 
Investigue quanto o paciente sabe (como ele se 
sente, o que o médico já disse) – verbal e não verbal 
I: 
Convide para o diálogo, entenda o tanto que ele quer 
saber. 
K: 
Dialogo (não monologo) informações claras e firmes, 
usar silêncio, evitar jargões. 
E: 
Acolher os sentimento do paciente com respeitoe 
empatia. 
S: 
Síntese da conversa e organizar estratégia (princípio 
do não abandono, esperança) 
 
Aula 3 – estratificação de risco 
cardiovascular 
Estratificação de risco cardiovascular 
A estratificação de risco serve para avaliar a 
probabilidade de uma pessoa ter uma doença 
cardiovascular, a partir dessa avaliação pode se 
desenvolver uma intervenção correta para cada risco 
SCORE: 
• Pessoas saudáveis, nenhuma doença 
cardiovascular, nem diabetes, nem doença 
renal e nem colesterol. 
• Estratifica em baixo, médio e intermediário 
risco 
• Quanto menor o risco menor a intervenção 
necessária 
 
 
Tipos de Hipertensão: 
• Essencial: sem causa identificável, 
comumente pressão sistólica e diastólica 
alteradas 
• Sistólica: Pressão arterial sistólica elevada, 
comum em idosos 
• Secundária 
– Doença renal 
– Doença de Cushing 
– Gestacional 
– Doença tireoidiana 
– Tumor de suprarrenal 
 
Hipertensão sistólica isolada definida como PAS 
elevada (≥140 mmHg) e baixa PAD (<90 mmHg) são 
comuns em jovens e idosos. 
Em jovens, incluindo crianças, adolescentes e adultos 
jovens, a hipertensão sistólica isolada é a forma mais 
comum de Hipertensão essencial. 
No entanto, também é particularmente comum em 
idosos, nos quais reflete o enrijecimento das grandes 
artérias com aumento da pressão de pulso. 
TESTES DIAGNÓSTICOS/CLÍNICOS: 
Essencial: 
História: Pacientes com hipertensão são -
frequentemente assintomáticos, no entanto, sintomas 
específicos podem sugerir hipertensão secundária ou 
complicações hipertensivas que requerem mais 
investigação. Um histórico médico e familiar completo 
é recomendado e deve incluir: 
• Pressão arterial: histórico de PA antigos e 
medicamentos. 
• Fatores de risco: história pessoal de DCV (infarto 
do miocárdio, insuficiência cardíaca, acidente 
vascular cerebral, ataques isquêmicos 
transitórios), diabetes mellitus, dislipidemia, 
doença renal crônica, tabagismo, dieta, ingestão 
de álcool, atividade física, aspectos psicossociais, 
história de depressão. 
• História familiar de hipertensão, DCV prematura, 
hipercolesterolemia (familiar), diabetes. 
• Sintomas/sinais de hipertensão e de doenças 
coexistentes: precordialgia, dispneia, palpitações, 
claudicação, edema periférico, cefaléia, visão 
turva, noctúria, hematúria, tontura. 
• Sintomas sugestivos de hipertensão secundária: 
Fraqueza muscular/tetania, cãibras, arritmias 
(hipocalemia /aldosteronismo primário), edema 
pulmonar (estenose da artéria renal), sudorese, 
palpitações, cefaléias frequentes 
(feocromocitoma), ronco, sonolência diurna 
(apneia obstrutiva do sono), sintomas sugestivos 
de doença da tireoide. 
Exame físico: 
Circulação e coração: 
Frequência/ritmo/caráter de pulso, pulso/pressão 
venosa jugular, batimento de ápice, ruídos cardíacos 
extras, crepitações basais, edema periférico, sopros 
(carótida, abdominal, femoral). 
Outros órgãos/sistemas: 
Rins aumentados, circunferência do pescoço> 40 cm 
(apneia obstrutiva do sono), tireoide aumentada, 
índice de massa corporal (IMC) 
aumentada/circunferência da cintura, depósitos de 
gordura (doença/síndrome de Cushing). 
Exames complementares: 
Exames de rotina devem ser realizados com o 
paciente para que a hipótese de lesão de órgãos alvo 
seja avaliada e também se for um caso se hipertensão 
secundaria é necessário achar a patologia associada 
com o aumento da PA, sendo eles: 
 
