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Consumação e Tentativa
SEGURANÇA PÚBLICA - Agente
Cogitação Preparação Execução Consumação Exaurimento
Fase Interna Fase Externa
ITER CRIMINIS
Caminho percorrido pelo crime
ITER CRIMINIS
Fase interna – Cogitação: trata-se da ideação do
crime, não significando necessariamente sua
premeditação. Encontra-se única e
exclusivamente na mente do indivíduo. Por isso
é sempre impunível.
Pode ser dividida em três etapas:
ITER CRIMINIS
Et
ap
as
 d
a 
C
og
ita
çã
o Idealização O sujeito tem a ideia de cometer uma infração penal
Deliberação
O agente pondera as 
circunstâncias da conduta que 
pretende empreender
Resolução O sujeito se decide pelo cometimento da infração
ITER CRIMINIS
Fase externa – Preparação ou Atos Preparatórios:
trata-se dos atos indispensáveis à prática da infração
penal. O agente passa da cogitação à ação objetiva.
Geralmente esses atos não são puníveis nem na
forma tentada, uma vez que não se iniciou a
realização do núcleo do tipo penal.
Obs.: Excepcionalmente, nas hipóteses previstas em
lei, será possível a punição desses atos.
ITER CRIMINIS
Fase externa – Execução ou Atos Executórios: trata-
se da fase em que se inicia a agressão ao bem
jurídico, pela realização do núcleo do tipo penal.
Efetivamente se realiza a conduta proibida.
Fase externa – Consumação: trata-se da fase em
que se reúnem todos os elementos da definição
legal. É, portanto, um crime completo/perfeito,
umas vez que a conduta criminosa se realiza por
completo.
ITER CRIMINIS
Art. 14 - Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os
elementos de sua definição legal;
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se
consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente.
ITER CRIMINIS
Tentativa
“É o início de uma execução de um crime que
somente não se consuma por circunstâncias
alheias à vontade do agente”.
A tentativa é também conhecida por crime
incompleto ou imperfeito.
b) Não consumação do crime por circunstância
alheias à vontade do agente: pode ser qualquer
causa interruptiva da execução, desde que estranha
à vontade do agente.
c) Dolo em relação ao crime total: o agente deve
agir dolosamente
ITER CRIMINIS
Elementos da Tentativa:
a) Início da execução: A tentativa só é punível a
partir do momento em que a ação entra na fase de
execução.
ITER CRIMINIS
Espécies de Tentativa (quanto iter criminis
percorrido):
a) Imperfeita ou inacabada: O agente é impedido de
prosseguir no seu intento, deixando de praticar os
atos executórios necessários à produção do
resultado.
b) Perfeita ou acabada ou Crime falho ou frustrado:
Apesar de o agente praticar os atos executórios à
sua disposição, não consegue consumar o crime por
circunstâncias alheias à sua vontade. Nota-se que a
execução se conclui, mas o crime não se consuma.
ITER CRIMINIS
Espécies de Tentativa (quanto ao resultado
produzido na vítima- objeto material):
a) Tentativa branca ou incruenta: O golpe desferido
não atinge o corpo da vítima, não gerando lesão
efetiva à integridade do ofendido. O objeto material
não é atingido pela conduta criminosa.
b) Tentativa vermelha ou cruenta: A vítima é
efetivamente atingida.
Inadmissibilidade da Tentativa:
NÃO se aplica a 
Tentativa
Culposos
Unissubsistente
Preterdoloso
Habituais
Omissivos puros
Contravenções 
penais
Infração Penal 
Desistência 
Voluntária
Arrependimento 
Eficaz
Crime Impossível
ITER CRIMINIS
Desistência voluntária e 
arrependimento eficaz
“Art. 15 do CP: O agente que,
voluntariamente, desiste de prosseguir na
execução ou impede que o resultado se
produza, só responde pelos atos já
praticados.”
ITER CRIMINIS
Desistência voluntária e arrependimento eficaz:
São formas de tentativa abandonada ou
qualificada, pois a consumação deixa de
ocorrer em razão da vontade do agente.
ITER CRIMINIS
Arrependimento Posterior:
“Art. 16 do CP: Nos crimes cometidos sem
violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o
dano ou restituída a coisa, até o recebimento da
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do
agente, a pena será reduzida de um a dois
terços.”
ITER CRIMINIS
Arrependimento posterior:
Trata-se de causa obrigatória de redução de pena.
Requisitos:
ØCrime praticado sem violência ou grave ameaça;
ØReparação do dano ou restituição da coisa;
ØRealizado até o recebimento da denúncia ou queixa
ØAto voluntários do agente (requisito subjetivo).
ITER CRIMINIS
Desistência 
Voluntária
Arrependimento 
Eficaz
Arrependimento 
Posterior
Previsão Legal Art. 15, 1ª parte, CP
Art. 15, 1ª parte, 
CP Art. 16, CP
Momento
O agente 
abandona o 
intento antes de 
esgotar os atos 
executórios
O agente, depois 
de esgotados os 
atos executórios, 
abandona o 
intento. 
Ocorre depois da 
consumação
ITER CRIMINIS
Consumação
Não é 
consumado por 
circunstâncias 
inerentes à 
vontade do 
agente
Não é 
consumado por 
circunstâncias 
inerentes à 
vontade do 
agente
Crime é 
consumado
Consequência 
Jurídica
O agente 
responde pelos 
atos até então 
praticados
O agente 
responde pelos 
atos até então 
praticados
Há redução da 
pena de 1/3 a 
2/3
ITER CRIMINIS
Crime impossível
“Art. 17 do CP: Não se pune a tentativa quando, por ineficácia
absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é
impossível consumar-se o crime.”
Por ineficácia absoluta do meio: É indispensável que o meio seja
inteiramente ineficaz. Se a ineficácia for relativa, haverá tentativa
punível.
Por absoluta impropriedade do objeto: O objeto é
absolutamente impróprio para a realização do crime
visado.
Exemplos: aborto em mulher grávida; matar um
cadáver.

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