1- Urina: funcionamento renal para verificação 
de uma possível disfunção renal, avaliar 
funções tubulares e sua integridade e 
detectar distúrbios tubulares. 
2- ECG convencional 
3- Ritmo de filtração glomerular: utilizado para 
verificar se o ritmo de filtração glomerular 
está correto podendo detectar casos de 
insuficiência renal ou retenção de substancias 
toxicas. 
4- Sangue: 
Creatinina plasmática e ácido úrico: avaliam a 
função renal, altos níveis de creatinina e ácido 
úrico no sangue demonstrando falha da 
função renal pois eles devem ser excretados. 
Nível alto de ácido úrico demonstra um risco 
de desenvolvimento de GOTA (inflamação nas 
articulações). 
Potássio plasmático: avaliação do equilíbrio 
eletrolítico e possível hiperaldoteronismo. 
Glicemia em jejum: analise de diabetes que 
aumenta o risco cardiovascular pois o excesso 
de glicose no sangue aumenta o enrijecimento 
das artérias e por consequência a PA. 
Colesterol total: avaliação do perfil lipídico 
principalmente pensando em risco de 
aterosclerose. 
Investigações: 
Índice tornozelo-braquial: Periférico (extremidade 
inferior) doença arterial. 
Testes adicionais para hipertensão secundária, se 
houver suspeita 
 
 
 
Manifestações semiológicas da Insuficiência 
Cardíaca de Fração de Ejeção Normal e Reduzida: 
Incapacidade estrutural e funcional do enchimento 
ou ejeção ventricular do sangue 
Insuficiencia cardiaca não deve ser diagnostico final, 
deve-se identificar a sua causa. 
Fraçao de ejeção reduzida = < ou igual a 40% = IC 
alta 
Fraçao de média redução = entre 41 e 49% = IC média 
Fração de ejeção preservada = > ou igual a 50% = IC 
baixa 
Fração de ejeçao < 30% = grave 
 
Conceitos: 
• Pré carga: volume de sangue que enche o 
ventrículo direito durante a diástole 
• Pós carga: trabalho necessário para abrir as 
valvas, ejetar o sangue através delas e 
empurrar o sangue para os vasos. 
• Reserva cardíaca: capacidade de resposta a 
maior demanda de trabalho, tanto de pré 
quanto de pós carga, aumenta para que o DC 
se mantenha adequado, em outras palavras é 
a capacidade do coração elevar o debito 
durante o aumento de atividade. Pessoas com 
ICC ativam a sua reserva cardíaca até mesmo 
em repouso 
Classificação pode ser classificada em aguda, crônica, 
sistólica, diastólica, direita, esquerda e global 
Sistólica: resulta da contração ventricular inadequada 
o que reduz a fração de sangue ejetado, com isso o 
ventrículo acumula cada vez mais sangue e se dilata 
Diastólica: defeito no enchimento ventricular por 
conta de um relaxamento ventricular deficiente, um 
exemplo é a pericardite constritiva que atua 
diminuindo a contração ventricular, nesses caos não a 
dilatação ventricular porem tem sinais de congestão 
pulmonar 
Direita: sinais de congestão sistêmica como 
hepatomegalia, edema periférico. • Esquerda: sinais 
pulmonares, como dispneia. 
De modo geral, a IC se manifesta de forma rápida 
em um só lado, após isso se torna a insuficiência 
global com ambos os sintomas. 
Dilação ventricular: Os miócitos cardíacos tem a 
capacidade de se adaptar as sobrecarga de trabalho 
reunindo um maior nível de sarcômeros em paralelo 
ou em serie dependendo do que é necessário 
1- Hipertrofia concêntrica: ocorre nos estados de 
sobrecarga de pressão, como na ICC 
diastólica, novos sarcômeros são adicionados 
em paralelo aumentando a espessura do 
miocárdio e diminuindo o lumem cardíaco. 
2- 2- Hipertrofia excêntrica: ocorre nos estados 
de sobrecarga de volume, como na ICC 
sistólica, os sarcômeros são adicionadas em 
série aumentando o comprimento da fibra o 
que diminui a espessura da parede a aumenta 
o lumem da cavidade 
Manifestações clinicas da ICC: 
Direita: 
• Congestão sistêmica 
• Edema de MMII 
• Hepatomegalia 
• Estase jugular 
• Refluxo Hepato jugular 
• Ascite 
Esquerda: 
• Congestão pulmonar 
• Crepitações pulmonares 
• Dispneia 
• Ortopneia 
• Dispneia paroxística noturna 
 
 
Aula 4 - dor torácica 
O diagnóstico diferencial de pacientes apresentando 
dor torácica é extensa, desde uma etiologia benigna 
musculoesquelética a doença cardíaca grave com 
risco a vida 
Dor torácica não aguda (angina estável) 
Parede Torácica: 
Dor musculoesquelética 
• Síndromes de dor torácica 
musculoesquelética isolada (costocondral, 
síndromes de parede torácica posterior) 
• Doenças reumáticas 
• Doenças sistêmicas não reumáticas 
• Costocondrite 
• Dor torácica após CRVM 
Doenças reumáticas 
• Envolvimento de articulações torácicas nas 
doenças reumáticas podemestar associadas 
com dor parede torácica musculoesqueléticas 
• Artrite reumatoide, espodilite anquilosante, 
artrite psoriática, fibromialgia 
Doenças sistêmicas não reumáticas 
• Fraturas de estresse devido a tosse, 
neoplasias incluindo fraturas patológicas, 
infecção como artrite séptica e osteomielite, 
e anemia falciforme 
Pele e nervos sensorias 
• Herpes Zoster 
• Síndrome de disfunção de articulação 
costovertebral 
• Hérnia de disco torácico 
• Síndrome esternal, Xifoidalgia, subluxação 
esternoclavicular espontânea 
Causas gastrointestinais 
• Hipersensibilidade esofágica 
• Padrão de motilidade anormal e acalasia 
• Ruptura esofágica, perfuração e corpo 
estranho 
• Outras causas de esofagite: medicações, 
infecção e outras causas 
Causas Pulmonares: 
• Embolismo pulmonar agudo 
• Hipertensão pulmonar e cor pulmonale 
• Pneumonia 
• Câncer 
• Sarcoidose 
• Asma e DPOC 
Pleura e espaço pleural: 
• Pneumotórax 
• Pleurite 
Dor torácico devido à estado hiperadrenérgico: 
Intoxicação por cocaína e anfetamina e 
feocromocitoma podem causar dor torácica devido a 
ou aumento de demanda ou redução da liberação de 
oxigênio 
Taquicardia, hipertensão e evidencia de vasoespasmo 
podem ser vistos 
Causas Cardiológicas: 
Síndromes de dor torácica isquêmica: 
• Doença coronária 
• Outras condições de dor torácica isquêmica 
• Vasoespasmo coronariano 
• Doença cardíaca valvar: estenose aórtica 
• Anomalias congênitas de coronárias, dissecção 
de coronária espontânea 
Síndromes de dor torácica não isquêmica: 
Pericardite: 
• Pleurítica em qualidade, atrito pericárdico 
• Início súbito e ocorrência sobre o tórax 
anterior 
• Geralmente forte e exacerbada por inspiração; 
• Pode reduzir intensidade quando o paciente 
senta e pode irradiar para a região do m. 
trapézio. 
Miocardite: 
• Dor torácica geralmente associada com 
pericardite concomitante 
Síndromes aórticas agudas: dissecção aórtica, 
hematoma aórtica intramural, úlcera aórtica 
penetrante 
Angina- Fisiopatologia 
Angina é causada por isquemia miocárdica que ocorre 
quando demanda excede a oferta Dor, pressão, aperto 
ou desconforto no peito, ombros, braços, pescoço, 
costas, abdome superior ou mandíbula, bem como 
dispneia e fadiga devem ser considerados 
equivalentes de angina. 
Etiologia 
• Aterosclerose coronária 
• Vasoespasmo coronário 
• Fibrose coronária 
• Embolismo coronário 
• Dissecção coronária 
• Artrite coronária 
Qualidade: 
Angina é geralmente caracterizada mais como um 
desconforto do que dor, e pode ser difícil para 
descrever 
Aperto, pressão, constrição, sufoco, queimação, 
plenitude no peito, sensação de bandagem, nó no 
centro do peito, caroço na garganta, como um sutiã 
apertado, etc ... 
Tipicamente gradual no início, com a intensidade do 
desconforto aumentando e reduzindo em alguns 
minutos 
Angina é um desconforto constante que não altera 
com respiração ou posição 
Localização e irradiação: 
• Correspondente aos dermátomos (C7 a T4) 
• Andar superior de abdômen (epigastro) 
• Ombros e braços 
• Punho e dedos 
• Pescoço e garganta 
• Mandíbula e dentes 
• Dorso (especificamente na região 
interescapular) 
• Irradiação para ambos os braços é um forte 
preditor de IAM 
Fatores Provocantes: 
Atividades e situações que aumentam demanda de 
oxigênio miocárdico 
• Atividade física 
• Frio 
• Estresse emocional 
• Intercurso sexual 
• Refeição 
• Uso de cocaína 
Tempo 
Mais comumente na manhã devido a aumento diurno 
no tônus simpático 
Aumentada atividade simpática aumenta FC, PA, tônus 
vascular e resistência 
Duração e Alivio 
Angina geralmente dura de 2 a 5 minutos 
Não é um desconforto fugaz, rápido 
Geralmente não dura mais de 20 a 30 minutos, ao 
menos que o paciente está com SCA, especialmente 
IAM 
Sintomas associados 
Angina é geralmente associada com outros sintomas 
Dispneia, que pode refletir congestão pulmonar leve 
Náuseas, vômitos, indigestão, diaforese, vertigem, 
fadiga, vertigem, 
 
 
 
Dor torácica aguda (angina instável) 
Cuidados precoces para sintomas agudos. Pacientes 
com dor torácica aguda ou sintomas equivalentes de 
dor torácica devem procurar atendimento médico 
imediatamente. Embora a maioria dos pacientes não 
tenha uma causa cardíaca, a avaliação de todos os 
pacientes deve se concentrar na identificação 
precoce ou exclusão de causas com risco de morte. 
Sintomas Associados. A dor torácica é o sintoma 
dominante e mais frequente para homens e mulheres 
diagnosticados com Síndrome Coronariana Aguda. As 
mulheres podem ser mais propensas a apresentar 
sintomas concomitantes, como náusea e dispneia. 
Diagnóstico Diferencial - Causas de dor torácica 
grave 
• Síndrome coronariana aguda 
• Dissecção aórtica 
• Embolia pulmonar 
• Pneumotórax hipertensivo 
• Tamponamento cardíaco 
• Mediastinite (ruptura esofágica) 
Dissecção Aórtica 
• Dor tipicamente cataclísmica no inicio 
• Intensa, aguda, abrasadora, latejante, em 
rasgo, migratória 
• Irradiação para o tórax anterior, mandíbula, 
costas ou abdominal dependendo do 
segmento da aorta envolvido 
• Mais comum em homens > 60 anos 
• Hipertensão é o fator de risco mais 
importante 
• Síndrome de Marfan, válvula aórtica bicúspide 
e válvula aórtica unicomissural, coarctação de 
aorta 
• Aneurisma aórtico preexistente (devido a 
vasculite como arterite de células gigantes, 
arterite de Takayasu, e outros) e gravidez 
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA 
O quadro clínico da SCA caracteriza-se por dor no 
peito, queimação ou constrição, tipicamente com 
localização retroesternal, podendo irradiar-se para 
extremidades superiores, ombros ou mandíbula. A dor 
causada pelo infarto é similar à da angina; todavia, 
apresenta maior duração e maior intensidade. 
Juntamente, pode haver sudorese, náuseas, vômito, 
dispneia e palpitações. Alguns pacientes podem sentir 
palpitações, ansiedade ou uma sensação de morte 
iminente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões no miocárdio com sinais e sintomas de 
isquemia: 
Tipo1: infarto do miocárdio com obstrução coronariana 
aguda: 
1-A = erosão ou ruptura de placa com trombo 
1-B = dissecção arterial coronariana espontânea 
1-C = embolismo coronariano 
1-D = vasoespasmo ou disfunção microvascular 
Tipo2: infarto com demanda de o2 baixa mas sem 
obstrução coronariana aguda 
2-A: obstrução fixa 
2-B = sem obstrução 
 
Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do 
segmento ST: 
Situação clínica de extrema gravidade determinada 
por oclusão de uma artéria coronária epicárdica, com 
tratamento específico, devendo ser instituído o mais 
precocemente possível, para modificar a história 
natural da doença. 
-Diagnóstico: Baseado na associação de dois ou mais 
dos seguintes critérios: 
-Dor torácica anginosa ao repouso, com duração de 
20 minutos ou mais, irradiada para membros 
superiores e pescoço, com sintomas associados como 
dispneia, náusea, vômitos, que melhora parcialmente 
com os nitratos. 
 
Aula 5 - manifestações clinicas das 
valvopatias 
Estenose: 
• Estreitamento 
• Abertura valvar é incompleta 
• Restrição ao fluxo 
• Sobrecarga de pressão na câmara anterior 
• Fluxo em turbilhão 
• Hipertrofia concêntrica 
Insuficiência: 
• Não fecha 
• Fechamento valvar e incompleto 
• Refluxo de sangue 
• Reduz fluxo 
• Sobrecarga de volume na câmara anterior 
• Fluxo em turbilhão 
• Hipertrofia excêntrica 
Sintomatologia clínica: 
• Palpitações mais frequentes em valvopatias 
mitral 
• Dor torácica e sincope aos esforções são mais 
frequentes em pacientes com valvopatias 
aórtica 
• Sintomas de ICC: todas, dispneia aos 
esforções, ortopneia, dispneia paroxística 
noturna, tosse, chiado, hemoptise, edema 
periférico e fadiga. 
• A anamnese deve avaliar sintomas no passado 
e no presente, resposta a medicações, além 
da presença de comorbidades e se houve 
profilaxia para surto reumático e endocardite 
infecciosa 
• É fundamental procurar dados que indiquem 
se o paciente apresenta limitaçãode provável 
causa cardíaca para as atividades habituais 
(desafio nos idosos e com comorbidades) 
• Dispneia aos esforções em valvopatias 
anatomicamente importantes 
Todo paciente com síndrome de intolerância ao 
esforço e síndrome de retenção hídrica deve ser 
considerado como potencial portador de valvopatia 
Insuficiência mitral 
Insuficiência mitral crônica: 
Insuficiência mitral leve e moderada é quase sempre 
assintomática, a hora que começa a ficar sintomática 
é sinal de gravidade e ICC. 
Sintomas: 
• Dispneia 
• Tosse e sinais de IC 
Palpação: 
• Ictus cordis desviado para baixo e 
lateralmente 
• Frêmito sistólico 
Ausculta 
• Sopro sistólico – holo sistólico – de 
regurgitação, com maior intensidade no foco 
mitral 
• Irradiação para a região infra axilar esquerda, 
podendo atingir o dorso 
• Pode haver desdobramento de bulha 
• Decúbito de pachon 
• Pode ter presença de frêmito 
Insuficiência mitral aguda: 
• Ocorre por exemplo quando as cordas 
tendíneas se rompem e ocasionam um quadro 
agudo com alta dispneia. Outro exemplo é 
infarto que envolve o musculo papilar e isso 
causa insuficiência aguda. Endocardite 
também pode causar insuficiência quando a 
bactéria fura a valva e causa regurgitação 
• Na anamnese buscar a etiologia 
• O sintoma mais característico é a dispneia 
Estenose mitral 
• Sopro diastólico 
• Estreitamento do orifício ente o AE e o VE 
• Em 99% dos casos a causa é febre reumática 
• Doença continua, progressiva, geralmente de 
curso lento (latência de 20 a 40 anos entre 
o surto de febre reumática e sintomas de 
estenose mitral) 
• Dispneia aos esforços, tosse, palpitações, 
hemoptise e embolia 
Palpação: 
• ictus cordis desviado para fora da linha 
hemiclavicular 
• Frêmito presente es estenoses de media e 
grande intensidade, diastólico no foco mitral. 
Ausculta: 
• Ruflar mesodiastólico 
• Abertura de mitral audível 
• Área de irradiação próxima ao ictus e pode 
alcançar a região infra axilar esquerda 
• Hiperfonese de 1 bulha 
• Decúbito de pachon 
• Pode haver desdobramento da 2 bulha 
Estenose aórtica 
Doença na qual existe uma obstrução progressiva da 
via de saída do VE, resultando em hipertrofia 
ventricular esquerda e sintomas de angina, sincope e 
IC e se não tratada evolui para a morte 
• Terceira doença cardiovascular mais comum 
após HAS e doença coronariana. 
• Sobrecarga de PRESSÃO 
• À medida que a área valvar aórtica efetiva se 
reduz o gradiente de pressão aumenta
 
Tríade de sintomas: 
• Precordialgia 
• Síncope 
• Dispneia 
Insuficiência aórtica 
Regurgitação de sangue da aorta para o VE durante 
a diástole ventricular com não fechamento da valva 
aórtica. 
Causas: febre reumática, degenerativa, endocardite, 
congênita. 
Sintomas: 
• Dispneia aos esforços 
• Ortopneia 
• Pulsatibilidade exagerada das arterias 
• Angina 
Palpação: 
• Ictus com desvio para baixo e para esquerda 
• Frêmito diastólico no foco aórtico 
Ausculta: 
• Sopro aspirativo ou holosistolico no foco 
aórtico 
• Maior intensidade no foco aórtico acessório 
• Mais audível em flexão do tórax e expiração 
 
 
Manifestações clinicas do tromboembolismo 
pulmonar: 
 
 
Apresentação clássica: 
• Inicio abrupto de dor torácica do tipo 
pleurítica 
• Dispneia 
• Hipoxia 
Sintomas atípicos: 
• Febre 
• Convulsão 
• Estado mental alterado 
• Sintomas abdominais 
• Sincope 
Exame físico: 
Sinais vitais: choque 
ESTRATIFICAÇAO DE RISCO PARA TEP PESI: 
 
 
Aula 6 - avaliação da insuficiência 
venosa periférica 
Varizes: incidência aproximada de 30% 
Varizes: qualquer veia alongada e dilatada, tortuosa. 
Consequencia de hipertensão venosa 
Fatores de risco: 
• Hereditariedade 
• Idade 
• Sexo 
• Profissão 
• Obesidade 
• Gravidez 
• Hormônios 
• Sedentarismo 
Sintomas 
• Sensação de peso 
• Dor 
• Fadiga 
• Edema 
• Veias dilatadas 
• Pigmentação da pele 
• Dermatolipoesclerose 
• Ulcerações 
Dor: 
• Piora de intensidade ao longo do dia 
• Muitas vezes não está presente, quando muito 
intensa, suspeitar de complicações 
(tromboflebite) ou procurar outra causa para 
a queixa 
• Edema: geralmente assimétrico ou unilateral. 
Melhora com elevação, limitado a perna, 
sensação de peso, alteração de pele nas 
pernas. 
Como diferenciar dor venosa de arterial: 
Venosa: desconforto em repouso que piora ao longo 
do dia 
Arterial: dor a atividade física, ao estimulo, angina de 
perna 
 
 
Classificação das alterações: 
 
 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA DA TUBERCULOSE PULMONAR:

Continue navegando